Governador do DF indica filme para Bolsonaro aprender o que é Estado de Sítio
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, rebateu uma fala de Jair Bolsonaro com a sugestão de um filme. O político, que supostamente também é bolsonarista, não gostou de ouvir de Bolsonaro que tinha decretado um “estado de sítio” em Brasília e sugeriu que o presidente assistisse ao clássico “Estado de Sítio”, de Costa-Gavras, para aprender como é “o terror de viver sob repressão”. Bolsonaro comparou o toque de recolher decretado por Ibaneis, para conter a transmissão do coronavírus, a um Estado de Sítio durante sua live de quinta (11/3). “Uma medida extrema dessa, só eu, o presidente da República, e o Congresso Nacional, poderiam tomar”, disse Bolsonaro, antes de fazer alusões cifradas à quebra-quebras e tumulto social (até aqui inexistentes) por todo o Brasil. “O presidente da República, Jair Bolsonaro, por quem eu tenho respeito e apreço, disse que o Distrito Federal está sob estado de sítio. Desta vez eu discordo dele. O DF está sim com restrição na mobilidade das pessoas a partir de 22h por uma medida sanitária”, escreveu Ibaneis Rocha no Twitter. “O objetivo é claro, reduzir a disseminação do coronavírus”, acrescentou. Na sequência, Ibaneis indicou o filme de 1972, que retratou uma situação real. Em 1970, o cônsul brasileiro Aloysio Gomide e o agente da CIA Dan Mitrione foram sequestrados em Montevidéu, no Uruguai, pelo Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, organização terrorista uruguaia. O americano foi executado e Gomide só foi libertado sete meses depois, após o governo uruguaio concordar em suspender um estado de sítio que tinha decretado no país. “Quem quiser saber o que é o terror de viver sob repressão, recomendo que veja o filme ‘Estado de Sítio’, de Costa Gravas, lançado em 1972”, afirmou Ibaneis, incluindo até um link para uma cópia (possivelmente pirata) da obra no YouTube. Apesar do uso como ferramenta pedagógica, há uma ironia histórica na citação ao longa, que foi proibido pela Ditadura no Brasil, assim como todos os longas de Costa-Gavras desde “Z” (1969), sobre censura e acobertamento de crimes políticos por militares. O cineasta grego foi o diretor mais censurado do regime que Bolsonaro costuma idolatrar. “Estado de Sítio” só foi exibido nos cinemas brasileiras quase uma década após seu lançamento e sob ameaça de bombas, após o último general-presidente, Figueiredo, anunciar a “abertura política” (“É pra abrir mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!”), em meio à vários atentados terroristas de grupos que não queriam abrir mão de dizer o que os brasileiros podiam ver, falar e fazer. O objetivo é claro, reduzir a disseminação do Coronavírus. Quem quiser saber o que é o terror de viver sob repressão, recomendo que veja o filme Estado de Sítio, de Costa Gravas, lançado em 1972, e que está na íntegra e com legendas no YouTube: https://t.co/GauTW3ToSj (2/2) — Ibaneis Oficial (@IbaneisOficial) March 12, 2021
Elle Fanning viverá Ali MacGraw em filme sobre bastidores de O Poderoso Chefão
A atriz Elle Fanning (“Malévola”) entrou no filme “Francis and The Godfather”, longa-metragem sobre os bastidores da produção de “O Poderoso Chefão” (1972). Ela vai interpretar a atriz Ali MacGraw, estrela dos blockbusters “Love Story” (1970) e “Comboio” (1978), que foi casada com o produtor Robert Evans, ex-chefe da Paramount. Fanning se junta a um elenco grandioso. Anteriormente, Jake Gyllenhaal (“Homem-Aranha: Longe de Casa”) foi confirmado como o intérprete de Evans, Oscar Isaac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) como Francis Ford Coppola e Elisabeth Moss (“O Homem-Invisível”) no papel de sua esposa, Eleanor Coppola. O filme tem direção do veterano Barry Levinson (“Rainman”) e é baseado no roteiro do estreante Andrew Farotte, que se destacou na Lista Negra (os melhores roteiros não filmados de Hollywood) e foi reescrito com Levinson. O longa vai contar as batalhas entre Coppola, que tinha 31 anos na época, e Evans, que brigaram pela escalação de Marlon Brando, que não fazia sucesso há anos, e pelo pouco conhecido Al Pacino no papel principal. “Em meio à loucura da produção, e contra todas as probabilidades, um filme clássico aconteceu”, resumiu Levinson, em comunicado sobre o projeto. Coppola, por sua vez, comentou a produção de forma mais modesta. “Qualquer filme que Barry Levinson fizer sobre qualquer coisa, será interessante e vale a pena!” Quando o projeto foi originalmente anunciado há quatro anos, havia menção de produção da HBO, mas os últimos comunicados afirmam que a Endeavour Content e a FilmNation ainda negociam os direitos de exibição mundial. Além deste projeto, a plataforma Paramount+ também desenvolve uma série sobre os bastidores de “O Poderoso Chefão”. Intitulada “The Offer”, a produção seriada narra a realização do filme de 1972 através dos olhos de seu produtor, Al Ruddy, que se empenhou para tirar o projeto do papel ao lado do diretor Francis Ford Coppola. O projeto perdeu recentemente seu ator principal. Ruddy seria interpretado por Armie Hammer, que se afastou da produção em meio à polêmica sobre mensagens de conteúdo violento que supostamente enviou a várias mulheres nas redes sociais.
Andy Garcia diz que nova versão encerra insatisfação com O Poderoso Chefão 3
O ator Andy Garcia comentou a nova versão de “O Poderoso Chefão 3”, após assistir uma sessão especial do longa ao lado de Al Pacino e Diane Keaton. Dizendo-se feliz e satisfeito com a edição feita pelo diretor Francis Ford Coppola, o intérprete de Vincent Corleone espera que o filme seja melhor compreendido, pois nunca entendeu a insatisfação com a versão original, lançada nos cinemas em 1990. “Nunca tive problemas com a versão original, mas estou muito próximo”, disse o ator que foi indicado ao Oscar por interpretar o filho ilegítimo de Sonny Corleone (James Caan). Ele comparou as duas versões em entrevista ao site The Hollywood Reporter, dizendo que “há uma clareza maior nessa versão, que Francis queria”. Os dois primeiros filmes estão entre os melhores já feitos, por isso o terceiro foi lançado sob um microscópio, avalia Garcia. Mas diante das indicações para prêmios, as críticas – e às vezes desdém – sempre parecerem injustificadas para o ator. “Achei que muitas coisas eram injustas sobre o filme, especialmente como Sofia [Coppola] foi tratada”, disse Garcia. A filha de Francis Ford Coppola assumiu o papel de filha de Michael Corleone (Pacino) após Winona Ryder, originalmente escalada como Mary Corleone, desistir no início da produção por ordem médica, devido à exaustão. Quando Sofia assumiu o papel de forma inesperada, ela acabou dilacerada pela crítica. Garcia espera que as pessoas assistam à nova versão e vejam a performance da agora cineasta sob uma nova luz. “Acho que se as pessoas revisitarem este filme, verão uma atuação muito honesta, profunda e comovente de Sofia. Acho que há uma grande tragédia na personagem, uma atuação muito corajosa e estou muito orgulhoso do trabalho que fizemos”, diz Garcia. Ele acredita que a nova versão vai encerrar esta e todas as insatisfações remanescentes sobre o filme original. Já sobre seu personagem, o ator não consegue escolher um momento favorito, mas concorda que a transferência de poder de Michael para Vincent no final foi uma cena “muito delicada”, como foi o momento em que Vincent concorda em abandonar seu amor por Maria em troca de uma responsabilidade maior. Para completar, ele brincou sobre sua relação com seu pai na trama. Ele e James Caan não chegaram a contracenar na trilogia, mas se tornaram amigos ao longo dos anos. Garcia contou rindo como o parentesco cinematográfico acabou virando uma piada entre eles. “A primeira vez que o encontrei, eu disse, ‘Ei, papai. Como você está?’ Ele estava orgulhoso de mim”, contou. Os filhos dos dois atores acabaram frequentando a mesma escola, o que fez com que eles passassem a se encontrar seguidamente. Segundo Garcia, Caan sempre dizia a quem os encontrasse: “Ei, você conhece meu filho?” Coppola ficou seis meses trabalhando na reedição de “O Poderoso Chefão 3”, que contou com a revisão completa dos negativos originais, guardados em mais de 300 caixas. Batizada em português de “O Poderoso Chefão – Desfecho: A Morte de Michael Corleone”, a edição do diretor terá um lançamento limitado nos cinemas brasileiros na quinta-feira (3/12) e chegará em PVOD para locação digital cinco dias depois. Veja o trailer abaixo.
Diane Keaton chama nova versão de O Poderoso Chefão 3 de “sonho que virou realidade”
A atriz Diane Keaton disse ter ficado impressionada pela nova versão de “O Poderoso Chefão 3”, reeditada pelo diretor Francis Ford Coppola para relançamento nos cinemas e em streaming. “Assistir [a nova versão] foi um dos melhores momentos da minha vida”, elogiou Keaton, em entrevista para a revista Variety. “Para mim, foi um sonho que virou realidade. Eu vi o filme sob uma luz completamente diferente. Quando eu vi lá atrás, minha reação foi ‘Oh, eu não sei.’ Não parecia funcionar muito bem e as críticas não eram boas. Mas Francis reestruturou o começo e o fim e, nossa, como funcionou.” Coppola ficou seis meses trabalhando na edição, que contou com a revisão dos negativos originais, guardados em mais de 300 caixas, para recuperar a obra, que encerrou com críticas apenas medianas uma trilogia que tinha começado excepcional. Com a nova versão finalmente finalizada, ele convidou o elenco original para uma exibição privada no estúdio da Paramount. E Keaton se maravilhou, lembrando da diversão que foram as filmagens no final dos anos 1980. “Isso me levou de volta”, diz Keaton. “Naquela época, eu estava meio que com Al. Eu realmente gostei do Andy Garcia [co-estrela]. Estávamos filmando na Itália. Foi um momento especial.” Mas ao ver o filme projetado nas telas em 1990, ela acabou concordando com a crítica. “E era uma das pessoas que não gostaram”, admite ela. “O que estava errado comigo? Por que eu não gostei disso antes? Eu meio que dei de ombros e pensei ‘tudo bem’.” Ela agora está convencida de que a reedição de Coppola fará as pessoas reconsiderarem o filme, inclusive um de seus elementos mais difamados, a atuação de Sofia Coppola como filha de Michael Corleone, Mary. Ela quase não tinha experiência em atuação quando substituiu Winona Ryder, que caiu doente pouco antes das filmagens, e os críticos dilaceraram sua atuação, chamando-a de amadora e pouco convincente. “Isso não vai acontecer mais”, diz Keaton, argumentando que a nova edição dá ao desempenho de Sofia Coppola mais chance de brilhar. “Ela é como uma filha seria se você tivesse este cara como seu pai, o chefe de uma organização criminosa. Ela não estava tão segura de si e está meio quieta. Meio assombrado. Achei ela fantástica. ” Keaton contou que conseguiu até mesmo deixar de lado sua antiga aversão a se ver na tela para apreciar o filme. “Nunca é divertido me ver”, diz Keaton. “Eu moro comigo. Eu não quero me ver na tela”, conta. Mas apesar de ser sua crítica mais dura, ela vê seu trabalho como Kay Corleone, a ex-esposa de Michael, como um dos destaques de uma carreira que inclui filmes amados como “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, “Reds” e “Alguém tem que Ceder”. “Os filmes de ‘O Poderoso Chefão’ são realmente poderosos”, diz Keaton. “Eles estão cheios deste mundo criminoso. Há uma intensidade e questões familiares. Acho que é muito fácil entender por que eles são amados.” Rebatizado de “O Poderoso Chefão – Desfecho: A Morte de Michael Corleone”, o filme terá lançamento limitado nos cinemas brasileiros em 3 de dezembro e chegará em PVOD para locação digital cinco dias depois. E Keaton torce para que o público prefira e possa vê-lo nos cinemas, “com ótima música e ótimo som, para que ele possa levar você para longe”, diz ela. “Eu gosto de filmes grandes. Eu gosto deles na minha cara. Você fica imerso neles dessa forma. Isso tira você de sua vida mundana e idiota. Eu falo por mim, é claro. ” Veja o trailer legendado da nova versão do filme de 1990 abaixo.
Nova versão de O Poderoso Chefão III ganha trailer para lançamento digital e nos cinemas
A Paramount divulgou o trailer legendado da nova versão de “O Poderoso Chefão III”. Rebatizado de “O Poderoso Chefão – Desfecho: A Morte de Michael Corleone”, o filme foi reeditado pelo diretor Francis Ford Coppola com abertura e desfecho diferentes. “Para esta versão, criei um novo começo e fim, e reorganizei algumas cenas, tomadas e entradas de música. Com essas mudanças, e com o visual e o som restaurados, acho que chegamos a uma conclusão mais apropriada para a saga”, disse Coppola, em um comunicado sobre o projeto. Curiosamente, porém, a edição do diretor acabou menor que a versão projetada em tela grande em 1990. Nem o diretor nem o estúdio contaram o que foi cortado do filme original, que completa 30 anos em 2020. O fato é que, mesmo com cenas a mais, a nova edição será cinco minutos mais curta, com 2 horas e 37 minutos de duração. Coppola ficou seis meses trabalhando na edição, que contou com a revisão dos negativos originais, guardados em mais de 300 caixas. Segundo o diretor, ele realizou basicamente uma “restauração quadro a quadro”. Como os dois filmes anteriores, “O Poderoso Chefão: Parte III” foi um sucesso de bilheteria e foi indicado a sete prêmios da Academia. Porém, ao contrário dos outros, não ganhou nenhum. A crítica também o considerou o mais fraco dos três. Na verdade, ponderou que nem estaria à altura dos outros dois. A revista New Yorker o chamou de humilhação pública, enquanto o jornal Washington Post o classificou como um “fracasso de proporções dolorosas”. Durante anos, o longa também assombrou Sofia Coppola, filha do diretor, escalada no filme para viver Mary Corleone, filha do protagonista (Al Pacino). Ela foi arrasada pela crítica e praticamente desistiu da carreira de atriz, mas se reinventou anos depois como uma cineasta premiada. A nova versão do filme terá lançamento limitado nos cinemas brasileiros em 3 de dezembro e chegará em PVOD para locação digital cinco dias depois.
Alicia Vikander vai produzir e estrelar série baseada em Disque M para Matar
A estrela sueca Alicia Vikander (“Tomb Raider”) está desenvolvendo uma série limitada baseada em “Disque M para Matar” para a MGM/UA Television. Trata-se de uma adaptação da peça de 1952 de mesmo nome, escrita por Frederick Knott, que foi famosamente levada às telas em 1954 por Alfred Hitchcock. O projeto promete reinventar a clássica história de suspense por uma perspectiva feminina. No filme de Hitchcock, o papel de protagonista feminina foi interpretado por Grace Kelly. A trama original dos anos 1950 girava em torno de um campeão de tênis aposentado (interpretado no filme por Ray Milland), que descobre que sua esposa (Kelly) teve um caso e contrata um conhecido para matá-la. Quando o tiro sai pela culatra e a esposa mata o assassino, o marido a incrimina pelo assassinato do homem. O subterfúgio só é descoberto com a ajuda do amante (Robert Cummings) horas antes da mulher ser executada, após ser sentenciada à morte. O roteiro da adaptação está a cargo de Michael Mitnick (“O Doador de Memórias”), sob supervisão de Terence Winter (criador de “Boardwalk Empire”). Os dois trabalharam juntos anteriormente na série “Vinyl”, da HBO. Vikander assina a produção e deve estrelar a série, que tem potencial para se tornar a 1ª temporada de uma antologia de suspenses famosos, abordados sob ponta de vista feminino. Veja abaixo o trailer do clássico de Hitchcock.
Boca de Ouro é a versão mais violenta de Nelson Rodrigues
Um filme como “Boca de Ouro”, com um elenco estelar, tempos atrás teria ótimas chances de conseguir uma boa bilheteria. Mas está passando em cinemas vazios. Tempos estranhos estes de pandemia. Há vários motivos para ver o filme. Para começar, o texto de Nelson Rodrigues, que é um autor que costuma garantir o sucesso de suas adaptações. Há também a volta de Daniel Filho na direção, depois de um hiato longo – desde a comédia “Sorria, Você Está Sendo Filmado”, de 2014. E há um elenco muito atraente, que traz outra volta, Malu Mader, e destaca nomes como Marcos Palmeira no papel-título, Guilherme Fontes, Fernanda Vasconcellos, Anselmo Vasconcelos, além do próprio Daniel Filho. Apesar disso, o grande atrativo acaba sendo a revelação da jovem Lorena Comparato, no papel de Celeste, a mulher casada que cai nas graças do gângster de dentes de ouro. Outro ator jovem, mais conhecido pelas telenovelas, Thiago Rodrigues, faz o papel de seu marido, Leleco, personagem que, na adaptação de Nelson Pereira dos Santos, exibida em 1963, tinha sido interpretado pelo próprio Daniel Filho. A estrutura, por sinal, é igual à do filme de Nelson Pereira dos Santos, uma espécie de “Rashomon” (1950), com a personagem de Malu Mader contando três histórias diferentes, ao mesmo tempo contraditórias e complementares sobre o temido Boca de Ouro, bicheiro que acabou de ser encontrado morto. A dupla de repórteres que entra na casa de Guigui (Mader) para colher depoimentos, acaba por ouvir essas histórias, mudadas de acordo com o humor ou a vontade da narradora. As narrativas se equilibram em momentos muito bons e outros menos interessantes, mas todas elas são atraentes e poderosas no uso da violência rodrigueana e que agora pode ser vista de maneira mais explícita. Daniel Filho segue um caminho de sangue e nudez, que já era trilhado pelos melhores especialistas em adaptações de Nelson Rodrigues, como Neville D’Almeida e Braz Chediak. Mas em “Boca de Ouro” ela é mais gráfica, derivada do cinema de horror, e mais bonita plasticamente. É uma violência que vai além do visual, já que Boca de Ouro é um personagem extremamente perturbador, seja quando procura estuprar uma mulher e matar seu marido, quando faz concurso de seios mais bonitos e quando planeja a execução de uma mulher em sua casa. Assim, há espaço para fazer bombear fortemente o coração do espectador diversas vezes, com os atos cruéis desse fascinante personagem da literatura brasileira.
Continuação de Halloween ganha primeiro teaser
Um ano depois de divulgar um vídeo de bastidores das filmagens, a produtora Blumhouse voltou a aproveitar a data do Halloween (31/10) para compartilhar o primeiro teaser com cenas da continuação da franquia “Halloween” nas redes sociais. Depois do reboot de 2018, Jamie Lee Curtis voltará a enfrentar o serial killer mascarado Michael Myers em “Halloween Kills”, que no Brasil ganhou o subtítulo de “O Terror Continua”. A intérprete de Laurie Strode também voltará a contar com a companhia de Judy Greer e Andi Matichak, que interpretaram a filha e a neta da personagem no filme mais recente. Além disso, a produção resgatará as crianças do filme original, que sobreviveram sob os cuidados da então babá Laurie durante o primeiro ataque do psicopata em 1978. Kyle Richards, que deu continuidade à carreira de atriz (foi uma das enfermeiras de “Plantão Médico”/”E.R.”) repetirá seu papel da época, como Lindsey Wallace, mas Tommy Doyle terá novo intérprete em sua versão adulta: Anthony Michael Hall (“O Vidente”). “Halloween Kills” deveria ter estreado neste fim de semana, mas devido à pandemia de coronavírus teve seu lançamento adiado em um ano. O vídeo revela a nova data, marcada para 15 de outubro de 2021. O próximo filme será o segundo de uma nova trilogia dirigida por David Gordon, que se encerrará em 2022 com “Halloween Ends”.
Admirável Mundo Novo não terá 2ª temporada
A plataforma Peacock decidiu não realizar uma 2ª temporada de “Brave New World”, sua adaptação do clássico sci-fi “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley. Embora tenha sido concebido como uma minissérie, a atração deixou aberta possibilidades narrativas para a produção de uma nova temporada. “Há espaço para temporadas futuras”, chegou a dizer o showrunner David Wiener ao site Inverse. “Deixamos muitas portas abertas no final da temporada, que podem levar com sucesso a uma segunda temporada. Espero que sim.” A 2ª temporada seria inspirada no ensaio “Regresso Ao Admirável Mundo Novo”, em que Huxley reexaminou seu próprio trabalho – e o mundo ao seu redor – , 26 anos após o lançamento do livro original. Mas essa continuação não vai acontecer. “Não haverá 2ª temporada de ‘Brave New World’ na Peacock”, disse o streamer em um comunicado. “David Wiener criou uma adaptação cinematográfica e instigante. Somos gratos ao elenco e à equipe que deram vida a este mundo. Estamos ansiosos para contar mais histórias com David no futuro”. Primeiro “cancelamento” da Peacock, a série também foi a primeira atração original da plataforma, ainda que não tenha sido feita para ela. Produzida para o canal pago USA Network com um orçamento de US$ 100 milhões, “Brave New World” acabou indo para o streaming “em cima da hora”, para ajudar a lançar o serviço da NBCUniversal, já que era a única série inédita original que estava pronta para acompanhar sua inauguração apressada (para chegar próximo da HBO Max) em 15 de julho. Para quem não conhece a história, ela apresenta um futuro onde a sociedade conquistou paz e equilíbrio após a proibição do dinheiro, da família, da monogamia, da privacidade e do livre arbítrio. A trama acompanha dois cidadãos de Nova Londres, Bernard Marx (vivido na série por Harry Lloyd, de “Counterpart”) e Lenina Crowne (Jessica Brown Findlay, de “Downton Abbey”), que, curiosos para explorar a vida além das estruturas da civilização, embarcam em férias para as Terras Selvagens, onde se envolvem em uma rebelião violenta e são resgatados por John (Alden Ehrenreich, de “Han Solo: Uma História Star Wars”), um selvagem criado à margem da sociedade, que ao viajar com eles para Londres logo começa a questionar o conceito de felicidade do sistema. O elenco da superprodução ainda incluía Demi Moore (“A Noite é Delas”), Hannah John-Kamen (“Homem-Formiga e a Vespa”), Joseph Morgan (“The Originals”), Nina Sosanya (“His Dark Materials”), Kylie Bunbury (“Olhos que Condenam”) e Sen Mitsuji (“Altered Carbon”). Uma 2ª temporada seria a chance de rever essa história por outra ótica. Publicado em 1932, o livro de Aldous Huxley conseguiu antecipar um futuro que acabou se materializando, por meio dos bebês de proveta, análise de DNA e até antidepressivos como o Prozac. Mas o autor depois questionou se não tinha defendido uma posição muito conservadora, o que deu origem à continuação filosófica da história em 1958, até hoje nunca adaptada para as telas. A produção foi a terceira minissérie derivada da obra clássica e tinha como showrunner David Wiener (“Fear The Walking Dead”), que trabalhou em cima de roteiros da dupla Brian Taylor e Grant Morrison (criadores da série “Happy!” no Syfy). Para completar, os dois primeiros (de um total de nove) episódios foram dirigidos por Owen Harris, responsável pelo premiado “San Junipero” da série “Black Mirror”. Veja abaixo o trailer da minissérie milionária.
Agarra-me se Puderes: Clássico dos anos 1970 vai virar série
A Universal vai transformar o clássico “Agarra-me se Puderes” (Smokey and the Bandit) numa série. O filme de 1977 foi uma criação do dublê Hal Needham, que escreveu e dirigiu a produção em sua estreia atrás das câmeras, mas só saiu do papel porque um dos maiores astros da época, Burt Reynolds, topou estrelar. Feito sem maiores pretensões, a produção se tornou o maior sucesso da carreira do ator e a segunda maior bilheteria do ano em que “Guerra nas Estrelas” (Star Wars) chegou aos cinemas. A trama acompanhava Bo “Bandit” Darville, que topava uma aposta para transportar caixas de cerveja do Texas para Atlanta em 28 horas. Ele achava que cumprir a missão seria fácil, até dar carona para Carrie, uma noiva em fuga, literalmente, que deixou o filho do xerife Bufford no altar. Este contratempo faz com que seu carrão conversível seja perseguido em alta velocidade pela polícia do Texas até o fim da projeção. “Agarre-Me Se Puderes” gerou duas continuações, rendeu um namoro entre Reynolds e sua coestrela Sally Field e inspirou inúmeras produções similares, inclusive séries, como as bem-sucedidas “Os Gatões” (1979–1985) e “Xerife Lobo” (1979-1981). Seu impacto na cultura pop foi além dos derivados e cópias, inspirando até o nome de uma banda, Boss Hogg, batizada em 1989 (e ainda em atividade) em homenagem ao vilão da história. O resgate da franquia está sendo desenvolvido pelo cineasta David Gordon Green (“Halloween”), o comediante Danny McBride (“The Righteous Gemstones”) e os produtores Seth MacFarlane (“Uma Família da Pesada”) e Brian Sides (“Alaska: The Last Frontier”). Green também dirigirá o piloto da atração. “Por ter crescido no sul, ‘Agarra-me se Puderes’ foi uma franquia icônica para mim. O legado desses personagens é um playground de arrogância e atrevimento que estou animado para explorar”, disse Green, que nasceu em Little Rock, Arkansas, mas foi criado no Texas. Ainda sem canal ou plataforma definidos, a adaptação do filme dos anos 1970 faz parte de uma estratégia da NBCUniversal para explorar sua biblioteca de títulos e transformar seu acervo clássico em novas séries. Outras atualizações em andamento no estúdio incluem uma nova “Battlestar Galactica” para a plataforma Peacock e uma série de “Chucky” para o canal pago Syfy, entre outros.
Estreia de Duna é adiada para daqui a um ano
A estreia do remake de “Duna” foi adiada para outubro de 2021. A Warner ainda não divulgou um comunicado oficial, mas as quatro principais publicações que cobrem a indústria cinematográfica americana são unânimes em afirmar que a mudança já está decidida. Os sites da Variety, The Hollywood Reporter, Deadline e The Wrap afirmam que a nova data escolhida é 1 de outubro. O detalhe é que ela já estava reservada para a estreia de “Batman”. Isto provavelmente significa que o lançamento do filme do super-herói da DC Comics também sofrerá mudanças. Apesar da pandemia, a Warner não tinha alterado a previsão de estreia de “Duna”, que até então sempre esteve prevista para dezembro de 2020. A alteração pode ser resultado de – e ampliar – um efeito dominó. Com o anúncio do fechamento da 2ª maior rede de cinemas dos EUA, a Regal, e das salas de sua matriz britânica, a Cineworld, por período indeterminado, a perspectiva de uma volta a normalidade das bilheteria tomou um rumo sombrio para os estúdios. O desempenho de “Tenet”, filme que desbravou os cinemas durante a pandemia, também tem sido desanimador. Até o fim de semana, o longa (da própria Warner) tinha feito apenas US$ 45,1 milhões no mercado norte-americano, valor considerado muito baixo para uma produção orçada em mais de US$ 200 milhões. Apesar do filme ter desempenho melhor no exterior, as percentagens das bilheterias internacionais não costumam compensar desastres no mercado doméstico, devido às peculiaridades de cada país. A China, por exemplo, que praticamente já voltou à normalidade, devolve apenas 25% do total arrecadado para Hollywood. A saída de “Duna” do calendário de dezembro também liga um novo alarme entre os exibidores. Se até então a expectativa era manter as salas abertas na esperança de uma normalização de lançamentos a partir do Natal, começam a surgir receios de novos adiamentos em massa, que possam zerar o calendário de dezembro como já aconteceu com os meses anteriores. Por enquanto, os filmes que permanecem previstos para dezembro são “Free Guy” e “Morte no Nilo”, ambos da 20th Century Studios/Disney, “Um Príncipe em Nova York 2”, da Paramount, “Mulher-Maravilha 1984”, da Warner, “News of the World”, da Universal, “Escape Room 2”, da Screen Gems/Sony e “Monster Hunter”, da Constantin/Sony – mas já há boatos de que este último também vai mudar de data. Com direção de Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”) e um grande elenco encabeçado por Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”), “Duna” ganhou seu primeiro trailer há pouco menos de um mês. Confira abaixo. O filme também já tem uma continuação confirmada, que sugere que a adaptação será dividida em duas partes. Além disso, Villeneuve também está trabalhando numa série derivada para o serviço de streaming HBO Max.
Nova versão de O Poderoso Chefão 3 será cinco minutos menor que o filme de 1990
A nova versão de “O Poderoso Chefão 3” já definiu sua data de estreia. Inicialmente, a Paramount pretendia exibir o filme nos cinemas, mas diante da pandemia de coronavírus, o lançamento deve acontecer apenas em plataformas digitais e blu-ray no dia 8 de dezembro. Batizada de “Mario Puzo’s The Godfather, Coda: The Death of Michael Corleone”, a edição do diretor será curiosamente menor que a versão projetada em tela grande em 1990. Ainda assim, o cineasta Francis Ford Coppola disse há um mês que havia criado “um novo começo e fim” para o longa. “Para esta versão, criei um novo começo e fim, e reorganizei algumas cenas, tomadas e entradas de música. Com essas mudanças, e com o visual e o som restaurados, acho que chegamos a uma conclusão mais apropriada para a saga”, disse Coppola, em um comunicado sobre o projeto. Nem o diretor nem o estúdio contaram o que foi cortado do filme original, que completa 30 anos em 2020, mas mesmo com cenas a mais, a nova edição será cinco minutos mais curta, com 2 horas e 37 minutos de duração. Coppola ficou seis meses trabalhando na edição, que contou com a revisão dos negativos originais, guardados em mais de 300 caixas. Segundo o diretor, ele realizou basicamente uma “restauração quadro a quadro”. Como os dois filmes anteriores, “O Poderoso Chefão: Parte III” foi um sucesso de bilheteria e foi indicado a sete prêmios da Academia. Porém, ao contrário dos outros, não ganhou nenhum. A crítica também o considerou o mais fraco dos três. Na verdade, ponderou que nem estaria à altura dos outros dois. A revista New Yorker o chamou de humilhação pública, enquanto o jornal Washington Post o classificou como um “fracasso de proporções dolorosas”. Durante anos, o longa também assombrou Sofia Coppola, filha do diretor, escalada no filme para viver Mary Corleone, filha do protagonista (Al Pacino). Ela foi arrasada pela crítica e praticamente desistiu da carreira de atriz, mas se reinventou anos depois como uma cineasta premiada.










