Filme com Cacau Protásio dá à “Sessão da Tarde” pior audiência em 10 anos
Comédia nacional "Barraco de Família" marca apenas 7,5 pontos e se torna o título menos visto da faixa desde 2015, perdendo até para programa da madrugada
Cacau Protásio deixa “Vai que Cola” após 13 anos com rumores de atrito nos bastidores
Atriz confirmou saída do humorístico do Multishow em meio a boatos de conflito com colega de elenco e não participará da temporada final
Globo encerra “Vai que Cola” após brigas nos bastidores e falta de graça
Humorístico acaba na 14ª temporada enfrentando crise criativa, críticas aos roteiros, conflitos internos e baixa audiência
Cacau Protásio é revelada como Dona Lurdes no “The Masked Singer Brasil”
Comediante surpreende jurados com sua identidade e deixa o programa após ser desmascarada
Justiça confirma indenização de R$ 80 mil a Cacau Protásio por ataques racistas de bombeiros
Atriz ganhou ação contra o Estado do Rio de Janeiro após sofrer comentários racistas durante filmagem no quartel do Corpo de Bombeiros
Cacau Protásio é alvo de ataques após vencer processo por preconceito
Isto é Brasil. Cacau Protásio virou alvo de ataques preconceituoso após vencer um processo por… ataques preconceituosos. A atriz expôs no Instagram as ofensas que recebeu devido à decisão judicial que lhe garantiu indenização de R$ 80 mil pelo Estado do Rio de Janeiro. Ela será indenizada por ofensas feitas por bombeiros em 2019, durante as filmagens do longa-metragem “Juntos e Enrolados”, no qual interpretou uma integrante da corporação. Cacau compilou uma série de comentários pejorativos em um vídeo publicado no Instagram. Na legenda, ela desabafou sobre o racismo no Brasil. “Tenho que provar que sou boa todos os dias. Tenho que falar baixo, se não sou chamada de agressiva ou barraqueira. Sou injustiçada, ofendida e agredida, mas eu ainda estou errada. Pagam para assistir à comediante branca, e poucos são os que pagam para assistir a uma preta”, desabafou. A estrela do sitcom “Vai que Cola” ainda aproveitou para apontar a falta de oportunidades no mercado e desabafou: “A Justiça para alguns, não pode ser favorável pra uma preta. Se eu faço certo, eu estou errada, se eu não faço, eu estou errada. Se eu estou errada então, eu sou massacrada. Que merd@ gente! Só quem é preto sabe do que eu estou falando…”. “Sou mulher, sou preta, sou gorda. Deus, muito obrigada por me trazer assim ao mundo”, continuou. “E outra, aos ignorantes, não achem que internet é terra sem lei”, completou. A Justiça do Rio deu razão à atriz, que foi ofendida durante a filmagem de cenas previamente autorizadas de “Juntos e Enrolados” num quartel de bombeiros da capital fluminense. Após os trabalhos, ela foi surpreendida com áudios e vídeos com ofensas racistas e gordofóbicas, disparadas por bombeiros do local. Na ocasião, a corporação lamentou o caso e disse que não compactuava com qualquer ato discriminatório. Dois bombeiros foram punidos. Um deles ficou preso durante três dias e o outro durante dez. Em entrevista ao jornal O Globo, ela confessou que quase desistiu do filme e precisou fazer terapia após a repercussão das ofensas. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Cacau Protasios (@cacauprotasiooficial)
Governo do Rio é condenado a pagar R$ 80 mil para Cacau Protásio
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o Estado pague uma indenização de R$ 80 mil para Cacau Protásio. A atriz sofreu ataques e ofensas racistas durante uma filmagem num quartel do Corpo de Bombeiros no centro da capital carioca. O caso ocorreu em novembro de 2019, durante a produção da comédia “Juntos e Enrolados”. Na época da filmagem, começaram a circular áudios e vídeos em que integrantes da corporação reclamavam da presença de Cacau no quartel com comentários racistas, homofóbicos e gordofóbicos. “Começaram a xingar, começaram a insultar e é muito doloroso ouvir”, contou Cacau Protásio ao Fantástico na ocasião. “Eu conto história, conto ficção. Eu não mereço ser agredida. Assim como ninguém merece”, acrescentou a atriz nas redes sociais. Reação do Corpo de Bombeiros A filmagem ocorreu com autorização da corporação e contou com o acompanhamento de um bombeiro responsável. Na época, o Corpo de Bombeiros disse que não compactuava com qualquer tipo de ação discriminatória. A corporação afirmou no processo que identificou os dois agentes responsáveis pelas filmagens e os puniu. De acordo com o g1, um deles, que gravou e compartilhou as imagens foi detido por 3 dias. O outro, que gravou e compartilhou um áudio com ofensas, foi detido por 10 dias. Governo do Rio tentou apelar O Governo do Estado do Rio de Janeiro recorreram da primeira decisão judicial do caso, que determinava o pagamento de uma indenização de R$ 30 mil. O caso foi para segunda instância, que determinou aumento no valor da indenização. A desembargadora Ana Cristina Nacif Dib Miguel, relatora do caso, disse que o valor de R$ 80 mil foi determinado porque se levou em consideração que o Estado é responsável pelas ações de seus funcionários, além da gravidade das ofensas e a repercussão do episódio.
“Mussum: O Filmis” ganha trailer com detalhes da história do eterno Trapalhão
A Globo Filmes divulgou o trailer de “Mussum: O Filmis”, que mostra Aílton Graça (“Galeria do Futuro”) como o sambista e comediante. A prévia mostra vários momentos importantes da vida de Antônio Carlos, desde o momento em que virou Mussum, batizado por Grande Otelo, até a origem de sua marca registrada, as palavras terminadas em “is”, por recomendação de Chico Anysio na “Escolinha do Professor Raimundo”, sem esquecer de sua entrada em “Os Trapalhões”. Grande vencedor do Festival de Gramado deste ano, o longa venceu seis troféus, incluindo Melhor Filme, Ator (Aílton Graça) e Ator Coadjuvante (Yuri Marça, que vive o Trapalhão na adolescência). A cinebiografia também traz Cacau Protásio (“Vai que Cola”) e Neuza Borges (ambas de “Juntos e Enrolados”) no papel de Dona Malvina, a mãe de Mussum, além de Vanderlei Bernardino (“Sintonia”) como Chico Anysio e Gero Camilo (“Manhãs de Setembro”) como Renato Aragão. O filme adapta o livro “Mussum Forévis: Samba, Mé e Trapalhões”, de Juliano Barreto. Quem assina o roteiro é Paulo Cursino, que escreveu as franquias “De Pernas pro Ar” (2010) e “Até que a Sorte nos Separe” (2012). Já a direção está a cargo do ator Silvio Guindane (“Segunda Chamada”), que estreia em longas-metragens. A estreia vai acontecer em 2 de novembro.
André Gabeh rebate Cacau Protásio sobre perseguição em “Vai Que Cola”
O ex-BBB e roteirista André Gabeh, demitido do humorístico “Vai Que Cola” do Multishow, rebateu comentários da atriz Cacau Protásio sobre as relações de bastidores do elenco com os roteiristas da série. “Somos negros e me decepcionei com a falta de solidariedade dela”, afirmou ao portal F5. Gabeh ressaltou que sua interação com Protásio foi quase nula tanto no ambiente físico quanto no virtual, mas a atriz teria feito pressão contra sua presença na equipe. Num vídeo publicado na semana passada, ela refutou qualquer tipo de perseguição, agressão ou solicitação de afastamento de alguém no projeto. “Ela tenta disfarçar, mas é óbvio que quer meu linchamento virtual. Me decepcionei e me assustei. Só estava fazendo meu trabalho”, reforçou Gabeh, que frisou desconhecer os motivos da “tamanha implicância” da atriz. “Eu estava superfeliz em trabalhar no ‘Vai que Cola’. Era fã dela. Escrevia tudo com muito carinho para todos, porque, além de ser meu trabalho, eu sou alguém suburbano”, afirmou, referindo-se ao fato de a série se passar nos subúrbios do Rio. Detalhes da controvérsia Gabeh diz que após as reclamações, seus textos passaram a ser enviados sem assinatura. Mas outros membros do elenco começaram a criticar seu trabalho, seguindo o que ele chamou de “efeito manada”. Outros roteiristas também teriam começado a sofrer assédio e o elenco, ainda segundo sua versão, elaborou uma cartilha de exigências. “Havia vários ‘não pode’. As falas tinham que ser curtas. Numa semana, não podíamos sexualizar Jéssica [Samantha Schmütz]. Na outra, ela precisava ser periguete. Tínhamos que colocar os bordões antigos. Mas quando a gente colocava, não gostavam”, exemplificou Gabeh. Ele afirma que as limitações criativas impostas pelo elenco chegaram a um ponto insustentável. “A temporada se passava no interior, mas não podíamos fazer piadas com coisas do interior para não parecermos preconceituosos; depois nos exigiam que falássemos do interior. Atores pediam mais piadas, mas na hora da gravação cortavam a maioria das falas e logicamente ficavam sem piada nenhuma.” Gabeh mostrou-se esperançoso quanto ao desfecho da situação, desejando que ela sirva para fomentar um ambiente de trabalho mais justo e respeitoso no meio audiovisual. “Fiquei com muito medo de me queimar, mas fiquei com mais medo ainda de não me defender”, concluiu.
Cacau Protásio se revolta com relato de agressão no “Vai Que Cola”
Cacau Protásio se revoltou nesta sexta-feira (25/8) com os boatos de agressão nos bastidores de “Vai Que Cola”. A artista se manifestou após vir à tona a investigação do Multishow sobre dois tapas em um assistente de direção no mês passado. “Chega, acabou, eu não vou aceitar que venham me agredir. Eu não agredi ninguém, não demiti ninguém. Não conheço, não convido, não tenho porque odiar, amar, nunca vi. Não convivi, nunca foi no programa, a gente não tem relação”, disparou a atriz no Instagram. “Eu quero deixar claro que não bati em ninguém, não quero que entrem mais na minha página pra me agradar. Acabou. Eu não falo de político, não sou dona da Globo, não admito e nem demito ninguém”. Cacau ainda comentou a demissão do roteirista André Gabeh. “Eu não duvido que ele seja um profissional maravilhoso, mas eu te pergunto: todos continuam trabalhando, continuam recebendo. Ele foi o único que ele foi demitido. Já que ele é maravilhoso, [a produtora] poderia ter colocado em outro projeto”, ela pontuou. Por fim, a atriz declarou que todo elenco do humorístico do Multishow está revoltado com a situação. “Eu estou me defendendo, defendendo o elenco porque a gente está indignado com essa conversa fiada”, completou. Primeiras denúncias Na segunda-feira (21/8), a equipe de roteiristas de “Vai Que Cola” emitiu uma carta aberta contra os atores. A crise nos bastidores se instaurou após a demissão do roteirista André Gabeh (“BBB 1”) devido a algumas atitudes do elenco. Os colegas do escritor passaram a identificar uma vulnerabilidade com o emprego no humorístico. Eles expõem que parte do elenco não estaria satisfeita por ter o texto escrito por um ex-BBB, apesar do trabalho ser elogiado por todos os colegas e a direção. O texto também trouxe indicações de assédio moral e ambiente tóxico na relação de trabalho entre atores e roteiristas. Após a exposição, a Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) emitiu uma nota contra a “cultura de medo e opressão” em ambientes do mercado audiovisual. O ex-roteirista Daniel Porto, que pediu demissão no ano passado, também compartilhou sua experiência traumática no “Vai que Cola”, reforçando a acusação de assédio moral por parte do elenco. Posicionamento da Globo Em nota, a rede Globo afirmou que estará investigando as denúncias nos bastidores de “Vai Que Cola”. Caso os relatos de agressão sejam confirmados, o caso pode configurar uma demissão por justa causa. “A Globo reafirma que não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e, nesse sentido, mantém um canal aberto para denúncias de violação às regras do Código de Ética do Grupo Globo, que deve ser seguido por todos os seus colaboradores. Todo relato é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento e as medidas necessárias são adotadas”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Cacau Protasio (@cacauprotasiooficial)
Cacau Protásio se pronuncia sobre acusações de assédio moral em “Vai que Cola”
A atriz Cacau Protásio decidiu se manifestar sobre as acusações de assédio moral do elenco de “Vai que Cola”, que teria levado à demissão de um roteirista do sitcom. Em uma declaração veemente em seu perfil no Instagram, a artista negou qualquer ligação com a saída de André Gabeh e outros membros da equipe do programa, reagindo à carta aberta dos roteiristas, que na segunda-feira (21/8) denunciaram comportamento tóxico dos atores do programa. “Sou funcionária da Rede Globo há mais de 11 anos (sendo 11 temporadas do ‘Vai Que Cola’). Como qualquer outro funcionário da empresa, eu não tenho o poder de demitir e nem de admitir ninguém, a Rede Globo e o Multshow são duas empresas grandes e só elas podem tomar qualquer decisão em relação ao assunto”, afirmou. A reação da atriz Ela também expressou indignação com os boatos, afirmando tratar a todos com respeito. “Eu jamais ‘tirei’ trabalho de ninguém, pelo contrário, além de atriz sou empresária e emprego diversos funcionários em minhas lojas. Quem convive comigo sabe o quanto eu respeito e trato todos que estão a minha volta com igualdade, e muito respeito. Eu lamento muito pelas demissão de qualquer pessoa e eu, Cacau Protásio, repito aqui: Não tenho poder e direito de pedir a demissão de alguém, pois sou funcionária da emissora”, esclareceu ela. Em suas palavras, a atriz também enfatizou a separação entre atores e roteiristas no programa, cada um exercendo sua função e papel, sugerindo que eles nem tem contato uns com os outros. “Em uma produção, cada peça exerce sua função e seu papel. No caso específico dos roteiros, recebemos antes das gravações e neles não constam os nomes dos autores de cada episódio. É normal que ocorram adaptações por parte dos atores, para que possam ficar dentro da nossa embocadura. Sei que vão me amar e vão me odiar, obrigada pelo amor e carinhos daqueles que me amam, eu respeito as pessoas que eu não agrado. Sem mais! Eu não vou aceitar agressões aqui na minha página!”, concluiu Cacau em seu desabafo. Entenda o caso Os roteiristas apresentaram uma carta para toda a equipe do humorístico na qual denunciaram violência psicológica. Os casos teriam começado com críticas dos intérpretes ao texto, mas se tornaram abusos que têm prejudicado o ambiente de trabalho. Na carta, os profissionais criticaram a atitude do elenco do “Vai que Cola”, e mencionaram a demissão de André Gabeh, que gerou polêmica. Os colegas do escritor ficaram revoltados com o desligamento e passaram a identificar uma vulnerabilidade com o emprego no humorístico. Após a exposição, a Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) também emitiu uma nota contra a “cultura de medo e opressão” em ambientes do mercado audiovisual. E um ex-roteirista do programa, Daniel Porto, que pediu demissão no ano passado, compartilhou sua experiência traumática no “Vai que Cola”, reforçando a acusação de assédio moral por parte do elenco. Diante da polêmica, o Multishow anunciou que fará uma investigação sobre os bastidores da produção.
Crise nos bastidores do “Vai que Cola” aumenta com novas denúncias
O programa humorístico “Vai que Cola”, da rede Globo, se encontra mergulhado em uma grave crise de bastidores, precipitada pela demissão de um de seus roteiristas, André Gabeh. Após se ver desempregado, Gabeh relatou que sofreu perseguição por parte do elenco do programa para deixar a equipe. A situação tornou-se tão crítica que gerou um racha entre os atores e os roteiristas, que na terça (22/8) publicaram uma carta aberta de apoio ao colega. A visibilidade das acusações feitas contra os humoristas famosos trouxe à tona outras queixas e culminou numa manifestação da própria entidade dos roteiristas do Brasil. André Gabeh agradece apoio Vítima da situação, André Gabeh voltou a se pronunciar sobre o ocorrido. Em uma longa mensagem publicada nas redes sociais nesta quarta (23/8), ele agradeceu aos colegas pelo posicionamento público e abordou as injustiças que sofreu durante o período em que trabalhou no humorístico. “Hoje, quem ler o que eles escreveram, vai saber que eu não exagerei quando falei sobre a injustiça que sofri, sobre a maldade que me fizeram e que tive que pisar em ovos para expor, porque o lado mais fraco da corda sempre tem que tomar cuidado pra nunca mais ser chamado pra trabalhar ou virar chacota diante do fandom de pessoas com muito mais visibilidade”, declarou. Ele ainda enfatizou a seriedade da situação, afirmando: “O que aconteceu comigo não pode acontecer com PROFISSIONAL NENHUM, com pessoa nenhuma, mas dessa vez eu tive a voz de mestres me defendendo e se defendendo.” Solideriedade e acusações dos roteiristas A carta dos roteiristas foi assinada por pelo menos seis escritores da fase atual do programa. Solidarizando-se com Gabé, eles afirmam que o colega foi “demitido arbitrariamente a pedido de parte do elenco da série”. Segundo a carta, Gabeh é um profissional “sério, competente, comprometido”, que vinha sendo elogiado tecnicamente por toda a equipe, incluindo a produtora Fábrica, Multishow e Globo. Além disso, os colegas destacam: “André Gabeh é também um escritor preto, gay e periférico, o que é importante ressaltar dentro de um contexto em que ‘a corda sempre arrebenta do lado mais frágil’. Perdemos um roteirista brilhante, um dos poucos suburbanos escrevendo para personagens suburbanos”. Eles apontam que a implicância ou perseguição com o autor não era de hoje e não se devida à qualidade do trabalho e sim por preconceito, por Gabeh ser um ex-BBB. Sem citar nomes, eles dizem que críticas construtivas são bem-vindas, mas a reação dos atores foi muito acima do tom e sem justificativa. “Atualmente a atmosfera de trabalho é de apreensão e medo, pois os roteiros recebem diversas críticas infundadas e abstratas. Críticas estas que dizem respeito, na maior parte dos casos, aos gostos pessoais e não à técnica e podem ter consequências desastrosas como a recente demissão do roteirista André Gabeh”, afirma a carta. Entre as revelações, os roteiristas afirmam que parte do elenco nem sequer lê os roteiros antes de gravações, o que sempre causa mudanças de última hora. Sem citar exemplos, os escritores comentam que existe uma divisão até mesmo entre os atores, que não concordam com os estrelismos de algumas figuras. Associação dos Roteiristas critica ambiente tóxico Em uma nota também divulgada nesta quarta-feira (23/8), a Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) se posicionou, em meio às denúncias, contra a “cultura de medo e opressão” em ambientes do mercado audiovisual. “O processo de criação de uma obra é um trabalho realizado em conjunto e todos os profissionais envolvidos merecem respeito”, ressalta um trecho. A ABRA também destacou ser “inadmissível que um local de trabalho se torne um local de perseguição e de violência psicológica por parte de outros colegas”. A associação defendeu um ambiente livre de práticas tóxicas e enfatizou a necessidade de assegurar a integridade física e mental dos funcionários. Mais um roteirista reforça denúncias Com a revelação do descontentamento dos roteiristas atuais, um ex-roteirista do programa, Daniel Porto, que pediu demissão no ano passado, compartilhou sua experiência traumática no “Vai que Cola”, reforçando a acusação de assédio moral por parte do elenco. Em texto publicado no Linkedin, Porto acusou os atores de serem tóxicos e que o trabalho no humorístico lhe causou depressão, burnout e crises de ansiedade. Porto relatou sua luta diária, as exigências insanas e a sobrecarga de trabalho. Reclamou dos salários desrespeitosos ofertados à equipe, revelando que um roteirista recebe entre R$ 5 mil e R$ 6 mil por mês para escrever aproximadamente 10 episódios, sem remuneração adicional pelas reexibições. O redator final, seu caso, recebia R$ 5 mil por episódio, com uma carga de trabalho intensa. Ele também denunciou as atitudes dos atores: “O desdenho e o assédio moral com nossos textos eram diários e na nossa cara. Era direto, ofensivo e cruel. Todo mundo sabia, a estrutura inteira do programa sabia, e nós ficávamos vendidos tentando nos defender da maneira que nos cabia”. Ele ainda ressalta que “todos do elenco tinham comportamento tóxico conosco, em maior ou menor grau”. O roteirista também destacou que a manifestação desta semana foi resultado de um acúmulo de desaforos e sapos engolidos. “Sempre ficamos com medo de nos expor e perder futuros trabalhos como roteirista, que são cada vez mais escassos. Demorou muito para que o pedido de socorro da equipe viesse”, afirmou. “Demorou muito para que o óbvio fosse dito. Muito amigos se desgastaram muito emocionalmente e psicologicamente por causa dessas pessoas”. Após ressaltar o medo de exposição da equipe, o desgaste emocional e psicológico, ele agradeceu André Gabeh pela coragem de abrir os bastidores do programa: “Me solidarizo e compartilho meu relato para dizer que você não está sozinho nessa”. O elenco do “Vai que Cola” A 11ª temporada do programa “Vai que Cola” está atualmente em produção e será exibida ainda neste ano. O elenco da produção inclui Catarina Abdalla, Marcus Majella, Samantha Schmutz, Cacau Protásio, Pedroca Monteiro, Maurício Manfrini, Nany People, Marcelo Médici, Silvio Guildane e Luis Lobianco. Além deles, Sidney Magal, Diogo Vilela, Katiuscia Canoro, Paulinho Serra e Raphael Vianna fazem participações especiais. A rede Globo, o Multishow e a produtora Fábrica ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as alegações.








