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    Morre Sacheen Littlefeather, atriz indígena que fez História no Oscar

    3 de outubro de 2022 /

    A atriz e ativista Sacheen Littlefeather, que causou furor ao discursar contra a representação indígena de Hollywood no Oscar de 1973, morreu no domingo (2/10) aos 75 anos, na cidade de Novato, no norte da Califórnia, cercada por seus entes queridos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que se reconciliou com Littlefeather em junho e organizou uma celebração em sua homenagem há apenas duas semanas, revelou a notícia em suas mídias sociais durante a noite. Littlefeather divulgou em 2018 que havia sido diagnosticada com câncer de mama em estágio 4, com metástase. Em seus últimos meses de vida ela recebeu um pedido formal de desculpas da Academia pela maneira como a tratou em 1973, quando ela subiu ao palco como representante enviado por Marlon Branco para receber o Oscar que ele ganhou pelo trabalho em “O Poderoso Chefão” (1972). Na ocasião, Littlefeather leu uma mensagem de Brando na qual criticava, entre outras coisas, os estereótipos nativos americanos perpetuados pela indústria do entretenimento. “Quando vocês nos estereotipam, vocês nos desumanizam”, ela apontou, sob uma mistura sonora de vaias e aplausos. Naquele momento, John Wayne, que estava nos bastidores, precisou ser seguro por seis seguranças para não invadir o palco e comprar briga com a jovem indígena. Ninguém estava preparado para o que aconteceu. Foi o primeiro discurso político num Oscar – e a única vez que o troféu foi recusado por seu vencedor. A surpresa causou indignação e foi considerado uma brincadeira de mau gosto na época. De fato, durante muito tempo, o feito foi reduzido a uma pegadinha de Marlon Brando. O desdém foi potencializado quando veio à tona que Sacheen Littlefeather era uma atriz. De fato, Sacheen Littlefeather era uma atriz. Mas uma atriz apache legítima, que atuou em “O Julgamento de Billy Jack” e “A Volta dos Bravos”, mas após seu discurso histórico perdeu o registro do sindicato e precisou abandonar a profissão. Em 2022, a Academia admitiu que o discurso levou Littlefeather a ser “boicotada profissionalmente, pessoalmente atacada, assediada e discriminada pelos últimos 50 anos”. A própria Littlefeather já havia afirmado isso em um documentário curta-metragem intitulado “Sacheen”, que foi lançado em 2019. No curta, ela disse que até Brando a abandonou após a repercussão negativa. Além disso, a polêmica a colocou na lista negra de Hollywood e, consequentemente, ela não conseguiu mais nenhum trabalho como atriz. Já envolvida com ativismo político, ela passou então a se dedicar de vez às causas indígenas, mas se voltou à questão da saúde. Formada em saúde holística pela Universidade de Antioch com especialização em medicina nativa americana, ela passou a escrever uma coluna de saúde para o jornal da tribo Kiowa em Oklahoma, deu aulas no programa de medicina tradicional indígena no Hospital St. Mary em Tucson, Arizona, e trabalhou com Madre Teresa para ajudar pacientes com AIDS na área da baía de San Francisco, posteriormente tornando-se membro do conselho fundador do Instituto Indígena-Americano de AIDS de San Francisco. Littlefeather também continuou seu envolvimento com as artes, fundando uma organização nacional de atores indígenas no início dos anos 1980 e continuando a ser uma defensora da inclusão dos nativos americanos em Hollywood, para que atores brancos não fossem escalados – e pintados de “redface” – em papéis indígenas. Seu discurso por inclusão e representatividade hoje é considerado um marco histórico, precursor de uma reviravolta completa em Hollywood. Num reconhecimento tardio, a Academia resolveu lhe pedir desculpas por meio de uma carta assinada por seu presidente, David Rubin, e enviada em junho passado, e convidá-la participar de uma atividade do Museu do Cinema, com direito a uma programação totalmente desenvolvida por ela, que aconteceu em 17 de setembro. “Em relação ao pedido de desculpas da Academia para mim, nós indígenas somos pessoas muito pacientes – faz apenas 50 anos! Precisamos manter nosso senso de humor sobre isso o tempo todo. É o nosso método de sobrevivência”, ela disse, por meio de um comunicado à imprensa. Duas semanas antes de sua morte, ela participou de um evento da Academia pela segunda vez em sua vida, na comemoração do museu em sua homenagem. Na ocasião, deixou claro que sabia que seu fim era iminente. “Em breve, estarei cruzando para o mundo espiritual”, ela comentou. “Estou aqui para aceitar esse pedido de desculpas, não por mim mesma, mas por todas as nossas nações que também precisam ouvir e merecem este pedido de desculpas. Olhem para o nosso povo. Olhem uns para os outros e tenham orgulho de sermos sobreviventes, todos nós. Por favor, quando eu me for, lembrem-se que, sempre que defenderem sua verdade, vocês manterão minha voz e as vozes de nossas nações e nosso povo vivas”, completou, sob aplausos. Leia abaixo a íntegra do pedido de desculpas da Academia à atriz. “Cara Sacheen Littlefeather, Escrevo para você hoje uma carta que devo há muito tempo em nome da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, com humilde reconhecimento de sua experiência no 45º Oscar. Quando você subiu no palco em 1973 para não aceitar o Oscar em nome de Marlon Brando, mencionando a deturpação e maus-tratos dos nativos americanos pela indústria cinematográfica, você fez uma declaração poderosa que continua a nos lembrar da necessidade de respeito e a importância da dignidade humana. O abuso que você sofreu por causa dessa declaração foi descabido e injustificado. A carga emocional que você viveu e o custo para sua própria carreira em nossa indústria são irreparáveis. Por muito tempo, a coragem que você demonstrou não foi reconhecida. Por isso, oferecemos nossas mais profundas desculpas e nossa sincera admiração. Não podemos realizar a missão da Academia de ‘inspirar a imaginação e conectar o mundo através do cinema’ sem o compromisso de facilitar a mais ampla representação e inclusão que reflita nossa diversificada população global. Hoje, quase 50 anos depois, e com a orientação da Academy’s Indigenous Alliance, estamos firmes em nosso compromisso de garantir que as vozes indígenas – os contadores de histórias originais – sejam contribuintes visíveis e respeitados para a comunidade cinematográfica global. Dedicamo-nos a promover uma indústria mais inclusiva e respeitosa que alavanque um equilíbrio entre arte e ativismo para ser uma força motriz para o progresso. Esperamos que você receba esta carta com espírito de reconciliação e como reconhecimento de seu papel essencial em nossa jornada como organização. Você está para sempre respeitosamente enraizado em nossa história. Com calorosas saudações, David Rubin Presidente, Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”.

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    Academia pede desculpas à atriz indígena que causou furor no Oscar 1973

    15 de agosto de 2022 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação do Oscar, pediu desculpas publicamente pela maneira como tratou a atriz indígena Sacheen Littlefeather (“A Volta dos Bravos”) depois que ela apareceu em nome de Marlon Brando para recusar o Oscar que o ator venceu pelo trabalho em “O Poderoso Chefão” (1972). Na ocasião, Littlefeather leu uma mensagem de Brando na qual destacava, entre outras coisas, os estereótipos nativos americanos perpetuados pela indústria do entretenimento. O discurso causou furor e foi considerado uma brincadeira de mau gosto na época. Agora, a Academia admitiu que o ato levou Littlefeather a ser “boicotada profissionalmente, pessoalmente atacada, assediada e discriminada pelos últimos 50 anos”. A própria Littlefeather já havia afirmado isso em um documentário curta-metragem intitulado “Sacheen” (2019). No curta, ela disse que o próprio Brando elogiou a postura dela no Oscar, mas depois a abandonou. Segundo Littlefeather, a polêmica a colocou na lista negra de Hollywood e, consequentemente, ela não conseguiu mais nenhum trabalho. O pedido de desculpas foi feito por meio de uma carta assinada pelo presidente da Academia, David Rubin, e enviada em junho. Além de divulgar o conteúdo da carta (que pode ser lida abaixo), a Academia também programou uma aparição de Littlefeather no Museu do Cinema, em setembro. “Em relação ao pedido de desculpas da Academia para mim, nós indígenas somos pessoas muito pacientes – faz apenas 50 anos! Precisamos manter nosso senso de humor sobre isso o tempo todo. É o nosso método de sobrevivência”, ela disse, por meio de um comunicado à imprensa. Littlefeather elogiou a iniciativa do programa no Museu de Cinema, que será totalmente desenvolvido por ela e vai acontecer em 17 de setembro. “Eu nunca pensei que viveria para ver o dia deste programa acontecer, com artistas nativos tão maravilhosos e Bird Runningwater, um produtor de televisão e cinema, que também guiou o compromisso do Instituto Sundance com cineastas indígenas por 20 anos através dos Laboratórios do Instituto e Festival de Cinema de Sundance. Este é um sonho tornado realidade. É profundamente animador ver o quanto mudou desde que não aceitei o Oscar há 50 anos. Estou muito orgulhosa de cada pessoa que vai aparecer no palco.” Leia abaixo a carta de David Rubin na íntegra. “Cara Sacheen Littlefeather, Escrevo para você hoje uma carta que devo há muito tempo em nome da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, com humilde reconhecimento de sua experiência no 45º Oscar. Quando você subiu no palco em 1973 para não aceitar o Oscar em nome de Marlon Brando, mencionando a deturpação e maus-tratos dos nativos americanos pela indústria cinematográfica, você fez uma declaração poderosa que continua a nos lembrar da necessidade de respeito e a importância da dignidade humana. O abuso que você sofreu por causa dessa declaração foi descabido e injustificado. A carga emocional que você viveu e o custo para sua própria carreira em nossa indústria são irreparáveis. Por muito tempo, a coragem que você demonstrou não foi reconhecida. Por isso, oferecemos nossas mais profundas desculpas e nossa sincera admiração. Não podemos realizar a missão da Academia de ‘inspirar a imaginação e conectar o mundo através do cinema’ sem o compromisso de facilitar a mais ampla representação e inclusão que reflita nossa diversificada população global. Hoje, quase 50 anos depois, e com a orientação da Academy’s Indigenous Alliance, estamos firmes em nosso compromisso de garantir que as vozes indígenas – os contadores de histórias originais – sejam contribuintes visíveis e respeitados para a comunidade cinematográfica global. Dedicamo-nos a promover uma indústria mais inclusiva e respeitosa que alavanque um equilíbrio entre arte e ativismo para ser uma força motriz para o progresso. Esperamos que você receba esta carta com espírito de reconciliação e como reconhecimento de seu papel essencial em nossa jornada como organização. Você está para sempre respeitosamente enraizado em nossa história. Com calorosas saudações, David Rubin Presidente, Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”

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    Academia tem reunião de emergência sobre Oscar de Will Smith

    28 de março de 2022 /

    Os oficiais do conselho de administração da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, incluindo o presidente David Rubin e a CEO Dawn Hudson, decidiram realizar uma reunião virtual de emergência para discutir a agressão de Will Smith em Chris Rock, que ocorreu durante a 94ª edição do Oscar. A Academia pretende fazer uma revisão completa do incidente em que Smith atingiu o apresentador Chris Rock no rosto depois de uma piada sobre Jada Pinkett Smith, esposa do ator. Após a reunião vazar na imprensa, a entidade emitiu um breve comunicado. “A Academia condena as ações do Sr. Smith na cerimônia de ontem à noite. Iniciamos oficialmente uma revisão formal em torno do incidente e exploraremos outras ações e consequências de acordo com nossos Estatutos, Padrões de Conduta e a lei da Califórnia”, diz o texto. A revista The Hollywood Reporter especula que a análise resultará em alguma sanção para Smith, que pode variar desde a suspensão de sua filiação à Academia até a revogação de seu Oscar de Melhor Ator. Mas a decisão final pode ter que esperar até a próxima reunião completa do conselho da Academia, já que se trata de uma punição dura. Até lá, o assunto estará mais frio. A primeira reunião pós-Oscar sempre envolve uma discussão sobre os aspectos positivos e negativos da cerimônia e considerações sobre mudanças necessárias. Anteriormente, a Academia tinha emitido apenas uma nota genérica de repúdio, publicada no Twitter. O novo comunicado tem tom bem diferente e é bastante específico.

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    Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA elege novo presidente

    7 de agosto de 2019 /

    David Rubin foi eleito o novo presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos na noite de terça-feira (madrugada desta quarta no Brasil) pelo Conselho de Governadores da organização. Ele é o primeiro diretor de elenco a ocupar o cargo de presidente da Academia. Com mais de 100 créditos em filmes e programas de televisão, Rubin trabalhou em sucessos e filmes premiados como “O Paciente Inglês”, “Homens de Preto”, “O Talentoso Ripley”, “Quatro Casamentos e um Funeral”, “O Casamento do Meu Melhor Amigo”, “Romeu + Julieta” e “Tomates Verdes Fritos”. Ironicamente, o Oscar não premia o trabalho dos diretores de elenco, mas Rubin já tem dois prêmios Emmy por seu trabalho em produções televisivas – pelo telefilme “Virada no Jogo” e pela série “Big Little Lies”. Rubin também é o primeiro homem assumidamente gay a presidir a instituição. Os membros da diretoria da Academia podem servir até três mandatos consecutivos de três anos, mas o diretor de fotografia David Bailey, que encerra sua presidência, cumpriu apenas um, após um mandato controvertido, que incluiu a expulsão de Roman Polanski por uma condenação por estupro dos anos 1970, após vencer o Oscar por “O Pianista” em 2003, ao mesmo tempo em que buscou o arquivamento de uma denúncia de abuso sexual contra si mesmo. O novo presidente será responsável por coordenar a premiação do Oscar 2020, que vai acontecer em 9 de fevereiro, em Los Angeles.

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