Mostra de Cinema Chinês de São Paulo chega ao streaming com filmes inéditos e contemporâneos
A 8ª edição da Mostra de Cinema Chinês de São Paulo traz, a partir desta quarta (15/11) e até 30 de novembro, uma seleção com filmes chineses contemporâneos, a maioria inédita no Brasil. Organizada pelo Instituto Confúcio na Unesp, a mostra acontece de forma gratuita e digital, disponibilizada na plataforma Spcine Play (https://spcineplay.eitvcloud.com/) e com exibição nos cinemas do circuito Spcine na capital paulista. Com curadoria de Shi Wenxue, membro do comitê de seleção da mostra competitiva do Festival de Pequim, e Lilith Li, coordenadora do Festival de Macau, a seleção se dedica a explorar temas essenciais da cultura chinesa contemporânea, como as relações familiares e a superação de adversidades. Entre as obras selecionadas, figuram “Cordão da Vida”, de Qiao Sixue, e “Irmãos”, de Quek Shio Chuan, que refletem a complexidade das conexões humanas. O primeiro acompanha a jornada de uma mãe e seu filho de volta às suas raízes, enquanto o outro trata de autismo. Entre os mais premiados, destacam-se “Acima das Nuvens”, de Liu Zhihai, drama de guerra que venceu o prêmio do público no Festival de Pequim, e “Um Pai, Um Filho”, de Bai Zhiqiang, o grande vencedor do Festival de Pequim, sobre um homem que perdeu o filho e encontra um jovem determinado a reencontrar seu pai. A lista também inclui um documentário premiado, “Juntos pelo Mundo”, de Xu Chenghua, o drama de sobrevivência “Deserto”, de Huang Yuan, e uma comédia sci-fi, “Departamento Editorial de Exploração Espacial”, de Kong Dashan, sobre um editor de uma revista em declínio em busca por vida extraterrestre. Outros títulos e mais detalhes de cada filme podem ser conferidos no site oficial do evento (https://mostracinema.institutoconfucio.com.br/).
Danni Suzuki enfrenta tempestade de areia no deserto: “Quase me matou”
Danni Suzuki (“Malhação”) revelou nesta segunda-feira (5/6) que teve uma noite de cão ao pernoitar no meio do deserto do Saara. No Instagram, a atriz relatou ter enfrentado uma tempestade de areia assustadora na madrugada. A artista relatou que a experiência foi ímpar devido as belezas da região. “Pernoitar no deserto do Saara foi uma bela experiência. Encontrar no meio as dunas, no meio do nada, tendas brancas montadas com aqueles belos tapetes trazendo um aconchego, uma fogueira e músicos completando o charme do lugar foi de encher os olhos”, contou. No entanto, Danni confessou que enfrentou alguns perrengues durante a estadia. “A noite foi um pouco complicada por conta da tempestade de areia. O barulho do vento é até gostoso mas as lonas se batendo foram um pouco assustadoras e me atrapalham um pouco pra dormir”, ela pontuou. A atriz contou ter se assustado com uma roupa pendurada, pois pensou ter visto uma assombração na madrugada. “Eu tinha pendurado um vestido branco pra usar no dia seguinte, que no meio da noite quase me matou de susto! Jurei que tinha uma mulher no meu quarto, talvez porque tinha lido sobre as assombrações que costumam aparecer pelo deserto na madrugada”, relatou. Além disso, Danni Suzuki acrescentou que a tempestade de areia atrapalhou seu sono por conta do barulho. “Tudo sacudia, caiu meu abajur, caiu minha água que coloquei ao lado da cama mas logo acabei me adaptando ao barulho da areia batendo na tenda”, disse ela. “Quando pensei que estava tudo tranquilo um barulhão quase me matou de susto outra vez às 5 da manhã. Minha porta se abriu com toda força empurrada pelo vento. Dessa vez, esperei mesmo a assombração entrar… mas nada surgiu. E fiquei acordada de vez”, completou a artista. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por DANNI SUZUKI (@danisuzuki)
Aline Wirley detona produção da Rede BBB em áudio vazado
A cantora Aline Wirley se descuidou durante um vídeo gravado por Cara de Sapato na última quinta-feira (27/4). Nas imagens, a sister apareceu detonando a produção do “BBB 23” por ter marcado entrevistas com ela, Fred Nicácio e Domitila Barros no podcast “BBB tá On” realizado durante a premiação da Rede BBB aos melhores do “BBB 23”. No vídeo descontraído, Sapato estava ao lado de Amanda Meirelles, campeã da edição. A dupla estava se divertindo com o reencontro do grupo Deserto e decidiu revelar que ganharam uma “estrela” dos fãs DocShoes. Contudo, eles não notaram que Aline decidiu expor a produção bem na hora da gravação dos aliados. “A gente virado [pós-vitória], eu vegetando. Aí encontrei Fred Nicácio. Colocaram eu, Fred e a Domitila para fazer uma entrevista… Eu falei: ‘Put* que pariu, mano’. O quê que é isso?”, reclamou a cantora, que arrancou risos dos amigos. Em seguida, foi possível escutar o jornalista Fred Bruno dizendo que a produção preparou outra situação semelhante: “Não, colocaram a Lari [Santos], [Gustavo] Cowboy e Key [Alves]”, apontou ele sobre outra combinação armada pela produção. Após a repercussão negativa, Cara de Sapato correu para apagar os vídeos publicados no Instagram. No entanto, a situação continuou tensa nesta sexta-feira (28/4), já que o público do “BBB 23” se mostrou dividido após o forte desabafo de Aline Wirley. Até o momento, os envolvidos não se manifestaram sobre o vazamento do áudio. Pois é a Aline teve que reclamar pq foi muito triste depois de um jogo acabar ele tacando shade no podcast. Reclamou com razão eu assisti e vi quão ridículo foi. — angelica 🦊🦋 (@falaaiangelica) April 28, 2023 Juro, depois desse áudio vazado eu amo a Aline. Eu estava meio com o pé atras, mas agora me rendi. — Prii 🪢 (@priizellyb93102) April 28, 2023 Imagina se é domitila e Nicacio com áudio vazado dizendo que não queria fazer entrevista com Aline ou Amanda? O mundo ia desabar no Instagram, mas os militantes seletivos somos nós do twitter pic.twitter.com/pSEPj8lRSN — May 🦁🧙🏾♀🔮🪄 (@maydeitanabrr) April 28, 2023 Eu sou jurídico Aline Wirley mas assim, ela não errou em absolutamente nada e não tinha nada de absurdo no áudio na vdd. Só ela falando que ficou chocada por ter feito podcast com os insuportáveis. E assim, alguém achou q ela tinha ficado feliz com isso? — mi 🪢 (@mimicomenta_) April 28, 2023 Bom, o tal 'áudio vazado' da Aline não mostra nada diferente do que a gente já sabia, né? Ela claramente se sente desconfortável ao lado de Fred Nicácio e Domitila. E não parece estar muito disposta a refletir sobre isso. Saiu com o mesmo pensamento que tinha dentro do #BBB23 — Lucas Pasin 🧙♂️ (@lucaspasin) April 28, 2023 Ai gente sério mesmo eu não vou perder minha saúde mental não sabe falando de áudio da Aline,deixa Aline nesse lugar de de confusão o programa já acabou e ela como uma mulher madura deveria mostrar superioridade. Mas deixa quando ela precisar do público não terá. #BBB23 — 𝐏𝐑𝐄𝐆𝐔𝐈𝐂̧𝐀 𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐂𝐄 (@Liliamnascimen6) April 28, 2023
Estreias: Feriadão sem blockbuster destaca filmes indies e drama brasileiro premiado em Cannes
Quase uma dúzia de estreias chegam aos cinemas neste feriadão, mas nenhum blockbuster. A grande ironia é que os lançamentos com maior distribuição desta vez são europeus, enquanto os títulos de qualidade vem dos Estados Unidos e do Brasil: duas produções indies que devem marcar presença na temporada de premiações americanas do fim de ano e um dos melhores dramas brasileiros de 2017. Clique nos títulos dos filmes abaixo para ver os trailers de todas as estreias. O filme que chega em mais salas nesta quinta-feira (2/11) é uma animação genérica belga, “Big Pai, Big Filho”, sobre um adolescente que descobre que seu pai é o Pé Grande. A premissa vira uma aventura de animais falantes com direção dos responsáveis pelas “Aventuras de Sammy” (2010), o “Procurando Nemo” com tartarugas da Bélgica, usando os mesmos softwares já superados de computação gráfica. “A Noiva” é o terceiro terror russo de Svyatoslav Podgayevsky, que já tem mais três encaminhados. Nenhum deles agradou à crítica internacional, mas este vai ganhar remake americano graças à temática macabra, que explora um costume antigo de países da Europa Oriental: fotografias de mortos para os álbuns de recordações das famílias, com as pálpebras pintadas para simular olhos abertos. A tradição sinistra é evocada quando uma jovem viaja com o noivo para conhecer a família dele, e se vê numa cerimônia ritualística de casamento. O único susto do lançamento, porém, é que não saiu direto em DVD ou streaming. O feriado de Finados oferece até uma combinação de animação para crianças com tema de terror. Como o título sugere, “Historietas Assombradas – O Filme” é uma produção brasileira derivada da TV. Trata-se da versão de cinema da série “Historietas Assombradas para Crianças Malcriadas”, do Cartoon Network, por sua vez inspirada num curta de 2013. O diretor é o mesmo dos três, Victor-Hugo Borges. O desenho faz sentido para quem não acompanha a série, mas é melhor ainda para quem conhece os personagens, já que aborda o passado do menino Pepe, abandonado pelos pais e criado pela Vó, o que evitou que fosse utilizado num ritual macabro. Entretanto, o que chama atenção é seu visual peculiar, com traços bizarros para evocar o terror trash, repleto de monstros e criaturas repugnantes. Não tema, pois é divertido e com moral da história, sobre o que representa uma família de verdade. Há uma montanha no caminho de dois filmes. “Depois Daquela Montanha” traz Kate Winslet (“O Leitor”) e Idris Elba (“A Torre Negra”) perdidos no meio da neve após um acidente aéreo. Sozinhos e feridos em um local ermo e congelante, em vez de lutarem pela sobrevivência, aproveitam o cenário para viver um novelão romântico. A produção “de prestígio” da Fox foi um fracasso de crítica (42% no Rotten Tomatoes) e público (US$ 28,3 milhões arrecadados para um orçamento de US$ 35 milhões) na América do Norte. A melhor parte da programação começa na outra montanha. “Gabriel e a Montanha” dramatiza a viagem derradeira de Gabriel Buchmann (vivido na tela por João Pedro Zappa), jovem economista brasileiro que morreu em 2009, aos 28 anos, durante uma escalada numa montanha no Malawi. O diretor Fellipe Barbosa era amigo de infância do rapaz, que fazia questão de não seguir regras, ao viajar pelo mundo sem dinheiro e sem parecer turista. O filme foi vencedor de dois prêmios da mostra Semana da Crítica, do Festival de Cannes 2017, inclusive o principal, além de ter sido aplaudido de pé e recebido críticas muito positivas da imprensa internacional. Este é o segundo longa-metragem de ficção dirigido por Fellipe Barbosa, que esteve à frente do elogiado “Casa Grande”, vencedor do prêmio do público no Festival do Rio e considerado o Melhor Filme Brasileiro exibido em 2015 pela Pipoca Moderna. Também premiado em Cannes, “Terra Selvagem” rendeu o troféu de Melhor Direção para Taylor Sheridan na mostra Um Certo Olhar. Neste ano, Sheridan já tinha sido indicado ao Oscar como Roteirista, por “A Qualquer Custo”. Sua nova trama de suspense dramático combina a neve da região do Wyoming com um clima bastante sombrio, ao acompanhar a investigação do assassinato de uma jovem numa reserva indígena. O elenco é liderado por Jeremy Renner e Elizabeth Olsen (ambos de “Vingadores: Era de Ultron”), como um caçador local e uma agente do FBI, que se unem para tentar descobrir o assassino. 87% de aprovação no Rotten Tomatoes. Outro filme indie com destaque na temporada, com 81% no Rotten Tomatoes e indicação a Melhor Roteiro no Gotham Awards (premiação do cinema independente americano), “O Estado das Coisas” traz Ben Stiller (“Zoolander”) amargurado, comparando seu status ao de seus amigos de faculdade, que ficaram milionários enquanto ele continuou idealista e não construiu patrimônio. A reflexão acontece quando seu filho (Austin Abrams, da série “The Walking Dead”) tenta entrar numa boa universidade. O filme tem roteiro e direção de Mike White (roteirista de “Escola de Rock” e da vindoura animação “Emoji: O Filme”) e também inclui no elenco Michael Sheen (série “Masters of Sex”), Luke Wilson (série “Roadies”), Jemaine Clement (série “Legion”) e Jenna Fischer (série “The Office”), além do próprio Mike White. Dois thrillers completam o circuito convencional. “Em Busca de Vingança” traz Arnold Schwarzenegger (“O Exterminador do Futuro: Gênesis”) fazendo o que diz o título, na caça do controlador de voo que causou o acidente aéreo em que sua filha morreu. Fraquinho (39%), saiu direto em streaming nos Estados Unidos. E “Deserto” mostra Jeffrey Dean Morgan (série “The Walking Dead”) como um americano racista, que passa seu tempo de tocaia na fronteira para eliminar imigrantes ilegais do México. Para seu azar, Gael García Bernal (“Neruda”) se mostra um cucaracha difícil de matar. Dirigido por Jonás Cuarón, roteirista de “Gravidade” (2013) e filho do cineasta vencedor do Oscar Alfonso Cuarón, o filme faz uma analogia entre o personagem de Bernal, chamado de Moisés, e o personagem bíblico que viaja pelo deserto até a terra prometida. Além disso, o conflito dos protagonistas virou metáfora após a eleição de Donald Trump – o que lhe trouxe simpatia de 61% da crítica dos Estados Unidos. A programação ainda inclui dois lançamentos segmentados. Antes de chegar ao “Sul Maravilha”, o remake de “Dona Flor e seus Dois Maridos” estreia no Nordeste (Salvador, Recife e Fortaleza). Na nova versão, Juliana Paes assume pela segunda vez um papel que foi eternizado por Sonia Braga. Em 2012, ela protagonizou o remake da novela “Gabriela”. Por coincidência, tanto Dona Flor quanto Gabriela são personagens criadas pelo escritor Jorge Amado. Por fim, a animação “Pokémon – O Filme: Eu Escolho Você!”, que celebra os 20 anos da franquia contando a origem de Ash e Pikachu, será exibido em apenas dois dias, 5 e 6 de novembro, nos cinemas da rede Cinemark.
Filme de ação Feito na América com Tom Cruise é a maior estreia da semana
O fim do verão norte-americano assinala uma pausa nos filmes-evento, criando um paradoxo curioso: os dois lançamentos mais amplos desta quinta (14/9) são produções hollywoodianas inéditas nos próprios Estados Unidos. A lista de estreias ainda inclui três filmes brasileiros. O ator Tom Cruise volta a ocupar a maior parte das telas, depois do fracasso de “A Múmia”, tentando levantar voo com “Feito na América”. Ao contrário do anterior, rejeitado pela crítica com 16% de aprovação no Rotten Tomatoes, o novo tem 88% de resenhas positivas. Equilibrando ação e humor, “Feito na América” conta a história verídica de Barry Seal, um piloto de avião que transportava ao mesmo tempo armas para a CIA e drogas para Pablo Escobar. Interpretado por Cruise com um sorriso arteiro e a arrogância de um ás indomável, o personagem esbanja carisma. E também marca a segunda parceria do ator com o diretor Doug Liman, após o bem-sucedido “No Limite do Amanhã” (2014). Um detalhe da produção é que a fotografia é de César Charlone (“Cidade de Deus”). Com distribuição em 547 salas, o filme chega ao Brasil duas semanas antes de seu lançamento nos Estados Unidos. Por outro lado, o terror “Amityville – O Despertar” nem sequer tem previsão para entrar no circuito norte-americano. Provavelmente porque deve sair direto em DVD por lá. Afinal, sua trama é uma continuação que renega os diversos filmes anteriores passados no mesmo lugar mal-assombrado. Segundo a premissa, nada aconteceu em Amityville desde os anos 1970, época em que mortes sangrentas inspiraram uma lenda e originaram a franquia de terror original. Por conta disso, uma nova família acha perfeitamente seguro se mudar para a casa mal-assombrada mais famosa do mundo. Em 1979 e 2005, foram recém-casados que se mudaram para o local. Desta vez, a trama é mais próxima do segundo longa, “Terror em Amityville” (1982), em que a assombração atacava o filho adolescente dos moradores incautos. O roteiro e a direção são do francês Franck Khalfoun, que recentemente revisitou outro terror clássico com o remake de “Maníaco” (1980). A animação canadense “O que Será de Nozes 2” é quase um remake. Assim como na primeira animação, o habitat dos bichinhos falantes sofre um acidente e eles são forçados a buscar um novo esconderijo. E, claro, precisarão lutar para defendê-lo. No caso, enfrentarão o projeto de transformar um parque verde num parque de diversões, fazendo de tudo para impedir as obras, como visto em inúmeros curtas do Tico e Teco, da Disney, e no recente “O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida” (2012). O circuito limitado ainda traz mais dois dramas americanos. “Em Defesa de Cristo” segue a linha de “Deus Não Está Morto”, confrontando um ateu com “verdades religiosas”. Curiosamente, a efetividade deste tipo de propaganda, baseada no best-seller de um professor evangélico, é bastante limitada, já que atrai apenas os convertidos – foi um fracasso nas bilheterias dos EUA. Já “Columbus” é uma produção indie com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, que teve sua première no Festival de Sundance deste ano. O título se refere à cidade de Indiana onde um sul-coreano (John Cho, de “Star Trek”) se vê encalhado, quando seu pai, um arquiteto famoso, cai doente. A trama equilibra concreto e romance, conforme o protagonista vai conhecendo a cidade modernista e se envolve com uma bela jovem (Haley Lu Richardson, de “Fragmentado”) entusiasta de arquitetura, cuja mãe também sofre com uma doença diferente – o vício. Rara produção búlgara a chegar ao Brasil, “Glory” venceu diversos prêmios internacionais, especialmente pelo roteiro, que mostra como um ato ético pode ser corrompido por um governo inescrupuloso. Na trama, um trabalhador ferroviário encontra milhões em dinheiro espalhados sobre os trilhos e os entrega à polícia. Quando uma funcionária do Ministério dos Transportes decide usá-lo numa campanha para desviar a atenção da imprensa de um escândalo de corrupção, sua vida simples é submetida ao caos da burocracia estatal. A parábola dramática tem 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. Três ótimos filmes nacionais completam a programação. No revelador documentário “A Gente”, o diretor Aly Muritiba (“Para Minha Amada Morta”) filma a rotina de agentes penitenciários, uma profissão que ele exerceu antes de virar cineasta, no interior de uma penitenciária de Curitiba. “Deserto” marca a estreia do ator Guilherme Weber (“Real, O Plano por Trás da História”) como diretor e roteirista, e acompanha a chegada de uma trupe de artistas itinerantes numa cidade fantasma, que decidem habitar, revelando suas verdadeiras personalidades fora do palco. Com elenco liderado pelo veterano Lima Duarte (“Família Vende Tudo”), o filme chama atenção pelo visual felliniano e foi premiado por isso, com o troféu de Melhor Direção de Arte no Festival de Brasília passado. Por fim, “As Duas Irenes” possui uma carreira consagrada por participação no Festival de Berlim, prêmio de Melhor Filme de Estreia do Festival de Guadalajara e três Kikitos no recente Festival de Gramado, incluindo Melhor Ator Coadjuvante (Marco Ricca), Direção de Arte e Roteiro, escrito pelo diretor estreante Fabio Meira. Rodado em Goiás, a produção acompanha uma jovem que descobre outra filha de seu pai. Além do mesmo pai, a jovem ainda compartilha o mesmo nome que o seu. Sem se identificar, a primeira Irene se aproxima da outra. Mas a história não tem vingança ou perversidade. Em vez disso, explora a situação atípica como uma metáfora para as questões existenciais da adolescência. Com bela fotografia (da boliviana Daniela Cajías) e trama universal, merecia um lançamento em mais salas. Clique nos títulos destacados de cada filme para ver os trailers de todas as astreias da semana.
Armie Hammer vive sniper perdido no deserto em trailer, fotos e pôster de suspense de guerra
O suspense de guerra de “Mine”, estrelado por Armie Hammer (“O Agente da UNCLE”), ganhou seu primeiro trailer, pôsteres (italianos e americanos) e 22 fotos. A prévia mostra como uma tentativa frustrada de eliminar um alvo terrorista deixa o sniper vivido por Hammer perdido num deserto minado, em pleno Oriente Médio, sujeito à tempestades de areia, ataques de animais selvagens, alucinações e encontros com inimigos, enquanto aguarda seu resgate. “Mine” marca a estreia dos diretores italianos Fabio Guaglione e Fabio Resinaro, que também assinam o roteiro. O elenco também inclui Annabelle Wallis (“Annabelle”) e Tom Cullen (série “Downton Abbey”). A estreia está marcada para 7 de abril nos EUA e não há previsão de lançamento no Brasil.
Festival de Havana premia Sônia Braga e thriller com vilão de The Walking Dead
O filme “Deserto”, do diretor mexicano Jonás Cuarón, venceu o Festival de Havana, em uma decisão que surpreendeu a crítica especializada neste fim de semana. O destaque brasileiro coube a Sônia Braga, que levou o prêmio Coral de Melhor Atriz por “Aquarius”. “Deserto” é o segundo longa dirigido pelo filho do premiado cineasta Alfonso Cuarón (“Gravidade”). A trama acompanha Gael Garcia Bernal (“Neruda”), um mexicano que cruza ilegalmente a fronteira do seu país com os Estados Unidos e se vê alvo, junto com seu grupo, de um americano (Jeffrey Dean Morgan, o Negan de “The Walking Dead”) determinado a assassinar todos os invasores. É fácil ver o apelo dessa metáfora sem sutilizas da vindoura era Trump. Além de Melhor Filme, o thriller de baixo orçamento também levou o Coral de Música original, com Woodkid (Yoann Lenoine). “Últimos Dias em Havana”, do experiente diretor Fernando Pérez, recebeu o Prêmio Especial do júri. Já o Melhor Ator foi o cubano Luis Alberto García, por “Ya No Es Antes”, enquanto o colombiano Víctor Gaviria venceu como Melhor Diretor por “La Mujer del Animal”. Para completar, um conhecido dos brasileiros, Inti Briones (que trabalhou em “Pequeno Segredo”) levou o Coral de Melhor Fotografia pelo chileno “Aquí No Ha Pasado Nada”, enquanto os profissionais de “Neruda” conquistaram os troféus de Edição e Direção Artística. Infelizmente, o festival também foi marcado pela censura a um filme: “Santa & Andres”, do cubano Carlos Lechuga, barrado do evento “por questão de princípio”, segundo os organizadores. É que o longa faz uma crítica contundente à intolerância histórica contra os homossexuais pelo regime dos Castros. Como não se pode criticar o governo de uma ditadura, ao menos se pode demonstrar, como vítima de repressão, o quanto ele é realmente intolerante.
Festival de Brasília começa sua maior edição dos últimos anos
O 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começa nesta terça (20/9) sua maior edição dos últimos anos na capital federal. Só a competição terá 9 longas-metragens, três a mais que nas edições anteriores, além de 12 curtas. A estes filmes se somam outros 20 em mostras paralelas e sessões especiais, chegando a um total de 40 produções cinematográficas. A abertura acontece com o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, premiado no Festival de Cannes deste ano, com exibição no Cine Brasília apenas para convidados. Já o encerramento vai acontecer com a projeção de “Baile Perfumado” (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, numa homenagem aos 20 anos da produção e a retomada do cinema pernambucano. “A gente quer dar de novo ao festival a potência que ele tinha, de trazer para Brasília o melhor do cinema brasileiro, não só na mostra oficial, mas nas mostras paralelas também”, disse o secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, em comunicado, ecoando críticas feitas aqui mesmo na Pipoca Moderna. “Queremos que o festival de Brasília seja o festival dos festivais. Todo o cinema brasileiro potente tem que se reunir em Brasília. É o local de discussão política e estética do cinema. Este festival é o mais tradicional evento cultural de Brasília. É uma grande vitrine do estágio da produção tanto do ponto de vista da estética do cinema brasileiro quanto do seu papel político e da discussão política que se estabelece em Brasília”, afirmou o secretário. Todos os nove longas selecionados para a mostra competitiva são inéditos no circuito dos festivais brasileiros, mas dois já foram exibidos no exterior: a produção amazonense “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, que teve première no Festival de Berlim, e “A Cidade Onde Envelheço”, de Marilia Rocha, presente no Festival de Roterdã. A lista inclui ainda “Deserto”, dirigido pelo ator Guilherme Weber, “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr., “Malícia”, de Jimi Figueiredo, “O Último Trago”, de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti, e “Rifle”, de Davi Pretto. Os documentários “Martírio”, de Vincent Carelli, com Ernesto de Carvalho e Tita, e “Vinte anos”, de Alice de Andrade, completam a seleção. Ao todo, 132 filmes foram inscritos para participar da 49ª edição do festival, e os selecionados representam diferentes abordagens e regiões do país. Há desde estreantes, como Guilherme Weber, até veteranos do circuito dos festivais, como os irmãos Pretti e Pedro Diogenes. Uma novidade desta edição é a criação da Medalha Paulo Emílio Salles Gomes, intelectual responsável pela criação do festival, que completaria 100 anos em 2016. O objetivo da medalha é homenagear uma personalidade do cinema brasileiro a cada ano. E a primeira será dada ao crítico de cinema de origem francesa Jean-Claude Bernadet. “Bernadet é um grande teórico, professor e roteirista e, hoje, um grande ator do cinema brasileiro. Ele tudo a ver com a história do festival de cinema”, disse Guilherme Reis. A programação do festival pode ser conferida no site oficial.
Últimos Dias no Deserto humaniza Jesus Cristo
Filho do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Rodrigo García seguiu uma trajetória bem diferente de seu saudoso pai. Desde que estreou em 2000 como diretor do delicado “Coisas que Você Pode Dizer Só de Olhar para Ela“, García tem alternado uma carreira no cinema e na TV com narrativas que privilegiam as mulheres e a psicologia de pessoas com vidas nada extraordinárias. Embora “Últimos Dias no Deserto” tenha um verniz bíblico, pode-se dizer que é a primeira vez que Rodrigo García faz um filme com proximidade à obra literária de seu pai. A “expedição” enfrentada pelo Yeshua (pronúncia hebraica de Jesus) vivido por Ewan McGregor (“Álbum de Família”) carrega todo aquele peso existencial de obras como “Memórias de Minhas Putas Tristes” e “Relato de Um Náufrago”, por exemplo. Também assinado por Rodrigo García, o roteiro de “Últimos Dias no Deserto” imagina com muitas liberdades uma peregrinação de 40 dias de Yeshua pelo deserto. Por si só e em jejum, Yeshua aplaca o vazio de sua jornada com orações, encontrando ao final Jerusalém como o seu destino. Indo contra o caminho de filmes bíblicos de proporções épicas que seguem em produção, “Últimos Dias no Deserto” traz um Jesus Cristo intimista em uma “aventura” sem qualquer adorno para engrandecer as suas ações. A escolha favorece a intenção de humanizar uma figura divina, que se vê enclausurada em dilemas com as aparições inconvenientes do Diabo (também interpretado por Ewan McGregor) e ao cruzar com uma família. Composta por um Pai (Ciarán Hinds, de “A Mulher de Preto”), uma Mãe (Ayelet Zurer, que esteve na nova versão de “Ben-Hur” como a mãe do personagem-título) que adoece e um Filho (Tye Sheridan, de “X-Men: Apocalipse”), tal família constrói aos poucos uma casa enquanto dormem em uma tenda. Habilidoso carpinteiro, Yeshua oferece a sua mão de obra e, no processo, percebe um atrito entre o Pai e o Filho – este segundo, um jovem de 16 anos, é claramente oprimido para viver no deserto. Para potencializar ao máximo as relações do protagonista com os componentes dessa família e da figura demoníaca com as mesmas feições de Yeshua, “Últimos Dias no Deserto” é quase isento de elementos cenográficos. Com exceção de trapos, gravetos e o esqueleto do que pretende ser uma habitação, não há nada além da aridez do deserto diante dos nossos olhos. A fotografia de Emmanuel Lubezki sequer se permite a transformar as paisagens em espetáculos visuais, algo esperado do mexicano que venceu consecutivamente três estatuetas do Oscar por “Gravidade” (2013), “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” (2014) e “O Regresso” (2015). Os planos abertos são geralmente usados em circunstâncias em que a desolação é o sentimento que toma os pensamentos de Yeshua. O olhar muito particular de Rodrigo García, ainda que não se furte de emoção genuína (como a descida do Pai em uma montanha para resgatar uma pedra preciosa), também é frio ao apresentar certo distanciamento diante da própria história que narra, quase se aproximando de “O Canto dos Pássaros”, filme de 2008 dirigido por Albert Serra sobre a viagem d’Os Três Reis Magos para adorar o menino Jesus. Apesar da dessacralização encenada, Rodrigo García sai-se melhor em seus relatos dramáticos de indivíduos facilmente identificáveis em nosso cotidiano.
Festival de Brasília 2016 exibirá 40 filmes
O 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro anunciou sua programação completa, prometendo sua maior edição dos últimos anos na capital federal. Só a competição terá 9 longas-metragens, três a mais que nas edições anteriores, além de 12 curtas. A estes filmes se somam outros 20 em mostras paralelas e sessões especiais, chegando a um total de 40 produções cinematográficas. Premiado no Festival de Cannes deste ano, o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, foi selecionado para abrir o festival, no Cine Brasília, com exibição apenas para convidados. Já o encerramento vai acontecer com a projeção de “Baile Perfumado” (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, numa homenagem aos 20 anos da produção e a retomada do cinema pernambucano. “A gente quer dar de novo ao festival a potência que ele tinha, de trazer para Brasília o melhor do cinema brasileiro, não só na mostra oficial, mas nas mostras paralelas também”, disse o secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, em comunicado, ecoando críticas feitas aqui mesmo na Pipoca Moderna. “Queremos que o festival de Brasília seja o festival dos festivais. Todo o cinema brasileiro potente tem que se reunir em Brasília. É o local de discussão política e estética do cinema. Este festival é o mais tradicional evento cultural de Brasília. É uma grande vitrine do estágio da produção tanto do ponto de vista da estética do cinema brasileiro quanto do seu papel político e da discussão política que se estabelece em Brasília”, afirmou o secretário. Todo os nove longas selecionados para a mostra competitiva são inéditos no circuito dos festivais brasileiros, mas dois já foram exibidos no exterior: a produção amazonense “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, que teve première no Festival de Berlim, e “A Cidade Onde Envelheço”, de Marilia Rocha, presente no Festival de Roterdã. A lista inclui ainda “Deserto”, dirigido pelo ator Guilherme Weber, “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr., “Malícia”, de Jimi Figueiredo, “O Último Trago”, de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti, e “Rifle”, de Davi Pretto. Os documentários “Martírio”, de Vincent Carelli, com Ernesto de Carvalho e Tita, e “Vinte anos”, de Alice de Andrade, completam a seleção. Ao todo, 132 filmes foram inscritos para participar da 49ª edição do festival, e os selecionados representam diferentes abordagens e regiões do país. Há desde estreantes, como Guilherme Weber, até veteranos do circuito dos festivais, como os irmãos Pretti e Pedro Diogenes. Uma novidade desta edição é a criação da Medalha Paulo Emílio Salles Gomes, intelectual responsável pela criação do festival, que completaria 100 anos em 2016. O objetivo da medalha é homenagear uma personalidade do cinema brasileiro a cada ano. E a primeira será dada ao crítico de cinema de origem francesa Jean-Claude Bernadet. “Bernadet é um grande teórico, professor e roteirista e, hoje, um grande ator do cinema brasileiro. Ele tudo a ver com a história do festival de cinema”, disse Guilherme Reis. O Festival de Brasília deste ano acontecerá de 20 a 27 de setembro na capital federal. A programação do festival pode ser conferida no site oficial.
Festival de Brasília anuncia lista de filmes em competição
A organização do Festival de Brasília anunciou os nove longas selecionados para sua mostra competitiva. Todos são inéditos no circuito dos festivais brasileiros, mas dois já foram exibidos no exterior: a produção amazonense “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, que teve première no Festival de Berlim, e “A Cidade Onde Envelheço”, de Marilia Rocha, presente no Festival de Roterdã. A lista inclui ainda “Deserto”, dirigido pelo ator Guilherme Weber, “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr., “Malícia”, de Jimi Figueiredo, “O Último Trago”, de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti, e “Rifle”, de Davi Pretto. Os documentários “Martírio”, de Vincent Carelli, com Ernesto de Carvalho e Tita, e “Vinte anos”, de Alice de Andrade, completam a seleção. Ao todo, 132 filmes foram inscritos para participar da 49ª edição do festival, e os selecionados representam diferentes abordagens e regiões do país. Há desde estreantes, como Guilherme Weber, até veteranos do circuito dos festivais, como os irmãos Pretti e Pedro Diogenes. A comissão julgadora foi formada pelo cineasta e crítico Eduardo Valente, novo curador do festival, ao lado da produtora Andréa Cals, do crítico Marcus Mello e do professor Pablo Gonçalo. O Festival de Brasília deste ano acontecerá de 20 a 27 de setembro na capital federal.
O Lobo do Deserto surpreende com drama e aventura em clima de western beduíno
“O Lobo do Deserto”, produção capitaneada pela Jordânia (com Emirados Árabes, Qatar e Reino Unido), indicada ao Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro, é um drama de diretor estreante, Naji Abu Nowar, que mostra inegável talento na filmagem de sua história centrada na figura de uma criança: o Theeb do título original. O contexto histórico não fica muito claro, mas a trama se passa no deserto da Arábia, em 1916, em meio à 1ª Guerra Mundial. Theeb (Jacir Eid), que significa lobo, vive numa tribo beduína em algum ponto distante do Império Otomano. O menino convive com seu irmão maior, que procura lhe ensinar o estilo de vida beduíno. O sheik, seu pai, morreu recentemente. E é da perspectiva iminente da morte, todo o tempo, que vive a narrativa centrada no menino. Vemos a chegada de um oficial britânico àquelas paragens, pedindo ajuda para localizar um poço romano, no caminho para Meca, antiga rota de peregrinos, agora tomada por bandidos, mercenários, revolucionários e corsários. E Theeb, mesmo a contragosto dos viajantes, acompanha o irmão, o oficial e seu companheiro, numa jornada repleta de perigos, tiroteios e mortes, que remete ao gênero western. As linhas de trem anunciam que os camelos vão cedendo a vez ao progresso. O filme, ao se focar na figura do menino, se exime de explicar melhor o contexto. Tanto quanto nós, espectadores, o menino não sabe o que está acontecendo. Porque as pessoas se matam nesse local do deserto, o que está em jogo, que papel tem o oficial inglês nessa história e o que ele carrega consigo que parece valioso. A Theeb cabe, prematuramente, se defender, se esconder, sair de um poço onde caiu, manejar armas, conviver com um homem que não conhece e não sabe direito a que veio, escalar montanhas de pedra e, enfim, tentar sobreviver. O clima de tensão é criado ao explorar em panorâmicas ao mesmo tempo um ambiente misterioso, belo e assustador, e ao focar bem de perto a figura de Theeb, seu irmão maior e outros personagens, colocando-nos dentro da ação. Uma ação, como disse, um tanto incompreensível. Estamos vivendo os fatos como se fôssemos uma criança, como é Theeb, com cerca de 10 anos de idade. É evidentemente assustadora a jornada vivida pelo menino. A trama não desvenda propriamente o mistério, mas constrói um conjunto de situações que não só envolve o espectador como o intriga. Tudo vai ficando um pouco mais claro à medida que os eventos se sucedem. A sequência final fecha bem a trama. Até surpreende, mas o mistério das relações envolvidas permanece. É uma bela produção, muito bem realizada. Uma boa surpresa em termos cinematográficos, que já rendeu a esse filme da Jordânia alguns prêmios importantes, como um BAFTA, além da distribuição garantida em muitos países graças à sua indicação ao Oscar.











