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    Vittorio Taviani (1929 – 2018)

    15 de abril de 2018 /

    Morreu o cineasta italiano Vittorio Taviani, que foi responsável por inúmeros clássicos, codirigidos com seu irmão Paolo. O cineasta, que estava doente há bastante tempo, morreu em Roma aos 88 anos. “A morte de Vittorio Taviani é uma terrível perda para o cinema e a cultura italianos”, lamentou o presidente Sergio Mattarella na sua mensagem de condolências, louvando as “inesquecíveis obras-primas” que ele assinou com o irmão. Nascido em 20 de setembro de 1929 em San Miniato, na Toscana, Vittorio era dois anos mais velho que Paolo, com quem formou uma das mais famosas parcerias entre irmãos do cinema. Juntos, fizeram mais de 20 longas-metragens, colecionando vitórias em festivais internacionais de prestígio, de Cannes a Berlim. Filhos de um advogado antifascista, os irmãos interessaram-se, desde o início de suas carreiras, por tratar de questões sociais. Inspirados pelo mestre do neo-realismo Roberto Rosselini, de quem foram assistentes no documentário “Rivalità” (1953), mas também pelo humanismo de Vittorio De Sica, seus filmes se caracterizaram por um lirismo singelo, capaz de combinar realidades duras e poesia. Por conta disso, os Taviani tinham predileção por filmar clássicos literários, incluindo obras do autor italiano Luigi Pirandello (“Kaos” e “Tu Ridi”), do russo Leon Tolstói (“Ressurreição” e “Noites com Sol”) e Johann Wolfgang von Goethe (“As Afinidades Eletivas”). Ambos estudaram Direito na Universidade de Pisa, mas o amor pelo cinema levou-os a abandonar os estudos para assinar uma série de documentários com temas sociais para a televisão. A estreia na ficção se deu com “Un Uomo da Bruciare”, em 1962, sobre a vida de Salvatore Carnevale (vivido na tela por Gian Maria Volontè), jornalista e ativista político, que foi assassinado na Sicília em 1955. A obra venceu o Prêmio da Crítica no Festival de Veneza, abrindo uma filmografia impressionante. Os primeiros filmes tiveram sempre por base os problemas sociais, como no caso de “San Michele Aveva un Gallo” (1972), que ganhou o Interfilm no Festival de Berlim, ou “Allosanfàn” (1974), interpretado por Marcello Mastroianni e Lea Massari. Não demoraram a estourar, o que aconteceu com “Pai Patrão” (1977), baseado no romance biográfico de Gavino Ledda, que descreve a vida difícil de um menino criado por um pai tirano no interior da Sardenha. A obra venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, dando visibilidade internacional ao trabalho dos irmãos. Mas este foi apenas o começo de sua jornada. Em 1982, eles lançaram outra obra impressionante, “A Noite de São Lourenço”, passado numa cidadezinha dinamitada pelos nazistas no final da 2ª Guerra Mundial, e iluminado apenas por velas, fogueiras ou pelo luar. Venceu o Grande Prêmio do Júri de Cannes. O filme seguinte, “Kaos” (1984), foi uma antologia de histórias de Pirandello, realizada com uma beleza de tirar o fôlego. A fase de criatividade febril dos anos 1980 ainda inclui “Bom dia Babilônia” (1987), uma obra pela qual sempre serão lembrados, já que celebra a fraternidade em torno do cinema. O longa conta a saga dos irmãos italianos Nicola e Andrea Bonnano, que migram para a América no início do Século 20 e se tornam requisitadíssimos como cenógrafos de filmes da então nascente indústria de cinema de Hollywood. Após “Noites com Sol” (1990) e “Aconteceu na Primavera” (1993) veio um período em que seus trabalhos perderam a repercussão de outrora e deixaram de ganhar lançamento estrangeiro, ainda que alimentassem as premiações nacionais – continuaram a ser indicados ao David di Donatello, o Oscar italiano. Foi apenas um longo hiato, pois em 2012 voltaram a impactar com “César Deve Morrer”, um docudrama estrelado por assassinos e mafiosos em uma prisão italiana de alta segurança, que interpretam a tragédia “Júlio César”, de William Shakespeare, para as câmeras. A obra recebeu o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Três anos depois, fizeram seu último filme juntos, “Maravilhoso Boccaccio” (2015), uma adaptação de “Decameron” do escritor renascentista Giovanni Boccaccio. Vittorio se adoentou em seguida, desfazendo a longa parceria com o irmão Paolo, que no ano passado dirigiu seu primeiro filme solo, “Una Questione Privata” (2017). Mesmo assim, o roteiro foi dividido entre os dois. O impacto da morte de Vittorio Taviani traz tristeza aos cinéfilos de todo o mundo. “Ontem Milos Forman, hoje Vittorio Taviani”, lamentou o presidente do Festival de Veneza, Alberto Barbara. “Nós lhe devemos muito por nossa formação cinematográfica… e sempre os lembraremos com gratidão.”

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    Festival É Tudo Verdade traz documentários contundentes em sua programação

    11 de abril de 2018 /

    Principal festival de documentários do Brasil – e da América Latina – , o É Tudo Verdade começa sua 23ª edição nesta quarta (11/4) no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e na quinta na Cinemateca do MAM, no Rio. Dois documentários biográficos abrem as sessões: “Adoniran — Meu Nome É João Rubinato”, sobre o músico Adoniran Barbosa, dá a largada na versão paulistana do festival, e “Carvana”, sobre o ator e cineasta Hugo Carvana, inaugura a porção carioca. Mas são outras produções que devem dar mais o que falar no evento. Um dos mais impactantes da mostra, “Auto de Resistência”, de Natasha Neri e Lula Carvalho, conta com a presença de Marielle Franco, vereadora carioca recém-assassinada, em registro da comissão da Assembléia Legislativa carioca que investigou a violência policial do Rio. O filme foi gestado após uma visita de Neri a uma delegacia de polícia em 2008, quando atuava como pesquisadora no Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. Ela conta que, na ocasião, percebeu duas pilhas de inquéritos: uma relativa a homicídios e outra classificada como autos de resistência, em que policiais matavam supostos criminosos. “Não tratavam os autos como homicídio”, disse a diretora, em entrevista ao jornal O Globo. Com seu marido Lula Carvalho, diretor de fotografia de “Tropa de Elite”, ela resolveu transformar seu acesso aos números da crise da segurança pública em filme. “Tivemos, só em janeiro deste ano, 154 homicídios em consequência da ação da polícia. Isso dá uma média de cinco por dia. Não é algo que a gente possa naturalizar”, afirma. O filme registra vários casos de abusos, como a chacina de Costa Barros, em 2015, quando cinco jovens foram confundidos com ladrões de carga e receberam 111 tiros da polícia, e o episódio em que um morador do Morro da Providência gravou um grupo de policiais colocando uma arma na mão de um suspeito assassinado. Além disso, também acompanha os familiares das vítimas dos tais autos de resistência, e não perde tempo com análises, fazendo “cinema direto” e urgente sobre seu tema. Além deste documentário, também são bastante aguardados “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, registro do impeachment de Dilma Rousseff, “Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi, sobre as comunidades indígenas ameaçadas pelo avanço evangélico, e “Elegia de um Crime”, no qual o cineasta Cristiano Burlan investiga o assassinato da mãe. Os dois primeiros foram exibidos no Festival de Berlim deste ano. Entre os destaques internacionais da seleção, ainda há dois filmes de diretores brasileiros: “Naila e o Levante”, de Julia Bacha, que relembra a Primeira Intifada, na Palestina, e “Zaatari: Memórias do Labirinto”, de Paschoal Samora, um registro do maior campo de refugiados sírios, na Jordânia. Já a homenagem do ano será para a documentarista americana Pamela Yates, cuja obra se debruça sobre a temática dos direitos humanos e a América Latina. A programação inclui ao todo 51 longas e curtas. Ou seja, um quarto dos títulos do ano passado. Em compensação, aumentou a presença de longas dirigidos por brasileiros, de 11 em 2017 para 14 neste ano. A diferença na quantidade de filmes estrangeiros foi a principal consequência da perda de apoio de Petrobras e BNDES, parceiros tradicionais do evento. Segundo o diretor do festival Amir Labaki, a decisão de última hora – informada em fevereiro – teve impacto na organização. Apesar disso, parte do rombo deixado pela ausência do patrocínio do governo federal foi coberto pela entrada de outro parceiro, o Sesc.

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    Ilha de Cachorros: Making of e cenas inéditas revelam detalhes da nova animação de Wes Anderson

    21 de março de 2018 /

    A Fox Searchlight divulgou um vídeo de bastidores e duas cenas inéditas de “Ilha de Cachorros” (Isle of Dogs), a nova animação do cineasta Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”). O making of revela o intrincado processo de criação da produção, feita inteiramente com bonecos animados pela técnica de stop-motion, enquanto uma das cenas mostra o encontro entre o cachorro dublado por Bryan Cranston (da série “Breaking Bad”) com a cadela de Scarlett Johansson (“Os Vingadores”). A trama se passa num futuro distópico após uma epidemia de gripe canina levar um político corrupto a isolar todos os cachorros numa ilha do Japão, onde precisam lutar por restos de comida no lixo. Isto não impede um garotinho de ir até a ilha para tentar resgatar seu animalzinho de estimação. Sensibilizados, os demais cachorros resolvem ajudá-lo na busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. O elenco de vozes é repleto de estrelas, como de costume nos filmes de Anderson, incluindo alguns parceiros habituais do diretor, como Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton, Jeff Goldlum, Frances McDormand e Bob Balaban, mas também novidades. Além dos citados Bryan Cranston e Scarlett Johansson (“Os Vingadores”), também participam Greta Gerwig (“Frances Ha”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e diversos astros japoneses, como Ken Watanabe (“A Origem”), Kunichi Nomura (“Encontros e Desencontros”), Akira Ito (“Birdman”), Akira Takayama (“Neve Sobre os Cedros”) e até a cantora Yoko Ono. “Ilha de Cachorros” será a segunda animação da carreira de Anderson, após “O Fantástico Sr. Raposo” (2009). Após abrir o Festival de Berlim 2018, o filme chega aos cinemas americanos nesta sexta (23/3). Mas os espectadores brasileiros terão que esperar mais três meses para assisti-lo, pois o lançamento nacional está marcado apenas para 14 de junho.

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    Festival É Tudo Verdade perde patrocínio do governo federal

    20 de março de 2018 /

    Principal festival de documentários do Brasil – e da América Latina – , o É Tudo Verdade perdeu o patrocínio das estatais Petrobras e BNDES para a edição deste ano. Isto criou um rombo para cobrir as despesas do evento, orçado em R$ 3 milhões. A revelação foi feita pelos organizadores da mostra ao apresentar a programação de sua 23ª edição, na manhã desta terça-feira (20/3), em São Paulo. A Petrobras patrocinava o evento desde 2004, enquanto o banco o apoiava desde 2010. Ambos informaram que os processos seletivos de patrocínio deste ano foram prejudicados pela Lei das Estatais, com restrição de orçamento causada por ano eleitoral. A saída de Petrobras e do BNDES “em cima da hora” foi criticada por Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, um dos parceiros históricos do É Tudo Verdade. Parte do rombo deixado pela ausência do patrocínio do governo federal foi coberto pela entrada de outro parceiro, o Sesc. Fundador e criador do festival, o crítico de cinema Amir Labaki disse que arrecadou até agora 2/3 do que esperava. Apesar da safra forte e do grande número de inscritos — são 1.600 títulos, entre eles 120 nacionais — foi necessário reduzir o número de filmes da competição, em função da queda na arrecadação. Por outro lado, a mostra terá recorde de cineastas brasileiros, com 13 títulos concorrendo nas categorias de longa e média-metragem. Além disso, a competição latino-americana vai acontecer pelo terceiro ano consecutivo. O festival tem abertura marcada para 11 de abril, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e no dia seguinte na Cinemateca do MAM, no Rio. Dois documentários biográficos serão exibidos nessas ocasiões: “Adoniran — Meu Nome É João Rubinato”, sobre o músico Adoniran Barbosa, abre a versão paulistana do festival, e “Carvana”, sobre o ator e cineasta Hugo Carvana, inaugura a porção carioca. A homenagem do ano será para a documentarista americana Pamela Yates, cuja obra se debruça sobre a temática dos direitos humanos e a América Latina. Entre os destaques da programação estão os filmes exibidos no recente Festival de Berlim, “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e “Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi.

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    Divertido vídeo da nova animação de Wes Anderson traz cachorros falando de si mesmos

    15 de março de 2018 /

    A Fox Searchlight divulgou um vídeo de bastidores completamente inusitado de “Ilha de Cachorros” (Isle of Dogs), a nova animação do cineasta Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”). A prévia apresenta os personagens caninos da trama. Mas faz isso de forma pouco convencional, por meio de animação exclusiva. O vídeo traz os cachorros animados inseridos nos cenários do filme, apresentando-se com a voz de seus dubladores – prontamente identificados na tela. Mas a forma como o texto transparece cria uma confusão de metalinguagem, entre voz e criaturas. A impressão é que os próprios cachorros são atores, falando sobre personagens que interpretam na ficção. O elenco de vozes, como de costume nos filmes de Anderson, é repleto de estrelas, incluindo alguns parceiros habituais do diretor, como Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton, Jeff Goldlum, Frances McDormand e Bob Balaban, mas também novidades, entre elas Bryan Cranston (da série “Breaking Bad”), Scarlett Johansson (“Os Vingadores”), Greta Gerwig (“Frances Ha”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e diversos astros japoneses – Ken Watanabe (“A Origem”), Kunichi Nomura (“Encontros e Desencontros”), Akira Ito (“Birdman”), Akira Takayama (“Neve Sobre os Cedros”) e até a cantora Yoko Ono. O filme tem uma premissa distópica. Um político corrupto, amante de gatos, aproveito um surto de gripe para culpar os cachorros e isolá-los numa ilha do Japão, onde são forçados a viver e lutar por restos de comida no lixo. Mas o medo de contágio não impede um garotinho de ir até lá para tentar resgatar seu animalzinho de estimação. Sensibilizados, os demais cachorros resolvem ajudar na busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. “Ilha de Cachorros” é a segunda animação da carreira de Anderson, após “O Fantástico Sr. Raposo” (2009). E a escolha do tema é especialmente curiosa porque, em seus filmes, o diretor tem se mostrado um assassino contumaz de cachorrinhos. Os bichinhos sempre se dão mal em suas obras, a ponto de a revista The New Yorker ter publicado um ensaio para provar que Anderson odeia cães. Elogiadíssimo, com 97% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o filme abriu sob aplausos o Festival de Berlim 2018 e chega aos cinemas americanos em 23 de março. Mas os espectadores brasileiros terão que esperar mais três meses para assisti-lo, pois o lançamento nacional está marcado apenas para 14 de junho.

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    Festival de Berlim: José Padilha explica porque 7 Dias em Entebbe contradiz “história oficial”

    19 de fevereiro de 2018 /

    Uma década após vencer o Urso de Ouro com “Tropa de Elite”, o diretor José Padilha voltou a ser assunto no Festival de Berlim 2018, com a projeção de seu novo filme fora de competição. “7 Dias em Entebbe” não despertou reações apaixonadas da crítica presente no evento, mas se mostrou fadado a virar polêmica. A produção é a quarta filmagem de uma das missões de resgate e de combate ao terror mais famosas de todos os tempos: o salvamento dos passageiros de um voo da Air France vindo de Tel Aviv, que teve sua trajetória desviada para Entebbe, em Uganda, por quatro sequestradores (dois palestinos e dois alemães) em 1976. Ameaçando matar a tripulação e os israelenses presentes no voo, os terroristas exigiam a libertação de dezenas de palestinos aprisionados por Israel, e contavam com o apoio do ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Em resposta, o governo israelense mobilizou uma tropa de elite, composta por 100 combatentes, que após sete dias de impasse invadiu o aeroporto, enfrentou o exército ugandense, matou os sequestradores e libertou os passageiros, deixando um saldo de 53 mortos. Entre as baixas, contam-se apenas três passageiros e um único militar israelense, justamente o comandante da invasão. Toda a ação durou menos que a metragem da produção: 90 minutos. A história já rendeu um filme israelense, “Operação Thunderbolt” (1977), com direção de Menahem Globus (dono do estúdio Cannon), além dos telefilmes americanos “Resgate Fantástico” (1976), estrelado por Charles Bronson (“Desejo de Matar”) e dirigido por Irvin Kershner (“O Império Contra-Ataca”), e “Vitória em Entebbe” (1976), com Kirk Douglas (“Spartacus”) e Linda Blair (“O Exorcista”). Mas o filme de Padilha chamou atenção por enfatizar aspectos da política israelense e por pintar o comandante da operação, Yonatan Netanyahu, irmão do atual Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, de forma diferente da versão chapa-branca da “história oficial”. Por décadas, a família de Netanyahu se agarrou à versão de que Yonatan tivera papel-chave no salvamento dos 106 passageiros remanescentes, antes de ser morto por um dos militantes da Frente Popular Para a Libertação da Palestina. Mas o filme de Padilha reduz a participação do militar ao mínimo, mostrando-o alvejado logo no início da operação. O roteiro foi escrito pelo britânico Gregory Burke (de “71: Esquecido em Belfast”) e teve como base o livro “Operation Thunderbolt: Flight 139 and the Raid on Entebbe Airport”, do historiador Saul David. “Em minhas pesquisas, cheguei a ir a Israel encontrar testemunhas do que aconteceu no galpão do aeroporto de Entebbe. Cheguei inclusive a conversar com Jacques Le Moine, o engenheiro daquele voo da Air France. Eles chegaram, inclusive, a indicar a posição em que as vítimas das balas caíram no chão, que eram marcadas no set”, contou Padilha durante a entrevista coletiva do fetival, com a participação do próprio Le Moine. “Respeito a versão das pessoas que estiveram no centro da ação. A versão daquelas que não estiveram no local são apenas versões de pessoas que não estiveram lá”. A ação também releva temas como bravura, heroísmo e patriotismo, bem ao gosto dos filmes americanos do gênero, abrindo espaço para as motivações dos terroristas, a relação deles com os reféns, e as discussões políticas entre as autoridades israelenses, examinando as motivações morais e políticas de suas decisões. “Desde o primeiro esboço do roteiro, as motivações dos terroristas palestinos e alemães no episódio eram claramente diferentes. As dos palestinos eram pessoais, porque eles perderam famílias e amigos nas mãos dos iraelenses. Os dois alemães, parte de um grupo de extrema esquerda de inspiração marxista, estavam ali por ideologia”, explicou o diretor. “A maioria das versões que conhecemos sobre o episódio é contada pela perspectiva dos militares israelenses. O país vive em estado constante de medo por causa de sua relação com a Palestina, estimulado por políticos que são eleitos dizendo: ‘Votem em mim que eu defendo vocês’”. Em meio às cenas de ação e de drama de gabinete, em que políticos debatem entre si, a narrativa de “7 Dias de Entebbe” também é entrecortada por ensaios de um grupo de dança, exibindo a coreografia “Echad mi Yodea”, criada pelo coreógrafo israelense Ohad Naharin, em 1990. Nela, os dançarinos da companhia Batsheva Dance Company dançam em torno de cadeiras enfileiradas no palco, e vão se despindo de roupas de judeus ortodoxos a medida em que cantam e dançam. A coreografia evoca o fluxo de judeus em direção à Palestina antes e depois da 2ª Guerra Mundial. “Metaforicamente, eles se despem de sua ortodoxia, das contradições de suas crenças e tradições. A coreografia é uma forma de mostrar algo belo da cultura israelense. É uma tentativa de fazer arte. Israel deveria investir também em arte, em cultura”, afirmou Padilha. “No meu entender, a coreografia de Naharin fala sobre deixar de lado os preconceitos, única forma de conviver pacificamente com alguém diferente de você”. “7 Dias em Entebbe” é coproduzido pela Particpant Media, que tem uma filmografia repleta de projetos de ressonância política e social, como “Syriana – A Indústria do Petróleo” (2005) e “Spotlight – Segredos Revelados” (2015). A estreia está marcada para 16 de março nos Estados Unidos e apenas em maio no Brasil.

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    7 Dias em Entebbe: Thriller histórico de José Padilha ganha cena inédita e novo pôster

    19 de fevereiro de 2018 /

    A Focus Features divulgou um novo pôster e uma cena inédita de “7 Dias em Entebbe”, segundo filme internacional dirigido por José Padilha (“Tropa de Elite”) – após estrear em Hollywood com o remake de “RoboCop” (2014) e fazer sucesso com a série “Narcos”. A prévia destaca um dos momentos de tensão da produção, quando os terroristas alemães vividos por Daniel Bruhl (“Capitão América: Guerra Civil”) e Rosamund Pike (“Garota Exemplar”) assumem o controle de um avião vindo de Israel. Os dois também aparecem com destaque no cartaz. “7 Dias em Entebbe” é a quarta filmagem de uma das missões de resgate e combate ao terror mais famosas de todos os tempos: o salvamento dos passageiros de um voo da Air France vindo de Tel Aviv, que teve sua trajetória desviada para Entebbe, em Uganda, por quatro sequestradores (dois palestinos e dois alemães) em 1976. Ameaçando matar a tripulação e os israelenses presentes no voo, os terroristas exigiam a libertação de dezenas de palestinos aprisionados por Israel, e contavam com o apoio do ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Em resposta, o governo israelense mobilizou uma tropa de elite, composta por 100 combatentes, que após sete dias de impasse invadiu o aeroporto, enfrentou o exército ugandense, matou os sequestradores e libertou os passageiros, deixando um saldo de 53 mortos. Entre as baixas, contam-se apenas três passageiros e um único militar israelense, justamente o comandante da invasão. Toda a ação durou menos que a metragem da produção: 90 minutos. A história já rendeu um filme israelense, “Operação Thunderbolt” (1977), com direção de Menahem Globus (dono do estúdio Cannon), além dos telefilmes americanos “Resgate Fantástico” (1976), estrelado por Charles Bronson (“Desejo de Matar”) e dirigido por Irvin Kershner (“O Império Contra-Ataca”), e “Vitória em Entebbe” (1976), com Kirk Douglas (“Spartacus”) e Linda Blair (“O Exorcista”). Exibido no Festival de Berlim, o filme de Padilha chamou atenção por enfatizar aspectos da política israelense e por diminuir a importância do comandante da operação, Yonatan Netanyahu, irmão do atual Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, contrapondo-se à versão chapa-branca da história. O roteiro foi escrito pelo britânico Gregory Burke (de “71: Esquecido em Belfast”) e o elenco ainda destaca Nonso Anozie (série “Zoo”) como Idi Amin, Angel Bonanni (série “Absentia”) como Netanyahu, Lior Ashkenazi (“Foxtrot”) como o Primeiro Ministro de Israel Yitzhak Rabin e Eddie Marsan (série “Ray Donovan”) como o líder da oposição israelense Shimon Peres. A estreia está marcada para 16 de março nos Estados Unidos e apenas em maio no Brasil.

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    Ilha de Cachorros: Animação de Wes Anderson ganha cena inédita e vídeo-pôster

    7 de fevereiro de 2018 /

    A Fox Searchlight divulgou uma cena e um vídeo-pôster (com movimentos) de “Ilha de Cachorros” (Isle of Dogs), a nova animação do cineasta Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”). O cartaz alude à epidemia de gripe canina que leva os cachorros a serem isolados numa ilha do Japão e a cena mostra como é a vida dos exilados caninos, lutando por restos de comida no lixo. Esta premissa distópica não impede um garotinho de ir até a ilha do título para tentar resgatar seu animalzinho de estimação. Sensibilizados, os demais cachorros resolvem ajudar na busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. O elenco de vozes, como de costume nos filmes de Anderson, é repleto de estrelas, incluindo alguns parceiros habituais do diretor, como Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton, Jeff Goldlum, Frances McDormand e Bob Balaban, mas também novidades como Bryan Cranston (da série “Breaking Bad”), Scarlett Johansson (“Os Vingadores”), Greta Gerwig (“Frances Ha”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e diversos astros japoneses, como Ken Watanabe (“A Origem”), Kunichi Nomura (“Encontros e Desencontros”), Akira Ito (“Birdman”), Akira Takayama (“Neve Sobre os Cedros”) e até a cantora Yoko Ono. “Ilha de Cachorros” será a segunda animação da carreira de Anderson, após “O Fantástico Sr. Raposo” (2009). E a escolha do tema é especialmente curiosa porque, em seus filmes, o diretor tem se mostrado um assassino contumaz de cachorrinhos. Os bichinhos sempre se dão mal em suas obras, a ponto da revista The New Yorker ter publicado um ensaio a respeito de como Anderson odeia cães. O filme vai abrir o Festival de Berlim 2018 na próxima quinta (15/2) e chega aos cinemas americanos em 23 de março. Mas os espectadores brasileiros terão que esperar mais três meses para assisti-lo, pois o lançamento nacional está marcado apenas para 14 de junho. Hello and Gesundheit from all the cute canines of @isleofdogsmovie! Share if you can't wait for #IsleOfDogs pic.twitter.com/ihVAooPB9j — People Pets (@PEOPLEPets) February 5, 2018

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    Novo filme de José Padilha é selecionado pelo Festival de Berlim

    22 de janeiro de 2018 /

    O Festival de Berlim 2018 anunciou mais cinco títulos que estarão na competição deste ano. E entre eles está “Operação Entebbe”, o novo filme americano dirigido por José Padilha. O longa tem Rosamund Pike (“Garota Exemplar”) e Daniel Brühl (“Adeus, Lênin”) no elenco e é a quarta filmagem da mesma história, que já rendeu um filme israelense, “Operação Thunderbolt” (1977), com direção de Menahem Globus (dono do estúdio Cannon), além dos telefilmes americanos “Resgate Fantástico” (1976), estrelado por Charles Bronson (“Desejo de Matar”) e dirigido por Irvin Kershner (“O Império Contra-Ataca”), e “Vitória em Entebbe” (1976), com Kirk Douglas (“Spartacus”) e Linda Blair (“O Exorcista”). A trama dramatiza uma das missões de resgate e combate ao terror mais famosas de todos os tempos: o salvamento dos passageiros de um voo da Air France vindo de Tel Aviv, que teve sua trajetória desviada para Entebbe, em Uganda, por quatro sequestradores (dois palestinos e dois alemães) em 1976. Ameaçando matar a tripulação e os israelenses presentes no voo, os terroristas exigiam a libertação de dezenas de palestinos aprisionados por Israel, e contavam com o apoio do ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Em resposta, o governo israelense mobilizou uma tropa de elite, composta por 100 combatentes, que invadiu o aeroporto, enfrentou o exército ugandense, matou os sequestradores e libertou os passageiros. Padilha já venceu um Urso de Ouro em Berlim em 2007, por “Tropa de Elite”. Mas “Operação Entebbe” será exibido fora de competição. Os outros filmes anunciados são “Unsane”, do americano Steven Sorderbergh, “Season of the Devil”, do filipino Lav Diaz, “Museo”, do mexicano Alonso Ruizpalacios e “Ága”, do búlgaro Milko Lazarov. Entre os filmes anteriormente divulgados, há um destaque brasileiro na competição, graças à coprodução internacional: “Las Herederas”, dirigido pelo paraguaio Marcelo Martinessi. Cineastas brasileiros ainda emplacaram três documentário na mostra Panorama, paralela à competição principal. São eles “Aeroporto Central”, de Karim Aïnouz, “Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi, e “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman. Para completar, “Unicórnio”, de Eduardo Nunes (“Sudoeste”), integrará a seção Generation 2018, dedicada a títulos com temas ligados aos jovens. O diretor e a atriz Patrícia Pillar irão a Berlim para acompanhar a exibição. O 68º Festival de Berlim começa no dia 15 de fevereiro, com a exibição de “Isle of Dogs”, animação de Wes Anderson, e termina dia 25, com a entrega dos Ursos de Ouro e Prata. O júri da competição deste ano é presidido pelo cineasta alemão Tom Tykwer (do cultuado “Corra, Lola, Corra” e “A Viagem”).

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    Coprodução brasileira e novo filme de Robert Pattinson entram na competição do Festival de Berlim

    15 de janeiro de 2018 /

    A organização do Festival de Berlim 2018 acrescentou mais dez filmes em sua mostra competitiva nesta segunda-feira (15/1), e um deles é uma coprodução brasileira. Trata-se de “Las Herederas”, do paraguaio Marcelo Martinessi, curtametragista premiado que assina seu primeiro longa. A trama gira em torno de mulheres sexagenárias que recebem uma herança, mas se dão conta de que o dinheiro não pode mais melhorar significativamente suas vidas. Outros destaques da nova lista são o western americano “Damsel”, dos irmãos David e Nathan Zellner (“Kumiko, a Caçadora de Tesouros”), que traz no elenco Robert Pattinson (“Bom Comportamento”) e Mia Wasikowska (“Alice Através do Espelho”), e o alemão “Transit”, novo drama do cineasta Christian Petzold (de “Phoenix” e “Barbara”). O 68º Festival de Berlim começa no dia 15 de fevereiro, com a exibição de “Isle of Dogs”, animação de Wes Anderson, e termina dia 25, com a entrega dos Ursos de Ouro e Prata. O júri da competição deste ano é presidido pelo cineasta alemão Tom Tykwer (do cultuado “Corra, Lola, Corra” e “A Viagem”). Confira abaixo a lista dos dez novos filmes anunciados no evento. E veja aqui os títulos anteriormente anunciados. “3 Days in Quiberon”, de Emily Atef (Alemanha, Áustria e França) “Black 47”, de Lance Daly (Irlanda e Luxemburgo) “Damsel”, de David Zellner e Nathan Zellner (EUA) “Eldorado”, de Markus Imhoof (Suíça e Alemanha) “Las Herederas”, de Marcelo Martinessi (Paraguai, Alemanha, Uruguai, Noruega, Brasil e França) “Pig”, de Mani Haghighi (Irã) “La Prière”, de Cédric Kahn (França) “The Real Estate”, de Måns Månsson e Axel Petersén (Suécia e Reino Unido) “Touch Me Not”, de Adina Pintilie (Romênia, Alemanha, República Checa, Bulgária e França) “Transit”, de Christian Petzold (Alemanha e França)

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    Filme estrelado por Patricia Pillar é selecionado para o Festival de Berlim

    19 de dezembro de 2017 /

    Mais um filme brasileiro foi anunciado na seleção oficial do Festival de Berlim 2018, o primeiro grande evento europeu do calendário cinematográfico anual, que acontece de 15 a 25 de fevereiro na Alemanha. “Unicórnio”, de Eduardo Nunes (“Sudoeste”), integrará a seção Generation 2018, dedicada a títulos com temas ligados aos jovens. O diretor e a atriz Patrícia Pillar irão a Berlim para acompanhar a exibição. O filme já foi exibido este ano no Festival do Rio. Adaptação da obra da escritora brasileira Hilda Hilst, conta a história de Maria (Barbara Luz), que aguarda com a mãe (Patrícia Pillar) a volta para casa de seu pai (Zécarlos Machado). A chegada de outro homem vai abalar o delicado equilíbrio entre as duas. Anteriormente, três documentários brasileiros foram anunciados na mostra Panorama: “Aeroporto Central”, de Karim Aïnouz, “Ex Pajé”, de Luiz Bolognesi, e “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman.

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    Festival de Berlim anuncia filmes de Gus Van Sant e Benoit Jacquot

    19 de dezembro de 2017 /

    A organização do Festival de Berlim revelou alguns dos filmes selecionados para sua edição 2018. Entre os destaques, está o novo filme de Gus Van Sant “Don’t Worry, He Won’t Get Far on Foot”, cinebiografia do cartunista John Callahan, que traz Joaquin Phoenix (“Vício Inerente”) no papel principal. O filme narra como Callahan superou abusos sexuais, vícios e um acidente de carro que o deixou quadriplégico para virar cartunista. De estilo inconfundível, seus quadrinhos cheios de humor negro – e por vezes controversos – o tornaram famoso. Com o projeto, Joaquin Phoenix volta a ser dirigido por Van Sant, após os dois trabalharam juntos em “Um Sonho sem Limites” (1995), segundo filme do ator, então com 21 anos. Marcante para o jovem, a produção foi o primeiro trabalho em que ele foi creditado como Joaquin Phoenix, já que até então era chamado de Leaf Phoenix. O evento também terá a projeção de “Eva”, do francês Benoît Jacquot, em que Isabelle Huppert (“Elle”) interpretará uma mulher fatal. Trata-se de uma nova adaptação do romance escrito por James Hadley Chase, que já foi filmado em 1962 pelo americano Joseph Losey. Na ocasião, foi estrelado por outra grande dama do cinema francês, Jeanne Moreau, musa da nouvelle vague. A trama acompanha um escritor casado que se envolve com uma bela mulher que gosta de humilhá-lo e que pode destruí-lo. O personagem masculino é vivido pelo galã francês Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”). A programação também trará de volta cineastas recentemente premiados em Berlim, em longas como “Twarz”, da poloneza Magorzata Szumowska, vencedora do Urso de Prata de Melhor Direção por “Body” (2015), e “Dovlatov”, dirigido pelo russo Alexey German Jr., que ganhou o prêmio por Melhor Contribuição Artística com “Under Electric Clouds” (2015). A Itália estará representada por “Figlia Mia”, de Laura Bispuri, enquanto o cinema alemão terá “In deem Gängen”, de Thomas Stuber, e “Mein Bruder heisst Robert und ist ein Idiot”, de Philip Gröning. A próxima edição do Festival de Berlim será aberta com a animação “Ilha de Cachorros”, do americano Wes Anderson, no dia 15 de fevereiro. Será a primeira vez que um longa animado abrirá a seleção oficial do festival, cujo juri internacional será presidido pelo diretor alemão Tom Tykwer (“Corra, Lola, Corra”, “A Viagem”).

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