Ministério da Justiça censura “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a suspensão da disponibilização, exibição e oferta do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, produção de 2017 de Danilo Gentili que passou a ser associada à pedofilia por perfis bolsonaristas. É o primeiro ato de censura federal a um filme desde o final da ditadura militar. Antes disso, porém, o Ministério da Justiça não via a problemas com a produção, chegando a liberá-la para maiores de 14 anos. O filme foi exibido nos cinemas em 2017 sem qualquer reclamação, além das críticas negativas que recebeu na imprensa. O longa traz os menores Bruno Munhoz e Daniel Pimentel como os estudantes Bernardo e Pedro, que se veem pressionados pelas obrigações escolares, a necessidade de tirar boas notas e ter bom comportamento. Após momentos de frustração, Pedro encontra no banheiro do colégio um diário com dicas para instaurar o caos na escola sem ser notado. O que, na visão do Ministério da Justiça, justifica a censura é uma cena de cunho sexual que envolve o ator Fabio Porchat e os dois menores da trama. No Twitter, o ministro da Justiça Anderson Torres compartilhou um trecho do despacho, publicado no Diário Oficial da União desta terça (15/3). O documento determina que Netflix, Telecine, Globoplay, YouTube, Apple TV+ e Amazon Prime Video suspendam a exibição e oferta do filme, “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”. Caso as plataformas não cumpram a determinação em cinco dias, será aplicada multa diária no valor de R$ 50 mil. Na segunda, também pelas redes sociais, Torres já havia afirmado que “tomaria providências” sobre a obra. Já Gentili disse sentir “orgulho” de ter conseguido “desagradar” em um mesmo nível de intensidade tanto os petistas quanto os bolsonaristas, e falou em “falso moralismo”. “O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram fortes contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, ele escreveu no Twitter no domingo.
Ministro da Justiça pede “providências” contra “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”
O Ministro da Justiça Anderson Torres disse pediu “providências” após tomar conhecimento de “detalhes asquerosos” do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, produção de 2017 escrita e estrelada por Danilo Gentili que foi “descoberta” na Netflix no fim de semana e virou alvo de campanha de perfis bolsonaristas por associação à pedofilia. Além de Gentili, o ator Fabio Porchat também foi alvejado por sua participação na cena mais polêmica do filme. “Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme ‘Como se Tornar o Pior Aluno da Escola’ atualmente em exibição na Netflix, determinei imediatamente que os vários setores do Ministério da Justiça adotem as providências cabíveis para o caso!”, escreveu. Além de Torres, o secretário especial da Cultura Mário Frias disse estar “fazendo o mesmo” em seu setor. “Isso não pode continuar”, acrescentou. O longa traz os jovens atores Bruno Munhoz e Daniel Pimentel como os estudantes Bernardo e Pedro, que se veem divididos entre as obrigações escolares, a necessidade de tirar boas notas e ter bom comportamento, e a falta de propósito em cumprir todas as normas de uma escola que adota medidas cada vez mais politicamente corretas graças ao diretor Ademar (Carlos Villagrán). Após momentos de frustração, Pedro encontra no banheiro do colégio um diário contaminado com dicas para instaurar o caos na escola sem ser notado. O alvo das críticas é uma cena de cunho sexual que envolve Porchat e os dois menores da trama. Apesar disso, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” não foi classificado pelo Ministério da Justiça como uma produção problemática. Ao contrário, teve sua exibição desaconselhada apenas para menores de 14 anos, com trailer impróprio para menores de 12 anos. Na noite de domingo (13/3), Gentili disse sentir “orgulho” de ter conseguido “desagradar” em um mesmo nível de intensidade tanto os petistas quanto os bolsonaristas, e falou em “falso moralismo”. “O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram fortes contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, escreveu. Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, atualmente em exibição na @NetflixBrasil , determinei imediatamente que os vários setores do @JusticaGovBR adotem as providências cabíveis para o caso!! — Anderson Torres (@andersongtorres) March 13, 2022 O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo 🙂 pic.twitter.com/zh4sz2aZcr — Danilo Gentili 🇺🇦 (@DaniloGentili) March 13, 2022
Justiça diminui indenização de Felipe Castanhari em processo de Marcius Melhem
O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação do youtuber Felipe Castanhari em processo por danos morais movido pelo humorista Marcius Melhem, mas após a apelação da pena original reduziu de R$ 100 mil para R$ 25 mil o valor da indenização. Melhem processou Castanhari pelo fato de ter sido chamado pelo youtuber de “criminoso”, “escroto”, “um assediador que merece cadeia” nas redes sociais. A publicação refletia a acusação de assédio feita por mulheres com quem o ex-diretor da Globo trabalhava na emissora, entre elas a humorista Dani Calabresa. Negando ter cometido os crimes, Melhem disse à Justiça que passou a sofrer um linchamento público e que o youtuber fez os ataques com base “exclusivamente em matérias de imprensa e presumindo como comprovado o suposto assédio”. O desembargador Jair de Souza, relator do processo no TJ, afirmou que Castanhari extrapolou os limites da liberdade de expressão, cometendo abuso, porque os fatos que envolvem a suposta conduta de Melhem ainda estão em fase de investigação. “Foram emitidas opiniões severas, configurando abuso no exercício da liberdade de expressão por atingir a imagem de pessoa pública.” O youtuber, que ainda pode recorrer novamente da decisão, afirmou à Justiça que fez a postagem em defesa da amiga Dani Calabresa. “Não pode um amigo, conhecedor de detalhes de um trauma sofrido por sua amiga, vir a público e expressar apoio à vítima e desdém ao agressor?”, disse sua defesa à Justiça. Na mesma linha, seus advogados afirmam que o youtuber não causou abalo na imagem e na reputação de Melhem. “Foi ele, por meio de condutas inadequadas e duvidosas, para se dizer o mínimo, que se colocou na situação em que está. As matérias, manifestações e comentários decorrentes da exposição do caso são apenas decorrência natural e lógica, fruto dos ânimos à flor da pele que a denúncia ocasionou.” Os argumentos serviram para diminuir a indenização. Mas o caso não terminou, seguindo agora para nova instância. Marcius Melhem também abriu processos na Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro contra a revista Piauí, Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marcos Veras e Dani Calabresa. No caso da revista, por publicar reportagem supostamente caluniosa e sem identificar fontes, enquanto os comediantes foram processados por repercutir as denúncias. Por enquanto, apenas Gentili teve ganho de causa por ter feito piadas de duplo sentido. Já a ação contra Dani Calabresa é de indenização por danos morais e materiais, considerando-a responsável pela denúncia que originou tudo. O ex-diretor do departamento de humor da Globo nega o assédio, que foi detalhado pela revista Piauí e trazido à imprensa por uma advogada que representa Calabresa e outras atrizes supostamente assediadas pelo humorista. Ao todo, oito funcionárias da Globo acusaram Melhem num processo que corre na Justiça. Tudo isso veio à tona logo após a demissão de Melhem da Globo, que encerrou uma “parceria de 17 anos de sucesso”, segundo comunicado da emissora. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e, com sua saída, todos os programas humorísticos da Globo foram cancelados.
“Exterminadores do Além” estreia na madrugada do SBT
A rede SBT estreia na madrugada desta quinta (19/8) a série “Exterminadores do Além”, que acompanha aventuras inéditas dos personagens do filme “Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro”, de 2018. A atração será exibida por volta da 1h, após o programa “The Noite”, funcionando como uma espécie de extensão do talk show, já que é criada, escrita e estrelada por Danilo Gentili. Na trama, o apresentador aparece ao lado dos comediantes do “The Noite”, Léo Lins e Murilo Couto, como uma equipe de caça-fantasmas que enfrenta seres sobrenaturais. Com 10 episódios dirigidos por Fabrício Bittar (que também comandou o filme), “Exterminadores do Além” contará uma aventura diferente por semana, sempre na primeira hora das madrugadas de quinta. Confira o trailer da estreia abaixo.
STF arquiva pedido de prisão contra Danilo Gentili
Danilo Gentili venceu nova tentativa de censura. Em despacho publicado nesta sexta (30/7), o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o arquivamento da denúncia feita pela Câmara dos Deputados, que pedia prisão do humorista. O motivo foi um tuite do fim de fevereiro, em que Gentili sugeriu que a população “entrasse” no Congresso “e socasse todo deputado” por causa da PEC de imunidade parlamentar. O pedido de prisão foi feito com base na Lei de Segurança Nacional. O comentário do humorista foi motivado pela votação do que ficou conhecida popularmente conhecida como a PEC da Impunidade, que buscava proteger os parlamentares de decisões do Supremo Tribunal Federal. A tentativa de se colocar acima da lei pegou tão mal que, dias depois do post “polêmico”, os próprios parlamentares desistiram da votação. Moraes mandou arquivar a queixa contra Gentili.
Justiça suspende indenização de Felipe Castanhari a Marcius Melhem
Felipe Castanhari não vai mais pagar indenização a Marcius Melhem. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) atendeu ao pedido da defesa do Youtuber e suspendeu o pagamento de R$ 100 mil. Em junho, o órgão havia determinado que Castanhari pagasse o valor, com correção monetária e juros, além de fazer uma publicação em suas redes sociais retratando-se de acusações contra o ex-diretor da TV Globo. Melhem abriu o processo em janeiro, após uma publicação de Catanhari no Twitter que dizia: “Não caiam nesse discursinho de merda do Marcius Melhem. Esse cara é um criminoso, um escroto, um assediador que merece cadeia por todo sofrimento que causou”. No mesmo mês, o TJ-SP determinou que Castanhari retirasse a publicação do ar. Mas o Youtuber acusou Melhem de promover “censura e intimidação” em novo post, o que originou nova ação. Castanhari recorreu e, na segunda-feira (19/7), houve revisão da sentença pelo juiz Valentino Aparecido de Andrade, que aceitou a apelação da defesa de Castanhari e suspendeu os efeitos da decisão em primeira instância. Marcius Melhem também abriu processos na Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro contra a revista Piauí, Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marcos Veras e Dani Calabresa. No caso da revista, por publicar reportagem supostamente caluniosa e sem identificar fontes, enquanto os comediantes foram processados por repercutir as denúncias. Gentili teve ganho de causa por ter feito piadas de duplo sentido. Já a ação contra Dani Calabresa é de indenização por danos morais e materiais, considerando-a responsável pela denúncia que originou tudo. O ex-diretor do departamento de humor da Globo nega o assédio, que foi detalhado pela revista Piauí e trazido à imprensa por uma advogada que representa Calabresa e outras atrizes supostamente assediadas pelo humorista. Ao todo, oito funcionárias da Globo acusaram Melhem num processo que corre na Justiça. Tudo isso veio à tona logo após a demissão de Melhem da Globo, que encerrou uma “parceria de 17 anos de sucesso”, segundo comunicado da emissora. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e, com sua saída, todos os programas humorísticos da Globo foram cancelados.
Danilo Gentili revela diagnóstico de covid-19 e pede orações
O comediante e apresentador de TV Danilo Gentili revelou no Twitter que recebeu diagnóstico de covid-19. Em mensagem postada na noite de segunda (3/5), ele diz que tomou todas as precauções recomendadas pelas autoridades e só saía de casa para trabalhar. Apesar disso, foi infectado. “Eu me cuido. Sem ser o trabalho, não saio para lugar nenhum, até mesmo por preocupação com a minha mãe. Mesmo assim testei positivo para covid hoje.” Ele pediu orações aos fãs: “Praticamente não posso tomar nenhum medicamento, e por isso conto com as orações de vocês nesses próximos dias. Obrigado, pessoal”. O programa apresentado por ele no SBT, “The Noite com Danilo Gentili”, continuará no ar com episódios inéditos, que já tinham sido gravados. O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e o perfil do Movimento Brasil Livre (MBL) manifestaram seu apoio após a postagem de Gentili: “Melhoras, meu Presidente!” O humorista, que foi cotado pelo MBL para se candidatar na próxima eleição, respondeu com bom humor, usando um slogan esquerdista: “A luta continua, companheiro”. Preparamos uma frente de programas e mesmo com o meu afastamento, o The Noite segue inédito pelos próximos dias. Conto com a audiência de vocês. Obrigado 🙂 pic.twitter.com/pIAxFVfW7C — Danilo Gentili (@DaniloGentili) May 3, 2021
Danilo Gentili terá que pagar indenização por piada com enfermeiras
A Justiça de São Paulo condenou o humorista Danilo Gentili a pagar uma indenização de R$ 41,8 mil ao Sindicato dos Enfermeiros, bem como a publicar um pedido de desculpas em suas redes sociais. Gentili foi processado pelo sindicato por tuitar: “Vocês sabem se existe um asilo especializado onde as enfermeiras batem umas pros véios? Essa tem sido uma preocupação minha quando penso no futuro. Existe esse tipo de serviço?”. Em sua sentença, o juiz André Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível de São Paulo, considerou que o humorista “fez uso de sua condição de pessoa pública para ofender toda uma categoria profissional”, legitimando “seculares formas de opressão contra as mulheres – inseriu a profissão de enfermeira como uma função a ser ocupada por mulheres para servir sexualmente a ele, o homem branco”. O humorista terá de pedir desculpas sob pena de lhe ser aplicada uma multa diária de R$ 1.000 reais durante 200 dias, mas cabe recurso contra a decisão. Em sua defesa, Gentili alegou que não cometeu ato ilícito e nem violou nenhum direito, citando tanto seu direito constitucional à liberdade artística quanto o fato de que a piada fazia referência a uma cena da comédia italiana “Feios, Sujos e Malvados” (1976), de Ettore Scola. “Fazer piada de forma alguma permite concluir que Gentili estivesse incentivando o assédio moral e sexual contra a categoria dos enfermeiros ou que seja o responsável pela violência doméstica que existe contra as mulheres desse país”, afirmou a defesa, realizada pelo escritório Simão e Bunazar Advogados. Para a defesa, o processo foi uma tentativa de censura aberta por adversários políticos, citando o fato de que o sindicato é ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao PT. “Trata-se de uma absurda e inócua restrição à atividade humorística.” O sindicato negou à Justiça que o processo tenha relação com a política. Disse ainda que Gentili não fez uma piada, mas cometeu uma agressão à categoria.
Bolsonaro se aproxima do que deputados consideraram crime com Danilo Gentili
Em gravação revelada nesta segunda (12/4), o presidente Jair Bolsonaro ameaçou agredir fisicamente um senador da República. Durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes, o senador Jorge Kajuru revelou uma nova parte do diálogo polêmico que travou com Bolsonaro no fim de semana, em que o presidente lhe pediu para participar ou tentar travar a CPI da Pandemia. “Se você não participa, daí a canalhada lá do Randolfe Rodrigues vai participar. E vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desse”. O “bosta desse” contra quem Bolsonaro disse que vai “ter que sair na porrada” é um Senador eleito, Randolfe Rodrigues, responsável pela criação da CPI da Pandemia. A ameaça física com nome e sobrenome é menos genérica que o tuite de fevereiro passado de Danilo Gentili, que levou a Câmara dos Deputados a protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a prisão do apresentador. Na época, a sugestão de Gentili para que a população “entrasse” no Congresso “e socasse todo deputado” por causa da PEC de im(p)unidade parlamentar, foi considerado um ameaça à democracia. Originalmente, Gentili escreveu: “Eu só acreditaria que esse País tem jeito se a população entrasse agora na câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar”. A ação contra Gentili foi coordenada pelo deputado Luis Tibé, responsável pela procuradoria da Câmara, a partir de um pedido do deputado federal Celso Sabino, buscando equiparar a postagem do apresentador do talk show “The Noite” com a do deputado federal Daniel Silveira, preso após ameaçar ministros do STF. “Não podemos ter uma sociedade e uma Democracia com pesos e duas medidas. Se o Supremo Tribunal Federal, sabiamente, estabeleceu um limite para a livre manifestação do pensamento que é o respeito à integridade das instituições democráticas – princípio que a Câmara dos Deputados acolheu com margem de 364 votos – a Justiça brasileira não pode permitir que ninguém faça a incitação de ‘socar’ deputados”, concluiu o deputado, por meio de sua assessoria de imprensa. A ação política contra Gentili não foi adiante porque ele não é um político eleito e, portanto, não tem fórum no STF. A PEC da im(p)unidade parlamentar também não foi votada, graças ao repúdio das redes sociais. Mesmo assim, Gentili se arrependeu, apagou o post e fez outra afirmação em seguida: “Eu fiz um tuíte que foi alvo de justas críticas por alguns deputados. Quem me segue sabe que sempre defendi as instituições. Aliás, minha briga com bolsonaristas foi justamente pelo fato de eu ser contrário aos pedidos criminosos de fechamento do STF e do Congresso”. Já Bolsonaro dobrou a aposta e afirmou para seus seguidores, a respeito da gravação polêmica: “Falei mais coisas naquela conversa lá. Pode divulgar tudo da minha parte, tá?”. Mas enquanto o presidente brada, sua tropa de choque no Congresso tenta minimizar as bravatas. A avaliação é de que o ataque contra Randolfe Rodrigues foi individualizado, a um parlamentar identificado com a esquerda, e não contra o Senado. Jair Bolsonaro tem fórum no STF.
Justiça multa Rafinha Bastos por vídeos contra Marcius Melhem: “Má-fé”
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) divulgou decisão favorável a Marcius Melhem na ação que o ex-diretor da Globo move contra Rafinha Bastos e ainda multou o humorista por agir “de má-fe”. De acordo com o entendimento da juíza Tonia Yuka Koroku, Bastos agiu “de má-fé” ao não retirar imediatamente vídeos sobre Melhem de seu canal no YouTube, após decisão da Justiça. A liminar determinando a retirada de vídeos publicados no canal do humorista foi expedida em 20 de janeiro, mas ele não cumpriu a ordem, alegando não ter sido “comunicado oficialmente”. “[É] gritante a má-fé do réu ao insistir em ‘comunicação oficial’ ou em desconhecimento da decisão, quando comentou sobre o fato na Jovem Pan dois dias após a publicação da decisão”, diz o texto da decisão. Na Jovem Pan, Rafinha Bastos lamentou a decisão da Justiça, publicada dois dias antes. “Tirei o vídeo do ar, obedeço a Justiça, não tem como desobedecer. Mas acho isso triste. É muito ruim que o direito à liberdade de expressão dependa da subjetividade de apenas uma pessoa, de um juiz”, disse. Entretanto, de acordo com a defesa de Melhem, vídeos “ofensivos” contra o ex-diretor do humor da Globo continuaram no ar. Diante disso, a magistrada aplicou a “pena de litigância de má-fé” de 1% sobre o valor da causa. Rafinha Bastos agora terá de pagar R$ 500 por cada dia em que descumpriu a liminar. O vídeo original da polêmica foi publicado logo após Melhem dar uma entrevista se defendendo da acusação de assédio sexual e moral por funcionárias da TV Globo. Em um dos trechos, o humorista colocava sua voz sobre a imagem do ex-diretor da Globo para debochar o momento em que Melhem dizia que “foi muito doloroso para mim”. “Doloroso pra ti? Oi?”, disse Bastos na gravação. “Eu matei 48 pessoas, matei várias vezes, isso foi muito doloroso pra mim”; “Roubei oito bancos, roubei várias vezes, isso foi muito doloroso pra mim”, “Dei crack pra criança, e dei crack várias vezes, isso foi muito doloroso pra mim”. Marcius Melhem também processou Danilo Gentili, Felipe Castanheri e Marcos Veras por comentários que considerou ofensivos nas redes sociais. Gentili teve ganho de causa por ter feito piadas de duplo sentido. Em entrevista nesta semana ao colunista Fefito, Melhem se justificou dizendo: “Eu não processo quem me critica ou quem faz piada. Eu processei quem me ofendeu com grande repercussão. São quatro processos apenas. E muito mais gente falou de mim. Milhões de pessoas foram induzidas a me achar um abusador, um assediador, sem saber que nem processo na Justiça há contra mim. Sem saber que ninguém me acusou publicamente de algum ato criminoso. Sem saber que só houve ida à Justiça porque eu fui primeiro. /a crítica é livre. A ofensa, não. Só processei quem me caluniou. A defesa do humorista ainda entrou com processos contra a revista Piauí e a comediante Dani Calabresa por sugerirem o assédio. Melhem diz que a reportagem da revista é tendenciosa e cheia de erros e que Calabresa mente por vingança por ter um projeto cancelado. Nesta semana, Dani Calabresa falou sobre o tema pela primeira vez, durante participação no programa “Saia Justa”. “Eu acho que os dois momentos mais difíceis da minha vida foram depois do divórcio e nesse episódio horrível de assédio. O que me ajudou a colar os pedaços foi o trabalho, de verdade o trabalho me salvou”, ela desabafou.
Câmera dos Deputados quer prender Danilo Gentili
A Câmara dos Deputados entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a prisão do apresentador Danilo Gentili por postagens nas redes sociais. No fim de fevereiro, Gentili sugeriu no Twitter que a população “entrasse” no Congresso “e socasse todo deputado” por causa da PEC de im(p)unidade parlamentar. A ação foi coordenada pelo deputado Luis Tibé, responsável pela procuradoria da Câmara, a partir de um pedido do deputado federal Celso Sabino. A tentativa é de equiparar a postagem de Gentili com a do deputado federal Daniel Silveira, preso após ameaçar ministros do STF. Tibé cita nominalmente Silveira para defender a ação movida em relação a Danilo Gentili. Ele diz que o processo não é contra a pessoa dele, mas a favor dos “mesmíssimos princípios de defesa da Democracia e da Constituição Federal consagrados pela unanimidade do Plenário do Supremo Tribunal Federal, no caso do deputado Daniel Silveira”. “Não podemos ter uma sociedade e uma Democracia com pesos e duas medidas. Se o Supremo Tribunal Federal, sabiamente, estabeleceu um limite para a livre manifestação do pensamento que é o respeito à integridade das instituições democráticas – princípio que a Câmara dos Deputados acolheu com margem de 364 votos – a Justiça brasileira não pode permitir que ninguém faça a incitação de ‘socar’ deputados”, concluiu o deputado, por meio de sua assessoria de imprensa. Originalmente, Gentili escreveu: “Eu só acreditaria que esse País tem jeito se a população entrasse agora na câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar”. Mas ele se arrependeu, apagou o post e fez outra afirmação em seguida: “Eu fiz um tuíte que foi alvo de justas críticas por alguns deputados. Quem me segue sabe que sempre defendi as instituições. Aliás, minha briga com bolsonaristas foi justamente pelo fato de eu ser contrário aos pedidos criminosos de fechamento do STF e do Congresso”.
Marcius Melhem volta à justiça contra Felipe Castanhari após perder para Danilo Gentili
Os processos de Marcius Melhem contra comediantes que o atacaram após a revista Piauí publicar uma reportagem-denúncia com acusações de assédio sexual tem rendido desdobramentos. Enquanto Danilo Gentili escapou de punição e ainda tripudiou com piada, Felipe Castanhari recebeu uma segunda advertência no caso. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou que Castanhari retire do ar uma nova publicação em que acusa Melhem de promover “censura e intimidação”. A postagem foi feita após ele ser condenado a apagar um primeiro post, em que chamava Melhem de “criminoso”, “escroto” e “assediador”, sob pena de pagar R$ 10 mil por dia. Mas, após obedecer a determinação, Castanhari voltou a repetir o termo “assediador” em novo ataque, comparando a decisão de Melhem de ir Justiça a assédio. “A imposição do silêncio é uma das principais armas de um assediador”, ele escreveu. “Sendo verossímeis as alegações de que o conteúdo exposto na rede social é ofensivo e capaz de abalar a honra do autor, e, considerando que a publicação mencionada imputa ao autor crime pelo qual sequer foi indiciado até o momento, defiro a tutela de urgência pleiteada”, diz a decisão, assinada pela juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian. O apresentador do programa “Mundo Mistério”, da Netflix, recebeu um prazo de 24 horas para apagar o post, tempo que já foi superado sem que o texto saísse do ar. Por ser reincidente, a multa agora é de R$ 20 mil por dia. Já Danilo Gentili escapou da mesma punição pelo entendimento de outra juíza, Carolina de Figueiredo Dorlhiac Nogueira, da 38ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, que considerou as manifestações do apresentador do programa “The Noite” como piadas e não ofensas à honra. De fato, Gentili não fez afirmações diretas como Castanhari, valendo-se de humor para agredir Melhem. “Em breve, Marcius Melhem estreará seu novo programa: Porra total”, escreveu o comediante do SBT. “Eu sempre achei que o Marcus Melhem forçava. Mas eu achava que era só no humor”, continuou. “Uma coisa não podemos negar. O Marcius Melhem foi um grande líder na Globo. Daqueles que não tem medo de botar o pau na mesa”, acrescentou. Melhem considerou os conteúdos “ofensivos e depreciativos”, mas a magistrada entendeu que o caso ainda precisa ser plenamente esclarecido e que atender a demanda de Melhem poderia caracterizar a violação de princípios democráticos e censura. Como resultado, Gentili emplacou mais uma piada às custas de Melhem. Ele publicou um “pedido formal e público de desculpas ao sr. Melhem”, dando como justificativa o fato de ter sido “injusto com ele em determinada afirmação. Certa vez eu disse que não conseguia rir de nada que esse senhor fazia, porém dessa vez eu tô rindo muito”. Além dos dois comediantes citados, Marcius Melhem também abriu processos contra Rafinha Bastos, Marcos Veras, Dani Calabresa e a revista Piauí.







