Demi Lovato assumiu sexualidade para os pais aos 25 anos
Demi Lovato revelou ter assumido sua sexualidade para os pais somente aos 25 anos de idade. Durante uma entrevista à rádio americana SiriusXM, a cantora se abriu sobre os motivos que a levaram a evitar ter essa conversa. Hoje, aos 30 anos, Demi é bastante aberta sobre sua identificação na comunidade LGBTQIAPN+. “Demorou até eu ter 25 anos para me assumir para minha mãe”, confessou. “Na época, eu era bissexual e depois percebi que era pansexual. Levei um tempo”. Atualmente, a cantora utiliza os pronomes ela/dela e eles/deles. Ela detalhou que cresceu em um ambiente cristão e decidiu não se abrir com as pessoas até se sentir confortável com isso. Em 2015, quando lançou a faixa “Cool for the Summer”, a cantora cantou um trecho sugestivo que dava a entender que ela também gostava de se relacionar com mulheres. “Me diga o que você quer / O que você gosta, está tudo bem / Eu estou um pouco curiosa também / Me diga se isso é errado / Se é certo, eu não me importo / Eu consigo guardar um segredo, e você?”, canta. Ao longo da letra, ela ainda diz a frase “gostei do sabor da cereja, só preciso dar uma mordida”. Diante disso, ela tomou coragem para ter uma primeira conversa sobre sua sexualidade com seu padrasto. “Eu disse: ‘Ei, preciso te contar algo.'”, conta. “Eu disse: ‘Também gosto de garotas’, e ele respondeu: ‘Sim, eu sei. Você lançou ‘Cool for the Summer'”. Já com sua mãe, o tom de aceitação também foi demonstrado de primeira. “Ela quase começou a chorar e disse: ‘Eu só quero que você seja feliz'”. A cantora destacou que a reação da mãe foi “muito valiosa e gratificante” porque “há tantos pais que não reagem dessa forma” e “isso parte o meu coração”. Desistiu do pronome neutro Após o lançamento de “Cool for the Summer”, a cantora recebeu diversos questionamentos sobre sua sexualidade. “Eu não confirmo e eu definitivamente não nego. Todas as minhas músicas são baseadas em experiências pessoais. Não acho que tenha nada de errado em experimentar”, ela disse em uma entrevista ao programa Alan Carr’s Chaty Man na época. Foi somente em 2017 que Demi se assumiu oficialmente para o público. A revelação foi feita pela cantora durante o seu documentário “Simply Complicated”, lançado no Youtube. “Eu saio tanto com homens quanto mulheres. Eu sou aberta à conexão humana. Para mim, não importa se é com um homem ou uma mulher”, confessou em uma das cenas. Em 2021, ela declarou que se enxergava como uma pessoa não binária, ou seja, alguém que não se identifica totalmente com os gêneros feminino ou masculino – adotando os pronomes neutros. Entretanto, no último mês de junho a cantora explicou que voltou a usar o pronome feminino. “Eu sempre tive que educar as pessoas e explicar por que me identificava com esses pronomes. Tem sido absolutamente exaustivo”, confessou em entrevista a GQ Hype Spain. “Simplesmente cansei”, disse, aceitando ser chamada de “ela” como foi durante toda a vida. Mas ressaltou “Sei que é importante continuar divulgando”.
Gilberto Gil admite relações com homens: “Somos todos bissexuais”
O cantor Gilberto Gil revelou que já teve relações sexuais com outros homens na época da sua juventude. Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (2/6), o artista afirmou que, apesar dos relacionamentos homoafetivos, nunca sentiu atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Desde 1998, o cantor de 80 anos é casado com Flora Gil. Durante a conversa, ele declarou acreditar que todos somos bissexuais por uma questão genética. “Somos todos filhos de um pai e de uma mãe, resultado da combinação dos genes de ambos. Portanto, somos todos bissexuais”, argumentou. Embora tenha se relacionado com homens, ele reafirmou que seu interesse pelo gênero feminino é predominante. “Apesar de ter me sentido atraído por mulheres, nunca senti atração por homens. No entanto, por questões de delicadeza natural, educação e afinidade, já estive próximo da sexualidade de outros homens”, revelou. Ele também detalhou que essas experiências ocorreram em um período em que a “sexualidade era algo mais intenso” para ele. “Houve momentos em que me aproximei de outros homens nesse sentido, mas nunca da mesma forma como com as mulheres. Para mim, essas experiências nunca foram equivalentes”, esclareceu. “Atraído como tenho sido pelas mulheres, nunca. Nunca tive tesão num homem, como se diz”, completou. Ao longo da carreira, iniciada no fim dos anos 1950, o artista foi alvo de rumores sobre um suposto envolvimento amoroso com o cantor Caetano Veloso. O veterano negou essas especulações e destacou que sempre encarou os boatos com naturalidade. “Eu encarava essas especulações como uma consequência da nossa proximidade, dos nossos gostos e do encantamento mútuo”, revelou. Ele também ressaltou que essas suposições poderiam ter despertado fantasias a respeito do que poderiam ser possíveis desdobramentos da sexualidade entre eles. “Mas tudo isso não passava de fantasias”, concluiu o artista. Com o passar dos anos, o cantor deu beijos abertamente em colegas da música, como Lulu Santos. Em 2022, os dois publicaram uma foto no Instagram dando um selinho nos bastidores do festival Rock The Mountain. “Um encontro de gente fina, elegante e sincera nos bastidores do Rock The Mountain”, escreveu na legenda. Questionado sobre sua sexualidade há anos, o cantor já havia falado sobre o assunto no século passado. Em 1987, durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, ele respondeu uma pergunta sobre seu jeito “afeminado” durante os shows. “Eu não me acho nada afeminado, no sentido de que eu tente mimetizar, digamos assim, os trejeitos de um personagem feminino”, declarou. Na entrevista de mais de 30 anos atrás, ele deu uma resposta similar a esta declaração mais recente. “Eu acho que tenho em mim um equilíbrio muito natural, muito visível, entre o homem e a mulher dos quais eu sou filho. Acho que comtemplo tanto a minha mãe quanto o meu pai. E eu não posso negar que a minha mãe é uma mulher”, justificou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Gilberto Gil (@gilbertogil)
Helmut Berger, astro dos filmes de Visconti, morre aos 78 anos
O austríaco Helmut Berger, um dos mais famosos atores do cinema europeu na década de 1960 graças a colaborações marcantes com o diretor Luchino Visconti, morreu de maneira inesperada” na madrugada desta quinta-feira (18/5), aos 78 anos. Ele estava em casa, em Salzburg, e faleceu por volta das 4h (hora local). A notícia foi anunciada pelo agente do ator, que escreveu que ele faleceu “pacificamente, mas ainda assim inesperadamente” no site de sua empresa de gerenciamento. Nascido na Áustria em 1944, Berger mudou-se para Roma e começou a seguir uma carreira de ator depois de expressar desinteresse em seguir os passos de seus pais na indústria hoteleira. Inicialmente, ele conseguiu trabalho como figurante antes de conhecer Visconti em 1964. O diretor de “Rocco e Seus Irmãos” deu a Berger um pequeno papel em seu filme de 1967, “As Bruxas”, uma antologia também dirigida por mestres como Vittorio De Sica e Pier Paolo Pasolini. A partir dali, Berger e Visconti iniciaram uma relação profissional – e também romântica – que acabou impactando o cenário do cinema europeu na década seguinte. Os papéis mais significativos de Berger vieram em dois dos projetos seguintes de Visconti: “Os Deuses Malditos” (1969) e “Ludwig: A Paixão de um Rei” (1973). No filme de 1969, Berger interpretou um herdeiro fictício desequilibrado de um império siderúrgico na Alemanha nazista, disposto a dobrar seus princípios morais e fazer negócios com Hitler para satisfazer seus desejos por dinheiro e poder (entre outras coisas). Três anos depois, ele retratou o infame “rei cisne”, Ludwig II da Baviera, em um filme que explorava a obsessão do monarca tardio pela extravagância e pelo estilo de vida opulento que acabou levando-o a ser declarado insano. Ambos os filmes mostraram Berger interpretando homens poderosos com sexualidades ambíguas, o que o ajudou a estabelecer-se como um dos símbolos sexuais mais notáveis de sua época – época da explosão do glam rock e do visual andrógino. Ele voltou a colaborar com Visconti em “Violência e Paixão” (1974), como o homem mais jovem por quem Burt Lancaster, no papel de um professor envelhecido, desenvolve um relacionamento próximo. Muitos interpretaram o projeto como uma alegoria para o relacionamento próximo que Visconti e Berger desenvolveram ao longo de uma década de trabalho juntos. Foi o penúltimo filme de Visconti antes de sua morte em 1976 e o último projeto em que os dois trabalharam juntos. O ator também trabalhou com Vittorio De Sica no clássico “O Jardim dos Finzi Contini” (1970), sobre uma família judia que vê seu estilo de vida milionário transformado em pesadelo com a chegada do nazismo. Estrelou ainda a melhor adaptação do clássico de Oscar Wilde, “O Retrato de Dorian Gray” (1970), dirigida por Massimo Dallamano, e o giallo sangrento “Uma Borboleta com as Asas Ensanguentadas” (1971), de Duccio Tessari, antes de estrear em produções de língua inglesa. Berger contracenou com Elizabeth Taylor no suspense “Meu Corpo em Tuas Mãos” (1973) e com Glenda Jackson na comédia “A Inglesa Romântica” (1976), além de ter desempenhado um papel importante em “O Poderoso Chefão III” (1990), de Francis Ford Coppola, como um banqueiro do Vaticano que tenta dar um golpe na família Corleone. Também fez filmes em francês e alemão, e após uma série de problemas de saúde, anunciou sua aposentadoria em novembro de 2019. Considerado um dos homens mais bonitos de seu tempo, ele foi abertamente bissexual e manteve relacionamentos estáveis com Visconti e a atriz Marisa Berenson. Entre outros, relacionou-se também com Rudolf Nureyev, Britt Ekland, Ursula Andress, Nathalie Delon, Tab Hunter, Florinda Bolkan, Elizabeth Taylor, Marisa Mell, Anita Pallenberg, Marilu Tolo, Jerry Hall e o casal Bianca e Mick Jagger, até se casar com a escritora italiana Francesca Guidato em 19 de novembro de 1994. O agente de Berger disse que “ele desfrutou de seu lema ‘La Dolce Vita’ ao máximo durante toda a vida”. Ele citou o ator, ao lembrar o que ele lhe disse há muitos anos: “Vivi três vidas e em quatro idiomas! Je ne pesarte rien!”. Traduzindo: “Tô leve”.
Selena Gomez seria bissexual em “Os Feiticeiros de Waverly Place”. Disney vetou
Selena Gomez quase viveu um romance lésbico em “Os Feiticeiros de Waverly Place”. Segundo Peter Murietta, o showrunner da série, o relacionamento só não foi adiante porque a Disney vetou a ideia. Em entrevista ao Wizards of Waverly Pod, podcast sobre a série teen, Peter revelou que a personagem vivida por Selena era bissexual. Na série, Alex (Selena) teve vários interesses amorosos, incluindo Mason (Gregg Sulkin, de “O Natal de Cinderela”) e Dean Moriarty (Daniel Samonas, de “Três Histórias Um Destino”), mas a vontade de Peter era ter explorado um interesse amoroso feminino para ela com a introdução de Stevie Nichols (Hayley Kiyoko, de “Sobrenatural: A Origem”) na 3ª temporada. “Fácil, fácil, fácil, fácil”, disse Murrieta quando perguntado sobre qual enredo ele gostaria de ter explorado. “Eu gostaria que pudéssemos ter jogado mais com o que era bastante óbvio para muitos de nós: a relação entre Stevie e Alex. Mas não fomos capazes naquele tempo… ficou bem claro para todos nós qual era essa relação. Isso teria sido divertido.” Na trama, Alex e Stevie se conheceram na detenção, mas Stevie só foi incluída em quatro episódios antes da série ser cancelada. “Se estivéssemos apenas alguns anos depois, talvez pudéssemos ter brincado com isso”, disse a co-apresentadora do podcast, Jennifer Stone, que interpretou a melhor amiga de Alex, Harper Finkle, no programa. “A Disney fez isso! Eles tiveram [personagens LGBTQIAP+]”, acrescentou Murrieta, referindo-se a programas do Disney Channel com personagens abertamente gays. “Na época, não era possível, mas chegamos o mais perto que pudemos. Quer dizer, estava bem perto. Estava praticamente lá”, lamentou o produtor. Vale lembrar que a atriz Hayley Kiyoko é lésbica, mas ainda não tinha se assumido na época do programa. Recentemente, ela deu uma entrevista para a Them dizendo que está “totalmente ciente” do que esse personagem e seu relacionamento com Alex significavam para os fãs. “Naquela época, eu não era abertamente homossexual, então, quando estava no programa, eu me sentia muito insegura ou me expondo como uma lésbica safada”. E complementa: “Para os fãs, Stevie é uma parte de seu despertar gay. E eu não fui capaz de mascarar muito minha energia lésbica naquele personagem”. “Os Feiticeiros de Waverly Place” foi uma das séries mais queridas do Disney Channel. Vencedora de três prêmios Emmy, o programa foi responsável por lançar Selena Gomez ao estrelado. Todas as quatro temporadas da série estão disponíveis no catálogo do Disney+. Veja abaixo o bate-papo com Peter Murietta no podcast.
The Owl House faz História com primeira protagonista bissexual da Disney
A série animada do Disney Channel “The Owl House: A Casa Coruja” fez história ao revelar a inclinação da primeira protagonista bissexual da Disney. Luz Noceda, a heroína de 14 anos do programa, é uma adolescente normal que parte em uma jornada para outro mundo para se tornar uma bruxa. Ao longo dos primeiros episódios, Luz mostrou que é atraída por personagens masculinos, mas os dois capítulos mais recentes exibidos nos EUA exploram uma relação com a personagem feminina recorrente Amity. As duas compartilham uma dança juntas. A criadora da série, Dana Terrace, alimentou as teorias dos telespectadores no Twitter afirmando que aquele era realmente o retrato de um relacionamento LGBTQIA+ – algo que alguns líderes da Disney nem sempre demonstram interesse de ver em seus programas infantis. “No [desenvolvimento], fui muito aberta sobre minha intenção de colocar crianças queer no elenco principal. Eu sou uma péssima mentirosa, então esconder teria sido difícil”, escreveu Terrace. “Quando recebemos o sinal verde, certa liderança da Disney me disse que eu não poderia representar nenhuma forma de relacionamento gay ou bi no canal.” No entanto, ela revelou que conseguiu o apoio dos superiores dessa pessoa na Disney. “Eu sou bi! Eu quero escrever um personagem bi, caramba!” Terrace tuitou. “Felizmente, minha teimosia valeu a pena e agora sou muito apoiada pela liderança atual da Disney.” O ex-supervisor de animação de “The Owl House”, Spencer Wan compartilhou o storyboard original para a cena de dança entre Lux e Amity, escrevendo que foi sua “primeira vez fazendo algo remotamente queer”. Esta não é a primeira vez que a Disney inclui um personagem abertamente LGBTQIA+ em seus desenhos. Entretanto, eles são geralmente personagens secundários. Notavelmente, no recente filme animado “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica”, a personagem Oficial Spector, dublada por Lena Waithe, foi identificada como lésbica. E, em maio, o curta-metragem da Pixar “Out” apresentou um protagonista gay em seu lançamento no Disney+ (Disney Plus). “The Owl House: A Casa Coruja” também é exibida no Disney Channel Brasil. In dev I was very open about my intention to put queer kids in the main cast. I'm a horrible liar so sneaking it in would've been hard haha. When we were greenlit I was told by certain Disney leadership that I could NOT represent any form of bi or gay relationship on the Channel. — Dana Terrace (@DanaTerrace) August 9, 2020 The storyboards for the dance. This was a collaboration between Hayley Foster and myself. At some point I got carried away and timed it to Veo Lu Sluice by Kumi Tanioka. This was my first time getting to do anything even remotely queer, and I've never been prouder of any board. pic.twitter.com/r0ljIGRxTV — Spencer Wan (@SpencerWan) August 9, 2020
Valquíria é primeira personagem LGBT+ da Marvel? Não em Thor: Ragnarok
A atriz Tessa Thompson afirmou no Twitter que seu papel em “Thor: Ragnarok”, a Valquíria, seria a primeira personagem LGBT+ a aparecer em um filme da Marvel. “Ela é bissexual. E sim, ela se preocupa muito pouco com o que os homens acham dela. Muito divertido interpretar isso!”, escreveu. A declaração se deve ao fato de Valquíria já ter aparecido de forma íntima com outras mulheres nas publicações da Marvel. Veja uma cena típica abaixo. Mas, apesar do que diz a atriz, não há cenas no filme que indiquem a sexualidade da personagem. Além disso, a Valquíria de Tessa Thompson é bem diferente da Valquíria dos quadrinhos, a começar pelo fato de a heroína sempre ter sido retratada como uma loira nórdica. Logo após a declaração da atriz correr o mundo e ganhar manchetes na nerdosfera, Tessa voltou ao Twitter para confessar que sua personagem é, na verdade, assexuada no filme. Ou seja, guarda sua sexualidade no fundo do armário. Portanto, guardem os fogos de artifício. Retratar personagens LGBT+ permanece uma ponte do arco-iris que a Marvel não cruzou nos cinemas. Ao contrário da DC e sua sugestiva Ilha do Paraíso – Themyscira – em “Mulher-Maravilha”. O filme tem estreia prevista para quinta-feira, 26 de outubro no Brasil, uma semana antes do lançamento nos EUA. She’s bi. And yes, she cares very little about what men think of her. What a joy to play! https://t.co/d0LZKTHCfL — Tessa Thompson (@TessaThompson_x) October 21, 2017 YES! Val is Bi in the comics & I was faithful to that in her depiction. But her sexuality isn’t explicitly addressed in Thor: Ragnarok. https://t.co/hmb5lYN5to — Tessa Thompson (@TessaThompson_x) October 23, 2017





