Neil Gaiman nega acusações de abuso e afirma nunca ter se envolvido em ato não consensual
Autor de "Sandman" publicou texto em seu site para rebater relatos divulgados na imprensa americana nesta semana
Produção de “Good Omens” é pausada em meio a acusações contra Neil Gaiman
A série da Prime Video teve gravações interrompidas após denúncias de assédio sexual contra o autor
Mulheres acusam filho de Olavo de Carvalho de estupros e tortura
Quatro mulheres denunciam Tales de Carvalho, filho do guru do bolsonarismo, por crimes graves e formação de seita
David Copperfield, ex-mágico do Fantástico, é acusado de assédio sexual por 16 mulheres
Ilusionista nega as denúncias e segue com shows em Las Vegas; alegações incluem abuso de menores
Russell Brand se defende de acusações de abuso sexual com teoria de conspiração
O comediante e ativista de direita Russell Brand rompeu o silêncio em um vídeo após ser acusado de estupro e violência sexual. No vídeo publicado em suas redes sociais, Brand ignorou as acusações, preferindo em vez disto apostar em teoria de conspiração, criticando conglomerados de tecnologia por tentarem silenciá-lo. Ele se considera mídia independente. “Obviamente, essa não tem sido a melhor das semanas”, afirmou Brand. Desde que as acusações vieram à tona, seu canal no YouTube foi desmonetizado e programas exibidos pela BBC e Channel 4 foram retirados das respectivas plataformas. A nova turnê de comédia do artista também foi cancelada. No vídeo, Brand descreveu a semana como “extraordinária e angustiante” e agradeceu aos fãs pelo “apoio e por questionarem as informações que lhes foram apresentadas”. Acusação e conspiração Ele foi acusado por quatro mulheres de alegações que variam de estupro a assédio sexual, em uma investigação conjunta de quase cinco anos realizada pelos jornais The Times e Sunday Times e a emissora Channel 4. Brand descreveu os jornais e a TV como “essas organizações”, que em sua visão colaboram “na construção de narrativas”. Ele prometeu novos vídeos em que continuará ignorando as acusações para explorar temas que seu público de extrema direita adora, como “o estado profundo, o complexo industrial-militar, grandes farmacêuticas, corrupção e censura na mídia”. Anteriormente, o ator negou qualquer ato criminoso e afirmou que todos os seus relacionamentos foram consensuais. Entre as acusadoras, há uma jovem que diz que, quando tinha 16 anos, o ator enviava um carro para buscá-la na escola e levá-la até sua casa para sexo. Em outro caso, uma mulher o acusou de tê-la estuprado em sua casa em Los Angeles. As mulheres expuseram estupro, abusos e assédios do ator entre 2006 e 2013, época em que o ator se tornou conhecido por filmes de Hollywood, como “Ressaca de Amor”, “Arthur, o Milionário Irresistível” e “Rock of Ages: O Filme”, e por ter se casado com a cantora americana Katy Perry por apenas 14 meses. Nova denúncia Após a repercussão das denúncias, a polícia de Londres revelou ter recebido uma nova denúncia de agressão sexual de uma quinta mulher. Veja abaixo os vídeos do ator e da investigação divulgada pelo grupo jornalístico Times. So… pic.twitter.com/UXxQqQukDb — Russell Brand (@rustyrockets) September 22, 2023
Sete mulheres denunciam herói do filme “Som da Liberdade” por assédio sexual
Pelo menos sete mulheres acusaram Tim Ballard, retratado como herói no filme “Som da Liberdade”, de assédio sexual, segundo reportagem publicada pela Vice nesta segunda-feira (18/9). Ballard é o fundador e ex-CEO da Operation Underground Railroad, uma organização dedicada ao combate ao tráfico sexual infantil, e foi vivido por Jim Caviezel (o Jesus de Mel Gibson) no thriller que chega ao Brasil nesta semana. Fontes da Vice afirmaram que o autoproclamado ativista convidou mulheres para agirem como sua “esposa” em missões secretas no exterior, aparentemente destinadas a resgatar vítimas de tráfico sexual. Ele teria coagido essas mulheres a compartilharem a cama ou tomarem banho juntos, alegando que isso era necessário para enganar os traficantes. A Vice disse que conversou com muitas das mulheres com queixas contra Ballard. Uma delas teria recebido fotos de Ballard apenas de cueca, exibindo uma série de tatuagens falsas, enquanto outra foi questionada “até onde ela estava disposta a ir” para salvar crianças escravizadas. Elas solicitaram anonimato porque temem retaliação. Além disso, uma carta denunciando assédio sexual de Ballard tem circulado desde junho entre membros de suas organização. Afastamento permanente Após a reportagem vir à tona, a ONG revelou que Ballard “renunciou à O.U.R. em 22 de junho de 2023” e que “está permanentemente afastado da organização”. A entidade também declarou que “não tolera assédio sexual ou discriminação por parte de qualquer pessoa em sua organização” e que contratou um escritório de advocacia independente para conduzir uma investigação abrangente sobre todas as alegações relevantes. No entanto, a organização optou por não fazer mais comentários “para preservar a integridade de sua investigação e proteger a privacidade de todas as pessoas envolvidas”. Segundo a imprensa norte-americana, Ballard estava planejando concorrer ao Senado dos EUA pelo partido de Donald Trump. Sucesso e polêmica O filme “Som da Liberdade”, que retrata a vida de Tim Ballard, alcançou mais de US$ 180 milhões em bilheteria doméstica, superando títulos como “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” (US$ 172,9 milhões) e “Missão: Impossível 7 – Acerto de Contas Parte 1” (US$ 160,8 milhões) nos Estados Unidos. O sucesso do filme foi impulsionado principalmente pelo apoio de grupos da direita americana, que investiram no projeto e o divulgaram – incluindo uma exibição organizada por Trump. O thriller sobre tráfico de crianças na América do Sul é vagamente baseada nas experiências de Ballard na América do Sul, embora o próprio ativista tenha admitido que a produção toma liberdades com a verdade. Mesmo sendo lançado sem o apoio de grandes estúdios, o longa conseguiu grande sucesso, em parte devido ao seu alinhamento com visões de mundo propagadas por teorias da conspiração como QAnon – o principal delírio da extrema direita dos EUA. A trama se concentra na busca implacável de Ballard para reunir uma família separada pelo tráfico de pessoas. Inicialmente, ele resgata um menino chamado Miguel na fronteira entre os EUA e o México e, posteriormente, descobre que a irmã de Miguel ainda está desaparecida. Isso o leva a Cartagena, onde ele planeja uma operação ousada para resgatar a menina. O filme inclui uma cena de epílogo com imagens em preto e branco da operação real de Ballard, embora essa cena seja seguida por uma controversa cena de créditos intermediários que tem sido criticada por seu caráter manipulativo, com o objetivo de alimentar questões de guerra cultural. A estreia de “Som da Liberdade” no Brasil acontece nesta quinta-feira (21/9).
Polícia de Londres revela nova denúncia de abuso sexual contra Russell Brand
A polícia de Londres revelou nesta segunda-feira (18/9) ter recebido uma nova denúncia de agressão sexual contra Russell Brand, após revelações da imprensa no fim de semana sobre abusos cometidos pelo comediante. O caso teria ocorrido em 2003, de acordo com comunicado emitido pelas autoridades locais. “No domingo, 17 de setembro, o Met recebeu uma denúncia de uma agressão sexual que teria ocorrido no Soho, no centro de Londres, em 2003. Os policiais estão em contato com a mulher e fornecerão apoio a ela”, disse um porta-voz da Polícia Metropolitana londrina (Met) ao diário britânico. A nova alegação vem na esteira da denúncia de quatro mulheres que expuseram estupro, abusos e assédios do ator entre 2006 e 2013, época em que ele se tornou mais conhecido por filmes de Hollywood – em filmes como “Ressaca de Amor”, “Arthur, o Milionário Irresistível” e “Rock of Ages: O Filme” – e por ter se casado com a cantora americana Katy Perry. O casamento durou apenas 14 meses, entre outubro de 2010 e dezembro de 2011. Os depoimentos foram divulgados após uma investigação conjunta do The Times, Sunday Times e da emissora Channel 4. A polícia acrescentou que continua a encorajar qualquer pessoa que acredite ter sido vítima de um crime sexual a fazer contato. Defesa de Russell Brand Hoje em dia, Brand segue uma carreira bem diferente de sua era de ouro, tendo virado uma espécie de guru da direita na internet, divulgador de ioga, meditação, teorias de conspiração e ataques à imprensa. Ao ser procurado pelos veículos na sexta (15/9) para comentar as acusações, Brand se antecipou e publicou um vídeo no Instagram, anunciando que viriam “acusações criminais muito graves” que ele negava totalmente. “As relações que tive foram absolutamente sempre consensuais”, declarou Brand, que já foi tratado por vício em sexo. “Sempre fui transparente sobre isso, quase excessivamente transparente. E estou sendo transparente sobre isso agora”. O ator argumenta que a franqueza com que sempre tratou sua vida, especialmente sua juventude promíscua, está sendo “metastatizada em algo criminoso” e, fiel a seu estilo de propagador de conspirações, sugere que existe uma “agenda séria e concentrada” para silenciá-lo. “Para mim, é claro, ou pelo menos sinto, que existe uma agenda séria e concentrada para controlar esses tipos de espaços e essas vozes”, disse, citando Joe Rogan, que também teria sido alvo de um ataque supostamente coordenado por conta de seu conteúdo ofensivo no Spotify. Repercussão Nos comentários das redes sociais do comediante, os seguidores afirmaram que não só duvidam das reportagens como “ninguém acredita na imprensa”. Para completar, Elon Musk defendeu Brand, dizendo que a imprensa “não gosta de competição”. Já a agência artística de Brand, Tavistock Wood, anunciou no fim de semana que havia cortado relações com ele, dizendo em um comunicado que acreditava ter sido “terrivelmente enganada” quando ele negou uma acusação em 2020. Veja abaixo trechos da investigação divulgada pelo grupo jornalístico Times.
Russell Brand é dispensado por agência de talentos após denúncias de abuso sexual
A agência de talentos Tavistock Wood encerrou sua parceria com o comediante britânico Russell Brand após as acusações de estupro e abuso sexual publicadas pelos jornais The Times of London e Sunday Times neste sábado (16/9). O artista, que nega veementemente as alegações, enfrenta denúncias de quatro mulheres, uma delas com 16 anos na época do alegado estupro. As acusações contra Brand vieram à tona no contexto de uma investigação jornalística conduzida pelos jornais britânicos e a emissora Channel 4. Segundo a reportagem, Tavistock Wood, que também representa artistas como Lily James e Dominic West, já havia sido informada sobre alegações contra Brand em 2020, mas ignorou. Acusações foram ignoradas A menor de idade, identificada pelo pseudônimo de Alice nas reportagens, contou que havia entrado em contato com Angharad Wood, co-fundadora da Tavistock Wood, em 2020, para denunciar Brand. Esperando um pedido de desculpas que nunca foi feito, ela recebeu como resposta uma mensagem “agressiva” de um advogado representando Brand. Agora que a denúncia explodiu na mídia, o tom mudou. Em comunicado, Tavistock Wood declarou: “Russell Brand negou categoricamente e veementemente a alegação feita em 2020, mas agora acreditamos que fomos horrivelmente enganados por ele. A TW encerrou todos os laços profissionais com Brand.” Alice relatou que Brand a chamava de “criança” e chegou a enviar um carro à sua escola para levá-la a sua casa, onde forçou sexo oral contra sua vontade. Ele foi uma das quatro mulheres que acusaram Brand de agressões sexuais ocorridas entre 2006 e 2013, período em que ele trabalhou como apresentador na BBC Radio 2, Channel 4 e se tornou um ator em Hollywood. De Hollywood para a direita Entre 2008 e 2013, o comediante britânico fez muito sucesso em filmes como “Ressaca de Amor”, “Arthur, o Milionário Irresistível” e “Rock of Ages: O Filme”, e chegou a se casar com a cantora americana Katy Perry. O casamento durou apenas 14 meses. Hoje em dia, porém, ele virou uma espécie de guru da direita na internet, divulgador de ioga, meditação, teorias de conspiração e ataques à imprensa. Defesa de Russell Brand Ao ser procurado pelos veículos na sexta (15/9) para comentar as acusações, Brand se antecipou e publicou um vídeo no Instagram, anunciando que viriam “acusações criminais muito graves” que ele negava totalmente. “As relações que tive foram absolutamente sempre consensuais”, declarou Brand. “Sempre fui transparente sobre isso, quase excessivamente transparente. E estou sendo transparente sobre isso agora”. O ator argumenta que a franqueza com que sempre tratou sua vida, especialmente sua juventude promíscua, está sendo “metastatizada em algo criminoso” e, fiel a seu estilo de propagador de conspirações, sugere que existe uma “agenda séria e concentrada” para silenciá-lo. “Para mim, é claro, ou pelo menos sinto, que existe uma agenda séria e concentrada para controlar esses tipos de espaços e essas vozes”, disse, citando Joe Rogan, que também teria sido alvo de um ataque supostamente coordenado por conta de seu conteúdo ofensivo no Spotify. Nos comentários, seus seguidores reafirmaram que não só duvidam das reportagens como “ninguém acredita na imprensa”. Para completar, Elon Musk defendeu Brand, dizendo que a imprensa “não gosta de competição”.
Jimmy Fallon pede desculpas após denúncias de ambiente tóxico em seu talk show
O comediante Jimmy Fallon, um dos mais populares apresentadores de talk show dos EUA, responsável pelo programa de entrevistas “The Tonight Show”, fez um pedido formal de desculpas a sua equipe nesta quinta-feira (7/9), após uma reportagem da revista Rolling Stone denunciar um ambiente de trabalho tóxico nos bastidores de seu programa. A conversa com a equipe ocorreu por meio de uma reunião via Zoom, segundo informações apuradas pela Variety. Sala de choro e embriaguez Funcionários antigos e atuais de “The Tonight Show” relataram uma atmosfera de trabalho nociva à Rolling Stone. Alguns alegaram que a sua saúde mental foi prejudicada durante o tempo que trabalharam na produção. Desde que Fallon assumiu o programa em 2014, nove diferentes diretores de produção, conhecidos como showrunners, já passaram pelo programa. A alta rotatividade no cargo seria sinal da gravidade da situação, segundo as fontes da publicação. “Você nunca sabia qual Jimmy iríamos encontrar e quando ele iria perder a compostura”, revelou um ex-funcionário à revista. O programa chegou a dispor de uma “sala de choro” para funcionários lidarem com o ambiente hostil. Além disso, surgiram relatos de que Fallon parecia embriagado durante ensaios e não se lembrava de cortar piadas em suas anotações. Para a Variety, fontes ligadas ao programa indicaram que houve uma melhoria no ambiente de trabalho desde que Chris Miller assumiu como showrunner em março do ano passado. Miller, que já trabalhou com Drew Barrymore e sua produtora Flower Films por 23 anos, concentrou-se em destacar os pontos fortes de Fallon como imitações, esquetes e música. O pedido de desculpas “Sinto-me muito mal. Desculpe se envergonhei vocês, suas famílias e amigos”, declarou Fallon durante a reunião virtual. “Quero que este programa seja divertido, inclusivo para todos, engraçado, deveria ser o melhor programa, com as melhores pessoas”. A rede NBC, que exibe o “Tonight Show”, optou por não comentar o assunto. Mas o showrunner Chris Miller enviou um e-mail à equipe afirmando que se sente “sortudo” e “orgulhoso” de trabalhar com o grupo e contestou a descrição da Rolling Stone sobre o ambiente de trabalho. Status Atual do Programa Atualmente, o “Tonight Show” encontra-se em hiato devido às greves dos sindicatos dos roteiristas e dos atores de Hollywood. Não há previsão para o retorno das atividades, diante do impasse nas negociações com os estúdios.
Jornalista pede autópsia no corpo de Gal Costa após denúncias contra viúva
A jornalista Hildegard Angel decidiu tomar uma providência sobre as graves acusações sofridas por Wilma Petrillo, a viúva de Gal Costa. Segundo a jornalista, o corpo da cantora deve passar por uma autópsia para verificar a causa de sua morte. Gal Costa faleceu aos 77 anos por motivos desconhecidos, em novembro de 2022. Meses antes, a artista passou por uma cirurgia nasal e teve um show cancelado de última hora no festival Coala, realizado em São Paulo. No Instagram, Hildegard destacou que ainda pode existir mais informações ocultas sobre o passado de Wilma. A jornalista deu a entender que a viúva estaria envolvida com a causa da morte da artista, um “mal súbito” que não teria sido bem explicado. “Dadas as recentes revelações, os fãs de Gal Costa pedem ao Ministério Público uma autópsia já! O ‘mal súbito’ da cantora não nos convence”, escreveu ela, indignada com os relatos recentes da revista Piauí. “Por que não a Gal Costa? Por que o nosso Ministério Público não se preocupa com isso?”, questionou. “Justamente para que não sejam cometidas injustiças, é importante ter uma análise científica do motivo da morte da Gal.” Acusações contra Wilma Petrillo A empresária Wilma Petrillo virou tema de uma reportagem polêmica da revista Piauí, publicada na última quinta-feira (6/7). Segundo o texto, a viúva de Gal Costa teria praticado golpes financeiros e falido a cantora. Além disso, a empresária é acusada de assédio moral contra ex-funcionários e ameaças contra amigos próximos. Ela também teria barrado apresentações de Gal Costa. “Ela é uma personalidade nacional e internacional, e não há nenhuma afirmação assertiva sobre o que causou a sua morte”, destacou a jornalista à coluna de Mônica Bergamo. O nome de Wilma também está envolvido com uma dívida imobiliária, onde a viúva teria deixado de pagar as contas de gás de uma casa vendida por Daniela Cutait em 2020. Ela também seria a causa de Gal Costa não se apresentar nos EUA, por ter vendido uma propriedade da cantora sem pagar os impostos. Wilma Petrillo ainda não se manifestou sobre as graves acusações.
Equipe da Televisa começa a gravar série sobre Gloria Trevi no Rio
Equipe da Televisa desembarcou no Rio nesta segunda (23/1) para gravar cenas de uma série sobre Gloria Trevi, a rainha do pop mexicano. Chamada “Gloria Trevi: Ellas Soy Yo”, a produção terá locações no Rio, porque foi a cidade em que a cantora foi presa em janeiro de 2000, com seu empresário Sergio Andrade e uma corista, acusada de rapto e corrupção de menores. Eles teriam “seduzido” jovens com a promessa de uma futura carreira artística para, em seguida, “cometer abusos sexuais”. A produção, a cargo de Carla Estrada (“O Privilégio de Amar”) e estrelada por Scarlet Gruber (“Rosario”), está sendo atendida pela Rio Film Commission, braço da RioFilme que cuida das filmagens que ocorrem na cidade. Depois de ser extraditada para o México em dezembro de 2000, Gloria Trevi acabou absolvida em 2004 e, três meses após recuperar a liberdade, ganhou um disco de ouro nos EUA ao vender mais de 100 mil cópias de seu novo álbum em apenas três dias. Só que no início deste mês de janeiro ela voltou a ser acusada pelos crimes de tráfico sexual de menores, num novo processo aberto no tribunal de Los Angeles, protocolado por meio de uma lei que retirou temporariamente o período de prescrição de acusações de abuso e agressão sexual infantis no estado da Califórnia. De acordo com o processo, duas mulheres – identificadas como “Jane Doe 1” e “Jane Doe 2” – alegam que tinham 13 e 15 anos, respectivamente, quando Trevi as abordou em público e as convenceu a ingressar num suposto programa de treinamento musical de Andrade, com a promessa de transformá-las em estrelas. Porém, o que aconteceu foi que elas foram preparadas para se tornarem escravas sexuais do produtor. No momento em que as duas meninas foram recrutadas, Trevi e Andrade já haviam alcançado fama internacional. Ela chegou a ser chamada de “a versão mexicana de Madonna”, com Andrade sendo creditado como o responsável pelo seu sucesso. Porém, a carreira dos dois foi abalada pela primeira onda de acusações de tráfico sexual levantada por vários dos seus ex-protegidos. As alegações explodiram em um escândalo internacional, com Andrade sendo pintado como um violento pedófilo e Trevi como sua cúmplice. Trevi, que está com 54 anos, sempre alegou que era inocente. Após sua libertação em 2004, ela se mudou para os Estados Unidos, casou-se com um advogado e passou a morar no Texas. Hoje, ela tem 5 milhões de seguidores no Instagram e continua fazendo turnês e aparecendo na TV. Seus últimos álbuns, “Una Rosa Blue” (2007) e “Gloria” (2011), foram enormes sucessos. Depois disso, ainda participou da novela “Libre para Amarte” (2013) e da série “A Casa das Flores” (2019), da Netflix. No Latin American Music Awards de 2018, Trevi se defendeu das acusações. “Eu não fui cúmplice. Eu tinha 15 anos, com mentalidade de 12, quando conheci um grande produtor. Ele imediatamente procurou se tornar uma miragem de amor e fingiu ser minha única chance de alcançar meus sonhos”, disse ela sobre Andrade. “Eu tinha 15 anos quando comecei a conviver com manipulação, espancamento, gritos, abusos, castigos. E foram 17 anos de humilhações.” Apesar dessas declarações, do seu retorno à carreira e de ter se mantido afastada de Andrade – depois de supostamente dar à luz a seu filho enquanto estava encarcerada no Brasil –, Trevi agora volta a ser acusada ao lado dele, por conta do que aconteceu no final da década de 1980 e início da década de 1990.
Cantora e atriz Gloria Trevi volta a ser acusada de tráfico sexual
A cantora e atriz mexicana Gloria Trevi está enfrentando novas acusações de tráfico sexual de menores, duas décadas após ser presa no Brasil. As denúncias constam de um novo processo civil aberto no tribunal de Los Angeles, que trazem tona as alegações de que Trevi teria aliciado garotas menores de idade e as prostituído para o produtor Sergio Andrade. A nova queixa, obtida pela revista Rolling Stone, foi protocolada por meio de uma lei que retirava temporariamente o período de prescrição de acusações de abuso e agressão sexual infantis no estado da Califórnia. Nem Trevi nem Andrade são citados nominalmente no processo, mas ficou claro que os dois são os principais acusados por conta dos detalhes da ação, que inclui informações sobre os shows que Trevi fez na década de 1990 e os álbuns que ela gravou. De acordo com o processo, duas mulheres – identificadas como “Jane Doe 1” e “Jane Doe 2” – alegam que tinham 13 e 15 anos, respectivamente, quando Trevi as abordou em público e as convenceu a ingressar num suposto programa de treinamento musical de Andrade, com a promessa de transformá-las em estrelas. Porém, o que aconteceu foi que elas foram preparadas para se tornarem escravas sexuais do produtor. No momento em que as duas meninas foram recrutadas, Trevi e Andrade já haviam alcançado fama internacional. Ela chegou a ser chamada de “a versão mexicana de Madonna”, com Andrade sendo creditado como o responsável pelo seu sucesso. Porém, a carreira dos dois foi abalada pela primeira onda de acusações de tráfico sexual levantada por vários dos seus ex-protegidos. As alegações explodiram em um escândalo internacional, com Andrade sendo pintado como um violento pedófilo e Trevi como sua cúmplice. Os dois foram presos no Brasil em janeiro de 2000, após uma caçada internacional. Trevi, que está com 54 anos, passou quatro anos em prisão preventiva, mas acabou sendo absolvida quando um juiz disse que não havia provas suficientes para apoiar as acusações de estupro, sequestro e corrupção de menores apresentadas contra ela. Depois de passar quatro anos aguardando julgamento, Andrade foi condenado por estupro, sequestro e corrupção de menores, mas acabou ficando apenas mais um ano preso. A cantora sempre alegou que era inocente. Após sua libertação em 2004, ela se mudou para os Estados Unidos, casou-se com um advogado e passou a morar no Texas. Hoje, ela tem 5 milhões de seguidores no Instagram e continua fazendo turnês e aparecendo na TV. Seus últimos álbuns, “Una Rosa Blue” (2007) e “Gloria” (2011), foram enormes sucessos. Depois disso, ainda participou da novela “Libre para Amarte” (2013) e da série “A Casa das Flores” (2019), da Netflix. No Latin American Music Awards de 2018, Trevi se defendeu das acusações. “Eu não fui cúmplice. Eu tinha 15 anos, com mentalidade de 12, quando conheci um grande produtor. Ele imediatamente procurou se tornar uma miragem de amor e fingiu ser minha única chance de alcançar meus sonhos”, disse ela sobre Andrade. “Eu tinha 15 anos quando comecei a conviver com manipulação, espancamento, gritos, abusos, castigos. E foram 17 anos de humilhações.” Apesar dessas declarações, do seu retorno à carreira e de ter se mantido afastada de Andrade – depois de supostamente dar à luz a seu filho enquanto estava encarcerada no Brasil –, Trevi agora volta a ser acusada ao lado dele, por conta de ações que ocorreram no final da década de 1980 e início da década de 1990. “[Trevi e Andrade] usaram seu papel, seu status e seu poder como uma estrela pop mexicana bem conhecida e bem-sucedida e um produtor famoso para obter acesso, aliciar, manipular e explorar [as vítimas] e coagir o contato sexual com elas ao longo de anos”, alega a ação civil, que busca indenização real e punitiva. O processo também menciona um terceiro réu que trabalhou com Trevi e Andrade como coreógrafo, dançarino e assistente, mas o indivíduo não é identificado. Anteriormente, Andrade admitiu ter feito sexo com Karina Yapor, a principal acusadora por trás de sua condenação criminal anterior, quando ela tinha 13 anos. Porém, durante o julgamento ele negou tê-la estuprado ou tê-la mantido presa contra sua vontade. Yapor alegou que ela foi essencialmente sequestrada aos 12 anos e sofreu uma lavagem cerebral para se tornar um membro do harém de Andrade com Trevi, que na época tinha quase 20 anos e desempenhava um papel fundamental no aliciamento de menores. Aos 15 anos, Yapor deu à luz a um filho de Andrade na Espanha. Ela abandonou a criança lá em 1998, a pedido de Andrade, conforme relatou no seu livro “Revelaciones” (2001). Segundo a nova denúncia, Jane Doe 1 tinha 15 anos no verão de 1991 e morava com a família em Puebla, no México, quando sua mãe a levou a um evento onde esperava conhecer Gloria Trevi. A jovem vítima estava dançando e cantando junto com um grupo de fãs do lado de fora do escritório de Andrade na Cidade do México quando Trevi surgiu e supostamente a abordou. Trevi teria dito a Jane Doe 1 que ela era “uma dançarina muito boa e muito bonita” e a convidou para uma audição. Acreditando que a oferta era sua oportunidade de alcançar o estrelato, Jane Doe 1 mudou-se para a Cidade do México para o que ela e sua mãe pensavam ser um programa de treinamento. O processo diz ainda que o arranjo de vida aparentemente “idílico” deu uma guinada sombria quando Trevi visitou a adolescente em um quarto do Hotel del Bosque no final de 1991 ou início de 1992 e disse que Andrade estava “extremamente chateado” com uma amizade de Jane Doe 1 com um jovem do grupo. Andrade supostamente tinha regras que proibiam esse tipo de amizade, e Trevi teria dito à adolescente que ela teria que deixar a trupe, a menos que pudesse convencer Andrade a deixá-la ficar. “Eu não quero que você vá, você precisa falar com [Andrade], faça o que for necessário, o que ele pedir de você … porque eu quero que você fique”, Trevi teria dito a ela. Jane Doe 1 foi ao quarto de hotel de Andrade em lágrimas e lá ela foi informada que “se quisesse ficar no grupo, ela teria que ter relações sexuais com ele”, afirma o processo. “[Jane Doe 1] não queria fazer sexo com [Andrade], mas sentia uma pressão extrema porque admirava [Trevi] e [Andrade], que eram adultos, e ela queria ficar no grupo e não sabia o que mais fazer”. Andrade supostamente coagiu Jane Doe 1 a sofrer uma agressão sexual naquela noite e depois a manipulou ou “forçou” uma série de agressões e estupros que continuaram até aproximadamente 2001. “Quando [Trevi] percebeu que [Jane Doe 1] estava em um ‘ponto de ruptura’ com o abuso, [ela] intercedeu para manipular e coagir [Jane Doe 1] a ficar com o grupo, não saindo e não contando a ninguém sobre isso, fazendo com que o abuso sexual continuasse”, afirma o processo. “[Ela] diria [Jane Doe 1] que o mundo exterior era muito pior do que ficar com o grupo.” Trevi supostamente disse a Jane Doe 1 que o grupo era “uma família” e ela pertencia a esse grupo. “O que está esperando por você se você voltar para a cidade de Puebla?” Trevi teria perguntado. “Esta é a sua oportunidade, então não a desperdice. Você vai viajar, fazer música, aprender muito, mas você precisa fazer isso.” O processo também alega que Andrade controlava Jane Doe 1 e outros dançarinos não identificados, sujeitando-os a “chicotadas, espancamentos, privação de comida e exercícios físicos forçados” caso eles ousassem “desagradá-lo”. “[Ele] espancou [Jane Doe 1] e outras jovens dançarinas com fios elétricos até que suas costas estivessem sangrando e machucadas, e uma condição da punição era que elas não podiam gritar ou se mover enquanto ele os espancava”, detalha a ação. “As chicotadas não terminavam até que eles estivessem em silêncio e imóveis enquanto ele infligia os golpes.” Jane Doe 1 afirma que, no final de 1993, ela foi removida do palco e designada para trabalhar como assistente e escrava sexual virtual de Andrade. Ela ficou tão traumatizada e “quebrada” pelo abuso sexual e físico constante que permaneceu com o grupo apesar de se sentir “sem esperança” e “como um zumbi”, afirma a denúncia. Segundo Jane Doe 1, seu “abuso sexual, físico e mental” continuou quando ela viajou com Trevi e Andrade para o sul da Califórnia para sessões de gravação e shows, como a apresentação de Trevi no famoso Roxy Theatre em 31 de agosto de 1992. O processo alega que o abuso continuou até 2000, quando Andrade foi preso. Já Jane Doe 2 tinha 13 anos em junho de 1989, quando Trevi supostamente a viu do lado de fora de uma estação de rádio da Cidade do México. Trevi se aproximou, alegou que estava procurando por outros artistas e elogiou a garota por sua aparência “muito alta e bonita”. Em uma “audição” semanas depois, Trevi supostamente pediu à garota para tirar a roupa, alegando que ela mesma havia se despido para seu próprio teste porque era necessário identificar “quais partes de seu corpo precisavam de trabalho”. A menina se recusou a se despir, mas cantou e dançou e, por fim, recebeu uma “bolsa de estudos” para assistir às aulas com Andrade. Porém, Trevi logo começou a preparar a garota para se tornar a “namorada” de Andrade, dizendo que ela era a candidata perfeita para fazê-lo “acreditar no amor de novo” depois que outra garota da mesma idade o “traiu” e partiu seu coração. Mais tarde naquele verão, quando Jane Doe 2 ainda tinha 13 anos, Andrade começou a agredi-la sexualmente em um escritório e um apartamento na Cidade do México. Ele tinha 33 anos na época e Trevi tinha 21. Andrade supostamente tornou-se cada vez mais abusivo e controlador, prometendo a Jane Doe 2 que a “tornaria uma estrela” como Trevi se ela atendesse às suas exigências. De acordo com a denúncia, ele marcou um calendário do escritório com datas que mostravam os supostos planos de viajar para Los Angeles para gravar seu álbum de estreia, mas “riscaria a data” se ela “se comportasse mal”. Segundo o processo, o produtor também abusou brutalmente de Jane Doe 2, espancando-a com um cinto e socando-a, privando-a de comida e proibindo-a de usar o banheiro. O abuso ainda estaria acontecendo quando ele a trouxe para Los Angeles, entre 1990 e 1992, quando Trevi estava gravando seus álbuns “Tu Ángel de la Guarda” e “Mi Siento Tan Sola”. A certa altura, Jane Doe 2 supostamente ligou para sua mãe e implorou para ser resgatada das “pessoas más” que a mantinham prisioneira em Los Angeles. Nesse momento, Trevi teria passado horas convencendo-a a ficar, afirmando que ela estava “muito perto de terminar seu álbum e realizar seu sonho de se tornar uma cantora”. As agressões continuaram e, em dezembro de 1990, Andrade teria se casado com Jane Doe 2 no México quando ela tinha 15 anos para removê-la da custódia legal de sua mãe. Jane Doe 2 concordou com o casamento “porque estava apavorada com o que [Andrade] faria se ela recusasse”. Ela “escapou” da casa da trupe na Cidade do México em dezembro de 1992. Ambas as demandantes afirmam que sofreram “sofrimento emocional substancial, ansiedade, nervosismo, raiva e medo” e cada uma tem “problemas com suas vidas pessoais, como problemas de confiança e controle”.









