O que ver na semana: saiba quais são as estreias de streaming
Documentário do Caso Eloá e minissérie sobre Ângela Diniz destacam true crime nacional entre as novidades, que ainda incluem "Uma Sexta-Feira Ainda Mais Louca", "O Monstro em Mim" e muitos filmes de Natal
O que chega no streaming: Guia de estreias até 2 de agosto
Seleção reúne os principais lançamentos de Netflix, Prime Video, Disney+, Max, Apple TV+, Paramount+, Globoplay, MGM+ e VoD até 2 de agosto
Em clima de “Extermínio”: Seleção reúne os 50 melhores filmes de apocalipse zumbi já feitos
Lançamento de “Extermínio: A Evolução” inspira relação que mostra como os filmes de zumbis evoluíram de “A Noite dos Mortos-Vivos” até o terror contemporâneo
Streaming: “One Piece” e os 10 melhores lançamentos da semana
A lista de estreias da semana destaca a versão live-action de “One Piece” na Netflix, a 2ª temporada de “A Roda do Tempo” na Prime Video e a 4ª de “Impuros” na Star+. Fãs de terror ainda recebem “Pânico VI” na Paramount+, enquanto os geeks de sci-fi podem curtir a volta da série clássica “Babylon 5” como longa-metragem animado. Confira abaixo as 10 melhores opções selecionadas entre as novidades de filmes e séries em streaming. ONE PIECE | NETFLIX A estreia mais divulgada pela Netflix neste ano é uma adaptação de um dos mangás mais populares do Japão. Os quadrinhos de Eiichiro Oda, publicados desde 1997, já geraram um anime com mais de 900 episódios e agora ganham sua primeira versão live-action (com atores de carne e osso). A trama gira em torno de uma caça ao tesouro de piratas. Quando estava para ser executado, o lendário Rei dos Piratas, Gold Roger, revelou ao mundo a existência da fortuna que mantinha em segredo, motivando a cobiça de dezenas que se lançam a sua caça, sonhando com fama e riqueza imensuráveis. Os protagonistas são um grupo desses aventureiros, os Piratas de Chapéu de Palha, liderado por Monkey D. Luffy, que além de buscar o tesouro também quer se consagrar como o novo rei dos piratas. O ator mexicano Iñaki Godoy (“Quem Matou Sara?”) interpreta Luffy e o elenco também destaca Mackenyu (“Samurai X: O Final”), Emily Rudd (trilogia “Rua do Medo”), Jacob Gibson (“Greanleaf”), Taz Skylar (“Villain”), Peter Gadiot (“Yellowjackets”), Stevel Marc (“O Mauritano”), Jacob Gibson (“Greenleaf”), McKinley Belcher III (“Ozark”) e Jeff Ward (“Agents of Shield”). Desenvolvida pelos showrunners Matt Owens (“Luke Cage”) e Steven Maeda (que escreveu episódios de “Arquivo X” e “Lost”), a série se caracteriza por manter as características visuais dos animes, incluindo cenas de elasticidade irreal, em que boca, punhos e pés de Luffy se estendem mais que num desenho animado do Pica-Pau. A RODA DO TEMPO 2 | AMAZON PRIME VIDEO Baseada nos livros de Robert Jordan, a fantasia épica apresenta um mundo onde a magia existe e o tempo é cíclico. A 1ª temporada, com oito episódios, estreou em 2021 com sua história repleta de batalhas, monstros e diversos efeitos visuais, conforme Moiraine Damodred (Rosamund Pike, de “Garota Exemplar”), feiticeira integrante de uma poderosa organização mágica conhecida como Aes Sedai, parte numa aventura com cinco jovens escolhidos, testando profecias que podem salvar ou destruir a humanidade. A nova temporada adapta a história de “A Grande Caçada”, segundo livro da saga literária homônima de Robert Jordan. Nos episódios, ameaças antigas e inéditas caçam os aliados do povo de Dois Rios, agora espalhados pelo mundo. Sem a mulher que os encontrou e guiou para ajudá-los, eles precisam encontrarem novas força uns nos outros ou neles próprios, na Luz… ou na Escuridão. Enquanto isso, Rand al´Thor (Josha Stradowski) começa a perceber o quão poderoso ele é após descobrir ser o Dragão Renascido no ano anterior. O elenco também conta com Álvaro Morte (“La Casa de Papel”), Sophie Okonedo (“Flack”), Michael McElhatton (“Game of Thrones”), Marcus Rutherford (“Obediência”), Zoë Robins (“Power Rangers Ninja Steel”), Barney Harris (“Clique”), Madeleine Madden (“Tidelands”), Kae Alexander (“Krypton”) e muitos outros. A série estreou já renovada para sua 3ª temporada. IMPUROS 4 | STAR+ Após dois anos sem episódios inéditos, a série que rendeu duas indicações ao Emmy Internacional ao ator Raphael Logam (“Pacificado”) está de volta. A trama é ambientada nos anos 1990 e acompanha a escalada de Evandro do Dendê (Logam) ao comando do narcotráfico do Rio. Em sua ascensão, ele vive uma relação de gato e rato com o obcecado policial Morello (Rui Ricardo Diaz). O elenco fixo inclui também João Victor Silva (“Verdades Secretas”), Cyria Coentro (“Os Dias Eram Assim”) e Leandro Firmino (“Cidade de Deus”). Na 4ª temporada, Evandro começa a encarar sérios problemas familiares, envolvendo a mãe e a esposa, Geise (Lorena Comparato), por conta das escolhas que fez. Ao mesmo tempo, ainda sofre um atentado que quase tira sua vida e entra em guerra contra a máfia do Jogo do Bicho, enquanto subir cada vez mais na hierarquia da organização criminosa em que atua. Criada por Alexandre Fraga, a série se inspira em um criminoso da vida real, Fernandinho Guarabu, que comandou o morro do Dendê e se tornou um dos maiores narcotraficantes do estado fluminense nos anos 1990. Renovada, a produção já gravou sua 5ª temporada. | PÂNICO VI | PARAMOUNT+ O recente filme da franquia de terror chega ao streaming com novas referências meta e mortes ainda mais sangrentas, entregando tudo o que os fãs esperam quando os sobreviventes do filme anterior são perseguidos por um novo psicopata com a máscara de Ghosface. Só que este assassino se mostra muito mais violento e ousado, atacando em plena cidade de Nova York (ou um set canadense disfarçado como a metrópole). Os sobreviventes são Jenna Ortega (“Wandinha”), Melissa Barrera (“Vida”), Jasmin Savoy Brown (“Yellowjackets”), Mason Gooding (“Com Amor, Victor”), além da veterana da franquia Courteney Cox (vista em todos os filmes) e até Hayden Panettiere (“Nashville”), que retorna após aparecer em “Pânico 4”, agora como agente do FBI. O elenco também foi reforçado com as adições de Samara Weaving (“Casamento Sangrento”), Dermot Mulroney (“Sobrenatural: A Origem”), Tony Revolori (“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”), Liana Liberato (“Banana Split”), Henry Czerny (“Casamento Sangrento”), Josh Segarra (“Arrow”) e Devyn Nekoda (“Os Tênis Encantados”). E qualquer um deles pode ser o assassino por trás da máscara. Parte da diversão é descobrir a verdadeira identidade do psicopata. O roteiro é de Guy Busick (“Casamento Sangrento”) e James Vanderbilt (“Mistério no Mediterrâneo”), e a direção é novamente de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillertt (também de “Casamento Sangrento”), que assumiram o comando da franquia no longa anterior, após a morte do diretor Wes Craven. O PORTAL SECRETO | VOD* A nova fantasia ao estilo “Harry Potter” é uma adaptação do romance de mesmo nome de Tom Holt e se passa numa venerável corporação mágica londrina, responsável por orquestrar todos os incidentes diários de coincidência e imprevistos que ocorrem na cidade. Inicialmente, o recém-chegado estagiário Paul Carpenter (Patrick Gibson, de “Sombra e Ossos”) desconhece a verdadeira função da empresa quando aceita o emprego. Diferente de sua colega novata Sophie (Sophie Wilde, de “Eden”), que possui habilidades empáticas, ele parece não ter talentos notáveis. Por isso, se sente aliviado quando o CEO da empresa (Christoph Waltz, de “Django Livre”) o encarrega de encontrar uma porta mágica que desapareceu em algum lugar da empresa. Mas, nessa busca, ele se vê constantemente surpreendido pela magia dessa espécie de Hogwarts corporativa, repleta de regras arbitrárias e objetos misteriosos. Dirigido pelo experiente diretor de TV Jeffrey Walker (“H2O: Meninas Sereias”) e co-produzido pela Jim Henson Company (produtora dos “Muppets”), o filme também destaca em seu elenco o veterano Sam Neill (“Jurassic Park”) como um gerente impiedoso, que têm planos diferentes para o futuro do mundo. Com elementos de fantasia e comédia, “O Portal Secreto” também apresenta um toque de sátira e se diverte com a ideia da porta sumida ser capaz de conduzir à diferentes dimensões. No entanto, a história central gira em torno dos protagonistas e de seu envolvimento romântico, tornando o filme uma raridade dentro do cinema comercial familiar. MULHERES CHORAM | VOD* A produção que mais deu o que falar no Festival de Cannes de 2021 aborda questões de gênero e relações familiares na Bulgária contemporânea. O filme foca na vida de duas gerações de mulheres de uma mesma família, todas lidando com o luto após a morte da matriarca. A narrativa se desenrola em um contexto político específico: a rejeição da Bulgária em ratificar a Convenção de Istambul, um tratado de direitos humanos contra a violência doméstica, porque utilizava a palavra “gênero”. A obra destaca diversas mulheres da família, cada uma com suas próprias lutas relacionadas à saúde mental. A personagem Sonja chama a atenção por estar vivendo com HIV, um segredo que gera tensão em uma cena chave ao redor da mesa de jantar da família. Sua irmã Lora enfrenta exemplos cotidianos de masculinidade tóxica e Veronica sofre de depressão pós-parto, trazendo uma outra camada de complexidade ao núcleo familiar. O filme abriga performances notáveis, em especial a de Maria Bakalova, conhecida por sua nomeação ao Oscar por “Borat: Fita de Cinema Seguinte” (2020). Ela contracena com um elenco local bastante expressivo, em uma narrativa provocativa, em que revelações impactantes funcionam como um catalisador para questionamentos mais amplos sobre gênero e preconceito. As diretoras Vesela Kazakova e Mina Mileva (“The Beast Is Still Alive”) utilizam metáforas e momentos de alívio emocional para equilibrar cenas mais ásperas, criando uma experiência cinematográfica que oferece muito a ser ponderado pelo público. EU NÃO SOU UM ROBÔ | HBO MAX Comédia romântica imensamente popular da Coréia do Sul, a produção de 2017 gira em torno de uma garota que se passa por robô. A história envolve Min Kyu, um rapaz rico, que tem uma alergia severa a seres humanos e só sai de casa de luvas e máscaras. Impossibilitado de ter um um relacionamento devido à sua condição, ele conhece a Android AJI-3, desenvolvida por uma equipe de seu conglomerado, e se impressiona por sua capacidade de interação. Só que, na verdade, Jo Ji Ah foi contratada pela fingir ser a robô, após a verdadeira androide dar problemas. Sem poder dizer a verdade, ela acaba confundida com um robô real, com quem o rapaz consegue interagir e… se apaixonar. Repleta de momentos divertidos e fofos, a fantasia tem direção de Jung Dae-yoon (“Renascendo Rico”) e destaca Chae Soo-bin (“Rookie Cops”) e Yoo Seung-ho (“Memorist”) nos papéis principais. CHIC SHOW | GLOBOPLAY O documentário conta a história de um dos mais importantes bailes da cidade de São Paulo, o Chic Show. Realizado principalmente no ginásio do Palmeiras, onde chegava a reunir 20 mil pessoas nas décadas de 1970 e 1980, o evento virou mais que um baile. Foi um verdadeiro ponto de encontro da cultura negra, abrindo espaço para o funk, o rap, o samba rock e o pagode. As festas de Luiz Alberto dos Santos, o Luizão, chegaram a trazer até atrações internacionais, como Kurtis Blow, Whodini, Betty Wright e o lendário James Brown. Com direção de Felipe Giuntini (“Domingão do Faustão”), o filme traz depoimentos dos organizadores, dos artistas que se apresentaram, como Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Sandra de Sá, Thaide e Carlos Dafé, e dos frequentadores, mostrando o impacto do baile em famosos como Péricles, Mano Brown, Ice Blue, Thaíde, Rappin’ Hood, Júnior Vox, Marquinhos Sensação e Salgadinho. BABYLON 5: THE ROAD HOME | VOD* A icônica série de ficção científica criada em 1993 por J. Michael Straczynski (“Sense8”) retorna num longa animado, que retoma todos seus personagens clássicos. A trama se passa dois anos após a Guerra das Sombras e segue John Sheridan (Bruce Boxleitner) e sua esposa Delenn em sua despedida da estação espacial Babylon 5. Mas um erro técnico deixa Sheridan perdido no multiverso, percorrendo cronologias alternativas. O enredo efetivamente utiliza a viagem no tempo para revisitar eventos e personagens importantes da série original, tornando o filme uma espécie de retrospectiva da rica história da franquia. “Babylon 5” virou cult não só pelas histórias envolventes, mas por reunir artistas que marcaram época na sci-fi, como o protagonista Bruce Boxleitner (o “Tron”), Bill Mumy (o Will Robinson original de “Perdidos no Espaço”), Walter Koenig (o Sr. Chekov original de “Star Trek”) e Patricia Tallman (estrela do bom remake de “A Noite dos Mortos-Vivos”). Eles fazem um retorno significativo na continuação animada, junto com Claudia Christian (ainda ativa em “9-1-1”) e Peter Jurasik (também de “Tron”), que tinha se aposentado em 2017, além dos novos dubladores dos personagens dos atores falecidos. Infelizmente, as baixas representam a maioria, incluindo os coprotagonistas Mira Furlan (que depois estrelou “Lost”), Richard Biggs (“Strong Medicine”), Andreas Katsulas (“Star Trek: Enterprise”), Jerry Doyle (“Barrados no Baile”), Jeff Conaway (“Grease: Nos Tempos da...
Diretor de “Triângulo da Tristeza” vai presidir Festival de Cannes 2023
O diretor Ruben Östlund, que venceu duas vezes a Palma de Ouro, foi anunciado como presidente do júri da competição do Festival de Cannes desse ano. Ele é o primeiro presidente sueco do festival desde a atriz Ingrid Bergman (“Casablanca”) em 1973. “Estou muito feliz e orgulhoso em receber a honra de presidir o júri do Festival de Cannes”, disse Östlund em um comunicado. “Sou sincero quando digo que a cultura do cinema está em seu período mais importante de todos os tempos. O cinema é uma experiência coletiva, a gente assiste junto e isso aumenta a intensidade da experiência”, relatou o diretor. Östlund é um velho conhecido do festival francês. Os seus longas “Involuntário” (2008) e “Play” (2011) foram exibidos na mostra Um Certo Olhar e na Quinzena dos Realizadores do festival. As premiações começaram com a comédia dramática “Força Maior” (2014), vencedor do Prêmio do Júri da mostra Um Certo Olhar. Seu filme seguinte, “The Square: A Arte da Discórdia”, foi o primeiro a ser exibido na mostra competitiva. E conquistou a Palma de Ouro de Melhor Filme em 2017. No ano passado, ele voltou à Cannes com “Triângulo da Tristeza” e voltou a vencer a Palma de Ouro. Impulsionado pela conquista em Cannes, “Triângulo da Tristeza” tornou-se o maior sucesso comercial de Östlund, venceu a premiação da Academia Europeia como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro do continente e ainda arrematou três indicações ao Oscar nas mesmas categorias. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Festival de Cannes (@festivaldecannes)
“Homem-Formiga 3” domina programação de cinema
Novo filme da Marvel, “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” tem um lançamento de blockbuster nos cinemas brasileiros com distribuição em duas mil salas. Inescapável, deve liderar as bilheterias do fim de semana, mas não teve a melhor das recepções críticas, com apenas 51% (medíocre) de aprovação no Rotten Tomatoes. Com o monopólio de telas, até uma animação briga por espaço com os títulos do circuito limitado. Mas os destaques alternativos são um dos longas europeus mais premiados de 2022, que disputa o Oscar de melhor filme do ano, e o relançamento de um clássico do terror em cópias restauradas. Confira abaixo a lista completa das estreias desta quinta (15/2). | HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA | O lançamento que inicia a Fase 5 da Marvel é, na verdade, outra história intermediária na interminável narrativa do estúdio, que serve basicamente para introduzir o vilão Kang, o Conquistador, interpretado por Jonathan Majors (“Lovecraft Country”). O personagem já foi visto antes, por meio de uma variante, no capítulo final de “Loki”, e deve retornar em outras configurações até “Vingadores: Dinastia Kang” em 2005. O receio é que a Marvel adote a procrastinação vista em “Quantumania” como norma até lá. Kang é revelado após os heróis da franquia serem sugados para o espaço quântico, onde encontram uma civilização avançada, alienígenas e dois vilões: um brutal e muito acima de suas capacidades, e outro que concorre a mais ridículo do MCU. Com muitos efeitos – e os problemas típicos dos efeitos nas produções da Marvel – , o filme carece, ironicamente, do que diferenciava os longas do Homem-Formiga dos demais lançamentos do estúdio: bom humor. Novamente dirigido por Peyton Reed, volta a reunir Paul Rudd (Scott Lang, o Homem-Formiga), Evangeline Lilly (Hope van Dyne, a Vespa), Michael Douglas (Dr. Hank Pym) e Michelle Pfeiffer (Janet Van Dyne), e também introduz Kathryn Newton (estrela de “Freaky – No Corpo de um Assassino”) como a versão adolescente da filha do Homem-Formiga – e futura heroína – Cassie Lang. | TRIÂNGULO DA TRISTEZA | A comédia que venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, o troféu de Melhor Filme da Academia Europeia e ainda disputa três Oscars é uma sátira que debocha da futilidade dos super-ricos. A trama acompanha modelos, influenciadores e oligarcas de todo o mundo num cruzeiro de luxo, que acaba naufragando. A produção destaca em seu elenco o americano Woody Harrelson (“Venom: Tempo de Carnificina”), o inglês Harris Dickinson (“King’s Man: A Origem”), a filipina Dolly De Leon (“A Interrupção”), a luxemburguesa Sunnyi Melles (“Fassbinder: Ascensão e Queda de um Gênio”), a escocesa Amanda Walker (“A Viagem”) e a sul-africana Charlbi Dean (“Raio Negro”/Black Lightining), que morreu em agosto passado de sepse bacteriana aos 32 anos de idade. A vitória no festival francês foi a segunda Palma de Ouro para o diretor sueco Ruben Östlund, que em 2017 conquistou o prêmio com outra crítica social, “The Square: A Arte da Discórdia”, voltada ao mundo das artes. “Triângulo da Triesteza” também é o primeiro filme falado em inglês do cineasta, que já teve um de seus longas, “Força Maior” (2014), refilmado para o público americano em 2020. | ROCK DOG – UMA BATIDA ANIMAL | Esta já é a terceira animação de Bodi, um cachorro (mastim tibetano) que sonhava virar roqueiro. Depois de realizar seu sonho no primeiro longa e descobrir o custo da fama no segundo, ele volta a fazer tudo de novo em “Uma Batida Animal”, desta vez como treinador de bandas e juiz de reality musical. Quando a banda que treinou estoura e seus comentários viralizam, ele acaba esquecendo o que o motivava em primeiro lugar, e precisa volta a se juntar a seu ídolo para resgatar sua atitude de rock. A coprodução chinesa não tem a qualidade visual da Disney/Pixar, mas as histórias são divertidas suficientes para terem virado franquia. Pra ser noção, o diretor Antony Bell comandou episódios de “Dragões: Pilotos de Berk”, da DreamWorks TV, que apesar de ser uma série tinha aparência mais caprichada. | MORTE A PINOCHET | O primeiro longa de ficção de Juan Ignacio Sabatini dramatiza a Operação Século 20 da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, grupo terrorista de esquerda que tentou matar o ditador do Chile Augusto Pinochet em 1986 – após 15 anos da ditadura mais brutal da América Latina. Usando sua experiência como documentarista, o diretor incluiu um prólogo composto por imagens de arquivo (em formato 4:3) que contextualizam o filme num cenário de opressão política e social, com violência nas ruas, e um epílogo com o testemunho de um protagonista real que sobreviveu ao ataque fracassado. Basicamente um grupo de jovens idealistas, a FPMR acreditava que poderia mudar o destino do país com um ato ousados que muitos consideravam impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo. E o resultado nas telas, entre a moldura documental, é um thriller de ação tradicional, ainda que com narração poética da protagonista Tamara, interpretada por Daniela Ramírez (“Isabel: La Historia Íntima de la Escritora Isabel Allende”). | O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA | Um dos mais icônicos filmes de terror da história retorna aos cinemas em cópia restaurada. O clássico de 1974 dirigido por Tobe Hooper acompanha cinco jovens que acabam se perdendo numa estrada secundário do Texas e vão parar numa fazenda decrépita, onde se deparam com uma família de canibais e o terrível Leatherface. Integrante mais assustador da família Sawyer, Leatherface perseguia os jovens com sua motosserra, brandida de forma perigosa até para a própria segurança de seu intérprete. A cena final do longa, em que o ator Gunnar Hansen agita a motossera, furioso numa estrada, é das mais icônicas da história do cinema. Mas o filme também eternizou outros takes perturbadores, como os close-ups extremos nos olhos da atriz Marilyn Burns, amarrada numa mesa para jantar com canibais. O mais impressionante é que Hooper rodou “O Massacre da Serra Elétrica” por menos de US$ 300 mil, a partir de um roteiro que ele próprio escreveu, e contou com atores que nunca tinham feito cinema antes. Em 1999, a revista Entertainment Weekly elegeu o longa como o segundo mais assustador de todos os tempos, atrás apenas de “O Exorcista” (1973). Mas na época em que foi lançado, o filme perturbou muito mais que a superprodução do diabo, sendo proibido em diversos países. No Reino Unido e na Escandinávia, por exemplo, só foi liberado, justamente, em 1999!
Séries “Deixa Ela Entrar” e “Gigolô Americano” são canceladas
O canal pago americano Showtime anunciou o cancelamento das séries “Deixa Ela Entrar” (Let the Right One In) e “Gigolô Americano” (American Gigolo). As duas atrações eram baseadas em filmes e terminam após apenas uma temporada produzida. Além disso, a emissora decidiu não exibir a inédita “Three Women”, que já tinha sido totalmente gravada com Shailene Woodley (“Divergente”), Betty Gilpin (“GLOW”) e DeWanda Wise (“Jurassic World: Domínio”). Os cancelamentos vieram à tona durante o anúncio da fusão do canal com a Paramount+ nos EUA. Com a fusão, o Showtime passou a se chamar Paramount+ with Showtime. A mudança não afeta o mercado internacional. No Brasil, o conteúdo da Showtime já era oferecido pela Paramount+ desde 2021. Tanto “Deixa Ela Entrar” quanto “Gigolô Americano” foram lançados no país pela plataforma da Paramount Global. Durante a apresentação da fusão para o mercado norte-americano, nesta segunda (30/1), o CEO da Paramount, Bob Bakish, anunciou que a empresa “diminuirá o investimento de áreas com baixo desempenho e que representam menos de 10% de nossas visualizações. Já iniciamos conversas com nossos parceiros de produção sobre qual conteúdo faz sentido no futuro e quais programas têm potencial de franquia”. Adaptado do romance de mesmo nome de Lisa Taddeo, “Three Women” chegou ao Showtime após um leilão acirrado entre plataformas rivais. Segundo a Variety, a Paramount vai agora vender a série pronta para os antigos interessados no projeto. “Gigolô Americano” era baseada no filme de Paul Schrader de 1980 e trazia Jon Bernthal (o “Justiceiro” da Marvel) como Julian Kaye, profissional do sexo que foi vivido pelo então galã Richard Gere há 40 anos. A trama se passava 15 anos depois da história original, acompanhando o protagonista após sair da prisão pelo crime em que foi falsamente implicado. A adaptação foi desenvolvida pelo roteirista-produtor David Hollander, um dos principais escritores de “Ray Donovan”, que já tinha lidado com a indústria do sexo no longa “Censura Máxima” (2000). Mas ele foi demitido durante as gravações, após denúncia e investigação de mau comportamento nos sets, deixando o cargo de showrunner nas mãos de Nikki Toscano – que trabalhou em “Revenge”, “Bates Motel” e na recente “The Offer”. “Deixa Ela Entrar” adaptava o livro do autor sueco John Ajvide Lindqvist, que inspirou o filme original “Deixa Ela Entrar” (2008) e sua refilmagem “Deixe-me Entrar” (2010), estrelada por Chloe Moretz e assinada por Matt Reeves (o diretor de “Batman”). A história acompanha um pré-adolescente que, vítima de bullying de seus colegas de classe, encontra conforto na amizade com a garotinha estranha que acaba de se mudar para seu prédio. O detalhe é que a menina é uma vampira muito velha, embora aparente ter a mesma idade que ele, e sua chegada coincide com uma série de assassinatos sangrentos que começaram a abalar a população local. A série foi desenvolvida por Andrew Hinderaker, roteirista de “Penny Dreadful” e criador de “Away”, e enfatizava o relacionamento da vampira com seu “pai”, trazendo o ator mexicano Demián Bichir (“Mundo em Caos”) no principal papel adulto da trama. Já a menina era vivida por Madison Taylor Baez, a jovem Selena de “Selena: A Série”. A escalação com intérpretes latinos era completamente diferente das versões anteriores, mas as mudanças também atingiram o menininho loiro da adaptação original, que foi interpretado por um ator mirim negro, Ian Foreman (“Merry Wish-Mas”). O elenco também incluía a brasileira Fernanda Andrade (“A Filha do Mal”). Veja os trailers nacionais das duas séries canceladas.
Trailer mostra Tom Hanks como “O Pior Vizinho do Mundo”
A Sony divulgou o pôster e o trailer nacionais de “O Pior Vizinho do Mundo”, remake do longa sueco “Um Homem Chamado Ove”, que se tornou uma comédia estrelada por Tom Hanks. O filme original, escrito e dirigido por Hannes Holm, baseava-se no romance homônimo de Fredrik Backman e foi premiado como Melhor Comédia Europeia de 2016 pela Academia Europeia de Cinema, e ainda teve a maior bilheteria entre os lançamentos estrangeiros nos Estados Unidos naquele ano. No remake, Hanks interpreta um viúvo mal-humorado (vivido por Rolf Lassgård no original), que não vê nenhum prazer na vida e odeia a humanidade. Além de perder seu grande amor, sua infelicidade é exacerbada por estar aposentado e não ter alegria em fazer nada, a não ser criticar os vizinhos. Quando seus pensamentos se tornam mais sombrios, sua existência sobre uma abalo com a chegada de novos vizinhos, uma família disposta a inclui-lo em suas vidas. Ignorando sua vontade de ser deixado em paz, eles começam a tirá-lo da letargia, até conseguir fazê-lo rir. O elenco também destaca Mariana Treviño (“A Casa das Flores”), Manuel Garcia-Rulfo (“Esquadrão 6”) e Rachel Keller (“Legião”). Com roteiro de David Magee (“A Escola do Bem e do Mal”) e direção de Marc Foster (“Guerra Mundial Z”), o filme estreia em 25 de dezembro nos EUA, mas apenas em 2 de fevereiro no Brasil.
Noomi Rapace enfrenta guerra pós-apocalíptica em trailer de filme de ação
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Caranguejo Negro” (Black Crab), o novo thriller de ação pós-apocalíptica estrelado por Noomi Rapace (“Prometheus”). A produção sueca segue uma ex-patinadora olímpica que se torna uma militar num futuro dilacerado pela guerra. Durante um inverno longo e rigoroso, ela se junta a cinco soldados numa missão secreta, precisando patinar sobre o mar congelado, arriscando suas vidas, para transportar um pacote misterioso que pode acabar com a guerra. Só que para a patinadora a missão é sobre algo completamente diferente: salvar sua filha. “Black Crab” é o primeiro longa escrito e dirigido pelo sueco Adam Berg. Ele se destacou como diretor de clipes de bandas como A-ha e Cardigans, além de ter produzido a série sci-fi “Contos do Loop” (Tales From The Loop), da Amazon. A estreia está marcada para 18 de março em streaming.
Fernanda Andrade entra na série baseada no terror “Deixa Ela Entrar”
A atriz brasileira Fernanda Andrade, que ganhou projeção com o terror “A Filha do Mal” (2011), vai voltar ao gênero em seu próximo projeto, a série baseada no filme “Deixe Ela Entrar”, em desenvolvimento no canal pago americano Showtime. Vista mais recentemente nas séries “Narcos: México” e “Next”, Andrade viverá a mãe da vampira mirim que protagoniza a trama. Sua personagem é inédita em relação à produção cinematográfica sueca e ao remake americano. O papel também alivia um dos aspectos mais polêmicos da obra, ao criar uma família em torno da vampira adolescente. Originalmente, o “pai” da protagonista era um pedófilo que ela seduziu. No filme americano, este detalhe foi suavizado com a transformação do “pai” num menino que se apaixonou por ela na infância e assumiu um papel paternal ao envelhecer. Intitulada em inglês “Let the Right One In”, a atração é baseada no livro do autor sueco John Ajvide Lindqvist, que inspirou a adaptação original “Deixa Ela Entrar” (2008) e sua refilmagem “Deixe-me Entrar” (2010), estrelada por Chloe Moretz e assinada por Matt Reeves (do vindouro “Batman”). A história acompanha um pré-adolescente que, vítima de bullying de seus colegas de classe, encontra conforto na amizade com a garotinha estranha que acaba de se mudar para seu prédio. O detalhe é que a menina é uma vampira muito velha, embora aparente ter a mesma idade que ele, e sua chegada coincide com uma série de assassinatos sangrentos que começaram a abalar a população local. O Showtime aprovou uma versão desenvolvida por Andrew Hinderaker, roteirista de “Penny Dreadful” e criador de “Away”, após outro canal pago, o TNT, recusar um piloto com a mesma história há seis anos, escrito e produzido por Jeff Davis, criador de “Teen Wolf”. A série vai enfatizar o relacionamento da vampira com seu “pai”, trazendo o ator mexicano Demián Bichir (“Mundo em Caos”) no principal papel adulto da trama. Já a menina será vivida por Madison Taylor Baez, a jovem Selena de “Selena: A Série”. A escalação com intérpretes latinos é completamente diferente das versões anteriores, inclusive do piloto rejeitado (que traria a atriz e top model nórdica Kristine Froseth no papel principal). As mudanças vão além dos protagonistas latinos. O menininho loiro da adaptação original será interpretado por um ator mirim negro, Ian Foreman (“Merry Wish-Mas”). A série também contará com Anika Noni Rose (“Power”), Grace Gummer (“Mr. Robot”), Kevin Carroll (“The Walking Dead”), Željko Ivanek (“Damages”) e Jacob Buster (“Colony”) no elenco. A direção dos primeiros episódios está a cargo de Seith Mann (“Homeland”) e ainda não há previsão para a estreia. As produções do Showtime estão sendo lançadas no Brasil pela plataforma de streaming Paramount+.
Remake de “Um Homem Chamado Ove” com Tom Hanks define diretor
O remake do drama sueco “Um Homem Chamado Ove”, que será estrelado por Tom Hanks, finalmente definiu seu diretor. Marc Forster (“Guerra Mundial Z”) vai comandar o projeto, quase esquecido após ter sido anunciado em 2017. Com isso, a produção marcará um reencontro entre o diretor e o roteirista David Magee após sua colaboração no drama “Em Busca da Terra do Nunca” (2004), pela qual Magee foi indicado ao Oscar. O filme original, escrito e dirigido por Hannes Holm, baseava-se no romance homônimo de Fredrik Backman e foi premiado como Melhor Comédia Europeia de 2016 pela Academia Europeia de Cinema, e ainda teve a maior bilheteria entre os lançamentos estrangeiros nos Estados Unidos naquele ano. No remake, Hanks interpretará um viúvo mal-humorado (vivido por Rolf Lassgård no original), cuja infelicidade é exacerbada quando ele é descartado como presidente da associação do bairro onde ele mora e empurrado para a aposentadoria em seu trabalho. Sem prazer de viver, ele resolve se suicidar. Mas toda tentativa é interrompida por alguma circunstância que o leva a ajudar um vizinho carente. No processo, Ove desenvolve novos relacionamentos que o conduzem a uma jornada inusitada de introspecção e de cuidar dos outros, mesmo que nunca desista de suas tentativas de acabar com tudo. Em sua declaração no comunicado oficial do projeto, Forster optou por ignorar o filme bem-sucedido, que inclusive disputou o Oscar, para elogiar o livro, como se fosse fazer a primeira adaptação da história. “Quando li pela primeira vez o romance de Fredrik Backman, me apaixonei pela noção de que a amizade tem o poder de moldar a vida de uma pessoa”, disse o diretor. “Mal posso esperar para criar um filme com tanto humor e coração ao lado de Tom e Rita” (Wilson, esposa e sócia da produtora de Hanks). Veja abaixo o trailer legendado do filme original.
Oscar Isaac descobriu ter feito cena de nu frontal pelas redes sociais
O astro Oscar Isaac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) descobriu ter protagonizado uma cena de nu frontal na minissérie “Scenes from a Marriage” (Cenas de um Casamento) pelas redes sociais. Em entrevista ao programa de TV “The View”, da rede americana ABC, ele contou que não tinha percebido tudo o que a gravação mostrava e só foi se dar conta por causa da repercussão. “Fiquei surpreso porque não sabia que isso ia ao ar. Você recebe o material para olhar e pensa ‘ok, não me importo com isso’. Mas eu vi em um laptop bem escuro e não percebi o que estava acontecendo lá embaixo”, contou o ator. “Foi uma surpresa quando comecei a ler essas coisas do tipo ‘É totalmente frontal’, e eu pensei ‘Do que vocês estão falando?’. Então eu vi, e claro como dia na tela grande da TV, está lá para todos verem.” Ao lado da atriz Jessica Chastain (“It – Capítulo 2”), sua parceira na produção, ele ainda brincou: “De nada, Twitter”. Por sua vez, Jessica Chastain revelou que não teve problemas para gravar as cenas de nudez total, mas exigiu que houvesse um equilíbrio entre a dupla. “Eu disse: ‘Estou confortável com toda a nudez, mas qualquer parte do meu corpo que você mostrar, você vai ter que mostrar o mesmo do Oscar”. A minissérie traz os dois atores como um casal em crise, acompanhando a desintegração de seu casamento. A produção é um remake americano da “Cenas de um Casamento” original, obra-prima do cineasta sueco Ingmar Bergman, inspirada por experiências do próprio diretor, incluindo seu relacionamento com a atriz Liv Ullmann, que estrelou a produção original – filmada com um orçamento pequeno em Estocolmo e Fårö em 1972. Depois de ser exibida na TV sueca em seis partes, a obra clássica foi condensada em uma versão para o cinema (de 2h49 minutos!) em 1974, ocasião em que venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A exibição influenciou cineastas como Woody Allen e Richard Linklater, e ainda foi apontada como responsável pelo aumento na taxa de divórcios na Suécia nos anos 1970. “Cenas de um Casamento” também foi adaptada para o teatro e recebeu uma continuação, “Saraband”, em 2003, que se tornou o último longa da carreira de Bergman, falecido em 2007. A nova versão foi comandada pelo israelense Hagai Levi, criador das séries “The Affair” e “Em Terapia”, que escreveu e dirigiu os cinco episódios, exibidos entre 12 de setembro e 10 de outubro na HBO. A atração completa pode ser vista atualmente na HBO Max. Veja abaixo o trailer da minissérie e a divertida entrevista dos dois atores no programa “The View”.











