Globo de Ouro acontece nesta noite sem exibição no Brasil
A premiação do Globo de Ouro 2023, que acontece na noite desta terça (10/1) em Los Angeles, nos EUA, não será exibida na televisão brasileira. O canal pago TNT, que tradicionalmente transmite a cerimônia no Brasil, decidiu não fazer a cobertura deste ano. Com isso, o público brasileiro ficará sem alternativa no país para acompanhar o evento, que premia os melhores do cinema e da TV dos EUA. Apenas o canal pago E! trará imagens dos famosos, exibindo o tapete vermelho a partir das 20h, mas sua transmissão se encerra antes da entrega das estatuetas. Assim, os interessados em acompanhar a cerimônia precisarão encontrar opções americanas na internet e possuir um bom aplicativo de VPN. A verdade é que premiação também teve dificuldades para emplacar sua exibição até na televisão dos EUA. O Globo de Ouro não foi transmitido no ano passado, após enfrentar boicote generalizado de astros, agentes de talento, estúdios e da rede NBC, responsável por sua transmissão original. O motivo do cancelamento foram polêmicas envolveram racismo e falta de diversidade dentro da entidade responsável pelo evento, a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), além de acusações de corrupção, assédio e abuso sexual, que geraram revolta geral, culminando na retirada dos estúdios da competição esvaziada de 2022, que “aconteceu” sem a presença de artistas. Desde então, a HFPA tem se reorganizado para evitar novos boicotes. A entidade adicionou 103 novos votantes, que se somaram aos cerca de 80 anteriormente existentes, e adotou um manual de ética. Além disso, teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento televisivo. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Essas mudanças estimularam a NBC a retomar a transmissão neste ano. Mas alguns artistas recusaram o convite para participar da premiação. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “A Baleia” e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, afirmou que não participaria da cerimônia, que marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu no evento. Tom Cruise, que devolveu dois Globos de Ouro vencidos ao longo de sua carreira, também é ausência certa. Scarlett Johansson é outra que reclamou de assédio de integrantes da HFPA e não deve aparecer. E assim como eles, muitos outros astros resolveram estender o repúdio ao evento. Por outro lado, estão confirmadas as presenças do diretor Quentin Tarantino e dos atores Billy Porter, Jamie Lee Curtis, Ana de Armas e Eddie Murphy. O último receberá uma homenagem pela carreira, assim como o produtor Ryan Murphy, criador de “Glee”, “American Horror Story” e “Dahmer: Um Canibal Americano”, entre várias outras séries. A expectativa é grande para ver quem mais vai pisar no tapete vermelho, que a E! começa a exibir a partir das 20h. Com oito indicações, o filme irlandês “Os Banshees de Inisherin” lidera a lista de candidatos aos prêmios, seguido pelo fenômeno indie “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com seis, e “Babilônia” e “Os Fabelmans” empatados com cinco indicações. Desde o anúncio da lista, porém, “Babilônia” chegou aos cinemas e foi execrado por público e crítica americanos. O Globo de Ouro abre a segunda etapa das premiações da indústria do entretenimento americano, mas seus integrantes são jornalistas estrangeiros, sem ligação alguma com essa indústria. Por isso, é um prêmio que não costuma apontar tendências para o Oscar – apesar do que muitos jornalistas brasileiros afirmaram no passado. O evento só ganhou projeção porque é televisionado por uma grande rede de TV dos EUA, numa iniciativa da NBC para ter seu próprio “Oscar”. Para atrair famosos e conquistar audiência, o Globo de Ouro assumiu clima de festa, liberando álcool para os convidados – além de presenteá-los com lembrancinhas caras. E assim o público se acostumou a sintonizar discursos mais desinibidos e momentos que sempre deram o que falar. Neste ano, para garantir que o tom siga descontraído, a HFPA chamou chamou o comediante Jerrod Carmichael (“The Carmichael Show”) para conduzir o evento. O resultado será apresentado a partir das 22h (horário de Brasília), com os vencedores informados logo em seguida. Confira abaixo a lista dos indicados aos troféus de cinema e TV da premiação. FILMES MELHOR FILME DE DRAMA “Avatar: O Caminho da Água” “Elvis” “The Fabelmans” “Tár” “Top Gun: Maverick” MELHOR FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL “Babylon” “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” “Triângulo da Tristeza” MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA Austin Butler (“Elvis”) Brendan Fraser (“A Baleia”) Hugh Jackman (“The Son”) Bill Nighy (“Living”) Jeremy Pope (“The Inspection”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA Cate Blanchett (“Tár”) Olivia Colman (“Império da Luz”) Viola Davis (“A Mulher Rei”) Ana de Armas (“Blonde”) Michelle Williams (“The Fabelmans”) MELHOR ATOR EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Diego Calva (“Babylon”) Daniel Craig (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”) Adam Driver (“Ruído Branco”) Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherin”) Ralph Fiennes (“O Menu”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Lesley Manville (“Sra. Harris Vai a Paris”) Margot Robbie (“Babylon”) Anya Taylor-Joy (“O Menu”) Emma Thompson (“Boa Sorte, Leo Grande”) Michelle Yeoh (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME Brendan Gleeson (“Os Banshees de Inisherin”) Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”) Brad Pitt (“Babylon”) Ke Huy Quan (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Eddie Redmayne (“O Enfermeiro da Noite”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME Angela Bassett (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) Kerry Condon (“Os Banshees de Inisherin”) Jamie Lee Curtis (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Dolly De Leon (“Triângulo da Tristeza”) Carey Mulligan (“Ela Disse”) MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO “Pinóquio” “Inu-oh” “Marcel the Shell With Shoes On” “Gato de Botas 2: O Último Pedido” “Red: Crescer é uma Fera” MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA “RRR” (Índia) “Nada de Novo no Front” (Alemanha) “Argentina, 1985” (Argentina) “Close” (Bélgica) “Decisão de Partir” (Coreia do Sul) MELHOR DIREÇÃO James Cameron, “Avatar: O Caminho da Água” Daniel Kwan e Daniel Scheinert, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Baz Luhrmann, “Elvis” Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Steven Spielberg, “Os Fabelmans” MELHOR ROTEIRO Todd Field, “Tár” Daniel Kwan, e Daniel Scheinert, Everything Everywhere All at Once Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Sarah Polley, “Entre Mulheres” Steven Spielberg e Tony Kushner, “Os Fabelmans” MELHOR TRILHA SONORA Carter Burwell, “Os Banshees de Inisherin” Alexandre Desplat, “Pinóquio de Guillermo del Toro” Hildur Guðnadóttir, “Entre Mulheres” Justin Hurwitz, “Babilônia” John Williams, “Os Fabelmans” MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “Carolina,” Taylor Swift (“Um Lugar Bem Longe Daqui”) “Ciao Papa,” Alexandre Desplat, Guillermo del Toro, Roeban Katz (“Pinóquio de Guillermo del Toro” ) “Hold My Hand,” Lady Gaga, BloodPop, Benjamin Rice (“Top Gun: Maverick”) “Lift Me Up,” Tems, Rihanna, Ryan Coogler, Ludwig Göransson (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) “Naatu Naatu,” Kala Bhairava, MM Keeravani, Kala Bhairava, Rahul Sipligunj (“RRR”) SÉRIES MELHOR SÉRIE DE DRAMA “Better Call Saul” “The Crown” “A Casa do Dragão” “Ozark” “Ruptura” MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL “Abbott Elementary” “O Urso” “Hacks” “Only Murderes in the Building” “Wandinha” MELHOR MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV “Black Bird” “Dahmer: Um Canibal Americano” “Pam & Tommy” “The Dropout” “The White Lotus” MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA Jeff Bridges (“The Old Man”) Kevin Costner (“Yellowstone”) Diego Luna (“Andor”) Bob Odenkirk (“Better Call Saul”) Adam Scott (“Ruptura”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA Emma D’Arcy (“A Casa do Dragão”) Laura Linney (“Ozark”) Imelda Stauton (“The Crown”) Hilary Swank (“Alasca: Em Busca da Notícia”) Zendaya (“Euphoria”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Quinta Brunson (“Abbott Elementary”) Kaley Cuoco (“The Flight Attendant”) Selena Gomez (“Only Murders in the Building”) Jenna Ortega (“Wandinha”) Jean Smart (“Hacks”) MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Donald Glover (“Atlanta”) Bill Hader (“Barry”) Steve Martin (“Only Murders in the Building”) Martin Short (“Only Murders in the Building”) Jeremy Allen White (“O Urso”) MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Taron Egerton (“Black Bird”) Colin Firth (“The Staircase”) Andrew Farfield (“Em Nome do Céu”) Evan Peters (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Sebastian Stan (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jessica Chastain (“George & Tammy”) Julia Garner (“Inventando Anna”) Lily James (“Pam & Tommy”) Julia Roberts (“Gaslit”) Amanda Seyfried (“The Dropout”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA-MUSICAL OU DRAMA Elizabeth Debicki (“The Crown”) Hannah Einbinder (“Hacks”) Julia Garner (“Ozark”) Janelle James (“Abbott Elementary”) Sheryl Lee Ralph (“Abbott Elementary”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV F. Murray Abraham (“The White Lotus”) Domhnall Gleeson (“O Paciente”) Paul Walter Hauser (“Black Bird”) Richard Jenkins (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Seth Rogen (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jennifer Coolidge (“The White Lotus”) Claire Danes (“A Nova Vida de Toby”) Daisy Edgar-Jones (“Em Nome do Céu”) Niecy Nash-Betts (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Aubrey Plaza (“The White Lotus”)
Retrospectiva: As 50 melhores séries de 2022
Impossível fazer uma lista com as 10 melhores séries de 2022 sem cometer injustiças. Afinal, a qualidade da produção de 2022 não deveu nada ao cinema, e muitas vezes superou os títulos cinematográficos. Teve série mais cara até que “Avatar: O Caminho da Água” e com texto melhor que roteiros de vencedores do Oscar. A variedade também foi ampla, graças à multiplicação das plataformas digitais, que tornou acompanhar a quantidade de lançamentos um desafio de nível olímpico. A escolha por 50 títulos, além de permitir maior alcance, também oferece uma nova chance para os leitores considerarem o que faltou assistir no ano passado. Um listão de retrospectiva. Foram consideradas apenas séries lançadas no Brasil em 2022, numa organização por ordem alfabética, de “A Casa do Dragão” a “What We Do in the Shadows”, sem distinção hierárquica ou de gêneros. E para quem quiser aproveitar para checar o que faltou acompanhar, ainda há indicações de onde assistir cada título em streaming. Veja as maratonas abaixo. | A CASA DO DRAGÃO | HBO MAX O primeiro spin-off do fenômeno “Game of Thrones” (2011-2019) acompanha a família Targaryen, o clã de Daenerys, 200 anos antes dos eventos da série original, concentrando-se na crise de sucessão do Rei Viserys (Paddy Considine, de “Peaky Blinders”), com muitos complôs, batalhas, dragões e um clima absolutamente épico. A disputa se instala porque Viserys escolheu sua filha, a princesa Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy, de “Truth Seekers”), como herdeira do Trono de Ferro. Apesar de preparada para reinar desde a infância, sua ascensão não é aceita por aqueles que preferem um homem no poder, que poderia ser o irmão do rei, príncipe Daemon Targaryen, vivido por Matt Smith (“Doctor Who”), ou um filho recém-nascido. A lista de personagens importantes na conspiração ainda destaca Rhys Ifans (“O Espetacular Homem-Aranha”) como o Mão do Rei (a segunda posição oficial mais poderosa nos Sete Reinos), Olivia Cooke (“Bates Motel”) como sua filha Alicent Hightower e Steve Toussaint (“It’s a Sin”) como Lord Corlys Velaryon, a Serpente do Mar. A série foi co-criada pelo roteirista Ryan J. Condal (criador da série sci-fi “Colony”) e em sua 1ª temporada conta com a direção de Miguel Sapochnik, que venceu um Emmy como diretor do famoso episódio da “Batalha dos Bastardos” de “Game of Thrones”. | A VIDA SEXUAL DAS UNIVERSITÁRIAS 2 | HBO MAX Criada por Mindy Kaling (“Projeto Mindy” e “Eu Nunca…”) em parceria com o roteirista Justin Noble (“Brooklyn Nine-Nine”), a série gira em torno de quatro colegas de quarto, que se conhecem ao iniciar a faculdade e passam a conviver em meio à tensão sexual e situações constrangedoras do dia-a-dia universitário. Nos novos episódios, as garotas estão cada vez mais amigas e animadas em meio a festas, vizinhos descamisados e até strippers masculinos. O elenco central destaca as atrizes Pauline Chalamet (a irmã de Timothée Chalamet), Amrit Kaur, Renée Rapp e Alyah Chanelle Scott. Sem experiências prévias, elas se tornaram rapidamente conhecidas com a atração, que atingiu 93% de aprovação no Rotten Tomatoes, na média de suas duas temporadas. | ABBOTT ELEMENTARY | STAR+ Eleita Melhor Série do ano pela Associação dos Críticos de TV dos EUA (TCA, na sigla em inglês), a produção que traz Tyler James Williams (o Cris de “Todo Mundo Odeia o Chris”) de volta às sitcoms é uma comédia de local de trabalho que usa o truque narrativo do falso documentário de “The Office”. A diferença entre as duas séries é que, em vez de um escritório, o local de trabalho de “Abbott Elementary” é uma escola pública de Ensino Fundamental. A série foi criada e é estrelada por Quinta Brunson (“A Black Lady Sketch Show”), que vive a principal professora da trama. Já Williams vive o novo professor, recém-chegado, que ajuda a introduzir a narrativa, ao começar a trabalhar e descobrir como o improviso marca o cotidiano da escola. Graças ao recurso documental, os episódios também possibilitam comentários sociais sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores idealistas diante da política que dedica poucas verbas para o ensino de crianças pobres. Elogiadíssima pela crítica, a produção tem 98% de aprovação no Rotten Tomatoes e já se encontra renovada. | ALICE IN BORDERLAND 2 | NETFLIX Ao estilo de “Round 6”, mas com elementos de sci-fi, a série adapta um mangá popular do Japão, que acompanha um grupo de jovens enviado a um universo paralelo, exatamente igual a Tóquio, só que deserto. A princípio, eles acreditam ser as únicas pessoas desse mundo, mas logo descobrem outros habitantes e as regras do lugar: para permanecerem vivos, terão que participar de uma sucessão de jogos de sobrevivência. A 2ª temporada encontra os principais sobreviventes, Kento Yamazaki (da versão japonesa de “Good Doctor”) e Tao Tsuchiya (dos filmes de “Samurai X”), enfrentando novas etapas e competidores no jogo mortal, enquanto tentam saber mais sobre aquele lugar e se existe alguma saída. Os novos episódios completam a história, encerrada com um final que lembra o de “Lost”, só que muito melhor concebido e amarrado. Fãs, porém, já iniciaram campanha por uma 3ª temporada – que não existe nos quadrinhos. A direção é de Shinsuke Sato, especialista em adaptações live-action de mangás de ação. Ele dirigiu os filmes de “A Sociedade da Espada” (2001), os dois “GantZ” (2011 e 2012), o excelente terror de zumbis “I Am Hero” (2015), a continuação “Death Note: Iluminando um Novo Mundo” (2016) e o filme de “Bleach” (2018). | ALL OF US ARE DEAD | NETFLIX A série sul-coreana de zumbis é baseada num webtoon (quadrinhos) e combina horror sangrento com humor bizarro em sua trama, sobre um surto de mortos-vivos que começa no interior de uma escola e logo se espalha pelo país. A direção é de Lee Jae-kyoo (“Estranhos Íntimos”), mas o maior atrativo está na participação de Lee Yoo-mi, que viveu Ji-yeong (a jogadora #241) em “Round 6”. Esta é a segunda série sul-coreana de zumbis da Netflix, que já exibe com sucesso a atração de época “Kingdom”, passada na era medieval. Assim como aquela, “All of Us Are Dead” se destaca nesse subgênero por ser bastante criativa. | BETTER CALL SAUL 6 | NETFLIX Estruturado como um interminável flashback, o spin-off de “Breaking Bad” contou desde 2015 como o advogado idealista Jimmy McGill se transformou no inescrupuloso vigarista que batiza a atração: Saul Goodman. E a produção fez o público aguardar cinco temporadas para chegar no ponto mais esperado, quando a trama se cruza com os eventos de “Breaking Bad”, trazendo de volta Walter White (Bryan Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul) para conduzir a trama aos eventos fatídicos que levaram o personagem vivido por Bob Odenkirk a perder carreira e fortuna ao final da série original. Vale lembrar que o primeiro episódio de “Better Call Saul” iniciava bem depois dos eventos de “Breaking Bad”, e a última temporada cumpre a expectativa de retomar esta linha temporada para mostrar em quais condições Jimmy/Saul se tornou um dos poucos sobreviventes da já clássica trama criminal. | BLACK BIRD | APPLE TV+ Baseada em uma história real, a minissérie criminal traz Taron Edgerton (“Rocket Man”) como o filho de um policial veterano, que é condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas. Só que ao começar a cumprir sua pena, o rapaz recebe uma proposta inusitada: liberdade em troca de algumas dias numa prisão povoada por criminosos insanos, onde deve conseguir fazer um serial killer (Paul Walter Hauser, de “O Caso Richard Jewell”) confessar suas mortes antes de ser solto. Com cenas de muita tensão, dirigidas pelo belga Michaël R. Roskam (“A Entrega”), a atração foi desenvolvida pelo escritor Dennis Lehane, autor dos romances que viraram os filmes “Sobre Meninos e Lobos” (2003), “Medo da Verdade” (2007) e “Ilha do Medo” (2010), e o último trabalho do ator Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”), falecido em maio passado. Ele interpreta o pai do protagonista. | BONECA RUSSA 2 | NETFLIX Uma das melhores séries da Netflix ficou ainda melhor na 2ª temporada, recompensando o espectador com um destemor absurdo ao correr grandes riscos com sua trama mirabolante. Na história original de looping temporal, a personagem de Natasha Lyonne (“Orange Is the New Black”) morria várias vezes durante sua noite de aniversário na cidade de Nova York, apenas para voltar ao começo da festa e se preparar para morrer novamente, continuamente, vitimada por detalhes fortuitos e pessoas desatentas. Mas esta foi só a primeira fase de suas desventuras, que agora trocam o looping temporal por viagem no tempo. Após conseguir sobreviver à morte insistente, ela se vê embarcando num trem para o passado, que a leva aos anos 1980. Não só isso, ela passa a habitar o corpo de sua mãe, então grávida dela mesma. E tem a brilhante ideia de mudar o passado para corrigir seu presente. Só que essa ideia nunca deu certo em nenhum filme de viagem no tempo já produzido. Além de estrelar, Lyonne criou a atração em parceria com a atriz Amy Poehler (“Parks and Recreation”) e a cineasta Leslye Headland (“Quatro Amigas e um Casamento”). | CHAINSAW MAN | CRUNCHYROLL O anime mais falado de 2022 ganhou notoriedade pelas cenas sangrentas. Baseada no mangá de Tatsuki Fujimoto, a história acompanha Denji, garoto que herda uma dívida gigantesca após a morte do pai e precisa enfrentar demônios diariamente, com ajuda apenas de sua pet (um cão-demônio com nariz de motosserra), para conseguir alguns trocados para sobreviver. A situação sofre uma reviravolta quando uma traição da yakuza faz a pet-demônio Pochita se mesclar com Denji para impedir que ele morra, transformando-o no Homem-Motosserra do título. O novo poder é acessado por uma corda em seu peito, que quando acionada transforma seu rosto e mãos em motosserras afiadas, capazes de cortar e trucidar tudo o que encontram pela frente. Essa capacidade impressiona os caçadores de demônio do governo, que lhe oferecem emprego, mas não lealdade como sucessivas traições acabam revelando. Ultraviolenta, a série tem cenas chocantes, como um ato de canibalismo de Denji para acabar com a imortalidade de uma ex-aliada/demônia, além de mortes inesperadas entre os personagens favoritos. A adaptação é produzida pelo estúdio de animação MAPPA e tem direção de Ryū Nakayama (“Jujutsu Kaisen”). | CINCO DIAS NO HOSPITAL MEMORIAL | APPLE TV+ Tensa e dramática, a minissérie traz Vera Farmiga (“Gavião Arqueiro”) como uma médica do principal hospital de Nova Orleans em agosto de 2005, quando a cidade sofreu a fúria do Furacão Katrina. A trama é baseada numa reportagem premiada com o troféu Pulitzer (o Oscar do jornalismo), que detalha o clima de terror no hospital Memorial Medical Center, sem energia por dias durante a fúria dos elementos. Diante disso, a equipe médica liderada pela respeitada cirurgiã Anna Pou (Farmiga) se vê forçada a tomar decisões de vida e morte que os impactaram por anos. A adaptação tem roteiro, produção e direção de John Ridley (vencedor do Oscar pelo roteiro de “12 Anos de Escravidão”) e Carlton Cuse (que já tinha trabalhado com Vera Farmiga na série “Bates Motel”). | COBRA KAI 5 | NETFLIX A 5ª temporada mostra Terry Silver (Thomas Ian Griffith) expandindo o império Cobra Kai para tornar seu estilo impiedoso de artes marciais ainda mais dominante. A trama também traz de volta o vilão Mike Barnes (Sean Kanan), visto em “Karatê Kid III”. Mas mesmo diante do inimigo em comum, os ex-rivais Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) não conseguem fazer seus alunos se entenderem para superar os desafios que se apresentam. Alimentada pela nostalgia da década de 1980, “Cobra Kai” foi criada por Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg (os dois últimos de “American Pie: o Reencontro”) e segue os personagens clássicos de “Karatê Kid” mais de 30 anos após os eventos da franquia original. Além dos citados, a lista de personagens clássicos inclui ainda Lucille (Randee Heller) e Chozen (Yuji Okumoto), do primeiro e do segundo filme....
“Os Banshees de Inisherin” lidera lista de indicados do Globo de Ouro 2023
A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA na sigla em inglês) anunciou nesta segunda (12/12) os indicados ao Globo de Ouro 2023. Com oito indicações, o filme irlandês “Os Banshees de Inisherin” liderou a lista, seguido pelo fenômeno indie “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com seis, e “Babilônia” e “Os Fabelmans” empatados com cinco indicações. Já o Brasil ficou de fora da seleção de Melhores Longas em Língua Estrangeira, embora “Marte Um” seja um forte candidato ao Oscar. Entre as premiações televisivas, “Abbott Elementary” foi a mais lembrada, com cinco nomeações. E vai disputar o troféu de Melhor Série de Comédia com o fenômeno “Wandinha” – que também rendeu indicação para a atriz Jenna Ortega. Com quatro indicações, outra favorita da crítica, “White Lotus”, disputa categoria diferente, como Melhor Minissérie/Antologia. Em números gerais, as plataformas HBO Max e Netflix empataram com 14 nomeações cada, seguidos pela Hulu (Star+ no Brasil) com 9. A próxima edição da premiação conta com um total de 27 categorias, com cinco indicados em cada uma delas, e será apresentada pelo comediante Jerrod Carmichael (de “The Carmichael Show”). Tradicionalmente exibida pelo canal pago TNT no país, a transmissão ainda não foi confirmada no Brasil, após a cerimônia deste ano ter sofrido boicote por conta de acusações de racismo e corrupção da HFPA. Devido ao escândalo, a entidade passou por uma reorganização completa, expulsou um ex-presidente que fez comentários racistas, ampliou seu número de votantes para incluir maior diversidade – não havia negros entre os membros até este ano – e adotou um manual de ética. Pra completar, a HFPA também teve seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que ainda assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento. Desse modo, o dono da Eldridge Industries, Todd Boehly, passou a aturar como CEO interino do HFPA desde outubro de 2021. Mas tantas mudanças podem não ser suficientes para atrair as estrelas que boicotaram o prêmio neste ano. O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “A Baleia” e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, já afirmou que não aceitará convite para participar do Globo de Ouro 2023, mesmo tendo sido indicado ao prêmio. A cerimônia marcará 20 anos de um abuso sexual que ele sofreu no evento – do ex-presidente expulso da HFPA. A 80ª edição do Globo de Ouro foi marcada para o dia 10 de janeiro de 2023, uma terça-feira. A escolha da data se deve ao fato de o domingo anterior estar ocupado com um jogo de futebol da NFL e o seguinte com a premiação do Critics Choice Awards. A cerimônia terá exibição simultânea nos EUA na rede de TV NBC e no serviço de streaming Peacock. Confira abaixo os indicados da premiação. FILMES MELHOR FILME DE DRAMA “Avatar: O Caminho da Água” “Elvis” “The Fabelmans” “Tár” “Top Gun: Maverick” MELHOR FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL “Babylon” “Os Banshees de Inisherin” “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” “Triângulo da Tristeza” MELHOR ATOR EM FILME DE DRAMA Austin Butler (“Elvis”) Brendan Fraser (“A Baleia”) Hugh Jackman (“The Son”) Bill Nighy (“Living”) Jeremy Pope (“The Inspection”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE DRAMA Cate Blanchett (“Tár”) Olivia Colman (“Império da Luz”) Viola Davis (“A Mulher Rei”) Ana de Armas (“Blonde”) Michelle Williams (“The Fabelmans”) MELHOR ATOR EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Diego Calva (“Babylon”) Daniel Craig (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”) Adam Driver (“Ruído Branco”) Colin Farrell (“Os Banshees de Inisherin”) Ralph Fiennes (“O Menu”) MELHOR ATRIZ EM FILME DE COMÉDIA OU MUSICAL Lesley Manville (“Sra. Harris Vai a Paris”) Margot Robbie (“Babylon”) Anya Taylor-Joy (“O Menu”) Emma Thompson (“Boa Sorte, Leo Grande”) Michelle Yeoh (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM FILME Brendan Gleeson (“Os Banshees de Inisherin”) Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”) Brad Pitt (“Babylon”) Ke Huy Quan (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Eddie Redmayne (“O Enfermeiro da Noite”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM FILME Angela Bassett (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) Kerry Condon (“Os Banshees de Inisherin”) Jamie Lee Curtis (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) Dolly De Leon (“Triângulo da Tristeza”) Carey Mulligan (“Ela Disse”) MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO “Pinóquio” “Inu-oh” “Marcel the Shell With Shoes On” “Gato de Botas 2: O Último Pedido” “Red: Crescer é uma Fera” MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA “RRR” (Índia) “Nada de Novo no Front” (Alemanha) “Argentina, 1985” (Argentina) “Close” (Bélgica) “Decisão de Partir” (Coreia do Sul) MELHOR DIREÇÃO James Cameron, “Avatar: O Caminho da Água” Daniel Kwan e Daniel Scheinert, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” Baz Luhrmann, “Elvis” Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Steven Spielberg, “Os Fabelmans” MELHOR ROTEIRO Todd Field, “Tár” Daniel Kwan, e Daniel Scheinert, Everything Everywhere All at Once Martin McDonagh, “Os Banshees de Inisherin” Sarah Polley, “Entre Mulheres” Steven Spielberg e Tony Kushner, “Os Fabelmans” MELHOR TRILHA SONORA Carter Burwell, “Os Banshees de Inisherin” Alexandre Desplat, “Pinóquio de Guillermo del Toro” Hildur Guðnadóttir, “Entre Mulheres” Justin Hurwitz, “Babilônia” John Williams, “Os Fabelmans” MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “Carolina,” Taylor Swift (“Um Lugar Bem Longe Daqui”) “Ciao Papa,” Alexandre Desplat, Guillermo del Toro, Roeban Katz (“Pinóquio de Guillermo del Toro” ) “Hold My Hand,” Lady Gaga, BloodPop, Benjamin Rice (“Top Gun: Maverick”) “Lift Me Up,” Tems, Rihanna, Ryan Coogler, Ludwig Göransson (“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”) “Naatu Naatu,” Kala Bhairava, MM Keeravani, Kala Bhairava, Rahul Sipligunj (“RRR”) SÉRIES MELHOR SÉRIE DE DRAMA “Better Call Saul” “The Crown” “A Casa do Dragão” “Ozark” “Ruptura” MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL “Abbott Elementary” “O Urso” “Hacks” “Only Murderes in the Building” “Wandinha” MELHOR MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV “Black Bird” “Dahmer: Um Canibal Americano” “Pam & Tommy” “The Dropout” “The White Lotus” MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA Jeff Bridges (“The Old Man”) Kevin Costner (“Yellowstone”) Diego Luna (“Andor”) Bob Odenkirk (“Better Call Saul”) Adam Scott (“Ruptura”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA Emma D’Arcy (“A Casa do Dragão”) Laura Linney (“Ozark”) Imelda Stauton (“The Crown”) Hilary Swank (“Alasca: Em Busca da Notícia”) Zendaya (“Euphoria”) MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Quinta Brunson (“Abbott Elementary”) Kaley Cuoco (“The Flight Attendant”) Selena Gomez (“Only Murders in the Building”) Jenna Ortega (“Wandinha”) Jean Smart (“Hacks”) MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA OU MUSICAL Donald Glover (“Atlanta”) Bill Hader (“Barry”) Steve Martin (“Only Murders in the Building”) Martin Short (“Only Murders in the Building”) Jeremy Allen White (“O Urso”) MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Taron Egerton (“Black Bird”) Colin Firth (“The Staircase”) Andrew Farfield (“Em Nome do Céu”) Evan Peters (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Sebastian Stan (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jessica Chastain (“George & Tammy”) Julia Garner (“Inventando Anna”) Lily James (“Pam & Tommy”) Julia Roberts (“Gaslit”) Amanda Seyfried (“The Dropout”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA-MUSICAL OU DRAMA Elizabeth Debicki (“The Crown”) Hannah Einbinder (“Hacks”) Julia Garner (“Ozark”) Janelle James (“Abbott Elementary”) Sheryl Lee Ralph (“Abbott Elementary”) MELHOR ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV F. Murray Abraham (“The White Lotus”) Domhnall Gleeson (“O Paciente”) Paul Walter Hauser (“Black Bird”) Richard Jenkins (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Seth Rogen (“Pam & Tommy”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE, ANTOLOGIA OU FILME PARA TV Jennifer Coolidge (“The White Lotus”) Claire Danes (“A Nova Vida de Toby”) Daisy Edgar-Jones (“Em Nome do Céu”) Niecy Nash-Betts (“Dahmer: Um Canibal Americano”) Aubrey Plaza (“The White Lotus”)
Taron Egerton vai estrelar nova série do criador de “Black Bird”
O ator Taron Egerton (“Rocketman”) vai estrelar a série “Firebug”, inspirada na história real de um famoso incendiário da Califórnia, John Leonard Orr. Desenvolvida para a plataforma de streaming Apple TV+, a série vai marcar o reencontro de Egerton com o roteirista e escritor Dennis Lehane (“A Entrega”), com quem ele trabalhou na série “Black Bird”, encerrada em agosto passado. Criada por Lehane, “Firebug” vai acompanhar um detetive problemático (ainda não escalado) e um investigador de incêndios criminosos (Egerton) que seguem as pistas de dois incendiários. Na história real, Orr era um ex-bombeiro que se tornou investigador de incêndios de Glendale, no sul da Califórnia. Inicialmente contratado para entender e rastrear casos de incêndios criminosos, ele acabou condenado como incendiário em série, que pelo estrago causado chegou a ganhar vários apelidas da mídia – “The Pillow Pyro”, “Frito Bandito” e “The Coin Tosser” foram alguns deles. Orr foi considerado responsável por uma série de grandes incêndios na Califórnia nas décadas de 1980 e 1990, que geraram dezenas de milhões de dólares em danos e quatro mortes. Seus principais alvos eram lojas e ele gostava de incendiá-las enquanto estavam abertas e lotadas. Ele também criava pequenos incêndios em colinas distantes, visando atrair os bombeiros para desviar a atenção dos seus ataques em áreas mais populosas. A série fictícia será inspirada no podcast “Firebug”, apresentado pelo documentarista vencedor do Oscar Kary Antholis (“One Survivor Remembers”), que também vai produzir a série ao lado de Egerton. A atração ainda não tem previsão de estreia. Taron Egerton será visto em breve no filme “Tetris”, que vai mostrar a batalha legal em torno da criação do famoso jogo do título, e no thriller de ação “Carry On”, que será dirigido por Jaume Collet-Serra (“Adão Negro”). Nenhum dos dois trabalhos tem previsão de estreia.
Estreias: As 10 melhores séries da semana
A nova atração épica de Rodrigo Santoro, o último trabalho de Ray Liotta e o melhor desempenho da carreira de Elle Fanning são alguns dos destaques entre os lançamentos de séries das plataformas digitais Confira abaixo 10 opções selecionadas para aproveitar as melhores novidades da semana. | SEM LIMITES # 1 | AMAZON PRIME VIDEO A produção épica espanhola, estrelada pelo brasileiro Rodrigo Santoro (“Westworld”) e o espanhol Álvaro Morte (“La Casa de Papel”), recria os perigos e desafios da primeira viagem de volta ao mundo, completada há 500 anos. Na trama, Santoro vive o navegador português Fernão de Magalhães, que liderou a primeira circum-navegação do planeta, quando cinco caravelas partiram da Espanha em 10 de agosto de 1519 em busca de uma rota alternativa para a Índia. Magalhães acreditava que havia uma passagem ao sul do continente americano pela qual seria possível chegar ao oceano Pacífico e foi o primeiro a encontrá-la, em novembro de 1520, batizando-a com seu nome – o Estreito de Magalhães. Entretanto, a viagem não foi fácil. Ainda no Atlântico, os navios passaram por fortes tempestades, que conduziram à insurreições, culminando na decapitação de um capitão e a desistência de outro, além de testemunhos de fenômenos elétricos (o fogo de Santelmo) confundidos com aparições de santos. Para piorar, após cruzar o Pacífico e chegar na atual Filipinas, foram recebidos com lanças e flechas pelos habitantes das ilhas. Álvaro Morte interpreta Juan Sebastián Elcano, o segundo em comando, que completou a volta ao mundo em setembro de 1522 na nau Victoria, o único navio a sobreviver à aventura. O roteiro foi escrito por Patxi Amezcua (“No Mundo da Lua”) e a direção está a cargo de Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider” e “Os Mercenários 2”). | BLACK BIRD | APPLE TV+ Baseada em uma história real, a minissérie criminal traz Taron Edgerton (“Rocket Man”) como o filho de um policial veterano, que é condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas. Só que ao começar a cumprir sua pena, o rapaz recebe uma proposta inusitada: liberdade em troca de algumas dias numa prisão povoada por criminosos insanos, onde deve conseguir fazer um serial killer (Paul Walter Hauser, de “O Caso Richard Jewell”) confessar suas mortes antes de ser solto. Com cenas de muita tensão, dirigidas pelo belga Michaël R. Roskam (“A Entrega”), a atração foi o último trabalho do ator Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”), falecido em maio passado. Ele interpreta o pai do protagonista. Desenvolvida pelo escritor Dennis Lehane, autor dos romances que viraram os filmes “Sobre Meninos e Lobos” (2003), “Medo da Verdade” (2007) e “Ilha do Medo” (2010), “Black Bird” também traz no elenco Greg Kinnear (“Shining Vale”), Sepideh Moafi (“The L Word: Generation Q”), Cecilia Leal (“Manto e Adaga”), Jake McLaughlin (“Quantico”), Alexander Babara (“A Caçada”), Trazi Lashawn (“Treme”), Christopher B. Duncan (“Veronica Mars”) e Robert Diago DoQui (“Terror no Pântano 3”). Depois da estreia dos dois primeiros episódios (de um total de seis), a plataforma vai disponibilizar um capítulo novo por semana. | THE GIRL FROM PLAINVILLE | STARZPLAY A minissérie de “true crime” traz Elle Fanning (“The Great”) como a adolescente Michelle Carter, que em 2017 foi condenada por homicídio involuntário depois de enviar mensagens de texto para seu namorado encorajando-o a cometer suicídio. Quase irreconhecível, a atriz arrasa no papel, arrancando alguns dos maiores elogios que recebeu na carreira – a produção tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. Desenvolvida pelos roteiristas Liz Hannah (“The Post: A Guerra Secreta”) e Patrick Macmanus (“Marco Polo”), a produção também traz no elenco Chloë Sevigny (“We Are Who We Are”), Colton Ryan (“Tio Frank”), Norbert Leo Butz (“Fosse/Verdon”) e Cara Buono (“Stranger Things”). A estreia está marcada para domingo (10/7) e seguirá com o lançamento de um novo capítulo por semana. | PRISIONEIRO DA MADRUGADA # 1 | NETFLIX O novo thriller espanhol da Netflix se passa durante uma madrugada agitada em uma prisão psiquiátrica. O local é cercada por um grupo de homens fortemente armados, que exige a entrega de um serial killer recém-capturado, ameaçando um banho de sangue. Apesar da desvantagem numérica e de poder de fogo, o diretor da instituição resolve resistir. Bastante tensa, a série foi desenvolvida por Xosé Morais e Victoriano Sierra Ferreiro, que já tinham criado juntos – e com sucesso – outra série criminal de terror: “Néboa”, exibida em 2020 pela Radio Televisión Española (RTVE). A minissérie conta com direção de Óscar Pedraza, que chamou atenção pelo visual estiloso de “Sky Rojo”, também lançada pela Netflix, e o elenco destaca Fran Berenguer (“Amar à Distància”), Alberto Ammann (“Narcos: Mexico”), David Solans (“Os Herdeiros da Terra”), César Mateo (“Bem-vindos ao Éden”), José Luis García Pérez (“El Cid”), Luis Callejo (“A Peste”), Roman Rymar (“La Casa de Papel”) e Maria Caballero (“Alma”). | BOO, BITCH # 1 | NETFLIX A comédia adolescente traz Lana Condor, estrela da trilogia “Para Todos os Garotos”, como uma fantasma. Sua personagem viveu a vida inteira fora do radar e, justamente quando decide mudar isso, sofre um acidente e morre – mas volta como um espírito moderno e popular, que tem até conta no Instagram! A atração de oito episódios começou como um roteiro especulativo (spec) dos curta-metragistas Tim Schauer e Kuba Soltysiak, e ganhou forma de série ao ser retrabalhado por Lauren Iungerich (criadora de “On My Block”) e Erin Ehrlich (roteirista de “Crazy Ex-Girlfriend”). As duas já tinham colaborado em “Awkward.” (criada por Iungerich) na MTV e vão dividir a produção da nova série com a própria Lana Condor. O elenco também inclui Zoe Colletti (de “The Walking Dead”), Reid Miller (“A Girl Named Jo”), Alyssa Jirrels (“Saved by the Bell”), Tenzing Norgay Trainor (“Liv e Maddie”), Jason Genao (“On My Block”), Conor Husting (“O Príncipe de Peoria”), Savira Windyani (“Amizade Desfeita 2”), Aparna Brielle (“A.P. Bio”) e Austin Fryberger (“Snatchers”), entre outros. | CONTROL Z # 3 | NETFLIX Assim como a espanhola “Elite”, a série mexicana acompanha um grupo de estudantes privilegiados, mas seus elementos lembram mais “Gossip Girl” e “Pretty Little Liars”, com uma pessoa misteriosa expondo segredos e ameaçando os personagens. Tudo começou quando os alunos mais populares do Colégio Nacional tiveram suas intimidades devassadas por um hacker anônimo. Coube a uma estudante reclusa, Sofia (Ana Valeria Becerril), tomar a iniciativa de descobrir a identidade do chantageador, com resultados trágicos. Apesar disso, as ameaças retornaram misteriosamente na 2ª temporada e, num final intenso envolvendo o dinheiro para pagar o silêncio, uma das personagens sofre uma queda mortal, criando o gancho para os novos episódios. A série vai acabar após os sobreviventes fazerem um pacto para esconder sua participação na morte da amiga. Sem surpresas, esse segredo alimenta, mais uma vez, a volta do chantageador anônimo. Criada por Carlos Quintanilla (“Mujeres Asesinas”), Adriana Pelusi (“O Casamento da Vovó”) e Miguel García Moreno (“La Candidata”) , “Control Z” traz em seu elenco Ana Valeria Becerril (“Muerte al Verano”), Xabiani Ponce de León (“Violetta”), Michael Ronda (“Sou Luna”), Lidia San José (“Luis Miguel: The Series”), Paulina Castro (“A Casa das Flores”), Andres Baida (“Los Elegidos”) e Mauro Sanchez Navarro (“Atrapada”). | P-VALLEY # 2 | STARZPLAY “P-Valley” chega à 2ª temporada após se tornar a estreia mais vista no aplicativo de streaming do canal pago americano Starz. A produção se passa num clube barato de strip-tease do interior do Mississippi e acompanha os sonhos e desilusões de um grupo de funcionárias do local, que atende principalmente homens negros de baixo poder aquisitivo. A trama é baseada na peça “Pussy Valley”, que foi adaptada pela própria autora, Katori Hall, em sua estreia como produtora-roteirista televisiva, e o elenco destaca Brandee Evans (“The Bobby Brown Story”), Nicco Annan (“This is Us”), Shannon Thornton (“Power”), Elarica Johnson (“Harry Potter e o Enigma do Príncipe”), Skyler Joy (“Ma”), J. Alphonse Nicholson (“Chicago P.D.”), Parker Sawyers (“Southside with You”), Harriet D. Foy (“Elementary”), Tyler Lepley (“The Haves and the Have Nots”) e Dan J. Johnson (“Underemployed”). | WU-TANG: AN AMERICAN SAGA # 2 | STAR+ A atração biográfica conta em detalhes a história do grupo de rap Wu-Tang Clan. Desenvolvida por um de seus fundadores, The RZA, em parceria com o roteirista Alex Tse (“Watchmen: O Filme” e “Superfly”), mostra como Bobby Diggs (o próprio The RZA) conseguiu unir uma dezena de jovens nova-iorquinos de personalidades distintas, que se encontravam divididos entre a música e o crime no começo dos anos 1990, para dar origem a uma das mais improváveis histórias de sucesso da música popular americana. A 2ª temporada explora a gravação do álbum de estreia, o clássico “Enter the Wu-Tang (36 Chambers)”, lançado em 1993. Reverenciado pela forma como juntou hip-hop e paixão pelo kung fu clássico de Hong Kong, o disco revolucionou o rap e transformou Wu-Tang Clan num dos grupos mais influentes do gênero em todos os tempos. Ao todo, a banda lançou cinco álbuns, que venderam 40 milhões de cópias em todo o mundo. Além do sucesso coletivo, a maioria de seus integrantes também desenvolveu carreiras individuais bem-sucedidas. Junto de RZA, a série conta com a produção de outro membro do grupo, Method Man, e inclui Ghostface Killa, Inspectah Deck, Masta Killa e GZA, bem como herdeiros de Ol ‘Dirty Bastard (falecido em 2004) como consultores. Já o elenco destaca Ashton Sanders (“Moonlight”), Shameik Moore (“Dope: Um Deslize Perigoso”), os rappers Dave East (“Beats”) e Joey Bada$$ (“Mr. Robot”), entre outros. | PICO DA NEBLINA # 2 | HBO MAX A série brasileira, que imagina a legalização do consumo e do comércio de maconha no país, chega à 2ª temporada aprofundando outros temas, como racismo estrutural, machismo e crime organizado. A trama gira em torno do jovem traficante paulistano Biriba (Luis Navarro) que, com a legalização da droga, deixa para trás a vida do crime para se juntar a um sócio investidor pouco experiente, Vini (Daniel Furlan, de “Samantha!”), visando usar seus conhecimentos para comercializar o produto na legalidade. Para isso, tem que lidar com o peso e as pressões do seu passado do tráfico e as inúmeras armadilhas do mundo dos negócios. Na 2ª temporada, Biriba se vê de volta ao mundo do crime, após o líder do tráfico (o rapper Dexter) ameaçar tomar o controle de sua família e de sua loja de cannabis. Ele se alia a velhos conhecidos em uma tentativa arriscada de articular a queda do bandido para recuperar sua vida. Produção da O2 Filmes, a série foi desenvolvida por Quico Meirelles (da série “Lili a Ex”) com apoio de seu pai famoso, o cineasta Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”). Ambos assinaram a direção dos episódios da 1ª temporada, ao lado de Luis Carone (“Antônia”) e Rodrigo Pesavento (“Sobre Amanhã”). | TUCA & BERTIE # 2 e 3 | HBO MAX Cancelada pela Netflix após apenas uma temporada em 2019, a série animada foi resgatada pelo Adult Swim e virou um hit. Em sua nova casa, a atração se revelou um sucesso de público e crítica, atingindo 100% de aprovação em seu segundo de produção, na média do portal Rotten Tomatoes. A animação criada por Lisa Hanawalt e produzida pela equipe do sucesso “BoJack Horsemen” conta a história de duas amigas passarinhas em suas aventuras e crises comuns às fêmeas de qualquer espécie – com dublagem original das comediantes Tiffany Haddish (“Viagem das Garotas”) e Ali Wong (“American Housewife”). O excelente elenco de vozes ainda conta com Steven Yeun (indicado ao Oscar por “Minari”), Nicole Byer (“Mandou Bem!”), Pamela Adlon (“Better Things”) e Richard E. Grant (“Loki”). Na época do cancelamento, a Netflix foi alvo de várias críticas negativas, com direito até a editoriais em publicações importantes, como a revista Variety, que classificou a decisão da plataforma de “desapontadora”. Fãs também reclamaram ativamente nas redes sociais com a hashtag #SaveTucaAndBertie. Azar da Netflix, pois a produção deu tão certo na nova casa que foi renovada e já vai chegar à 3ª...
Black Bird: Último trabalho de Ray Liotta ganha trailer tenso
A Apple TV+ divulgou o primeiro trailer de “Black Bird”, série que registra o último papel de Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”), falecido em maio passado. Ele aparece brevemente no começo da prévia, como o pai do protagonista vivido por Taron Egerton (“Rocketman”). Desenvolvida pelo escritor Dennis Lehane, autor dos romances que viraram os filmes “Sobre Meninos e Lobos” (2003), “Medo da Verdade” (2007) e “Ilha do Medo” (2010), “Black Bird” é baseada em uma história real. A trama gira em torno do filho (Egerton) de um policial veterano (Liotta) que é condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas. Mas ao começar a cumprir sua pena, o rapaz recebe uma proposta inusitada: liberdade em troca de algumas dias numa prisão povoada por criminosos insanos, onde deve conseguir fazer um serial killer (Paul Walter Hauser, de “O Caso Richard Jewell”) confessar suas mortes antes de ser solto. Com cenas de muita tensão, dirigidas pelo belga Michaël R. Roskam (“A Entrega”), a prévia mostra que essa missão não será nada fácil. O elenco de “Black Bird” também inclui Greg Kinnear (“Shining Vale”), Sepideh Moafi (“The L Word: Generation Q”), Cecilia Leal (“Manto e Adaga”), Jake McLaughlin (“Quantico”), Alexander Babara (“A Caçada”), Trazi Lashawn (“Treme”), Christopher B. Duncan (“Veronica Mars”) e Robert Diago DoQui (“Terror no Pântano 3”). A estreia está marcada para 8 de junho, quando dois dos seis capítulos da produção serão liberados. Veja abaixo o trailer em duas versões: dublado em português e no idioma original.
Série póstuma de Ray Liotta estreia na Apple TV+ em julho
O ator Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”), que morreu na quinta (26/5) enquanto dormia, deixou pronta toda a sua participação na minissérie “Black Bird”, que vai chegar na plataforma Apple TV+ em 8 de julho. A série foi criada pelo escritor Dennis Lehane, autor dos livros que viraram os filmes “Sobre Meninos e Lobos” (2003), “Medo da Verdade” (2007), “Ilha do Medo” (2010) e “A Lei da Noite” (2016). Em comunicado, ele contou que criou o personagem Big Jim Keene, da nova série, especificamente para Liotta. “Foi, literalmente, o culminar de um sonho de uma vida inteira trabalhar com Ray Liotta. A partir do momento em que o vi explodir a tela, suas co-estrelas e o público do cinema em ‘Totalmente Selvagem’, eu passei a considerá-lo o ator americano mais elétrico de sua geração. No coração de uma performance de Ray Liotta havia uma dualidade que ele não conseguia controlar. Suspeito que não era consciente. Parecia, em vez disso, algo que estava trancado em seu DNA. Quando seu personagem era ameaçador e perigoso, ele não conseguia esconder completamente o doce menino em seu interior. Mas quando o personagem era encantador, até amoroso, você ainda podia sentir algo volátil rolando por baixo da pele”, ele escreveu. “Eu não tinha outro ator em mente e fiquei chocado – humilde, honrado, eufórico – quando ele aceitou o papel menos de 24 horas depois de enviarmos os roteiros”, continuou Lehane. “E a performance que ele deu? Foi uma aula de mestre. Ele incorporou totalmente um homem que percebe que sua vida inteira dando jeitinhos e passando ao largo das bordas da corrupção pendurou um destino de opções muito sombrias em seu próprio filho. Mas, por mais profundamente falho e comprometido que o personagem seja, Ray encontrou a nobreza em um homem capaz de correr para um prédio em chamas pelo mesmo filho sem nunca vacilar. Era essa dualidade que eu contava para carregar o coração emocional da nossa série do começo ao fim”, concluiu. “Black Bird” é baseada em uma história real. Liotta interpreta “Big Jim” Keene, um policial veterano cujo filho, James (Taron Egerton, de “Rocketman”), é condenado a 10 anos de prisão por tráfico de drogas. Mas ao começar a cumprir sua pena, recebe uma proposta de liberdade antecipada, desde que aceite ir para uma prisão povoada por criminosos perigosos e faça amizade com o serial killer Larry Hall (Paul Walter Hauser, de “O Caso Richard Jewell”). A atração é a segunda série em que Liotta interpreta um policial corrupto, após três temporadas de “Shades of Blue” (2016–2018), na qual contracenou com Jennifer Lopez. No ano passado, ele também viveu um vilão na temporada final de “Hanna”, da Amazon Prime Video. O elenco de “Black Bird” também inclui Greg Kinnear (“Shining Vale”), Sepideh Moafi (“The L Word: Generation Q”), Cecilia Leal (“Manto e Adaga”), Jake McLaughlin (“Quantico”), Alexander Babara (“A Caçada”), Trazi Lashawn (“Treme”), Christopher B. Duncan (“Veronica Mars”) e Robert Diago DoQui (“Terror no Pântano 3”).
Ray Liotta (1954–2022)
O ator Ray Liotta, que estrelou o clássico “Os Bons Companheiros”, morreu nesta quinta (26/5) aos 67 anos. Ele faleceu enquanto dormia, na República Dominicana, onde estava filmando o longa “Dangerous Waters”. Vindo da TV, onde participou de novela e séries, Liotta chamou atenção ao aparecer em seu primeiro papel importante no cinema, no filme “Totalmente Selvagem” (1986), de Jonathan Demme, como um psicopata que mudava o tom da trama na parte final da projeção. O papel lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro. Apesar da repercussão, o ator levou mais três anos para emplacar outro coadjuvante importante: o espírito do jogador de beisebol “Shoeless” Joe Jackson em “Campo dos Sonhos” (1989), de Phil Alden Robinson. Sucesso de bilheteria e cultuado por americanos fãs de esportes, “Campo dos Sonhos” colocou Liotta no radar de Martin Scorsese, que o escalou em “Os Bons Companheiros” (1990), ao lado de Robert De Niro e Joe Pesci. Estrelar “Os Bons Companheiros” mudou a trajetória do ator. A interpretação do gângster acuado Henry Hill, que aceita entregar os parceiros, deu a Liotta mais que o esperado protagonismo. Ao integrar um dos melhores filmes de um dos melhores diretores de todos os tempos, ele conquistou a admiração da crítica e da indústria, e todas as portas se abriram. As ofertas começaram a se acumular. De ator que coadjuvava um longa a cada dois anos, ele passou a estrelar três por ano, com seu nome em destaque nos cartazes. Mas a quantidade não refletiu qualidade, o que o levou a produções cada vez menos indicadas pela crítica, como o thriller “Obsessão Fatal” (1992), a sci-fi de baixo orçamento “Fuga de Absolom” (1994), a comédia “Corina, uma Babá Perfeita” (1994), a aventura da Disney “Operação Dumbo” (1995) e vários filmes pouco recomendáveis. Entretanto, no meio de produções descartáveis, ele voltou a lembrar que era capaz de muito mais com sua participação em “Cop Land: A Cidade dos Tiras” (1997), que estabeleceu a carreira do diretor James Mangold. Foi um lembrete de seu talento, que o reaproximou dos grandes cineastas, como Paul Schrader, velho parceiro de Scorsese, que o escalou em “Marcas da Vingança” (1999), e Ridley Scott, que o incluiu em “Hannibal” (2000), a continuação de “O Silêncio dos Inocentes” (1991). Neste período, Liotta se especializou em produções criminais, atuando em obras consagradas pela crítica como “Profissão de Risco” (2001), último filme do diretor Ted Demme, e “Narc” (2002), responsável por colocar o diretor-roteirista Joe Carnahan no radar. Ele acertou o rumo e contracenou com Denzel Washington em “Um Ato de Coragem” (2002), de Nick Cassavetes, voltou a trabalhar com Mangold no cultuado suspense “Identidade” (2003), fez o thriller “Revólver” (2005), de Guy Ritchie, e uma nova parceria com Carnahan em “A Última Cartada” (2006), antes de zoar a sua fama de durão na comédia blockbuster “Motoqueiros Selvagens” (2007). Daí pra frente, ficou mais difícil manter a seletividade, porque Liotta fez mais filmes nos últimos 15 anos que em todos os 25 anos anteriores de sua carreira, incluindo nesse período duas séries de TV, o suspense “Smith” (2006-2007) e o policial “Shades of Blue” (2016-2018), além de ter se destacado numa participação especial de “Plantão Médico” (E.R.), que lhe rendeu um troféu Emmy. Depois do policial “Território Restrito” (2009), com Harrison Ford, e a comédia “O Segurança Fora de Controle” (2009), com Seth Rogen, ele passou a acumular thrillers para o mercado de vídeo. Fez dezenas num período muito curto, mas ainda assim conseguiu encaixar bons projetos na agenda, como “O Lugar Onde Tudo Termina” (2012), com Ryan Gosling, “O Homem da Máfia” (2012), com Brad Pitt, a adaptação de quadrinhos “Sin City: A Dama Fatal” (2014), “O Mensageiro” (2014), com Jeremy Renner, e o premiado “História de um Casamento” (2019), com Adam Driver e Scarlett Johansson. No ano passado, ele lançou mais dois filmes elogiados: “Os Muitos Santos de Newark”, que serviu de prólogo para a série “Família Soprano”, e “Nem um Passo em Falso”, trama noir de Steven Soderbergh. Ele ainda apareceu na temporada final da série de ação “Hanna” e gravou todos os episódios do drama prisional “Black Bird”, produção ainda inédita da Apple TV+, além de ter finalizado dois filmes: a comédia “El Tonto”, primeiro longa dirigido pelo comediante Charlie Day, e o suspense “Cocaine Bear”, dirigido por Elizabeth Banks – ambos sem previsão de estreia. Por se manter extremamente ativo e em demanda, a morte do ator surpreendeu Hollywood, gerando várias manifestações nas redes sociais. Lorraine Bracco, que atuou com Liotta em “Os Bons Companheiros”, foi uma das mais comovidas. “Estou totalmente destroçada ao ouvir esta terrível notícia sobre o meu Ray. Eu posso estar em qualquer lugar do mundo e as pessoas vêm e me dizem que seu filme favorito é ‘Os Bons Companheiros’. Então eles sempre perguntam qual foi a melhor parte de fazer aquele filme. Minha resposta sempre foi a mesma… Ray Liotta”, ela escreveu. O cineasta James Mangold, que o comandou em longas que impulsionaram sua carreira, escreveu: “Chocado e triste ao saber da morte de Ray Liotta. Além do exterior durão e das emoções fortemente feridas de seus personagens, ele era um colaborador doce, brincalhão e apaixonado e um ator brilhante”. Alessandro Nivola, que trabalhou com o ator no recente “Os Muitos Santos de Newark”, também lamentou. “Eu me sinto tão sortudo por ter enfrentado essa lenda em um de seus papéis finais. As cenas que fizemos juntos estão entre os destaques de todos os tempos da minha carreira de ator. Ele era perigoso, imprevisível, hilário e generoso com seus elogios a outros atores.”







