CEO da Tectoy deleta conta do X após postagens polêmicas e radicais
Valdeni Rodrigues compartilhou ataques à China, mulheres e divulgou fake news em suas redes sociais
Ludmilla protesta após sofrer racismo no Dia da Consciência Negra: “Não vão me parar”
Ludmilla se manifestou nesta segunda (20/11), Dia da Consciência Negra, após sofrer diversos ataques racistas no X (antigo Twitter). As agressões teriam sido promovidas inicialmente pelos fãs da mexicana Kenia Os, depois que as famosas trocaram unfollow nas redes sociais, o que explicaria muitos textos em espanhol, mas diversos brasileiros aproveitaram para demonstrar seus piores instintos. Em suas redes sociais, a cantora avisou que não permanecerá calada diante dos atos criminosos. “Não vou recuar”, escreveu, avisando que ia processar todos os racistas. “Veio à tona, nos últimos dias, um recorte do racismo que sofro em minha rotina, principalmente depois que me tornei artista. Um ódio gratuito jogado em mim por perfis racistas ‘vestidos’ de fãs, que nem de longe lembram o público que gosta de música de verdade”, escreveu. Ludmilla explicou que acionou sua equipe jurídica para identificar cada um dos responsáveis pela “enxurrada de ataques”. Ela também notificou a plataforma X, que deletou as publicações denunciadas. “Não dá mais para eu ter que responder por algo que fizeram comigo. Quem tem que falar ou mostrar a cara é quem faz isso, assim, impunimente”, continuou. “Exausta é pouco, mas não vou recuar – continuarei existindo e brilhando, doa a quem doer- e mais uma vez deixo aqui registrado: não há o que celebrar no dia 20 de novembro. Vocês não vão me parar, seus filhos da p*ta”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por LUDMILLA (@ludmilla) pic.twitter.com/bR1veiaKQv — LUDMILLA (@Ludmilla) November 20, 2023
Ludmilla é vítima de racismo no Dia da Consciência Negra
Ludmilla foi alvo de um ataque racista orquestrado nas redes sociais na véspera do Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20/11). A cantora entrou para os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) após seus fãs exigirem respeito. Ao que tudo indica, o ataque teria sido promovido inicialmente pelos fãs da mexicana Kenia Os, depois que as famosas trocaram unfollow nas redes sociais. Algumas pessoas apontaram que a situação teria ocorrido devido a uma foto da gringa com Anitta, a suposta “rival” de Ludmilla, mas não há confirmação. O fato é que o nome de Ludmilla viralizou no X por meio de comentários ofensivos que foram disparados até pelo público brasileiro. “A Ludmilla ter cantado o hino [nacional] na [premiação do] Multishow gerou mais indignação do que o fato dela tá recebendo ataques racistas”, apontou um fã. A situação gerou revolta até em fã-clubes de outros artistas, como Pabllo Vittar, IZA, Luísa Sonza, Gloria Groove, Ana Castela, Bad Bunny e Beyoncé, além da própria Tati Quebra Barraco e do ex-BBB Paulo André. “Inadmissível! A cantora Ludmilla, que também é uma grande fã da Beyoncé, está sendo alvo de uma série de ataques com comentários racistas, e é preocupante notar que muitos brasileiros também estão se unindo a isso. Racismo é crime, e esse tipo de comportamento, tanto na internet quanto na vida real, deve ser reprimido! Ao se depararem com esse tipo de ataque, seja a quem for, não se omitam. Denunciem!”, escreveu o perfil do fã-clube de Beyoncé. “A equipe do Portal IZA não apoia e nem compactua com quaisquer crimes de ódio e RACISMO praticados por outros fandoms contra Ludmilla ou qualquer outro artista. Estamos contigo, Lud!”, acrescentou os fãs da cantora IZA. É inadmissível abrir as redes sociais e se deparar com a quantidade de ataques racistas que a LUDMILLA, grande amiga e parceira de Gloria Groove, vem sofrendo nos últimos dias. Não compactamos com tais atitudes e pedimos aos groovers que denunciem esses crimes que estão sendo… pic.twitter.com/Ct0m6zdnqo — Bonde da Gloria Groove (@bondedagg) November 20, 2023 Bad Bunny Brasil vem por meio deste tweet, demonstrar apoio a toda a fanbase e também a artista Ludmilla, que nos últimos dias vem sofrendo o CRIME de racismo por parte de outras fã bases. Lembrando que racismo É CRIME, e a internet não é terra sem lei! pic.twitter.com/7QMOyiOtZI — Bad Bunny Brasil 🇧🇷 (@BadBunnyBrasil) November 20, 2023 🚨 INADMISSÍVEL! A cantora Ludmilla, que também é uma grande fã da Beyoncé, está sendo alvo de uma série de ataques com comentários racistas, e é preocupante notar que muitos brasileiros também estão se unindo a isso. Racismo é CRIME, e esse tipo de comportamento, tanto na… pic.twitter.com/WH538abtkR — Beyoncé Brasil (@beyoncebrasil) November 20, 2023 🚨 Atenção, talismãs: A equipe do Portal IZA não apoia e nem compactua com quaisquer crimes de ódio e RACISMO praticados por outros fandoms contra Ludmilla ou qualquer outro artista. Estamos contigo, Lud 🖤 pic.twitter.com/WwXJJa69T9 — Portal IZA (@izaportal) November 20, 2023 A ludmilla ter cantado o hino na multishow gerou mais indignação do que o fato dela tá recebendo ataques racistas há 2 dias né? disseram que ela não aguentou 2 dias de hater, mas quem não aguentaria 1 hora na pele dela são vocês. ser uma mulher preta feliz e bem sucedida incomoda — jurídico ludmilla (@blckklucas) November 19, 2023 Dia de celebração ao povo preto, dia de ver várias publicações e comemorações do povo preto, e oq aparece pra mim são publicações em defesa da Ludmilla pq MAIS uma vez a mina tá recebendo ataques racistas . — Pisponelly (@ProsperaPispol) November 20, 2023 se mexeu com a lud mexeu com os sonzers!!!! LUDMILLA MERECE RESPEITO pic.twitter.com/t6V65lPtO4 — mari (@bymarisonza) November 20, 2023 Manifestamos nosso apoio a Ludmilla e seu fandom, que sempre esteve ao lado de Pabllo Vittar desde o início. O racismo é uma banalidade inaceitável e não se esqueçam que aqui não é lugar sem lei. Que a justiça seja feita.LUDMILLA MERECE RESPEITO ! pic.twitter.com/pHBO63t3B7 — Info Pabllo Vittar (@InfoPablloBR) November 20, 2023 Minha solidariedade minha garota❤️Sabemos que nada nos isenta de sofrer racismo.Sofremos e sofreremos pois ser uma mulher negra nesse mundo, vc precisa ter a força de 100. LUDMILLA MERECE RESPEITO pic.twitter.com/mpHCcBGIyv — Tati Quebra Barraco🏚 (@TatiQBOficial) November 20, 2023 INACREDITÁVEL isso estar acontecendo nos dias de hoje, a única coisa que pedimos é o RESPEITO, isso é CRIME, é INACEITÁVEL. Não iremos nos calar, lutamos por todos e não toleramos nenhum ato de racismo e preconceito! LUDMILLA MERECE RESPEITO, TODOS NÓS PRETOS MERECEMOS RESPEITO! pic.twitter.com/zqLZLZkiKP — TROPA DA LUD (@tropadalud) November 20, 2023
Filmes online: 10 documentários brasileiros para o Dia da Consciência Negra
Celebrado neste sábado (20/11), o Dia da Consciência Negra inspira reflexões. E nada melhor para isso que uma maratona de documentários. Sem exagero, a lista dos 10 títulos abaixo inclui alguns dos mais importantes trabalhos documentais sobre a questão racial já feitos no Brasil. O Negro da Senzala ao Soul | YouTube Produzido em 1977, o primeiro documentário televisionado sobte o movimento negro do Brasil foi feito pelo repórter Gabriel Priolli para a TV Cultura, na época em que o Departamento de Jornalismo do canal era comandado por Paulo Roberto Leandro e num momento em que a música soul e ideias de “black power” chegavam ao imaginário popular. Pioneiro, conseguiu driblar a censura para ir ao ar graças ao viés musical, mas foi seu claro engajamento que o fez circular em cópias piratas entre movimentos sociais. Um trecho do filme acabou reaparecendo em outro documentário da lista, “AmarElo”, do rapper Emicida. Ôri | NOW Lançado pela socióloga e cineasta Raquel Gerber em 1989, “Ôri” (consciência em Iorubá) documenta os movimentos negros brasileiros dos anos 1970 com comentários de uma mais maiores ativistas e pensadoras negras do país, Beatriz Nascimento (1942-1995). Levou 11 anos para ser concluído, porque parte do seu material foi apreendido pela ditadura militar. E já na época a diretora notou a ausência de imagens sobre a história negra no país, que nunca deixou de ser metodicamente apagada e destruída. A Negação do Brasil | YouTube Dirigido por Joel Zito Araújo, um dos maiores cineastas negros do país, “A Negação do Brasil” também é um dos mais importantes documentários da seleção. Lançado no ano 2000, conta a história dos negros na TV brasileira. Ou melhor, da falta de negros na TV brasileira, mostrando como eles foram escanteados, ignorados e até mesmo suprimidos da produção televisiva nacional, que só lhes permitia interpretar estereótipos, quando permitia, raramente reconhecendo o talento dos artistas. Menino 23 | Globoplay O filme de Belisário Franca acompanha as investigações de um historiador sobre tijolos marcados com suásticas nazistas, encontrados no interior de São Paulo, e acaba revelando uma história de terror, de meninos órfãos e negros, que foram submetidos a um projeto criminoso de eugenia pela elite política brasileira dos anos 1930. Falcão – Meninos do Tráfico | YouTube Produzido pelo rapper MV Bill e pelo centro de audiovisual da Central Única das Favelas, o filme de 2006 faz um relato duro da vida de jovens de favelas brasileiras, que pela falta de perspectivas são facilmente cooptados pelo tráfico de drogas. Durante as gravações, 16 dos 17 meninos entrevistados morreram, vítimas da violência na qual estavam inseridos. Exibido no “Fantástico”, o documentário teve ampla repercussão, mas nem a entrega simbólica de um DVD do filme nas mãos do então presidente Lula mudou a situação de abandono e omissão do Estado sobre o futuro das crianças das favelas brasileiras. Disponível de graça na página de MV Bill no YouTube. A Última Abolição | Globoplay O título se refere ao fato de o Brasil ter sido o último país do mundo a abolir a escravidão. O filme de Alice Gomes também lembra que isso não aconteceu por causa de um ato magnânimo da Princesa Isabel, mas por anos de lutas e pelo sacrifício de mulheres negras que conseguiram alforriar uma geração de crianças, tornando a liberdade dos negros irreversível. Samba de Santo – Resistência Afro-Baiana | Globoplay A história de três blocos de Carnaval centenários, nascidos em terreiros de candomblé na Bahia, Ilê Aiyê, Cortejo Afro e Bankoma, serve de ponto de partida para explorar a cultura negra, por meio de musicalidade, danças, religiosidade e ancestralidade. E mostram como a tradição carnavalesca politizou-se para ajudar suas comunidades e espalhar brilho no estado mais negro do país, e por isso também mais submetido ao racismo. AmarElo | Netflix Dirigido por Fred Ouro Preto (sobrinho de Dinho, do Capital Inicial), o documentário estabelece um elo entre o show do rapper Emicida no Theatro Municipal, de São Paulo, com dois momentos importantes da história e da cultura passados dentro e fora do Municipal: a Semana de Arte Moderna de 1922 e a fundação do Movimento Negro Unificado (MNU) em 1978 – que lutou pela auto-afirmação cultural e o incentivo à cultura de matriz africana, até então estigmatizada no Brasil. Sementes – Mulheres Pretas No Poder | Globoplay O filme de Julia Mariano e Éthel Oliveira foi feito sob o impacto do assassinato de Marielle Franco, transformando o luto em luta. Dos protestos às candidaturas políticas, acompanha o efeito multiplicador da luta pela resistência com o surgimento de novas lideranças negras e femininas em meio ao auge opressor do aparato político-miliciano que exterminou Marielle e resultou na eleição de Bolsonaro em 2018. Dentro Da Minha Pele | Globoplay O documentário de Toni Venturi conta histórias de 9 pessoas comuns, com diferentes tons de pele negra, que apresentam seu cotidiano na cidade de São Paulo e compartilham situações de racismo, dos velados aos mais explícitos. Entre os relatos há um médico confundido com bandido, uma faxineira tratada como escrava, um garoto assassinado pela polícia e uma funcionária trans que nunca é promovida.
Taís Araújo será Marielle Franco em especial da Globo
A Globo divulgou uma foto da atriz Taís Araújo, atualmente no ar na novela “Amor de Mãe”, caracterizada como Marielle Franco. Ela vai viver a vereadora e ativista assassinada por milicianos no especial “Falas Negras”, programa dirigido por seu marido Lázaro Ramos e criado especialmente para ir ao ar no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. Em entrevista à coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo, Taís contou que gostaria de ter conhecido melhor a vereadora e disse que todos os brasileiros mereciam conhecê-la. “Eu senti vontade de ter conhecido mais a Marielle. Me deu esse desejo de falar ‘meu Deus, por que eu não sabia tão mais dela antes da execução?’. Eu acho que todos os brasileiros mereciam conhecê-la mais. Ela tinha tanto a dizer e tanto a fazer…”, disse. O programa contará com 22 atores negros interpretando personalidades da vida real. Além de Marielle, aparecerão na tela Olaudah Equiano, Martin Luther King, Nina Simone, Muhammad Ali e Angela Davis – a maioria, americanos. Para Taís, a data celebrada pelo especial é importante para fortalecer o movimento negro no país. “É uma data de reflexão, para lembrar que ainda há muitas conquistas a serem feitas, e que todas as conquistas já feitas não serão cedidas”. Ela avalia que ainda falta muito para se alcançar a igualdade racial, especialmente porque o Brasil “era tido como um país não racista, o que é uma grande mentira”. “Então, eu acho que a gente tem um avanço nesse sentido, de que a sociedade civil está discutindo o assunto do racismo no Brasil”. Entretanto, ela ainda não vê um “avanço propriamente dito, de qualidade de vida para a população negra, não”.
Lázaro Ramos vai dirigir especial da Globo para o Dia da Consciência Negra
Lázaro Ramos vai dirigir um especial da Globo marcado para ir ao ar no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Segundo a colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo, a produção será o primeiro de uma série de especiais que a emissora passará a exibir em datas importantes do calendário nacional. O especial foi criado por Manuela Dias, autora de “Amor de Mãe”, e reunirá textos históricos de personalidades conhecidas pela luta contra a escravidão, o racismo e a segregação racial. Mas, tristemente, nenhum dos líderes antirracistas citados por O Globo é brasileiro. Os atores Fabricio Boliveira, Babu Santana, Guilherme Silva, Ivy Souza e Naruna Costa viverão, respectivamente, o marinheiro nigeriano Olaudah Equiano, o lutador Muhammad Ali, o pastor Martin Luther King, a cantora Nina Simone e a ativista Angela Davis. Lázaro Ramos estreou como diretor no ano passado, à frente do filme “Medida Provisória”, que ainda permanece inédito devido à pandemia de coronavírus. Depois disso, ele comandou um episódio da antologia “Amor e Sorte”, feito durante a quarentena com sua esposa, a também atriz Taís Araújo.





