Comic-Con começa de forma híbrida: com astros em telões e fãs em filas
Conhecida por suas surpresas de última hora, a Comic-Con Internacional acabou pegando desprevenidas as cerca de 135 mil pessoas que voaram para San Diego de vários países para passar por horas de filas, visando conseguir testes de covid-19 e ver suas estrelas favoritas nos painéis do evento. É que a primeira Comic-Con presencial em três anos é 100% presencial apenas para o público. Várias estrelas estão participando de forma remota, via videochamadas projetadas em telões diante das plateias espremidas no local. Dois dos primeiros painéis que abriram o evento nesta quinta (21/7), dedicados às séries “The Rookie”, “The Rookie: Feds” e “Abbott Elementary” da rede americana ABC, tiveram moderadores no local, mas nenhum ator apareceu pessoalmente, participando via satélite. A justificativa, neste caso, foi de que eles não poderiam viajar porque estão trabalhando atualmente nas novas temporadas das produções. Em compensação, um painel sobre representatividade da comunidade deficiente teve presença de astros ao vivo, inclusive com Lauren Ridloff, de “The Walking Dead”, e Alaqua Cox, que deve participar também do painel de sábado (23/7) da Marvel para uma prévia de sua série “Eco” (Echo). O veterano ator William Shatner, o eterno Capitão Kirk, também posou para fotos, ao passear entre os fãs e curiosos do evento. Além disso, o astro mais aguardado da Comic-Con 2022, Dwayne “The Rock” Johnson, estaria confirmado pessoalmente no grande painel da Warner Bros sobre os filmes da DC Comics, marcado para o sábado. “Quando Dwayne se compromete com algo, ele faz grande”, disse ao site Deadline uma fonte que garantiu a presença da estrela de ação. A combinação de telões e participações ao vivo era inesperada. Mas não apenas isso. Entrar no Centro de Convenções de San Diego tem sido quase como lidar com uma crise humanitária. Muitos fãs têm chegado fantasiados ao local, como sempre fizeram, apenas para descobrir que deveriam ter passado antes num dos vários hotéis credenciados para realizar testes de covid e obter sua pulseira de verificação antes de poder pisar no Centro de Convenções de San Diego. Um participante disse ao Deadline que, para obter uma pulseira de verificação, “há filas espalhadas ao longo de várias ruas” diante de cada hotel.
Comic-Con Internacional volta a reunir os heróis da cultura pop
A Comic-Con Internacional começa nesta quinta (21/7) sua primeira edição presencial em três anos, desde a pandemia de covid-19. E os principais estúdios de filmes e séries se juntaram para apoiar esse retorno e fortalecer o evento que deu início à era das convenções de cultura pop. São esperadas novidades dos super-heróis da Marvel e da DC, do universo “Star Trek”, de adaptações de mangás como “Cavaleiros do Zodíaco” e de fantasias épicas derivadas de “Game of Thrones” e “O Senhor dos Anéis” – sem esquecer lançamentos de quadrinhos e games. Os destaques da programação oficial podem ser conferidos abaixo, com séries como “The Walking Dead”, “Sandman”, “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” e “A Casa do Dragão”, e painéis especiais para os filmes da Marvel e duas produções da DC, “Adão Negro” e “Shazam: Fúria dos Deuses”. Mas como a convenção é conhecida pelas surpresas, espera-se vários anúncios não programados. Um dos boatos que alimentam as expectativas dos fãs sugere uma aparição de Henry Cavill no painel dos filmes da DC, que vai acontecer no sábado (23/7), com novidades sobre o futuro do Superman nos cinemas. Já a Marvel deixou tudo aberto, ao não definir antecipadamente que filmes vai apresentar. O único confirmado é o presidente do estúdio, Kevin Feige, que promete falar sobre o futuro de seu universo cinematográfico. Mas apesar da expectativa em torno de “Pantera Negra: Wakanda Forever” e “As Marvels”, o estúdio deve enfatizar séries, como “Mulher-Hulk” e “Eco”, para guardar as principais revelações para a D23, a “Comic Con” da Disney, que acontece em dois meses – por isso, por sinal, é notável a ausência de “Star Wars” na programação. Mas para começar, nesta quinta, as atenções devem ser divididas entre os painéis de filmes menos aguardados, como “Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves”, nova produção dedicada ao jogo de RPG, o longa derivado da série adolescente “Teen Wolf” e a série derivada da franquia de aventura “Tesouro Nacional” – além de “Ruptura” e da inédita série de “Vampire Academy”. Veja abaixo os destaques da programação da Comic-Con 2022. Quinta-feira (21/7) 14h — “Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves” 17h30 — “Teen Wolf: The Movie” 18h15 – “National Treasure: Edge of History” 18h45 – “Vampire Academy” 19h30 – “Ruptura” Sexta-feira (22/7) 14h30 – “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” 15h45 — Marvel Studios Animation 17h30 — “The Walking Dead” 19h — Keanu Reeves — “BRZRKR The Immortal Saga Continues” 20h30 — “Dragon Ball Super: Super Hero” Sábado (23/7) 14h15 – Warner Bros. — “Adão Negro” e “Shazam: Fury of the Gods” 15h30 — “A Casa do Dragão” 16h45 – Painel do Universo “Star Trek” 18h30 — Apresentação especial em vídeo e perguntas e respostas de “The Sandman” 21h — Mega painel do Universo Cinematográfico da Marvel 212h30 – Filme live-action dos “Cavaleiros do Zodíaco” Domingo (24/7) 15h — “A Escola do Bem e do Mal” 17h15 – “What We Do in the Shadows”
Marvel Studios volta à Comic-Con depois de 3 anos
O Marvel Studios estará presente na edição deste ano da Comic-Con Internacional em San Diego, nos Estados Unidos. A confirmação foi feita por Kevin Feige, presidente do estúdio, em uma entrevista coletiva virtual sobre o filme “Thor: Amor e Trovão”. “Nós estaremos na Comic-Con no próximo mês e estamos ansiosos por isso. Estamos ansiosos para ir falar sobre o futuro”, declarou Feige, de acordo com fontes ouvidas pelo Deadline. A última participação da Marvel na Comic-Con foi na edição de julho de 2019. Em 2020 e 2021, em razão da pandemia, o evento não ocorreu de forma presencial e a Marvel optou por não participar das versões online. Ainda não estão definidos quais serão os projetos que o estúdio apresentará na edição deste ano, mas a lista de seus próximos lançamentos inclui os filmes “Thor: Amor e Trovão” (8 de julho), “Pantera Negra: Wakanda Forever” (11 de novembro), “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” (17 de fevereiro de 2023), “Guardiões da Galáxia: Volume 3” (5 de maio de 2023), “The Marvels” (28 de julho de 2023), “Quarteto Fantástico” (2024) e “Blade” (sem data). Já entre as atrações da Disney+, as próximas estreias são “I Am Groot” (10 de agosto), “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” (17 de agosto), o especial de fim de ano dos “Guardiões da Galáxia”, “Echo”, “Secret Invasion”, “Agatha: House of Darkness”, “Armor Wars”, “Ironheart” e a animação “X-Men ’97”. Nem tudo deve ser revelado no tradicional evento geek de San Diego, já que logo em seguida a Marvel terá outro painel de destaque na D23, a convenção da Disney, que equivale a outra Comic-Con. A Comic-Con 2022 acontece entre os dias 21 e 24 de julho e a D23 Expo de 9 a 11 de setembro, ambas no estado americano da Califórnia.
Comic-Con implode de forma virtual neste fim de semana
A segunda edição virtual da Comic-Con começou nesta sexta-feira (23/7) não com um bang, mas com lamentos. As muitas publicações em piloto automático sobre “painéis imperdíveis” não enterram a mudança de perspectiva trazida pelo tom de epitáfio do evento já tradicional de fãs, iniciado há meio século em San Diego, na Califórnia, para celebrar quadrinhos e que transformou o universo geek em cultura pop. Pois este é o ano em que as maiores produtoras de quadrinhos, Marvel e DC, viraram as costas para o evento, descartado da estratégia promocional de seus grandes lançamentos cinematográficos. E sem os filmes da Marvel e da DC, o que é a Comic-Con? Ironicamente, o motor da mudança cultural, que alterou o status dos super-heróis de leitura barata de crianças para carros-chefes da indústria do entretenimento, foi ultrapassado pelo crescimento do mercado que ajudou a promover. O negócio de quadrinhos virou multibilionário e já não precisa mais de amadores – no sentido original da palavra: aqueles que se dedicam por amor. A pandemia fortaleceu o streaming. E nesta nova era, a DC experimentou e lançou sua própria convenção virtual, a DC Fandome, enquanto a Disney transformou uma simples apresentação para investidores do final de 2020 num evento com mais engajamento, celebração e anúncios de projetos que a Comic-Con demonstrou ser capaz de realizar nos últimos anos. Sem ignorar que até a Netflix tem testado sua própria versão de convenção “geek” para promover seu nicho neste multiverso cada vez mais corporativo. Como se não bastasse, a velha Comic-Con original ainda enfrenta a canibalização de concorrentes que avançam sobre seu legado, desde subsidiárias legítimas à apropriações de seu projeto, que se apresentam como Comic Cons sem hífen para pleitear suposta originalidade. Graças à covid-19, a distância regional que mantinha os frequentadores desses eventos separados se dissolveu no ciberespaço, aumentando a redundância e a diluição da importância de cada um deles. Afinal, quantas vezes alguém é capaz de ver painéis iguais enrolarem para não entregar nenhuma novidade sobre os mesmos projetos? E neste ponto a Comic-Con implodiu a si mesma. Ao aceitar se vender para a indústria, recebendo dinheiro para exibir novidades, perdeu sua espontaneidade e capacidade de surpreender. Como sair do roteiro sem a autorização de quem está pagando para promover um press release em live-action? A situação chegou a tal ponto que a indústria já vinha usando a Comic-Con só como uma oportunidade de calendário, aproveitando a atenção da mídia para lançar trailers e promover projetos. Era só o que mantinha a convenção relevante. Até que os trailers “exclusivos” começaram a aparecer simultaneamente nas redes sociais dos estúdios e as notícias ganharam textos oficiais nos e-mails das assessorias de imprensa. Irrelevante até como fonte de notícias, o que restou da Comic-Con? Nem o Halloween dos super-heróis, em que fãs se vestiam como seus personagens favoritos, que a pandemia suspendeu. Será que pelo menos isso volta no ano que vem, com a vacinação? Ou a Comic-Con, com a perda progressiva do investimento dos estúdios e relevância cultural, está realmente em seus lamentos finais?
Comic-Con Internacional será virtual pelo segundo ano consecutivo
A Comic-Con Internacional, de San Diego, anunciou que, pelo segundo ano consecutivo, realizará uma edição virtual de seu ano em 2021. Um evento virtual gratuito da Comic-Con@Home acontecerá de 23 a 25 de julho, replicando o formato do ano passado. Os organizadores, no entanto, avisaram que planejam um evento presencial especial em San Diego para novembro, a ser confirmado em uma data posterior. Eles também esperam voltar a realizar a Comic-Con presencialmente em julho de 2022. “Os últimos meses afetaram muito nossas famílias e amigos, e esperamos que esse esforço virtual seja um pequeno movimento em direção a nosso reencontro como uma comunidade para celebrar não apenas a arte popular, mas também a amizade, a educação e o espírito duradouro do fandom que tanto faz parte da Comic-Con”, disse a Comic-Con Internacional em comunicado. “Enquanto lamentamos o adiamento da Comic-Con presencial, nosso compromisso com esta comunidade de fãs e nossa celebração de quadrinhos e artes populares relacionadas perdura como uma parte importante de quem somos”, completa o anúncio. Concebida como um pequeno evento focado em quadrinhos em 1970, a Comic-Con de San Diego cresceu e foi copiada por dezenas de outras convenções ao redor do mundo, tornando seu nome sinônimo de grande evento da cultura geek. Estima-se que 135 mil pessoas compareceram ao Centro de Convenções de San Diego para a última Comic-Con presencial, em 2019. Veja abaixo a íntegra do comunicado, publicado no endereço oficial da Comic-Con no Instagram. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Comic-Con International (@comic_con)
DC FanDome ensinou como se faz uma “Comic Con” online
Em sua primeira convenção online para fãs, a DC Comics corrigiu vários erros da Comic-Con@Home, dando uma lição de organização e promoção. As principais lacunas da primeira iniciativa do gênero durante a pandemia foram resolvidas, ao transformar a DC FanDome num evento de streaming, que conseguiu monopolizar o noticiário do entretenimento e as redes sociais durante todo o sábado (22/8). Em vez de pulverizar os diversos painéis de suas atrações em vídeos distintos, a DC FanDome foi basicamente um programa ao vivo, com exibição ininterrupta e contínua de conteúdo relacionado ao universo de quadrinhos da editora DC Comics. Embora os filmes da Warner fossem as estrelas, a programação também serviu para lançar games, conversar sobre séries e chamar atenção para os próprios quadrinhos. Alguns painéis, claro, funcionaram melhor que outros. Se os seis minutos desperdiçados pelo elenco de “Shazam!” com pouco a dizer foram constrangedores, a participação de Matt Reeve, diretor de “Batman”, empolgou com detalhes e paixão por seu filme “noir”. Cada painel teve um formato diferente e as exibições foram intercaladas por apresentadores escolhidos entre representantes da cultura geek mundial. Os brasileiros, vindos da CCXP, foram os únicos a participar em dupla e também a se envolver num painel propriamente dito, mediando as entrevistas do elenco, da diretora e de convidados de “Mulher-Maravilha 1984”. Considerando que a aparição “surpresa” de Linda Carter, a Mulher-Maravilha original, tornou-se o ponto alto da conversa, a condução foi das menos relevantes. De fato, os apresentadores geeks, tão entusiasmados que só faltavam pular como cheerleaders, exageram o tom, ao tratar cada detalhe da programação como se fosse a revelação do primeiro trailer de “Batman”. Faltou modulação. E esse entusiasmo forçado ameaçou transformar a DC FanDome num grande infomercial. A situação foi contornada pelo envolvimento dos criadores em vários painéis. James Gunn foi seu próprio apresentador no divertido trecho de “O Esquadrão Suicida”, comandando, como mestre de cerimônias, a revelação dos personagens do filme, o trailer e até uma brincadeira de trívia da DC com o elenco. E Neil Gaiman contou tantas histórias dos bastidores de “Sandman” que deixou os fãs com ainda mais admiração por seu trabalho. Mesmo conversas genéricas, como a discussão temática do Multiverso, renderam detalhes deliciosos, graças ao encontro de pesos-pesados do conglomerado, como Jim Lee, que manda nos quadrinhos, Greg Berlanti, o chefe do Arrowverso, e Walter Hamada, responsável pelas adaptações da DC nos cinemas. Ao contrário da Comic-Con@Home, os fãs foram lembrados com sessões dedicadas a cosplay, fanart e até tatuagens relacionadas aos heróis dos quadrinhos. Como os painéis foram pré-gravados, não houve interações diretas, mas o público registrou suas reações instantâneas num shoutbox com a hashtag da DC FanDome no Twitter. Os organizadores ainda incluíram perguntas de fãs e celebridades aos debatedores. Algumas boas, outras bobas, como da tenista Venus Williams, sobre quem venceria uma partida de tênis entre Mulher-Maravilha e Mulher Leopardo – variação do eterno “quem é mais forte”, questão favorita das crianças. A Warner mobilizou suas equipes externas para acompanhar as apresentações, liberando trailers, vídeos e pôsteres na internet minutos após a exibição de cada painel, de forma a alimentar a cobertura do evento. Deu certo. Cada painel foi seguido por cobertura instantânea na mídia com o material disponibilizado. A transmissão ocorreu melhor em PC, rendendo alguns problemas de acesso em mobile. Mas a equipe técnica mostrou-se eficiente para resolver rapidamente os bugs. Dividido em dois dias, o evento será retomado no dia 12 de setembro, desta vez enfatizando as produções televisivas da DC e prometendo mais “experiências” para os fãs. É uma chance extra de contornar outro detalhe questionável da produção: o tom chapa branca. Afinal, o entusiasmo forçado dos apresentadores contrastou com o noticiário de dias antes, quando a DC Comics encolheu com demissão de vários profissionais e a decisão de desmontagem da plataforma DC Universe pela WarnerMedia. Nada disso sequer foi mencionado. A primeira série da DCU, “Titãs”, apresentou seu bloco sem revelar onde a 3ª temporada seria disponibilizada. Da mesma forma, também foi gritante a falta de referência a Hartley Sawyer no encontro do elenco de “The Flash”. O ator foi demitido por antigas postagens polêmicas no Twitter, situação que rendeu comentários até de Grant Gustin (o Flash) na ocasião. No entanto, quem acompanhou o bloco dedicado à série no evento pode ter ficado com a impressão de que ele nunca participou da produção. Ótima iniciativa, a DC Fandome merece virar um evento anual, mas precisa definir melhor sua identidade, decidir se é suficiente ser um infomercial de luxo ou se pretende virar uma convenção legítima para os fãs.
DC FanDome: Veja o trailer da “Comic Con” exclusiva da DC Comics
A Warner Bros. divulgou o trailer da DC FanDome, primeira grande convenção para fãs do universo derivado dos quadrinhos da DC Comics, que vai acontecer de forma virtual no dia 22 de agosto. Espécie de “Comic Con” da DC, o evento ainda não teve suas atrações reveladas, mas o trailer traz cenas da animação da “Arlequina”, da série “The Flash”, dos filmes “Mulher-Maravilha 1984” e da nova versão da “Liga da Justiça” reeditada pelo diretor Zack Snyder, entre outras atrações, acompanhadas por muitas promessas, como “os maiores nomes da DC” e “revelações exclusivas”. Por causa deste evento, a Warner não participou da versão online da Comic-Con no mês passado, guardando todas as suas novidades para sua própria convenção. Prometendo uma experiência imersiva, a programação da FanDome vai acontecer durante 24 horas consecutivas, com uma expectativa de participações de estrelas, cineastas e dos criadores por trás do conteúdo da DC. Tudo de graça e com acesso liberado a todo o público interessado pelo site DCFanDome.com – que já está acessível para os fãs se cadastrarem. O evento será dividido em seis áreas diferentes no site oficial, com seções batizadas de DC WatchVerse, DC YouVerse, DC KidsVerse, DC InsiderVerse, DC FunVerse e o Hall of Heros, que contará com as principais atrações. A programação estará disponível em dez línguas diferentes, incluindo português, e terá alguns conteúdos produzidos exclusivamente para diferentes regiões. “Não existe fã como o fã da DC”, disse Ann Sarnoff, Presidente e CEO da Warner Bros., no comunicado que anunciou o evento. “Por mais de 85 anos, o mundo se voltou aos heróis e histórias inspiradoras da DC para nos animar e entreter, e este massivo e imersivo evento digital dará a todos novas maneiras de personalizar sua jornada pelo Universo da DC, sem filas, sem ingressos e sem barreiras. Com o DC FanDome, somos capazes de dar aos fãs ao redor do mundo uma maneira única e empolgante de conectar-se com seus personagens preferidos da DC, além dos incríveis talentos que os trazem à vida nas páginas e nas telas”, ela completa.
Versão online da Comic-Con decepciona e reúne pouco público
Primeira tentativa de realizar um grande evento de forma virtual, a versão online da Comic-Con não conseguiu empolgar o público e fracassou em materializar uma versão digital da convenção real. Os organizadores prometeram o melhor dos mundos, uma edição cheia de atrações, gratuita e sem filas. Mas a Comic-Con@Home teve poucas estrelas do mundo do entretenimento e, tragicamente, pouca presença de fãs. Além da baixa visualização dos vídeos disponibilizados, faltaram fãs na própria programação. Maior atrativo de qualquer Comic-Con, os cosplays acabaram esquecidos pelos organizadores, sem aparecer em nenhum vídeo, embora habitualmente sejam as imagens mais associadas à festa geek. Também não houve comércio virtual, um oportunidade perdida para promoções e lançamentos que, em outros tempos, movimentariam fortunas nos corredores do centro de convenções de San Diego. Faltou até programação interativa – e alternativa – , com passatempos temáticos. A Comic-Con@Home se restringiu a uma sucessão de vídeos produzidos com o aplicativo Zoom, reunindo cabeças falantes. E, aparentemente, alguns desses vídeos, apresentados como “lives”, eram pré-gravados. Keanu Reeves, que participou de dois painéis no fim de semana – para divulgar “Bill & Ted: Encare a Música” e comentar os 15 anos de “Constantine” – , acabou sendo a maior estrela do evento, que ainda contou com o elenco do filme “Os Novos Mutantes”, das séries das franquias “Star Trek” e “The Walking Dead”, e um punhado de outras atrações televisivas. Apesar de alardeados 350 painéis online, menos de duas dezenas foram dedicados a filmes e séries. Já as discussões acadêmicas sobre o que representa “A máscara nos quadrinhos de ‘Watchmen'”, “A psicologia da cultura pop de Natal” e “A ciência de ‘Star Trek'” ficaram às moscas. Não por acaso, a grande maioria dos vídeos disponibilizadas na página da Comic-Con Internacional no YouTube registrou menos de 2 mil visualizações. Alguns não conseguiram atrair nem 500 pessoas. A Comic-Con Internacional sempre teve esses debates obscuros, mas eles nunca chamaram tanta atenção quanto em sua versão virtual. O formato do evento “democratizou” a programação, colocando painéis hollywoodianos ao lado de discussões da “academia dos geeks”, sem priorizar destaques. A única divisão oferecida foi a dos dias da semana. Mais assistido de todos os painéis, o encontro de vários intérpretes da série “Vikings”, da 1ª à última temporada, atraiu o interesse de 223 mil pessoas. Só outro vídeo chegou perto desses números: “Os Novos Mutantes”, que reuniu 213 mil pessoas. Este painel foi também o que mais caprichou em novidades. Além de reunir o diretor e o elenco completo, apresentou a primeira cena do filme e um trailer inédito. Nenhum outro momento da programação chegou perto desse volume. Entre os bate-papos mais bem-sucedidos, o debate com Keanu Reeves sobre “Constantine” foi visto por 67 mil e um painel dedicado aos papéis heroicos de Charlize Theron teve 57 mil visualizações. Dentre as séries, depois de “Vikings” o programa mais assistido foi dedicado a “The Walking Dead”, que reuniu 87 mil fãs, seguido por “Fear The Walking Dead”, visto por 72 mil e um painel com diversas atrações do universo “Star Trek”, prestigiado por 64 mil. Outros destaques incluíram a participação do elenco de “The Boys”, com 54 mil visualizações, “His Dark Materials”, com 44 mil, e o curioso empate de público dos painéis de “The 100”, “Wynona Earp” e “What We Do in The Shadows”, com 34 mil espectadores. O dado negativo ficou por conta do desinteresse gerado pelo painel da 4ª temporada de “Van Helsing”, visto por apenas 4 mil pessoas. A falta de grandes atrativos se deveu à ausência de produções da Disney e da WarnerMedia. Os dois conglomerados decidiram dar pouca importância para o evento, porque têm outros planos de divulgação. A Disney tem sua própria “Comic Con”, a D23 Expo, que este ano também deverá ser virtual, e a Warner anunciou sua primeira convenção dedicada às atrações da DC Comics, a DC FanDome, que vai acontecer no dia 22 de agosto. Se a realização da Comic-Con@Home não foi exatamente o que os fãs esperavam, o que acabou se materializando serviu para alertar os “concorrentes” sobre o que precisa ser aperfeiçoado. Além disso, demonstrou para todo mundo que não é caro nem muito difícil organizar uma convenção digital. Sem as dificuldades logísticas para reunir diversos astros num mesmo local, acomodar o público e ainda contar com equipamento sofisticado para exibições especiais, até fãs estão fazendo convenções online. Durante o fim de semana da Comic-Con, aconteceram duas: JusticeCon, dedicada à “Liga da Justiça”, com a presença do diretor Zack Snyder e do ator Ray Fisher (Ciborgue), e #SaveDaredevil, com diversos atores e a equipe da série “Demolidor”. Só a entrevista com Zack Snyder na JusticeCon foi acompanhada por 281 mil pessoas. Ou seja, teve mais público que a atração mais vista da Comic-Con@Home.
Comic-Con inicia sua primeira edição online. Confira as principais lives
Com sua tradicional edição anual cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus, a Comic-Con Internacional, de San Diego, começa nesta quarta (22/7) a sua primeira edição online. Rebatizada de Comic-Con at Home, a mais famosa convenção geek do mundo virou um evento digital gratuito, com uma programação intensa que reflete o evento original e que pode ser acompanhada por todo o mundo em lives no YouTube até 26 de julho. No ano em que completa meio século de existência, o evento agendou nada menos que 350 painéis online. Nesta quarta, serão apenas discussões de quadrinhos. Mas os temas se ampliam a partir de quinta, com o início dos painéis dedicados a filmes e séries, que prometem exibir imagens exclusivas e muitas novidades. Confira abaixo alguns dos destaques da programação, com respectivos horários (de Brasília), e clique aqui para ter acesso à relação completa de eventos e aos links para as lives. Quinta (23/7) 14h | “Star Trek Universe”, com elenco e produtores de “Star Trek: Discovery”, “Star Trek: Picard” e da nova animação “Star Trek: Lower Decks”. 15h | “Solar Opposites”, com elenco e produtores da nova série animada da Hulu. 17h | “His Dark Materials”, com elenco e showrunners da série da HBO. 17h | “A Look Inside Marvel’s 616”, com diretores e produtores do Universo Cinematográfico Marvel na plataforma Disney+ (Disney Plus). 19h | “The Boys”, com elenco e criadores da série da Amazon Prime Video. Sexta (24/7) 15h | “Adventure Time: Distant Lands”, com dubladores e produtores da série animada. 15h | “Vikings”, com produtores da série do History Channel. 16h | “Fear the Walking Dead”, com elenco e produtores da série do AMC. 17h | “The Walking Dead”, com elenco e produtores da série do AMC. 18h | “The Walking Dead: World Beyond”, com elenco e produtores da nova série do AMC. 18h | “I Am Not Okay with This”, com elenco, produtores e autor dos quadrinhos que inspirou a série da Netflix. 19h | “Helstrom”, com elenco e produtores da nova série da Hulu baseada nos quadrinhos de terror da Marvel Comics. 23h | The 32nd Annual Will Eisner Comic Industry Awards, a cerimônia do “Oscar dos quadrinhos”. Sábado (25/7) 15h | “Os Simpsons”, com os produtores executivos da série animada da Fox. 16h | “Constantine”, uma reunião de aniversário de 15 anos do filme, com o ator Keanu Reeves, o diretor Francis Lawrence e o produtor-roteirista Akiva Goldsman. 17h | “Espíritos Obscuros”, com o diretor Scott Cooper e o produtor Guillermo del Toro, sobre o novo filme de terror. 18h | “Women Rocking Hollywood 2020”, um painel com diretoras discutindo a importância do protagonismo feminino na TV e no cinema. 19h | “The Order”, com elenco e produtores da série da Netflix. 19h | “Bill & Ted: Encare a Música”, com elenco e diretor do filme. 20h | “Lovecraft Country”, com elenco e produtores da nova série da HBO. 21h | “What We Do in the Shadows”, com elenco da série do FX. 22h | “NOS4A2”, com elenco e produtores da série do AMC. Domingo (26/7) 14h | “Motherland: Fort Salem”, com elenco e produtores da série do Freeform. 16h | “The 100”, com elenco e produtores da série da rede The CW. 17h | “Looney Tune Cartoons”, com produtores e dubladores da nova série animada da HBO Max.
CCXP 2020 será evento 100% virtual
A CCXP (Comic Con Experience) de 2020 será totalmente virtual. A decisão foi consequência da pandemia de covid-19, numa iniciativa para evitar contágio e respeitar as regras de distanciamento social. Chamado de “CCXP Worlds: A Journey of Hope”, o evento brasileiro – apesar do nome em inglês – , não teve maiores detalhes compartilhados. A organização informou nesta quinta (16/7) que mais novidades serão divulgadas em 25 de agosto, durante uma entrevista coletiva. Mas um detalhe foi adiantado. Como a convenção será digital, os organizadores decidiram ampliar seu alcance para que a programação possa ser acompanhada pelo mundo inteiro – ou mundos, como Pandora e Terra Média, para usar as referências dos realizadores. O anúncio foi acompanhado por um vídeo publicado nas redes sociais, em que fãs caracterizados de personagens ajudam a ilustrar a frase principal da mudança: “A CCXP não é um lugar, ela acontece onde a gente quiser”. Ao lado do vídeo com cosplayers, um texto faz referências a naves espaciais famosas da ficção científica e acrescenta uma previsão de partida em “aproximadamente 5 meses” para a CCXP “100% virtual”. Originalmente prevista para o começo de dezembro, esta será a primeira edição completamente virtual do evento. Mas não será a primeira convenção geek a acontecer desta forma. A Comic-Con Internacional, de San Diego, vai lançar sua versão online já na próxima semana, entre 22 e 26 de julho, datas originalmente previstas para sua realização física, com várias atrações já confirmadas. Torre de controle para Tardis, Enterprise, Jupiter 2, Millennium Falcon e sala de estar do apartamento 467. Previsão de partida: aproximadamente 5 meses. Destino: todos os mundos. Vem aí a #CCXPWorlds, uma CCXP com tudo o que a CCXP tem, mas 100% virtual. Novidades em agosto. pic.twitter.com/kvBlbW9pf6 — CCXP (@CCXPoficial) July 16, 2020
DC FanDome: Warner anuncia sua própria “Comic Con” online para a DC Comics
A WarnerMedia vai realizar sua própria “Comic Con”, voltada exclusivamente a lançamentos relacionados à DC Comics. O cancelamento da Comic-Con Internacional, de San Diego, que este ano vai acontecer online, e o sucesso da D23, da Disney, motivaram a empresa a programar o DC FanDome, um evento online gratuito para divulgar as novidades do universo DC, incluindo filmes como “The Batman”, “Mulher-Maravilha 1984” e o “Snyder Cut” de “Liga da Justiça”, além das inúmeras séries do “Arrowverso” na rede CW, atrações da DC Universe, da HBO Max e outras (como “Lucifer” da Netflix), baseadas nos quadrinhos da editora. Os painéis virtuais também abrangerão, logicamente, os quadrinhos da DC, as produções animadas e até games. Prometendo uma experiência imersiva, o DC Famdome vai acontecer em 24 horas consecutivas, com participações de estrelas, cineastas e criadores por trás de todo esse conteúdo, no dia 22 de agosto, um sábado, a partir das 14h (horário de Brasília), com acesso aberto ao público pelo site DCFanDome.com – que já está acessível para que os fãs se cadastrem. O evento será dividido em seis áreas diferentes no site oficial, com seções batizadas de DC WatchVerse, DC YouVerse, DC KidsVerse, DC InsiderVerse, DC FunVerse e o Hall of Heros, que contará com as principais atrações. A programação estará disponível em dez línguas diferentes, incluindo português, e terá alguns conteúdos produzidos exclusivamente para diferentes regiões. “Não há fã como o fã da DC”, diz Ann Sarnoff, Presidente e CEO da Warner Bros., no comunicado que anuncia o evento. “Por mais de 85 anos, o mundo se voltou aos heróis e histórias inspiradoras da DC para nos animar e entreter, e este massivo e imersivo evento digital dará a todos novas maneiras de personalizar sua jornada pelo Universo da DC, sem filas, sem ingressos e sem barreiras. Com o DC FanDome, somos capazes de dar aos fãs ao redor do mundo uma maneira única e empolgante de conectar-se com seus personagens preferidos da DC, além dos incríveis talentos que os trazem à vida nas páginas e nas telas”, ela completa.
Comic-Con Internacional vai acontecer na internet para todo mundo
Com sua tradicional edição anual cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus, a Comic-Con Internacional, de San Diego, encontrou uma forma de acontecer online. A convenção geek vai se tonar um evento digital gratuito na data originalmente prevista para sua realização física, entre 22 e 26 de julho, confirmaram seus organizadores. “Pela primeira vez em nossos 50 anos de história, estamos felizes em receber virtualmente qualquer pessoa de todo o mundo. Embora as condições de permanência em casa tornem esse período muito difícil, vemos isso como uma oportunidade de espalhar alegria e fortalecer nosso senso de comunidade”, diz o comunicado oficial do evento. Os organizadores prometem oferecer uma experiência inédita ao público, apresentando diversos painéis, exposições de quadrinhos e várias atividades a que os fãs terão acesso e poderão acompanhar de seus próprios lares. Maiores detalhes sobre a programação do evento serão revelados em breve. Assim como a confirmação de sua suposta gratuidade.







