Trailer de Não Vai Dar! usa escatologia para impedir sexo de adolescentes
A Universal divulgou um novo trailer de “Não Vai Dar” (“Blockers”), mais um besteirol assexuado sobre sexo, contradição que já deu. A prévia cumpre sua missão ao impedir qualquer excitação com piadas broxantes e escatológicas. Quem quiser ver um pai de família tomar literalmente no c*, pode dar play no vídeo abaixo. A trama gira em torno de três pais que resolvem sabotar os planos de suas filhas adolescentes para perderem a virgindade na noite de formatura do colegial. Ou seja, um “American Pie” feminino. Com uma diferença contrastante: a ênfase em impedir o sexo adolescente. O ponto de vista dos pais dá o tom da história. Eles são vividos pelo lutador John Cena (“Pai em Dose Dupla”), Leslie Mann (“Como Ser Solteira”) e Ike Barinholtz (série “The Mindy Project”). Já as adolescentes são Kathryn Newton (série “Sobrenatural”), Geraldine Viswanathan (série “Janet King”) e Gideon Adlon (série “American Crime”). Curiosamente, o filme junta diversos cineastas, como Hayden Schlossberg e Jon Hurwitz (ambos de “American Pie: O Reencontro”) no roteiro, e Seth Rogen e Evan Goldberg (ambos de “A Entrevista”) na produção, mas a direção está nas mãos de uma iniciante: Kay Cannon, que é roteirista da franquia “A Escolha Perfeita”. A estreia está marcada para maio no Brasil, um mês depois do lançamento nos Estados Unidos.
Paulo Gustavo anuncia Os Homens São de Marte 2 e Minha Mãe É uma Peça 3
O comediante Paulo Gustavo divulgou em seu perfil do Instagram que voltará a viver dona Hermínia em “Minha Mãe É uma Peça 3”. A sequência tem previsão de lançamento para dezembro de 2019. Além disso, vai estrelar outra continuação: “Os Homens São de Marte 2”, no final deste ano. O recado foi dado ao lado de um texto que aponta “Minha Mãe É uma Peça 2” como a maior bilheteria brasileira de 2017 – embora seja de 2016. “E vai ter ‘Minha Mãe É uma Peça 3’ em dezembro do ano que vem (2019). Obs: Esse ano meu filme será com a musa Mônica Martelli! O filme está ficando sensacional! Eu já chorei de rir com o roteiro! Uma honra pra mim dividir esse filme com ela, que tem estreia prevista para 27 de dezembro, como diz o site aí na segunda foto! Vem aí ‘Os Homens São de Marte e… É pra Lá que Eu Vou'”, escreveu Paulo Gustavo na rede social. A primeira adaptação da peça homônima, “Minha Mãe É uma Peça – O Filme” liderou as bilheterias nacionais em 2013, levando 4,6 milhões de espectadores ao cinema. Mas a continuação foi um fenômeno muito maior, com 9,3 milhões de ingressos vendidos. Trata-se do maior lançamento do cinema brasileiro de 2016. E vai ter “ MINHA MÃE É UMA PEÇA 3 “ em Dezembro do ano que vem ( 2019) Obs: Esse ano meu filme será com a Musa @monicamartelli ! O filme esta ficando sensacional ! Eu ja chorei de rir com o roteiro ! Uma honra pra mim dividir esse filme com ela , que tem estreia prevista para 27 de Dezembro , como diz o site ai na segunda foto ! Vem ai “ Os homens são de marte e é pra la que eu vou “ ????❤️ Uma publicação compartilhada por paulogustavo31 (@paulogustavo31) em 4 de Jan, 2018 às 4:48 PST
Não Vai Dar: Trailer legendado de besteirol americano tenta impedir sexo adolescente
A Universal divulgou as fotos e o trailer nacional de “Não Vai Dar”, nova comédia besteirol sobre sexo, mas sem sexo, que substitui a falta de excitação com piadas broxantes e escatológicas. Apesar do título remeter a similares brasileiros (“Vai que Dá Certo”, etc), trata-se de uma produção americana (“Blockers”). A trama gira em torno de três pais que resolvem sabotar os planos de suas filhas adolescentes para perderem a virgindade na noite de formatura do colegial. Ou seja, basicamente um “American Pie” feminino, com maior ênfase nos pais. Na verdade, toda a ênfase é nos pais, cujo ponto de vista define a história. Eles são vividos pelo lutador John Cena (“Pai em Dose Dupla”), Leslie Mann (“Como Ser Solteira”) e Ike Barinholtz (série “The Mindy Project”). Já as adolescentes são Kathryn Newton (série “Sobrenatural”), Geraldine Viswanathan (série “Janet King”) e Gideon Adlon (série “American Crime”). O filme junta diversos cineastas, como Hayden Schlossberg e Jon Hurwitz (ambos de “American Pie: O Reencontro”) no roteiro, e Seth Rogen e Evan Goldberg (ambos de “A Entrevista”) na produção, mas a direção está nas mãos de uma iniciante: Kay Cannon, que é roteirista da franquia “A Escolha Perfeita”. A estreia está marcada para maio no Brasil, um mês depois do lançamento nos Estados Unidos.
Liga da Justiça lidera bilheterias no Brasil pela terceira semana
“Liga da Justiça” completou sua terceira semana na liderança das bilheterias brasileiras. O filme de super-heróis foi visto por 767 mil pessoas e fez R$ 13,2M entre quinta (30/11) e domingo (3/12). Graças à diferença do calendário de lançamentos, a produção da Warner não enfrenta no país a concorrência de “Viva – A Vida É uma Festa”, a animação da Pixar que há duas semanas tomou a liderança das bilheterias na América do Norte. Segundo dados divulgados pela consultoria ComScore, o Top 3 do Brasil se completa com o estreante “Assassinato no Expresso do Oriente” (270 mil espectadores, R$ 4,8M) e o terror “Jogos Mortais: Jigsaw” (219 mil espectadores, R$ 3,3M). Maior lançamento nacional, o besteirol “Os Parças”, que marca a estreia do humorista Tom Cavalcanti no cinema e também traz o youtuber Whindersson Nunes como protagonista, teve dificuldades para enfrentar a concorrência dos blockbusters de Hollywood e abriu apenas em 4º lugar no fim de semana. O filme foi assistido por 208 mil espectadores e rendeu R$ 3,3M (milhões) em seu fim de semana de estreia nos cinemas.
Jogos Mortais: Jigsaw é a maior estreia em semana de horror nos cinemas
A volta da franquia de torturas “Jogos Mortais” é a maior estreia desta semana, marcada pelo horror nos cinemas. São quatro lançamentos do gênero, inclusive um brasileiro e outro que tenta vaga no Oscar 2018, entre as 14 novidades da programação. A maioria dos filmes da lista são produções nacionais e todos os trailers podem ser assistidos com cliques nos títulos dos filmes abaixo. Dirigido pelos irmãos gêmeos Michael e Peter Spierig (da elogiada sci-fi “O Predestinado”), “Jogos Mortais: Jigsaw” gira em torno de uma nova série de assassinatos brutais, com os mesmos requintes de tortura e sadismo associados ao serial killer John Kramer. Só que o homem conhecido como Jigsaw está morto há mais de uma década, como os fãs da franquia puderam testemunhar. A investigação sobre a identidade do assassino conduz a trama, que é basicamente a mesma de sempre. Tanto que, para a crítica americana, Jigsaw deveria ter ficado enterrado. As avaliações foram negativas, com 34% no Rotten Tomatoes. A classificação etária é para maiores de 18 anos. O grande circuito também destaca o suspense “Assassinato no Expresso do Oriente”, nova adaptação do famoso mistério de Agatha Christie sobre um assassinato cometido a bordo de um trem. Graças à conveniência literária/cinematográfica, também viaja neste mesmo trem aquele que se apresenta como “o maior detetive do mundo”, Hercule Poirot, que se propõe a responder à pergunta básica dos enredos do gênero: “quem matou”. E quem leu o livro original, publicado em 1934, ou viu a adaptação clássica de 1974, sabe que a resposta é a mais absurda dentre todos os textos da escritora. O detetive belga é vivido por Kenneth Branagh (“Operação Sombra: Jack Ryan”), que se divide em cena, atuando também atrás das câmeras como diretor do longa-metragem. E a impressionante lista de suspeitos inclui Johnny Depp (“Piratas do Caribe”), Michelle Pfeiffer (“Sombras da Noite”), Daisy Ridley (“Star Wars: O Despertar da Força”), Willem Dafoe (“Meu Amigo Hindu”), Penelope Cruz (“O Conselheiro do Crime”), Judi Dench (“007 – Operação Skyfall”), Josh Gad (“A Bela e a Fera”), Derek Jacobi (“Cinderela”), Olivia Colman (série “Broadchurch”) e Lucy Boynton (“Sing Street”). Entretanto, apesar deste elenco, o melhor do filme é a parte técnica, especialmente a direção de arte, que rendeu 58% de aprovação no Rotten Tomatoes – contra 91% da versão de 1974. Para o público infantil, a animação “A Estrela de Belém” mostra como animais falantes ajudaram José e Maria a dar a luz ao Natal. Na verdade, o desenho conta a velha história do nascimento de Jesus, com judeus malvados no encalço de José e Maria, os Reis Magos e a estrela D’alva – que é referenciada no título. Só que esta versão é narrada pelos bichos do presépio, que vivem inúmeras presepadas ignoradas pelo Novo Testamento. Com baixo orçamento, os bichos falantes chegam a lembrar personagens de outras produções, numa animação de aparência tosca, considerada medíocre com 51% no Rotten Tomatoes. O maior lançamento nacional é “Os Parças”, o besteirol da semana. Repleto de referências antigas – Fábio Júnior, É o Tchan – , que ajudam a definir seu humor como datado, é basicamente um quadro do programa “Zorra Total” antes da reformulação, em que um grupo de comediantes careteiros e cheios de frases de efeito (que funcionam como bordões) tenta dar golpes em festas de casamento, conseguindo se mostrar mais incompetente que “Os Penetras”. Os “parças” do título são vividos pelo youtuber Whindersson Nunes (“Os Penetras 2”), Bruno de Luca (“Copa de Elite”), Tirullipa (filho de Tiririca) e Tom Cavalcante (do “Zorra Total”) em sua estreia no cinema. Estes trapalhões dão saudades dos Trapalhões, ao estrelarem a pior comédia do ano. Já o pior estrangeiro da semana é “Screamers”, um terror no estilo “found footage” (vídeos encontrados), que junta site de compartilhamento de vídeos, lenda urbana e gravações amadoras – e nem sequer foi lançado em seu próprio país, os Estados Unidos. “Patti Cake$” abre a parte boa da programação, com 82% de aprovação. A história da rapper aspirante Patricia Dombrowski, aka Patti Cake$, em sua busca inglória por reconhecimento na periferia de Nova Jersey, é um dos filmes que mais chamou atenção na cena independente americana em 2017, combinando história de superação, comédia e música. Lançado no Festival de Sundance, passou por Cannes, foi premiado em Seattle e está indicado ao Spirit Awards. A intérprete da personagem-título, Danielle Macdonald, é uma das revelações do ano. Coprodução da Polônia e do Reino Unido, “Com Amor, Van Gogh” é uma animação para adultos e um trabalho de beleza rara. Com direção da pintora e cineasta polonesa Dorota Kobiela (“The Flying Machine”) e do britânico Hugh Welchman (que venceu o Oscar em 2008 pelo curta animado “Pedro e o Lobo”), o filme tem cada um de seus frames pintados manualmente como se fossem quadros. Trata-se do primeiro desenho animado inteiramente pintado a mão, usando a técnica de pintura a óleo. Isto demandou o envolvimento de uma equipe com mais de cem pintores, que trabalham arduamente no projeto desde 2012. Todo esse esforço também tem função de metalinguagem, ao ser utilizado para contar a história do pintor holandês Vincent Van Gogh, utilizando suas próprias pinturas como cenários e personagens – numa cinebiografia completamente inusual. 81% no Rotten Tomatoes. Estreia com maior cotação da semana, “Thelma” conquistou 89% de aprovação no “tomatômetro”. Terror norueguês de temática lésbica, dirigido por Joaquim Trier com ecos de “Carrie, a Estranha” (1976), o filme mostra uma menina reprimida (Eili Harboe, de “A Onda”) que começa a manifestar poderes psíquicos destrutivos de forma inconsciente, ao sentir atração por uma colega de aula (a cantora Kaya Wilkins, mais conhecida pelo nome artístico de Okay Kaya). O clima é bastante sensual, graças à beleza da fotografia e das jovens, mas também muito tenso. Após três dramas sóbrios e realistas – “Começar de Novo” (2006), “Oslo, 31 de Agosto” (2011) e “Mais Forte que Bombas” (2015) – , a temática de “Thelma” surpreende na filmografia de Trier pelo apelo paranormal. Mas a qualidade permanece, já que foi selecionado como candidato da Noruega a uma vaga no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira. A última das quatro estreias de terror é a produção maranhense “Lamparina da Aurora”. Premiado no Festival de Tiradentes, o longa tem direção de Frederico Machado, proprietário da Lume Filmes e também responsável por um festival no Nordeste, e enfatiza atmosfera e silêncios sobre a narrativa. Descrito como uma fábula existencial sobre o tempo, o corpo e a natureza, a trama acompanha um casal de idosos que recebe a visita de um jovem misterioso todas as noites na fazenda abandonada em que vivem. “Antes o Tempo Não Acabava” chega aos cinemas quase dois anos após iniciar sua trajetória internacional pelo Festival de Berlim de 2016. Rodado na Amazônia, o filme acompanha a história de um índio que enfrenta os líderes da sua comunidade e as tradições de seu povo para ir morar sozinho no centro de Manaus. Dividido entre rituais da tribo e a noite gay da capital do Amazonas, ele busca encontrar sua identidade como cidadão – seu “nome de branco”. “Antes o Tempo Não Acabava” é o segundo longa do amazonense Sérgio Andrade, após o também premiado “A Floresta de Jonathas” (2012), e marca a estreia na direção de Fábio Baldo, que editou “A Floresta de Jonathas”. A temática LGBT+ lhe rendeu a vitória no Queer Lisboa 2016, Festival Internacional de Cinema Queer, realizado em Portugal. A luta por direitos da comunidade LGBT+ também tem destaque no documentário “Meu Corpo é Político”, que aborda o cotidiano de quatro militantes que vivem na periferia de São Paulo: Linn da Quebrada, artista e professora de teatro, Paula Beatriz, diretora de escola pública no Capão Redondo, Giu Nonato, jovem fotógrafa em fase de transição, e Fernando Ribeiro, estudante e operador de telemarketing. Em discussão, temas como representatividade social e identidade de gênero. Outro documentário, “Camara de Espelhos”, busca retratar a identidade feminina. Por meio de entrevistas realizadas com vários homens da Região Metropolitana de Recife, o filme visa mostrar como os homens enxergam o papel das mulheres na sociedade e reflete as violências sofridas pelas pessoas do sexo feminino no Brasil. A história africana é explorado na coprodução entre Brasil, Portugal e Moçambique “Yvone Kane”, drama de ficção estrelado por Irene Ravache (“Memórias que Me Contam”), que acompanha uma investigação jornalística sobre a trajetória de uma antiga guerrilheira, morta na luta pela independência moçambicana. A diretora Margarida Cardoso nasceu na antiga colônia portuguesa, onde também filmou sua estreia, “A Costa dos Murmúrios” (2004), mas não faz thriller político ao delinear a personagem do título, usando-a apenas como pano de fundo de uma história sobre perdas. A programação ainda tem o bem-intencionado, mas amador “Cromossomo 21”, história de amor de uma adolescente com Síndrome de Down. Totalmente independente, tem roteiro louvável.
Suzana Vieira, Rosi Campos e Arlete Salles vão estrelar besteirol da Terceira Idade
Suzana Vieira, Rosi Campos e Arlete Salles estão filmando o primeiro besteirol brasileiro da Terceira Idade. Na trama, as três vivem mulheres na casa dos 70 anos que ganham R$ 6 milhões na loteria e decidem embarcar numa viagem cheia de aventuras. Intitulado “Amigas de Sorte”, o filme recebeu aval da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para captar R$ 10,34 milhões incentivados. Boa parte do dinheiro vai pagar as viagens da produção. As filmagens foram iniciadas em outubro e incluem cenas nas cidades de São Paulo, Montevidéu e Punta Del Leste. Escrito por Lusa Silvestre (“Um Namorado para Minha Mulher” e “O Roubo da Taça”) e dirigido por Homero Olivetto (“Reza a Lenda”), “Amigas de Sorte” é mais um longa a seguir a fórmula dos milionários instantâneos que assola as comédias brasileiras – veja-se “Até que a Sorte nos Separe”, “Um Suburbano de Sorte”, “Tô Ryca!”, etc. O elenco ainda conta com Luana Piovani, Otávio Augusto, Julio Rocha e Klebber Toledo, que viverá um romance com a personagem de Susana Vieira. O longa é uma co-produção da Popcon e, claro, com tantos atores de novelas, da Globo Filmes.
Diretor do filme do Plano Real prepara comédia sobre a Lava-Jato
A Operação Lava-Jato já entrou na cultura cinematográfica brasileira. Depois de virar thriller policial (“Polícia Federal – A Justiça É para Todos”) e estar prestes a ganhar série (“O Mecanismo”, na Netflix), também vai render uma comédia. O ex-Casseta & Planeta Marcelo Madureira está roteirizando “Operação Batom na Cueca”, baseado no escândalo de corrupção, que terá direção de Rodrigo Bittencourt (“Real: O Plano por Trás da História”). A trama vai refletir um triângulo amoroso envolvendo um contador, uma secretária e um empreiteiro, cada um corrupto à sua maneira. Segundo adiantou a produtora Joana Henning ao blog Sem Legenda, da Folha de S. Paulo, a ideia é “juntar características de vários dos envolvidos na Lava Jato” nesses personagens. “Queríamos fazer humor com uma história que dá raiva”, definiu. O longa deve ser rodado entre julho e agosto do ano que vem, com previsão de estreia para o início de 2019. Os atores estão em fase de contratação, mas Henning ainda não revela os nomes. “Temos um acordo de colaboração com os núcleos de comédia da Globo”, disse. Além deste projeto, a produtora Escarlate, de Henning, trabalha em outros filmes de temática política: um thriller sobre o assassinato do ex-prefeito petista Celso Daniel, com direção de Marcos Jorge (“Mundo Cão”), e um documentário sobre Lula, que aguarda desdobramentos da vida real (imagina-se quais) para ser finalizado. Já Rodrigo Bittencourt atualmente trabalha em “Missão Cupido”, comédia romântica surrealista, como define o diretor, sobre uma mulher amaldiçoada pelo anjo da guarda a nunca encontrar namorado.
A Comédia Divina impressiona de tão ruim que é
Quem achou fraco “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” pode ficar impressionado com “A Comédia Divina”, de Toni Venturi. Mas impressionado no pior sentido, já que o que o filme chega a ser constrangedor, inclusive na forma. Uma pena, pois Monica Iozzi (“Superpai”), com seu carisma e simpatia, merecia uma estreia melhor como protagonista de cinema. Na trama, supostamente inspirada – não em “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, mas em outra obra literária – no conto “A Igreja do Diabo”, de Machado de Assis, o “coisa-ruim” em pessoa resolve vir à Terra para fundar a sua própria igreja, vendo que está totalmente desacreditado pela humanidade. O que parece ser uma premissa ok se revela uma bobagem sem tamanho em questão de poucos minutos. E Murilo Rosa (“Área Q”) como o diabo é um horror. Primeira comédia de Toni Venturi, que até então tinha feito só filmes sérios como “Cabra-Cega” (2004) e “Estamos Juntos” (2011), além de documentários premiados, “A Comédia Divina” consegue uma façanha: não tem uma sequência boa sequer. Quando mais se pensa sobre o filme, pior fica.
Mesmo com tática de choque, Como se Tornar o Pior Aluno da Escola é tolo e pudico
“Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” decepciona quem acredita que Danilo Gentilli, com sua crítica ao politicamente correto, possa fazer um bom filme inspirado nas comédias clássicas de colegial dos anos 1980. Sua comédia é imensamente tola e, ainda por cima, pudica, com medo de mostrar nudez e coisas do tipo. Entretanto, não se refreia no vocabulário, no bullying escatológico e nem diante de uma sugestão pedófila, numa cena perigosa envolvendo o personagem de Fábio Porchat. Menos que ousadia, parece tática deliberada de choque. Curioso é que os meninos protagonistas (Bruno Munhoz e Daniel Pimentel) vão bem no filme, mas são atrapalhados justamente pela entrada em cena do personagem do Gentilli. O autor-ator leva a trama para o precipício, até uma conclusão tão besta que nem dá para acreditar. Mesmo assim, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” tem os seus momentos divertidos, com um elenco assumidamente trash, com Joana Fomm (após pedir emprego na internet), o músico Rogério Skylab, o cantor Moacyr Franco e o mexicano Carlos Villagrán (o Quico do seriado “Chaves”), dirigidos por Fabrício Bittar (do MTV Sports). É só ter a mentalidade do público alvo e não exigir demais.
Semana tem estreia de seis filmes brasileiros nos cinemas
A programação de estreias desta quinta (9/11) inclui nada menos que seis longas brasileiros, inclusive o lançamento mais amplo da semana, a comédia “Gosto se Discute”. Entretanto, a maioria tem distribuição limitada. Duas produções nacionais, o drama “Vazante” e o documentário “No Intenso Agora”, foram exibidos no Festival de Berlim deste ano. Mas os filmes de maior prestígio são o documentário americano “Uma Verdade Mais Inconveniente”, que abriu o Festival de Sundance, e a produção indie “Borg vs McEnroe”, abertura do Festival de Toronto. Confira abaixo todos os lançamentos e clique nos títulos para assistir aos trailers. “Gosto Se Discute” não é só o maior lançamento, mas o único título destinado ao grande circuito nesta semana. A direção é André Pellenz, responsável pelos blockbusters nacionais “Minha Mãe é uma Peça: O Filme” (2013) e “Detetives do Prédio Azul: O Filme” (2017). Contudo, desta vez há poucas chances de vir novo fenômeno. Estrelado por Cassio Gabus Mendes (“Confissões de Adolescente”, minissérie “Justiça”) e a youtuber Kéfera Buchmann (“É Fada”), a trama gira em torno do chef de um restaurante, que precisa lidar com o interesse inesperado da sócia financeira no negócio. Pouco empolgante, a narrativa não se define entre história dramática e o tom caricato das esquetes do “Zorra Total”. “Vazante”, primeiro filme solo de Daniela Thomas, tem proposta oposta. Rodado em preto e branco e voltado ao circuito de arte, acabou gerando polêmica no Festival de Brasília por seu retrato da escravidão, ao mostrar escravos subjugados e conformados como pano de fundo de sua história. Mas o filme é sobre gênero e não raça, e seu retrato da época é correto. Passado no Brasil de 1821, o drama denuncia a opressão do patriarcado, contando a história de uma menina (a estreante Luana Nastas) que é obrigada a casar com um homem muito mais velho (o português Adriano Carvalho), antes mesmo de sua primeira menstruação. E enquanto espera que ela vire moça, o fazendeiro estupra repetidamente uma de suas escravas (Jai Baptista, também estreante, mas premiada em Brasília). Grande destaque da obra, a fotografia belíssima remete às gravuras de Jean-Baptiste Debret. Os outros quatro filmes brasileiros da programação são documentários. O mais badalado é “No Intenso Agora”, de João Moreira Salles, que abriu o festival É Tudo Verdade deste ano. A obra foi feita a partir de fragmentos de filmes caseiros que a mãe do diretor fez durante uma viagem à China em 1966, no auge da Revolução Cultural. O material rodado na China soma-se a imagens de eventos de 1968 na França, na Tchecoslováquia e no Brasil, buscando uma síntese da contestação política que tomou conta da juventude da época. “Aqualoucos” lembra a trupe de atletas-palhaços que ficou famosa por fazer comédia em meio a saltos em piscinas, a 10 metros de altura. Entre os anos de 1950 e 1980, eles atraíam milhares de pessoas ao Clube Tietê nos finais de semana, quando apresentavam suas esquetes e exibiam suas habilidades em saltos perigosos. “Olhando para as Estrelas” acompanha bailarinas cegas. E “Para Além da Curva da Estrada” registra o cotidiano de caminhoneiros. Mas o documentário mais importante é o americano “Uma Verdade Mais Inconveniente”, que mostra como a situação do meio-ambiente se deteriorou nos últimos dez anos, desde o lançamento de “Uma Verdade Inconveniente”, que venceu o Oscar em 2007. Novamente conduzido pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, o longa inclui declarações de Donald Trump desdenhando o aquecimento global e retrata o atual presidente americano como supervilão ambiental, enfatizando o perigo que ele representa para o mundo. Com o fim da Mostra de São Paulo, o circuito volta a receber estreias europeias. Assim, o melhor filme da semana é uma coprodução escandinava (de estúdios da Suécia, Dinamarca e Finlândia). “Borg vs McEnroe” aborda uma das rivalidades mais famosas do esporte, entre o tenista americano John McEnroe e o sueco Bjorn Borg, e centra-se na final do torneio de Wimbledon de 1980, considerada uma das melhores partidas de tênis de todos os tempos. A diferença de personalidade entre os rivais ajudou a transformar o jogo num drama humano. O tenista sueco, então com 24 anos, era um cabeludo calmo e centrado, enquanto McEnroe, à época com 21 anos, era visto como o bad boy do tênis, sempre prestes a explodir, jogar sua raquete longe e gritar com os árbitros. O ator sueco Sverrir Gudnason (“O Círculo”) tem o papel de Borg e uma semelhança impressionante com o verdadeiro tenista. Mas quem rouba a cena é Shia LaBeouf (“Ninfomaníaca”) como McEnroe. Muitos apostaram num renascimento na carreira do ator, que contrariou o prognóstico após o filme passar em Toronto, quando voltou a ser preso por bebedeira. A direção é do dinamarquês Janus Metz Pedersen (documentário “Armadillo”), que estreou nos EUA dirigindo um episódio da série “True Detective” no ano passado. “O Outro Lado da Esperança” também é uma produção nórdica. Trata-se de segunda tragicomédia consecutiva do finlandês Aki Kaurismäki a tratar da imigração na Europa, após “O Porto” (2011), desta vez focando num refugiado desempregado e sem teto, que conta com a ajuda do dono de um restaurante para reiniciar sua vida na Finlândia. A temática humanista ajudou o filme a conquistar o Urso de Prata de Melhor Direção no Festival de Berlim. Já a comédia francesa “Um Perfil para Dois” é um besteirol romântico, que mistura a trama clássica de “Cyrano de Bergerac” com namoro online. Além de não ser original, a premissa do diretor-roteirista Stéphane Robelin (“E se Vivêssemos Todos Juntos?”) embute um incômodo, ao achar engraçado que um senhor de 75 anos (Pierre Richard, de “Perdidos em Paris”) procure seduzir mulheres com idade para ser suas netas. Por fim, o circuito ainda estreia o drama argentino “Invisível”, segundo longa de Pablo Giorgelli (após o premiado “Las Acacias”), que trata de gravidez adolescente e aborto. Na trama, uma garota de 17 anos engravida do chefe, mais velho e casado, e precisa considerar seu futuro num país onde o aborto é proibido e toda a atividade relacionada à interrupção de gravidez acontece de forma clandestina. O tema se torna especialmente relevante diante dos avanços de políticos evangélicos, que pretendem mudar a lei de aborto no Brasil, proibindo-o mesmo nos casos hoje considerados legais – risco de morte da gestante, gestação resultante de estupro e fetos malformados.
Ingrid Guimarães e Larissa Manoela são mãe e filha no trailer da comédia Fala Sério, Mãe!
A Downtown Filmes divulgou o primeiro trailer e o pôster de “Fala Sério, Mãe!”, comédia em que Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”) e Larissa Manoela (“Meus Quinze Anos”) são mãe e filha. A prévia surpreende positivamente por não abusar do tom histérico que marca outros lançamentos da produtora, em especial das comédias do roteirista Paulo Cursino (“Até que a Sorte nos Separe”), incluindo até elementos dramáticos. O humor serve para realçar os problemas de relacionamento, mas também o amor típico de uma família. O filme é inspirado no livro de mesmo nome da escritora Thalita Rebouças (autora também de “É Fada!”), que colabora no roteiro assinado por Cursino, Ingrid Guimarães e Dostoiewski Champangnatte, e inclui as típicas participações especiais de todo besteirol brasileiro – desta vez, do cantor Fábio Jr. e do comediante Paulo Gustavo, interpretando eles mesmos. A sinopse oficial estabelece o conflito, mas também já entrega o final feliz. Segue: “Quando teve sua primeira filha, Maria de Lourdes, Ângela Cristina não sabia as aventuras e desventuras que estavam por vir. Mãe de primeira viagem, ela vive uma montanha-russa de emoções, medos, frustrações e tem um caminhão de queixas para descarregar. Por outro lado, a filha Malu, como prefere ser chamada, também tem suas insatisfações. Embora teimosa, sofre com os cuidados excessivos e com o jeito conservador da mãe. ‘Fala Sério, Mãe!’ acompanha a história de amor que começa às turras e termina na mais plena parceria e amizade.” Com direção de Pedro Vasconcelos (“O Concurso”), o filme tem estreia marcada para 28 de dezembro nos cinemas.
Altas Expectativas: Trailer revela primeiro besteirol politicamente correto
Até que enfim, um besteirol nacional politicamente correto. A comédia “Altas Expectativas” ganhou pôster, fotos e seu primeiro trailer, que usa piadas para contar uma história de superação e romance. Talvez besteirol não seja a definição correta, apesar das caretas típicas do “gênero” demonstradas por alguns coadjuvantes, pois a trama tem momentos dramáticos. A história gira em torno do personagem de Leonardo Reis, conhecido em shows de stand-up como Leo Gigante. Ele vive um treinador de cavalos anão que se apaixona por uma barista, mas sua baixa autoestima lhe impede de se declarar. Cansado de ser humilhado pela estatura, ele acaba revidando um comediante durante uma apresentação de stand-up e impressiona pelo humor autodepreciativo, iniciando uma nova carreira. E um dia faz a jovem melancólica, que ele adora, rir pela primeira vez em muito tempo, abrindo as portas para seu coração. Este resumo é praticamente a história completa do filme, que não esconde sua estrutura de fábula da Disney, com direito até a rival vilão playboy (o Gaston da vez), vivido pelo canalha favorito do cinema brasileiro, Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”). Já a bela da história é interpretada por Camila Márdila, que dividiu com Regina Casé o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Sundance 2015 por “Que Horas Ela Volta?”. O elenco do filme ainda inclui Maria Eduarda de Carvalho (novela “Sete Vidas”), que interpreta a melhor amiga do treinador de cavalos, e ainda há participações especiais de Tiago Abravanel (novela “Salve Jorge”), Fabiana Karla (“Loucas pra Casar”), Felipe Abib (“Vai que Dá Certo”) e do veterano do besteirol Agildo Ribeiro (“Casa da Mãe Joana”). O roteiro e a direção são assinados pela dupla Pedro Antônio (“Tô Ryca!”) e Alvaro Campos (“Leo & Carol”), e a estreia está marcada para 30 de novembro.











