PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Etc,  Filme

    Christopher Plummer (1929 – 2021)

    5 de fevereiro de 2021 /

    O ator Christopher Plummer, intérprete de papéis icônicos desde “A Noviça Rebelde” nos anos 1960 ao recente “Entre Facas e Segredos”, morreu nesta sexta (5/2) de causas naturais e cercado pela família aos 91 anos. Natural de Toronto e bisneto do ex-primeiro-ministro canadense John Abbott, Plummer começou sua trajetória pelos palcos e televisão de seu país natal. Mas sua voz estrondosa perfeita para o teatro o motivou a mudar-se para Nova York e tentar entrar na Broadway. Acabou se destacando na TV, em teleteatros gravados ao vivo, e fez sua estreia cinematográfica em 1958, no filme “Quando o Espetáculo Termina”, de Sidney Lumet, no papel de um dramaturgo. Sua carreira só foi deslanchar mesmo em meados dos anos 1960. Ele começou a chamar atenção como o vilão Commodus no épico “A Queda do Império Romano” (1964), de Anthony Mann – o mesmo antagonista que Joaquin Phoenix interpretou em “Gladiador” (2000). E em seguida deu vida a um de seus personagens mais famosos, o Capitão Von Trapp, viúvo que contrata a jovem Maria (Julie Andrews) como babá de seus filhos em “A Noviça Rebelde” (1965). O musical se tornou um dos maiores sucessos de Hollywood, catapultando o ator ao estrelato. Colhendo os louros de “A Noviça Rebelde”, Plummer assumiu uma coleção variadíssima de papéis, como o Marechal Rommel no suspense de guerra “A Noite dos Generais” (1967), o personagem-título da tragédia grega “Édipo Rei” (1968), o imperador inca Atahualpa em “Real Caçador do Sol” (1969), o Duque de Wellington em “Waterloo” (1970), o escritor Rudyard Kipling em “O Homem que Queria ser Rei” (1975) e até o detetive Sherlock Holmes em “Assassinato Por Decreto” (1979). A voz poderosa, o rosto sério e a postura enérgica lhe renderam uma filmografia repleta de figuras de autoridades. Ele parecia sisudo até na hora de fazer rir, como um aristocrata em “A Volta da Pantera Cor-de-Rosa” (1975), a comédia mais engraçada da franquia de Blake Edwards. Mas após o sucesso da ficção científica romântica “Em Algum Lugar do Passado” (1980), sua carreira deu uma guinada rumo ao cinema B, com suspenses, thrillers de ação e até filmes de terror, entre eles o cultuado “Morte nos Sonhos” (1984), passando uma década com mais destaque na TV, onde estrelou o mega hit “Os Pássaros Feridos” (1983) e telefilmes que lhe renderam prêmios da Academia da Televisão. Plummer venceu dois Emmys, como Melhor Ator por “Arthur Hailey’s the Moneychangers” (1976) e Melhor Dublagem pela animação “As Novas Aventuras de Madeline” (1994). Ele retomou as produções cinematográficas de prestígio com uma pequena aparição em “Malcolm X” (1992), de Spike Lee, que foi seguida por desempenhos em “Lobo” (1994), de Mike Nichols, e “Eclipse Total” (1995), de Taylor Hackford. A lista segue com o papel de pai de Brad Pitt na influente sci-fi “Os 12 Macacos” (1995), de Terry Gilliam, de avô de Nicolas Cage em “A Lenda do Tesouro Perdido” (2004), além de um klingon em “Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida” (1991), Van Helsing em “Drácula 2000” (2000) e Aristóteles em “Alexandre” (2004). Também teve participações destacadas em “O Informante” (1999), de Michael Mann, indicado ao Oscar de Melhor Filme, “Uma Mente Brilhante” (2001), de Ron Howard, vencedor do Oscar de Melhor Filme, e “Syriana – A Indústria do Petróleo” (2005), que rendeu um Oscar para George Clooney. Mas ele próprio teve reconhecimento tardio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, sendo indicado ao Oscar pela primeira vez apenas aos 80 anos de idade, por “A Última Estação” (2009), em que viveu o escritor russo Tolstoi. Curiosamente, após a indicação, não demorou a comemorar sua vitória, conquistando o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2012 por “Toda Forma de Amar” (2010), drama indie de Mike Mills, onde interpretou um viúvo que se assumia gay para o filho (Ewan McGregor). Na ocasião, aos 82 anos de idade, Plummer se tornou o ator mais velho a vencer um Oscar. “Você é só dois anos mais velha que eu, querida. Onde esteve minha vida toda?”, disse ele ao subir no palco e receber a estatueta, arrancando gargalhadas e aplausos da plateia de estrelas. Plummer ainda recebeu uma última nomeação por “Todo o Dinheiro do Mundo” (2017), de Ridley Scott, após substituir Kevin Spacey em refilmagens emergenciais, como o milionário pão-duro John Paul Getty. E com isso registrou um novo recorde em Hollywood. Aos 88 anos, se tornou o ator mais velho a ser indicado ao Oscar. Entre seus últimos desempenhos marcantes estão os papéis-títulos de “O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus” (2009) e “Barrymore” (2011, cinebiografia do ator John Barrymore), de Júlio César em “César e Cleópatra” (2009), do kaiser Guilherme II em “A Exceção” (2016), do velho Scrooge em “O Homem Que Inventou o Natal” (2017), sem esquecer o desempenho como empresário de Al Pacino em “Não Olhe para Trás” (2015), como par de Shirley Maclaine em dois romances de terceira idade, “Um Amor para Toda a Vida” (2007) e “Elsa & Fred: Um Amor de Paixão” (2014), e os dois milionários excêntricos que dão início às tramas de “Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (2011) e “Entre Facas e Segredos” (2019). Com a vasta carreira e reconhecimento artístico, a morte do ator repercutiu em Hollywood, trazendo à tona muitas memórias compartilhadas por atores e diretores que trabalharam com ele. Ellen Mirren foi uma das estrelas a celebrar o colega: “Tive a grande honra de trabalhar com Chris Plummer em seu papel indicado ao Oscar, Tolstoi [no filme ‘A Última Estação’]. Ele era uma força poderosa tanto como homem quanto como ator. Ele era um ator no significado da palavra no século 19 – seu compromisso com sua profissão. A sua arte era total, sendo o teatro uma constante e a parte mais importante da totalidade da sua vontade de se envolver com a narrativa. Ele era destemido, enérgico, corajoso, experiente, profissional e um monumento ao que um ator pode ser. Um Grande Ator no sentido mais verdadeiro. ” “Uma lenda viva que amava seu ofício e era um cavalheiro absoluto”, definou Rian Johnson, que o dirigiu em “Entre Facas e Segredos”. “Tive a sorte de ter compartilhado um set com ele”. “Que sorte eu tive de ter você ao meu lado naquela que foi uma das melhores experiências da minha carreira”, acrescentou Ana de Armas, também sobre “Entre Facas e Segredos”. “Obrigada para sempre por suas risadas, seu calor, seu talento, suas histórias sobre Marilyn, as vitaminas quando adoeci, sua paciência, sua parceria e sua dedicação. Sempre pensarei em você com amor e admiração”, completou. Christopher Plummer era casado com a atriz Elaine Taylor (“Cassino Royale”) desde 1970, com quem teve uma filha famosa, a também atriz Amanda Plummer, conhecida por “Pulp Fiction” (1994) e “Jogos Vorazes: Em Chamas” (2013).

    Leia mais
  • Filme

    The Last Full Measure: Trailer revela grande elenco em filme sobre a guerra do Vietnã

    2 de dezembro de 2019 /

    A Roadside Attractions divulgou o pôster e o trailer de “The Last Full Measure”, drama que reflete equívocos da guerra do Vietnã. Baseado numa história real, a trama acompanha um funcionário respeitado do Pentágono, determinado a homenagear um herói negligenciado da guerra, 34 anos após a morte dele. O soldado que salvou mais de 60 homens numa demonstração de heroísmo extremo nunca recebeu a medalha de honra e a investigação da burocracia revela porque as autoridades militares e políticas preferiram esquecê-lo, abafando o que realmente aconteceu. O filme conta com um elenco primoroso, encabeçado por Sebastian Stan (“Vingadores: Ultimato”), Samuel L.Jackson (“Homem-Aranha: Longe de Casa”), Ed Harris (“Westworld”), Christopher Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”), William Hurt (“Capitão América: Guerra Civil”), Jeremy Irvine (“Treadstone”), Diane Ladd (“Liga da Justiça”), Bradley Whitford (“The Handmaid’s Tale”), Alison Sudol (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”) e o falecido Peter Fonda (“Motoqueiro Fantasma”) em um de seus últimos papéis no cinema. Escrito e dirigido por Todd Robinson (“Phantom – A Última Missão”), “The Last Full Measure” estreia em 24 de janeiro nos EUA e não tem previsão de lançamento no Brasil.

    Leia mais
  • Etc

    Bertolucci condena Ridley Scott por substituir Kevin Spacey em Todo o Dinheiro do Mundo

    30 de abril de 2018 /

    O veterano diretor italiano Bernardo Bertolucci resolveu polemizar com o colega inglês Ridley Scott, ao criticar sua decisão de substituir o ator Kevin Spacey no filme “Todo o Dinheiro do Mundo”, após ele ter sido denunciado por assédio sexual. As declarações foram dadas durante a estreia mundial da versão restaurada de “Último tango em Paris” (1972), no Festival Internacional de Cinema de Bari. Bertolucci disse que, quando soube que Scott havia concordado em apagar todas as cenas de Spacey no filme, sua primeira reação foi mandar uma mensagem para o editor dos filmes de Scott, Pietro Scalia, “para dizer que ele deveria se envergonhar” por aquilo. “E então eu imediatamente quis fazer um filme com Spacey”, continuou o diretor. Vale observar que Pietro Scalia trabalhou com Scott em vários filmes, entre “Gladiador” e “Perdido em Marte”, mas não em “Todo o Dinheiro do Mundo”. Paradoxalmente, Bertolucci também afirmou que apoia completamente o movimento #MeToo e o elogiou por conscientizar a violência contra as mulheres em todo o mundo. Ele próprio se envolveu numa polêmica recente, quando veio à tona que planejou com Marlon Brando realizar a cena da estupro com manteiga de “Último tango em Paris” sem o conhecimento ou o consentimento da atriz Maria Schneider, cujos protestos registrados no filme foram autênticos – apesar de ser uma encenação. Kevin Spacey foi acusado de assédio pelo ator Anthony Rapp (de “Star Trek: Discovery”), por integrantes de um teatro inglês e pela produção da série “House of Cards”, pelo filho do ator Richard Dreyfuss, além da mãe de uma vítima, que classificou eu comportamento como de “predador sexual”. No filme de Scott, o ator foi substituído por Christopher Plummer, que recebeu uma indicação ao Oscar 2018 na categoria de Melhor Ator Coadjuvante pelo papel do magnata Jean Paul Getty.

    Leia mais
  • Filme

    Todo o Dinheiro do Mundo tem duas morais da história, após lidar com assédio sexual

    11 de fevereiro de 2018 /

    A carreira de Ridley Scott é uma das mais interessantes dentre os cineastas veteranos em atividade. São quase 30 filmes para cinema, equilibrando-se entre ficções científicas, dramas contemporâneos, fantasias e filmes de época. Muita coisa parece interessar a Scott, seja a lenda de Robin Hood, a travessia do Mar Vermelho por Moisés, a descoberta da América por Cristóvão Colombo, além de histórias de monstros espaciais. Em “Todo o Dinheiro do Mundo”, Scott olha para o mundo real contemporâneo, mas para pessoas diferentes. Pessoas gananciosas, desesperadas e desesperançadas. A trama apresenta o homem mais rico do mundo na década de 1970, o magnata John Paul Getty (Christopher Plummer), uma espécie de Tio Patinhas mais sombrio. Para ele, nada era mais importante do que o seu dinheiro. Tirar de seus trilhões de dólares 17 milhões para pagar o resgate do seu neto, que foi sequestrado em 1973, quando tinha 16 anos de idade, era algo fora de cogitação. E é essa basicamente a história. Enquanto a mãe do garoto, vivida por Michelle Williams, tenta desesperadamente conseguir até mesmo conversar com o velho avarento, ele aciona um empregado (Mark Wahlberg) para tentar descobrir o paradeiro do menino sem que, com isso, precise gastar muito dinheiro. O filme apresenta algumas situações bem absurdas sobre até que ponto vai a doença daquele velho de quase 90 anos. Se o filme de Scott falha em criar uma atmosfera de suspense dentro desse situação de estresse do sequestro do rapaz, do jeito que o filme se encaminha dá até impressão de que o cineasta queria mesmo este tom. De certa maneira, isso tem o seu lado positivo, já que não transforma “Todo o Dinheiro do Mundo” em um thriller banal sobre sequestro e busca, coisa que já se viu tantas vezes no cinema. Scott prefere enfatizar a fábula moral que surge em meio àquela situação absurda. Por mais que possamos pensar que a moral da história é simples até demais, não há problema nenhum em lembrá-la de vez em quando. Lembrar que não se leva dinheiro para a sepultura. O que pode incomodar um pouco nesta narrativa – além da fotografia mais escura que o costume na filmografia do diretor – é a estranheza no modo como costura a trama sem personagens principais. A mais destacada é Michelle Williams, muito bem no papel da mãe desesperada, sem se descabelar ou transformar o filme em uma grande tragédia ou um grande melodrama. Até porque raramente Scott é apegado a sentimentalidades. Entretanto, “Todo o Dinheiro do Mundo” não lida apenas com a questão moral da avareza. Talvez o filme se torne até mais lembrado pela forma como abordou outra questão, fora das telas, envolvendo o escândalo sexual de Kevin Spacey, que forçou Scott a substituí-lo por Plummer, no papel de Getty, em um intervalo de tempo admiravelmente veloz. A tempo, inclusive, de participar da temporada de premiações. No caso do Oscar 2018, apenas Christopher Plummer recebeu a única indicação da obra, de Melhor Ator Coadjuvante. Não deixa de ser uma ironia.

    Leia mais
  • Filme

    Christopher Plummer se torna ator mais velho indicado ao Oscar

    23 de janeiro de 2018 /

    Chamado para substituir, de última hora, Kevin Spacey no elenco de “Todo o Dinheiro do Mundo”, o ator Christopher Plummer acabou entrando para a História da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Ele se tornou o ator mais velho indicado ao Oscar. As 88 anos, superou a antiga recordista, Gloria Stuart, que tinha 87 quando disputou o Oscar por “Titanic”. Plummer já detém a marca de ator mais velho a conquistar um Oscar. Ele realizou a façanha aos 82 anos, quando recebeu a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante por “Toda Forma de Amor”, em 2012. Além disso, sua indicação ao Oscar 2018, na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, também representou um feito curioso. Ele foi o primeiro ator selecionado por um papel filmado na pós-produção de um longa-metragem – o filme já estava pronto quando o diretor Ridley Scott resolveu “apagar” Spacey, envolvido em escândalos sexuais, e substituí-lo por Plummer. A cerimônia de entrega de prêmios acontece no dia 4 de março, com apresentação de Jimmy Kimmel e transmissão no Brasil pelos canais Globo e TNT. Confira aqui a lista completa dos indicados.

    Leia mais
  • Filme

    James Franco é barrado e substituto de Kevin Spacey indicado no Oscar do #Metoo

    23 de janeiro de 2018 /

    As indicações de melhores atores, onde geralmente há menos surpresas, foi onde o Oscar 2018 mostrou maior ousadia. Mesmo que a entrega dos prêmios insista em repetir os nomes que venceram o SAG Awards, como tem sido regra, a lista tem elementos suficientes de intriga, superação e afirmação social para render um bom entretenimento de cinema. De imediato, chama atenção a ausência de James Franco, premiado no Globo de Ouro e no Critics Choice por “Artista do Desastre”. As acusações de assédio contra Franco, que surgiram após suas recentes vitórias, podem ter pesado em sua exclusão, mesmo sendo considerado favorito ao prêmio. No ano passado, denúncias não fizeram diferença. O ator Casey Affleck venceu o Oscar 2017 por “Manchete à Beira-Mar”, apesar de acusações de assédio sexual de duas mulheres com quem trabalhou. Na ocasião, a atriz Brie Larson, que entregou a estatueta, fez questão de não aplaudi-lo. “Eu acredito que o que eu fiz no palco falou por si mesmo”, ela afirmou em entrevista para a revista Vanity Fair, enquanto divulgava “Kong: A Ilha da Caveira”. Mas os protestos se intensificaram muito desde então. Após as primeiras acusações contra Harvey Weinstein chegarem na imprensa nova-iorquina em outubro, a lista de escândalos em Hollywood ganhou proporções epidêmicas, gerando a hashtag #Metoo, em que atrizes e até alguns atores revelaram casos em que sofreram assédios no ambiente de trabalho. Vários astros e produtores poderosos foram demitidos em consequência da proliferação das denúncias. E a própria Academia fez algo até recentemente impensável: expulsou Harvey Weinstein. Weinstein foi um dos fundadores da Miramax, empresa que dominou a premiação do Oscar nos anos 1990 e acabou absorvida pela Disney. Mais recentemente, ele comandava a empresa que leva seu nome, The Weinstein Company, e, ao todo, suas produções tiveram 303 indicações ao Oscar e renderam 75 estatuetas. Para dar dimensão de sua importância, um levantamento da revista Newsweek observou que o nome de Harvey Weinstein é o segundo mais citado nos discursos de agradecimento dos vencedores do Oscar em todos os tempos, atrás apenas de Steven Spielberg – e na frente de Deus, por exemplo. E ele foi expulso da Academia sem cerimônia e sem direito de poder, nunca mais, participar da premiação. Quem também caiu em desgraça foi Kevin Spacey, vencedor de dois Oscar – Melhor Ator Coadjuvante por “Os Suspeitos” (1995) e Melhor Ator por “Beleza Americana” (2000). Seu escândalo de abuso sexual estourou após as filmagens de “Todo o Dinheiro do Mundo”, e a reação do diretor Ridley Scott, ao ver o trabalho sob risco de jamais ser lançado por conta da repercussão negativa, foi correr para retirar o ator de cena – com o filme pronto! Christopher Plummer foi chamado às pressas para refilmar as cenas de Spacey na pós-produção. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. Mesmo assim, o filme acabou adiado para 25 de dezembro, ainda a tempo de ser considerado pelo Oscar. E, de fato, “Todo o Dinheiro do Mundo” acabou conseguindo indicação. No singular. Para Plummer, o substituto de última hora – que antes chegou a ser nomeado ao Globo de Ouro. A grande ironia é que o ator veterano tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um astro mais “atual”. A questão que se coloca agora é em que pé fica o favoritismo de Gary Oldman, que está faturando tudo – Globo de Ouro, Critics Choice e SAG – , mas teve acusações de agressões físicas contra a ex-mulher trazidas à tona no começo desta largada para a consagração. Vale observar que, embora seja tão ou mais repugnante que assédio, a violência doméstica não faz parte da pauta de reivindicações atuais do movimento #Metoo, apesar de pelo menos um caso ter rendido polêmica recente nas redes sociais – Johnny Depp vs Amber Heard – e um diretor – Mel Gibson – ter caído em ostracismo após denúncias da ex-namorada. Sinal dos tempos é que há até uma campanha online para impedir a participação de Casey Affleck na cerimônia deste ano. Ele teria presença garantida graças a uma tradição antiga da Academia, na qual o vencedor da categoria de Melhor Ator apresenta o prêmio de Melhor Atriz do ano seguinte. Quase 20 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado no site Change.org para que ele não seja convidado para apresentar o Oscar. Sem Franco e com Oldman sob risco, o jovem Timothée Chalamet pode realizar a maior subversão de expectativas da história do Oscar. Ele teve o bom gosto de participar de dois dos melhores filmes do ano, “Lady Bird”, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Comédia, e “Me Chame pelo seu Nome”, vencedor do Gotham Awards, e é por este último que disputa o troféu da Academia. Alguns poderão reclamar, mas não haveria injustiça na consagração do jovem ator de 22 anos. Ele já foi premiado como Revelação do Ano pelo Gotham Awards, além de vencer como Melhor Ator em diversos festivais e listas de associações de críticos dos Estados Unidos. Também disputou o prêmio do Sindicato dos Atores e concorre ao Spirit Awards, o “Oscar indie”. O fato de interpretar um jovem que desperta para a homo-afetividade serve como um cutucão final contra a cultura machista até recentemente dominante em Hollywood. A lista com os Melhores Atores ainda traz outra demografia importante. Dos cinco indicados, dois são negros: Daniel Kaluuya, (“Corra!”) e Denzel Washington (“Roman J. Israel, Esq.”). Há também duas atrizes negras disputando a categoria de Coadjuvantes: Mary J. Blige (“Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi”) e Octavia Spencer (“A Forma da Água”). São menos indicados que o ano passado – quando a lista trouxe sete atores negros – mas, ainda assim, um contraste com a situação de dois anos atrás, quando nenhum negro foi indicado em nenhuma categoria. Esta representatividade é reflexo de outra luta de empoderamento: por maior inclusão racial. Mas embute uma curiosa discussão de bastidores de Hollywood, trazida à tona num desabafo espontâneo de Samuel L. Jackson, que reclamou da quantidade de atores britânicos em papéis de negros americanos. Daniel Kaluuya respondeu à altura, afirmando que ingleses também tinham experiência própria para viver vítimas de racismo. Entretanto, é relevante apontar que o escravo americano de “12 Anos de Escravidão”, o líder do movimento dos direitos civis americanos, Martin Luther King, em “Selma”, e o policial negro em meio ao conflito de “Detroit em Rebelião” foram interpretados por atores britânicos. O Oscar 2018 evita alongar esta polêmica ao incluir também Denzel Washington, o mais premiado ator negro dos Estados Unidos, vencedor de duas estatuetas da Academia – Melhor Ator Coadjuvante por “Tempos de Glória” (1989) e Melhor Ator por “Dia de Treinamento” (2001). Sua inclusão da disputa por “Roman J. Israel, Esq.” foi antecedida por nomeações ao Globo de Ouro e SAG, mas seu desempenho vinha sendo subestimado, porque o filme não teve críticas positivas. A cerimônia de entrega de prêmios acontece no dia 4 de março, com apresentação de Jimmy Kimmel e transmissão no Brasil pelos canais Globo e TNT. Confira aqui a lista completa dos indicados.

    Leia mais
  • Etc,  Filme

    Mark Wahlberg vai doar cachê após polêmica de diferença salarial com Michelle Williams

    13 de janeiro de 2018 /

    O ator Mark Wahlberg anunciou neste sábado (13/1) que vai doar, em nome de Michelle Williams, o cachê que ganhou para refilmar as cenas de “Todo o Dinheiro do Mundo”. A notícia de que ele recebeu 1,5 mil vezes mais do que a atriz para participar das refilmagens causou uma grande revolta em Hollywood. Segundo o site do jornal USA Today, o cachê do ator foi de US$ 1,5 milhão. Enquanto isso, a também protagonista Michelle Williams recebeu US$ 80 por dia, totalizando US$ 1 mil. Ou seja, Michelle ganhou menos de 1% do que foi recebido por Mark. As refilmagens aconteceram em decorrência da decisão do diretor Ridley Scott de substituir o ator Kevin Spacey, envolvido num

    Leia mais
  • Filme

    Diferença salarial entre Michelle Williams e Mark Wahlberg em Todo o Dinheiro do Mundo causa alvoroço

    11 de janeiro de 2018 /

    A notícia de que o ator americano Mark Wahlberg ganhou 1,5 mil vezes mais do que Michelle Williams para participar das refilmagens de “Todo o Dinheiro do Mundo” causaram uma grande revolta em Hollywood. Segundo o site do jornal USA Today, o cachê do ator foi de US$ 1,5 milhão. Enquanto isso, a também protagonista Michelle Williams recebeu US$ 80 por dia, totalizando US$ 1 mil. Com isso, Michelle ganhou menos de 1% do que foi recebido por Mark. “Por favor vão ver a atuação de Michelle em ‘Todo o dinheiro do mundo’. Ela é uma atriz brilhante, nominada ao Oscar e vencedora de um Globo de Ouro”, escreveu a atriz Jessica Chastain (“A Colina Escarlate”), indignada no Twitter. “Trabalhou na indústria 20 anos. Merece mais de um por cento do salário que recebe seu colega homem”, completou. Entre outras manifestações nas redes sociais, a atriz Amber Tamblyn (“Quatro Amigas e um Jeans Viajante”) descreveu como “totalmente inaceitável” a grande diferença do pagamento. “Inaceitável no mínimo”, ecoou Busy Philipps (série “Cougar Town”). A veterana Mia Farrow descreveu a disparidade como “ofensivamente injusta”. E até o veterano produtor Judd Apatow considerou que se trata de “um desastre que é difícil de acreditar”. A discrepância teria ocorrido por causa de cláusulas diferentes nos contratos dos dois atores. Mas em vez de explicar, isto torna a situação mais difícil de ser aceita, já que ambos têm suas carreiras agenciadas pela mesma empresa, a WME, conforme apontou Sophia Bush (série “Chicago P.D.”), comentando a necessidade “de práticas justas”. Aparentemente, os mesmos agentes não consideraram importante salvaguardar Williams como fizeram com Wahlberg. Isto porque o contrato da atriz previa regravações, enquanto o do ator não. Assim, os agentes de Wahlberg puderam exigir uma fortuna para ele voltar ao trabalho, enquanto Williams, que já foi indicada quatro vezes ao Oscar, trabalhou pelo salário mínimo da categoria. As refilmagens aconteceram em decorrência da decisão do diretor Ridley Scott de substituir o ator Kevin Spacey, envolvido num

    Leia mais
  • Filme

    Michelle Williams teria recebido muito menos que Mark Wahlberg para refilmar Todo o Dinheiro do Mundo

    10 de janeiro de 2018 /

    O ator Mark Wahlberg teria recebido um cachê 1500 vezes maior do que o de Michelle Williams para as refilmagens de cenas de “Todo o Dinheiro do Mundo”. Segundo o site do jornal USA Today, o cachê ator foi de US$ 1,5 milhão. Enquanto isso, a também protagonista Michelle Williams recebeu US$ 80 por dia, totalizando US$ 1 mil. Com isso, Michelle ganhou menos de 1% do que foi recebido por Mark. As refilmagens aconteceram em decorrência da decisão do diretor Ridley Scott de substituir o ator Kevin Spacey, envolvido num

    Leia mais
  • Filme

    Veja 37 fotos de Todo o Dinheiro do Mundo, o novo filme de Ridley Scott

    23 de dezembro de 2017 /

    A Sony divulgou 37 fotos de “Todo o Dinheiro do Mundo” (All The Money In The World), novo filme do diretor Ridley Scott (“Perdido em Marte”). As imagens incluem cenas de bastidores e destacam a participação de Christopher Plummer (vencedor do Oscar por “Toda Forma de Amor”), que substituiu Kevin Spacey após o filme já estar pronto. Plummer entrou no filme na pós-produção, após Spacey se envolver num escândalo sexual. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. A grande ironia é que Plummer tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um ator mais “atual”. Para complicar, Ridley Scott filmara “Todo o Dinheiro do Mundo” a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque queria chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta: a minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”), que estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil acontece em 25 de janeiro, com distribuição da Diamond Filmes.

    Leia mais
  • Filme

    Novo trailer de Todo o Dinheiro do Mundo destaca elogios da crítica e atuação de Christopher Plummer

    23 de dezembro de 2017 /

    A Sony divulgou um novo trailer de “Todo o Dinheiro do Mundo” (All The Money In The World), que destaca os elogios da crítica ao trabalho do diretor Ridley Scott. Repleto de cenas inéditas, o vídeo também explora a tensão da trama e a interpretação de Christopher Plummer (vencedor do Oscar por “Toda Forma de Amor”), que substituiu Kevin Spacey após o filme já estar pronto. Plummer entrou no filme na pós-produção, após Spacey se envolver num escândalo sexual. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. A grande ironia é que Plummer tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um ator mais “atual”. Para complicar, Ridley Scott filmara “Todo o Dinheiro do Mundo” a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque queria chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta: a minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”), que estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil acontece em 25 de janeiro, com distribuição da Diamond Filmes.

    Leia mais
  • Filme

    Ridley Scott não avisou Kevin Spacey que ele seria cortado de Todo o Dinheiro do Mundo

    17 de dezembro de 2017 /

    O diretor Ridley Scott disse que não avisou Kevin Spacey que iria substitui-lo por Christopher Plummer em “Todo o Dinheiro do Mundo”. Em entrevista ao jornal New York Times, Scott afirmou que esperava uma ligação do ator após as várias acusações de assédio e, como ele não se dignou a fazer isso, também não fez questão de explicar porque ele seria cortado e substituído após ter feito o seu trabalho. “Uma ligação teria sido legal. Primeiro fiquei desapontado, depois fiquei louco”, disse Scott, completando que Spacey foi pago pelo papel e não havia nada em seu contrato que proibisse a substituição. “Todo o Dinheiro do Mundo” acabou conquistando três indicações ao Globo de Ouro 2018, inclusive na categoria de Melhor Ator Coadjuvante para Christopher Plummer. Plummer entrou no filme na pós-produção, após o estouro do escândalo sexual envolvendo Spacey. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. Mesmo assim, o filme acabou adiado para 25 de dezembro. A grande ironia é que Plummer tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um ator mais “atual”. Para complicar, Ridley Scott filmara “Todo o Dinheiro do Mundo” a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque queria chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta: a minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”), que estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil está marcada para 25 de janeiro, com distribuição da Diamond Filmes.

    Leia mais
 Mais Pipoca
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie