“Mal de Família” e “Derry Girls” vencem principal prêmio da TV britânica
As séries “Mal de Família” (Bad Sisters) e “Derry Girls” foram as grandes vencedores do BAFTA TV Awards, principal premiação da TV do Reino Unido, em cerimônia realizada neste domingo (14/5) em Londres. Por coincidência, são duas séries centradas na amizade feminina, e ambas estão disponíveis em streaming no Brasil, respectivamente na Apple TV+ e Netflix. Além de vencer a categoria de Série de Drama, “Mal de Família” rendeu o troféu de Melhor Atriz Coadjuvante para Anne-Marie Duff, enquanto “Derry Girls” consagrou-se como Melhor Série, Atriz Coadjuvante (Siobhan McSweeney) e Roteiro de Comédia (Lisa McGee). O drama da Apple é um remake da série belga “Clan” e acompanha a vida de cinco irmãs, que prometeram proteger umas às outras depois da morte prematura de seus pais. Por isso, quando desconfiam que uma delas está sofrendo abuso do marido, planejam o assassinato do cunhado. Criada e estrelada por Sharon Horgan (“Catastrophe”), a atração já foi renovada para a 2ª temporada. A coprodução da Netflix, por sua vez, chegou ao fim em sua 3ª temporada – e com impressionantes 99% de aprovação no Rotten Tomatoes. A série de Lisa McGee (“Raw”) segue amigas adolescentes do começo dos anos 1990 na Irlanda do Norte, acompanhando seus cotidianos na escola, casa e ruas da cidade que batiza a produção. Como a comédia é uma história de amadurecimento, a história termina com os protagonistas virando lentamente adultas… mas muito lentamente, enquanto a própria Irlanda do Norte amadurece, encerrando um período de confrontos entre católicos e protestantes, para entrar em uma fase mais esperançosa. Os principais troféus de atuação foram para Ben Whishaw, pela série médica “This Is Going To Hurt”, e Kate Winslet, por “I Am Ruth”, que também venceu como Melhor Telefilme. “This Is Going To Hurt” alcançou grande destaque entre os Dramas com um total de quatro vitórias, empatando com “A Casa do Dragão”, que varreu as categorias técnicas, como as séries mais premiadas deste ano pela Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas. Vale apontar ainda que “The Crown” foi totalmente ignorada na premiação, apesar das vitórias em temporadas anteriores. Confira abaixo a lista dos principais premiados. BAFTA TV Awards Melhor Série – Drama “Mal de Família” Melhor Série – Comédia “Derry Girls” Melhor Minissérie “Mood” Melhor Telefilme “I Am Ruth” Melhor Ator – Drama Ben Whishaw – “This Is Going To Hurt” Melhor Atriz – Drama Kate Winslet – “I Am Ruth” Melhor Ator – Comédia Lenny Rush – “Am I Being Unreasonable?” Melhor Atriz – Comédia Siobhán Mcsweeney – “Derry Girls” Melhor Ator Coadjuvante Adeel Akhtar – “Sherwood” Melhor Atriz Coadjuvante Anne-Marie Duff – “Mal de Família” Melhor Série Internacional (não britânica) “Dahmer: Um Canibal Americano” Melhor Reality Show “The Traitors” BAFTA TV Craft Awards Melhor Direção William Stefan Smith – “Top Boy” Melhor Roteiro – Drama Adam Kay – “This Is Going To Hurt” Melhor Roteiro – Comédia Lisa McGee – “Derry Girls”. Talento Emergente Pete Jackson (Roteirista) – “Somewhere Boy” Melhor Fotografia “Jungle” Melhor Edição “This Is Going To Hurt” Melhor Cenografia “Don’t Hug Me I’m Scared” Melhor Figurino “The Essex Serpent” Melhor Maquiagem e Cabelo “A Casa do Dragão” Melhores Efeitos Visuais “A Casa do Dragão” Melhor Trilha Sonora “Mood” Melhor Som “A Casa do Dragão” Melhor Casting “This Is Going To Hurt”
Séries “This is Going to Hurt” e “The Responder” lideram indicações ao BAFTA TV
As séries “This is Going to Hurt” e “The Responder”, da BBC, lideraram as indicações da BAFTA TV, premiação da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas. As duas atrações receberam seis indicações cada, mas “The Responder”, estrelada por Martin Freeman (“Pantera Negra”), saiu na frente ao conseguir uma nomeação ao prêmio principal de Melhor Série – Drama, além de garantir uma indicação para seu conhecido ator principal. Outros destaques ficaram por conta de “Mal de Família” e “Slow Horses”, da Apple TV+, “The Crown”, da Netflix, e “A Inglesa” (The English), que foi exibida no Brasil pela HBO Max, que receberam recebem cinco indicações cada. “Nossos prêmios são um barômetro para o que está acontecendo na indústria. Se você olhar para muitas das outras categorias, há uma propagação real da diversidade étnica. Se você considerar a diversidade em todas as suas formas, haverá uma boa representação em muitas categorias”, disse Sara Putt, executiva do BAFTA. A fala dela é uma referência à premiação cinematográfica da BAFTA, que foi bastante criticada por falta de representatividade. A entrega dos prêmios vai acontecer em 14 de maio. Confira abaixo a lista com os principais indicados. BAFTA TV Awards Melhor Série – Drama “Mal de Família” “The Responder” “Sherwood” “Somewhere Boy” Melhor Série – Comédia “Am I Being Unreasonable?” “Big Boys” “Derry Girls” “Ghosts” Melhor Minissérie “A Spy Among Friends” “Mood” “The Thief, His Wife And The Canoe” “This Is Going To Hurt” Melhor Ator – Drama Ben Whishaw – “This Is Going To Hurt” Chaske Spencer – “The English” Cillian Murphy – “Peaky Blinders” Gary Oldman – “Slow Horses” Martin Freeman – “The Responder” Taron Egerton – “Black Bird” Melhor Atriz – Drama Billie Piper – “I Hate Suzie Too” Imelda Staunton – “The Crown” Kate Winslet – “I Am Ruth” Sarah Lancashire – “Julia” Vicky Mcclure – “Without Sin” Melhor Ator – Comédia Daniel Radcliffe – “Weird: The Al Yankovic Story” Jon Pointing – “Big Boys” Lenny Rush – “Am I Being Unreasonable?” Matt Berry – “What We Do In The Shadows” Stephen Merchant – “The Outlaws” Melhor Atriz – Comédia Daisy May Cooper – “Am I Being Unreasonable?” Diane Morgan – “Cunk On Earth” Lucy Beaumont – “Meet The Richardsons” Natasia Demetriou – “Ellie & Natasia” Siobhán Mcsweeney – “Derry Girls” Taj Atwal – “Hullraisers” Melhor Ator Coadjuvante Adeel Akhtar – “Sherwood” Jack Lowden – “Slow Horses” Josh Finan – “The Responder” Salim Daw – “The Crown” Will Sharpe – “The White Lotus” Melhor Atriz Coadjuvante Adelayo Adedayo – “The Responder” Anne-Marie Duff – “Mal de Família” Jasmine Jobson – “Top Boy” Lesley Manville – “Sherwood” Saffron Hocking – “Top Boy” Melhor Série Internacional (não britânica) “O Urso” “Dahmer: Um Canibal Americano” “ustiça por Malik Oussekine” “Pachinko” “The White Lotus” BAFTA TV Craft Awards Melhor Direção Dearbhla Walsh – “Mal de Família” Hugo Blick – “The English” Lucy Forbes – “This Is Going To Hurt” William Stefan Smith – “Top Boy” Melhor Roteiro – Drama “This Is Going To Hurt” “Heartstopper” “Somewhere Boy” “The Responder” Melhor Roteiro – Comédia “Big Boys” “Derry Girls” “The Dry” “Motherland” Talento Emergente Jack Rooke (Roteirista) – “Big Boys” Lynette Linton (Diretora) – “My Name Is Leon” Nicôle Lecky (Roteirista) – “Mood” Pete Jackson (Roteirista) – “Somewhere Boy” Melhor Fotografia “Pistol” “The Tourist” “Jungle” “I Am Ruth” Melhor Edição “The Crown” “Andor” “Slow Horses” “This Is Going To Hurt” Melhor Cenografia “The Essex Serpent” “Don’t Hug Me I’m Scared” “The English” “Pistol” Melhor Figurino “The Crown” “Don’t Hug Me I’m Scared” “The Essex Serpent” “The English” Melhor Maquiagem e Cabelo “A Casa do Dragão” “Dangerous Liaisons” “Gangs Of London” “Wednesday” Melhores Efeitos Visuais “A Casa do Dragão” “Sandman” “Andor” “His Dark Materials” Melhor Trilha Sonora “Slow Horses” “The English” “The Responder” “Mood” Melhor Som “A Casa do Dragão” “Rogue Heroes” “Slow Horses” “The Crown” Melhor Casting “Top Boy” “Am I Being Unreasonable?” “Bad Sisters” “This Is Going To Hurt”
As 10 melhores séries de outubro
Com cada vez mais séries lançadas todas as semanas nos diversos serviços de streaming em operação no Brasil, não há maratona de sofá que dê conta de acompanhar o ritmo do mercado. A seleção abaixo é um lembrete para reforçar produções que merecem atenção e que podem estar passando batidas entre a enxurrada de títulos recentes. O destaque é uma produção grandiosa de sci-fi, mas em meio às tramas de fantasia – e terror – destacam-se também séries dramáticas baseadas em histórias reais e títulos bastante representativos do novo humor britânico. Confira abaixo o Top 10 com os trailers de cada destaque. | PERIFÉRICOS | AMAZON PRIME VIDEO A série sci-fi produzida pelos criadores de “Westworld” traz Chloë Grace Moretz (“Suspiria”) como uma mulher desiludida dos EUA rural, que não vê futuro em sua vida. Até que o futuro chega pelas mãos de seu irmão, vivido por Jack Reynor (“Midsommar”): um novo simulador beta de realidade virtual. A princípio impressionada com o realismo das imagens do aparelho que o irmão foi contratado para testar, ela logo muda de ideia ao perceber que pode ser ferida de verdade ao usar o aparelho perigoso. Na verdade, o que os irmãos pensam ser uma simulação do ciberespaço revela-se uma conexão real com o futuro, possibilitada por uma tecnologia de outra época. A trama é baseada no best-seller homônimo de William Gibson, criador do movimento cyberpunk, e lida com linhas temporais diferentes e como um contato com o futuro pode influenciar o presente e impactar a História. A adaptação foi feita por Scott B. Smith, escritor dos livros que viraram o suspense “Um Plano Simples” (1998) e o terror “As Ruínas” (2008), com Jonathan Nolan e Lisa Joy (os criadores de “Westworld”) atuando como produtores por meio de sua empresa Kilter Films. A série é o primeiro fruto de um contrato fechado pelo casal com a Amazon para desenvolver novas atrações exclusivas. Para completar, o primeiro episódio tem direção do cineasta Vincenzo Natali (“Cubo”, “Splice – A Nova Espécie”). | O CLUBE DA MEIA-NOITE | NETFLIX A nova série de terror desenvolvida pelo cineasta Mike Flanagan, responsável pelas minisséries “A Maldição da Residência Hill”, “A Maldição da Mansão Bly” e “A Missa da Meia-Noite”, começa como um drama juvenil de doença, antes de sofrer uma reviravolta tensa e sobrenatural e se tornar uma das melhores do diretor – usando o horror como forma de ilustrar as piores coisas que podem se manifestar contra alguém. A trama gira em torno de um grupo de adolescentes com doenças terminais, que se reúne todo dia à meia-noite na clínica em que estão internados para contar histórias de terror. Essas histórias ganham vida nos episódios, mas há um fio narrativo que se sobrepõe. No espírito desses encontros, o grupo decide firmar um pacto sinistro: o primeiro deles que morrer deve tentar se comunicar com os amigos que sobreviveram. Pois assim que essa morte ocorre, coisas estranhas começam a acontecer. A produção adapta o livro homônimo de Christopher Pike com um elenco repleto de atores jovens, com destaque para Iman Benson (“Alexa & Katie”), Aya Furukawa (“O Clube das Babás”) e Igby Rigney (“Missa da Meia-Noite”), além dos adultos Zach Gilford (também de “Missa da Meia-Noite”) e a sumida Heather Langenkamp (a eterna Nancy de “A Hora do Pesadelo”) como um médico e uma enfermeira do hospital. | OS WINCHESTERS | HBO MAX Prólogo de “Supernatural”, a nova série semanal de terror conta a história dos pais de Sam e Dean, os irmãos Winchester do programa original. Enquanto Mary Campbell é apresentada como uma jovem de 19 anos que tem lutado contra as forças das trevas desde a infância, John Winchester é um veterano da Guerra do Vietnã que até recentemente desconhecia a existência de demônios. Os personagens principais são interpretados por Meg Donnelly (“American Housewife”) e Drake Rodger (“Not Alone”). “The Winchesters” é comandada pelo showrunner Robbie Thompson, que foi co-produtor executivo de “Supernatural”, e conta com produção de Jensen Ackles, o Dean, que também participa como narrador da história. Outra curiosidade do elenco é a escalação de Tom Welling (o Clark Kent de “Smallville”) como Samuel Campbell, o pai de Mary, originalmente interpretado por Mitch Pileggi em “Supernatural”. Samuel é um caçador veterano e autoritário que ensinou a Mary tudo o que sabe, mas só surge na tela a partir do episódio sete. | TRÊS IRMÃS | NETFLIX Esta adaptação muito – mas muito – livre de “Adoráveis Mulheres”, clássico literário de Louisa May Alcott (levado às telas por Greta Gerwig em 2019), é um drama contemporâneo e capitalista sobre a luta de três irmãs para sair da pobreza, que surpreende com reviravoltas inesperadas. Vivendo uma vida sem luxos e enfrentando os desperdícios da mãe perdulária, as duas irmãs mais velhas da família Oh se esforçam para dar à mais nova e de inclinação artística um futuro melhor. Mas enquanto uma perde o emprego e se entrega ao álcool, a outra se envolve num perigoso esquema de peculato depois que um suicídio inesperado a deixa com 2 bilhões de won (em torno de R$ 7,3 milhões), conduzindo as irmãs a um enfrentamento com a família mais rica do país. As irmãs são vividas por Kim Go-eun (“O Rei Eterno”), Nam Ji-Hyun (“O Túnel”) e Park Ji-hu (“All of Us Are Dead”), e a trama é assinada pela premiada roteirista Jeong Seo-kyeong, parceira do diretor Park Chan-wook em cinco filmes, incluindo “Lady Vingança”, “A Criada” e o recente “Decision to Leave”. | RECOMEÇO | NETFLIX Na minissérie dramática, Zoë Saldaña (“Guardiões da Galáxia”) vive uma americana que se apaixona por um chef (o novato Eugenio Mastrandrea) enquanto estuda na Itália. O enredo romântico leva os dois a construírem uma vida nos Estados Unidos. Mas aí acontece a reviravolta tradicional do gênero – veja-se toda a prateleira de obras de Nicholas Sparks – , que envolve doença e a necessidade de seguir em frente. A diferença em relação aos vários exemplares similares é que essa história é real. A atração adapta um best-seller escrito pela também atriz Tembi Locke (das séries “Eureka” e “The Magician”) com base em sua própria vida. A adaptação é assinada pela irmã de Tambi, a roteirista Attica Locke, que escreveu episódios de “Empire” e da minissérie “Olhos que Condenam” (When They See Us), e é produzida pela própria Zoë Saldaña em parceria com Reese Witherspoon (de “Big Little Lies”). | A INUNDAÇÃO DO MILÊNIO | NETFLIX Baseada numa inundação real de 1997, a série polonesa de catástrofe acompanha os esforços para impedir que a capital da Baixa Silésia seja sepultada pelo avanço das águas. Mas quando os políticos tomam a decisão de salvar a cidade, as vilas e campos ao redor são entregues à própria sorte. Os criadores Kasper Bajon (de “A Saída”, também disponível na Netflix) e Kinga Krzemińska apresentam em detalhes as histórias das pessoas envolvidas na tragédia, encarregados da emergência e vítimas, criando um retrato convincente e imensamente envolvente da comunidade durante seis episódios. | SOM NA FAIXA | NETFLIX A indústria digital e seus “killer apps” têm rendido várias minisséries reveladoras, mas nenhuma tão focada quanto esta produção sueca, que oferece um relato acurado de como uma pequena empresa de Estocolmo revolucionou a indústria musical com a ideia de lançar uma plataforma (não pirata) de música por assinatura. Trata-se da história do Spotify. Com roteiro de Christian Spurrier (“Silent Witness”) e direção de Per-Olav Sørensen (“Royalteen”), a trama poderia se centrar apenas em Daniel Ek (Edvin Endre, de “Fartblinda”), que, frustrado por não ser considerado bom o suficiente para trabalhar no Google, acabou criando o Spotify. Em vez disso, divide seu protagonismo com outros profissionais que, de uma forma ou outra, imaginaram a resposta às preces das gravadoras durante a crise sem precedentes que ameaçou acabar com a indústria fonográfica no começo do século 21. | BRASSIC 3 | HBO MAX Uma das comédias britânicas mais populares da atualidade e maior sucesso do canal pago Sky em sete anos, “Brassic” segue a vida de Vinnie O’Neill (Joe Gilgun, de “Preacher”) e seus amigos na cidade fictícia de Hawley, no norte da Inglaterra. O grupo comete vários crimes para manter dinheiro no bolso, mas à medida que envelhecem e se tornam conhecidos dos guardas da prisão local, alguns começam a se perguntar se não existe outra forma de ganhar a vida – até surgir a ideia de outro golpe infalível. A boa audiência da série fez crescer o número de episódios a partir da 3ª estreia – de seis para oito capítulos – e já garantiu renovação até seu quinto ano de produção. Além de estrelar, Gilgun é cocriador da série com Danny Brocklehurst (“Shameless”) e foi indicado pelo papel, por dois anos seguidos, ao BAFTA TV (o Emmy britânico) como Melhor Ator de Comédia do Reino Unido. | OS FORA DA LEI | HBO MAX Criada por Stephen Merchant (co-criador de “The Office”) e Elgin James (criador de “Mayans M.C.”), a comédia britânica segue sete estranhos de diferentes estilos de vida que são forçados a cumprir uma sentença de serviços comunitários em Bristol, na Inglaterra. E durante a limpeza de uma casa abandonada e caindo aos pedaços, encontram uma fortuna em dinheiro escondido – que pertence a um perigoso criminoso. Todos têm planos para o dinheiro, inclusive o verdadeiro dono, o que os transforma em alvos. O elenco fantástico inclui o próprio Merchant, Eleanor Tomlinson (“The Nevers”), Darren Boyd (“Spy”), Rhianne Barreto (“Hanna”), Gamba Cole (“Guerrilha”) e o veterano Christopher Walken (“Sete Psicopatas e um Shih Tzu”), entre outros. Um detalhe interessante é que, além de obter muitas críticas positivas, “The Outlaws” virou notícia no Reino Unido devido a um episódio em que os personagens precisam pintar de branco alguns muros grafitados e acabam apagando uma obra de arte de ninguém menos que Banksy, para valer – melhor ainda: o desenho teria sido supostamente criado pelo próprio Banksy para este fim. A rede BBC já produziu uma 2ª temporada, ainda inédita no Brasil. | DERRY GIRLS 3 | NETFLIX Uma das melhores séries britânicas recentes chega ao fim. As duas primeiras temporadas tem “apenas” 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, destacando a irreverência das atrizes Saoirse-Monica Jackson, Louisa Harland, Nicola Coughlan e Jamie-Lee O’Donnell, além do “Derry Boy” Jamie-Lee O’Donnell, como adolescentes do começo dos anos 1990 na Irlanda do Norte. A trama acompanha seus cotidianos na escola, casa e ruas da cidade que batiza a produção. Como a comédia é uma história de amadurecimento, a história termina com os cinco adolescentes virando lentamente adultas… mas muito lentamente, enquanto a própria Irlanda do Norte amadurece, encerrando um período de confrontos entre católicos e protestantes, para entrar em uma fase mais esperançosa.
Estreias: Terror da Netflix e novas séries pra maratonar
O mês do Halloween já começou em clima de terror com o lançamento de “O Clube da Meia-Noite”, nova incursão no gênero do diretor de “A Maldição da Residência Hill”, que já se estabelece como uma das melhores produções sobrenaturais em 2022. Há também a volta dos zumbis de “The Walking Dead” e da antologia “Creepshow”. A programação também inclui a nova temporada de “Grey’s Anatomy” e outros dramas tensos, mas também comédias leves, com direito até a humor político brasileiro, além de uma atração inspirada nos quadrinhos da DC Comics e uma série documental sobre o canibal Jeffrey Dahmer para quem quiser conhecer o verdadeiro serial killer da minissérie recém-lançada pela Netflix. Confira abaixo as melhores novidades para colocar na fila do fim de semana. | O CLUBE DA MEIA-NOITE | NETFLIX A nova série de terror desenvolvida pelo cineasta Mike Flanagan, responsável pelas minisséries “A Maldição da Residência Hill”, “A Maldição da Mansão Bly” e “A Missa da Meia-Noite”, começa como um drama juvenil de doença, antes de sofrer uma reviravolta tensa e sobrenatural e se tornar uma das melhores do diretor – usando o horror como forma de ilustrar as piores coisas que podem se manifestar contra alguém. A trama gira em torno de um grupo de adolescentes com doenças terminais, que se reúne todo dia à meia-noite na clínica em que estão internados para contar histórias de terror. Essas histórias ganham vida nos episódios, mas há um fio narrativo que se sobrepõe. No espírito desses encontros, o grupo decide firmar um pacto sinistro: o primeiro deles que morrer deve tentar se comunicar com os amigos que sobreviveram. Pois assim que essa morte ocorre, coisas estranhas começam a acontecer. A produção adapta o livro homônimo de Christopher Pike com um elenco repleto de atores jovens, com destaque para Iman Benson (“Alexa & Katie”), Aya Furukawa (“O Clube das Babás”) e Igby Rigney (“Missa da Meia-Noite”), além dos adultos Zach Gilford (também de “Missa da Meia-Noite”) e a sumida Heather Langenkamp (a eterna Nancy de “A Hora do Pesadelo”) como um médico e uma enfermeira do hospital. | THE WALKING DEAD | STAR+ A reta final da série começa com intrigas políticas e o avanço de uma horda de zumbis em direção à Commonwealth (Império na tradução dos quadrinhos nacionais). A expectativa para esta Parte 3 da 11ª e última temporada é de um desfecho para os sobreviventes de Alexandria, que devem travar uma guerra contra as tropas da Governadora Pamela Milton pelo controle da Commonwealth e enfrentar a invasão dos mortos-vivos na comunidade até então protegida. Mas os episódios semanais, que se encerram em 20 de novembro, não representarão o fim do universo da série, que continuará em “Fear the Walking Dead” e em vários spin-offs novos, centrados em Maggie, Negan, Daryl e até em Rick e Michonne. | CREEPSHOW 3 | STAR+ Baseado no filme de George A. Romero de 1982 com o mesmo nome, “Creepshow” é uma antologia de terror, que conta histórias diferentes a cada episódio. A série tem produção de um dos mais conhecidos discípulos de Romero: Greg Nicotero, diretor, produtor e responsável pela maquiagem dos zumbis de “The Walking Dead”. Nicotero tem forte ligação com o original. Foi durante uma visita ao set da produção que ele conheceu o seu mentor Tom Savini, de quem virou assistente de maquiagem no clássico de zumbis “Dia dos Mortos” (1985), dirigido por Romero. Ele também trabalhou nos efeitos de “Creepshow 2”, antes de virar um mestre da maquiagem de terror. Cada episódio reúne duas histórias e Nicotero dirige três delas na 3ª temporada, que também conta com capítulos assinados pelos diretores Joe Lynch (“Um Dia de Caos”), John Harrison (do clássico “Contos da Escuridão”), Axelle Carolyn (“A Mansão”), Rusty Cundieff (“Contos Macabros”) e até um segmento animado de Jeffrey F. January (também de “The Walking Dead”). | TRÊS IRMÃS | NETFLIX Esta adaptação muito – mas muito – livre de “Adoráveis Mulheres”, clássico literário de Louisa May Alcott levado às telas por Greta Gerwig em 2019, é um drama contemporâneo e capitalista envolvente sobre a luta das três irmãs do título para sair da pobreza, que surpreende com reviravoltas inesperadas graças ao talento da premiada roteirista Jeong Seo-kyeong, parceira do diretor Park Chan-wook em cinco filmes, incluindo “Lady Vingança”, “A Criada” e o recente “Decision to Leave”. Vivendo uma vida sem luxos e enfrentando os desperdícios da mãe perdulária, as duas irmãs mais velhas da família Oh se esforçam para dar à mais nova e de inclinação artística um futuro melhor. Mas enquanto uma perde o emprego e se entrega ao álcool, a outra se envolve num perigoso esquema de peculato depois que um suicídio inesperado a deixa com 2 bilhões de won (em torno de R$ 7,3 milhões), conduzindo as irmãs a um enfrentamento com a família mais rica do país. As três irmãs são vividas por Kim Go-eun (“O Rei Eterno”), Nam Ji-Hyun (“O Túnel”) e Park Ji-hu (“All of Us Are Dead”). | A INUNDAÇÃO DO MILÊNIO | NETFLIX Baseada numa inundação real de 1997, a série polonesa de catástrofe acompanha os esforços para impedir que a capital da Baixa Silésia seja sepultada pelo avanço das águas. Mas quando os políticos tomam a decisão de salvar a cidade, as vilas e campos ao redor são entregues à própria sorte. Os criadores Kasper Bajon (de “A Saída”, também disponível na Netflix) e Kinga Krzemińska apresentam em detalhes as histórias das pessoas envolvidas na tragédia, encarregados da emergência e vítimas, criando um retrato convincente e imensamente envolvente da comunidade durante seis episódios. | DERRY GIRLS 3 | NETFLIX Uma das melhores séries britânicas recentes chega ao fim. As duas primeiras temporadas tem “apenas” 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, destacando a irreverência das atrizes Saoirse-Monica Jackson, Louisa Harland, Nicola Coughlan e Jamie-Lee O’Donnell, além do “Derry Boy” Jamie-Lee O’Donnell, como adolescentes do começo dos anos 1990 na Irlanda do Norte. A trama acompanha seus cotidianos na escola, casa e ruas da cidade que batiza a produção. Como a comédia é uma história de amadurecimento, a história termina com os cinco adolescentes virando lentamente adultos… muito lentamente, enquanto a própria Irlanda do Norte amadurece, encerrando um período de confrontos entre católicos e protestantes, para entrar em uma fase mais esperançosa. | ELEITA | AMAZON PRIME VIDEO A nova série de comédia nacional estreia em clima de eleições. Na trama, Clarice Falcão (“Shippados”) interpreta Fefê, uma influenciadora digital que decide se candidatar a governadora do Rio de Janeiro “na zoeira” e acaba vencendo a eleição. Isto acontece porque a política virou um circo e o resultado desse cenário caótico é a eleição de uma executiva mais sem noção que a Selina Meyer (Julia Louis-Dreyfus) de “Veep”. O elenco de “Eleita” conta também com Bella Camero (“Marighella”), Diogo Vilela (“Detetives do Prédio Azul 2”), Luciana Paes (“3%”), Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”) e Luis Lobianco (“Vai que Cola”), entre outros. Além de estrelar, Clarice Falcão ajudou a escrever os episódios, ao lado de Célio Porto (“Desculpe o Transtorno”), Matheus Torreão (“Mister Brau”) e Rafael Spinola (“A Divisão”). A direção geral é da cineasta Carolina Jabor (“Aos Teus Olhos”). | PENNYWORTH 3 | HBO MAX A série que acompanha a juventude de Alfred Pennyworth (interpretado por Jack Bannon) avança no tempo na 3ª temporada para mostrar o futuro mordomo de Batman numa trama psicodélica do final dos anos 1960, enfrentando uma droga capaz de controlar mentes, além de supervilões. Desenvolvida por Bruno Heller, criador de “Gotham”, a produção iniciou sua trama na Inglaterra do começo dos anos 1960, mas terá um salto de cinco anos nos novos episódios, que assumem maior influência de 007 – ou melhor, das paródias de 007 da época. Até as invenções do jovem Lucius Fox (Simon Manyonda) ganham equivalência aos gadgets de Q. | GREY’S ANATOMY 18 & STATION 19 5 | STAR+ Os novos episódios de “Grey’s Anatomy” e “Station 19” chegam juntos ao streaming, e de forma apropriada, porque as duas séries compartilham um crossover tenso, que envolve um acidente e o destino do Dr. Owen Hunt (Kevin McKidd) em jogo. Os episódios que se juntam são os de número 9 – a história do capítulo anterior de “GA” deixa um gancho que segue em “S19” antes de voltar para “GA”. A 18ª temporada “Grey’s Anatomy” também marcou a exibição do 400º episódio da duradoura atração médica. Entre os destaques da trama, incluem-se um reencontro espiritual entre Meredith (Ellen Pompeo) e sua mãe, Ellis Grey (Kate Burton), que morreu na 3ª temporada, e a despedida de três atores do elenco fixo: Richard Flood, intérprete do Dr. Cormac Hayes, Greg Germann, intérprete do Dr. Tom Koracick, e Jesse Williams, que viveu o cirurgião Jackson Avery por 12 temporadas. Sem esquecer do retorno da Dra. Addison Montgomer (Kate Walsh), que no passado estrelou seu próprio spin-off, “Private Practice”. | CONVERSANDO COM UM SERIAL KILLER: O CANIBAL DE MILWAUKEE | NETFLIX Aproveitando o sucesso de “Dahmer: Um Canibal Americano”, a Netflix está disponibilizando uma nova minissérie da franquia “Conversando com um Serial Killer”. Depois de Ted Bundy e do “Palhaço Assassino” John Wayne Gacy, o terceiro volume é centrado no “Canibal de Milwakee”, ninguém menos que Jeffrey Dahmer, e traz o próprio confessando seus crimes hediondos em entrevistas que revelam sua mente doentia. Dirigida pelo veterano de documentários Joe Berlinger, mentor da coleção documental sobre os serial killers, a série apresenta trechos de cerca de 30 horas de entrevistas em áudio “nunca antes ouvidas” entre Dahmer e sua equipe de defesa, respondendo perguntas sobre sua motivação, impunidade e a responsabilidade da polícia em seus crimes. A produção ecoa a história da série de ficção produzida por Ryan Murphy (“American Horror Story”), que se tornou um fenômeno do streaming.
“Derry Girls” vai acabar na 3ª temporada
O Channel 4 anunciou que “Derry Girls”, uma das melhores séries britânicas recentes, chegará ao final na vindoura 3ª temporada. A nova leva de episódios da série, que é disponibilizada no Brasil pela Netflix, entrou em produção apenas neste mês, devido à pandemia de coronavírus. O atraso é de dois anos desde a estreia da temporada anterior. As duas primeiras temporadas da série tem “apenas” 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, destacando a irreverência das atrizes Saoirse-Monica Jackson, Louisa Harland, Nicola Coughlan e Jamie-Lee O’Donnell, além do “Derry Boy” Jamie-Lee O’Donnell, como adolescentes do começo dos anos 1990 na Irlanda do Norte. Em comunicado, a criadora Lisa McGee afirmou que sempre foi seu plano encerrar a trama na 3ª temporada. “‘Derry Girls’ é uma história de amadurecimento; acompanhar cinco adolescentes ridículos conforme se tornam adultos lentamente… muito lentamente… e enquanto o lugar que chamam de lar também começa a mudar e a Irlanda do Norte entra em uma fase mais esperançosa”. Ainda assim, McGee não descarta que as personagens possam ressurgir em algum projeto futuro. “Quem sabe se Erin, Clare, Orla, Michelle e James voltarão de alguma forma um dia? Mas, por agora, é só isso para nós”. Lembre abaixo como tudo começou, com o trailer da temporada inaugural.
Killing Eve lidera indicações ao principal prêmio da TV britânica
A série “Killing Eve” liderou a lista de indicações do BAFTA TV, o prêmio televisivo anual da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas. Entretanto suas 14 indicações quebram uma regra fundamental da premiação da TV britânica. De acordo com as normas do BAFTA, uma série precisa ser produzida e transmitida originalmente no Reino Unido para concorrer. “Killing Eve”, série em que Sandra Oh e Jodie Comer brincam de pega-pega num contexto de espionagem, tem uma criadora (Phoebe Waller-Bridge) e um estúdio (Sid Gentle Films) britânicos, mas foi produzida originalmente por uma emissora norte-americana: a BBC America. Trata-se de uma filial da rede BBC, que só exibiu a atração posteriormente no Reino Unido. A premiação também destacou as minisséries “A Very English Scandal” (12 indicações) e “Patrick Melrose” (6 indicações), além do drama “Bodyguard” (5 indicações). E vale mencionar que “Derry Girls”, uma das séries mais engraçadas e subestimadas no catálogo da Netflix está na disputa de Melhor Comédia. Assim como o Emmy americano, o BAFTA TV vai acontecer em duas cerimônias, dividindo-se entre premiação técnica e artística, nos dias 12 e 28 de maio. Confira abaixo a lista da indicados do segundo dia, que concentra as principais categorias. Melhor Série de Drama “Bodyguard” “Informer” “Killing Eve” “Save Me” Melhor Série de Comédia “Derry Girls” “Mum” “Sally4Ever” “Stath Lets Flats” Melhor Minissérie “A Very English Scandal” “Kiri” “Mrs. Wilson” “Patrick Melrose” Melhor Telefilme “Black Mirror: Bandersnatch” “Killed By My Debt” “On The Edge: Through the Gates” Melhor Ator em Drama Benedict Cumberbatch, por “Patrick Melrose” Chance Perdomo, por “Killed By My Debt” Hugh Grant, por “A Very English Scandal” Lucian Msamati, por “Kiri” Melhor Atriz em Drama Jodie Comer, por “Killing Eve” Keeley Hawes, por “Bodyguard” Ruth Wilson, por “Mrs. Wilson” Sandra Oh, por “Killing Eve” Melhor Ator em Comédia Alex Macqueen, por “Sally4Ever” Jamie Demetriou, por “Stath Lets Flats” Peter Mullan, por “Mum” Steve Pemberton, por “Inside No. 9” Melhor Atriz em Comédia Daisy May Cooper, por “This Country” Jessica Hynes, por “There She Goes” Julia Davis, por “Sally4Ever” Lesley Manville, por “Mum” Melhor Ator Coadjuvante Alex Jennings, por “Unforgotten” Ben Whishaw, por “A Very English Scandal” Kim Bodnia, por “Killing Eve” Stephen Graham, por “Save Me” Melhor Atriz Coadjuvante Billie Piper, por “Collateral” Fiona Shaw, por “Killing Eve” Keeley Hawes, por “Mrs. Wilson” Monica Dolan, por “A Very English Scandal” Melhor Roteiro em Drama David Nicholls, por “Patrick Melrose” Lennie James, por “Save Me” Phoebe Waller-Bridge, por “Killing Eve” Russell T. Davies, por “A Very English Scandal” Melhor Roteiro em Comédia Daisy May Cooper & Charlie Cooper, por “This Country” Peter Kay, Sian Gibson & Paul Coleman, por “Peter Kay’s Car Share” Stefan Golaszewski, por “Mum” Time de roteiristas, por “Cunk on Britain” Melhor Direção Harry Breadbeer, por “Episode 1” (“Killing Eve”) Mahalia Belo, por “The Long Song” Stephen Frears, por “A Very English Scandal” Thomas Vincent, por “Episode 1” (“Bodyguard”) Melhor Série Internacional “54 Hours: The Gladbeck Hostage Crisis” “The Handmaid’s Tale” “Reporting Trump’s First Year: The Fourth Estate” “Succession”





