Olhos que Condenam: Minissérie da diretora de Selma ganha novo trailer legendado
A Netflix divulgou o pôster e um novo trailer legendado de “When They See Us”, minissérie que ganhou o título nacional de “Olhos que Condenam”. Na trama, a diretora Ava DuVernay retoma a temática de denúncia e injustiça racial de seu filme “Selma: Uma Luta Pela Igualdade” e do documentário “A 13ª Emenda”. A história examina o caso que ficou conhecido como “Central Park Five”, em que cinco adolescentes negros foram condenados por estuprar uma mulher branca no Central Park, em Nova York, em 1989, apesar de ser inocentes. Cada episódio vai se centrar num dos garotos e todos os cinco foram escritos e dirigidos por DuVernay, numa narrativa que abrange desde o interrogatório da polícia, na primavera de 1989, até a exoneração em 2014, após passarem 25 anos na prisão sem culpa alguma. A ideia é expôr o preconceito que se esconde por trás da justiça criminal dos Estados Unidos. O tema ecoa o documentário que a cineasta fez para a Netflix, “A 13ª Emenda”, sobre o sistema prisional americano, que foi indicado ao Oscar 2017. Desta vez, porém, a produção é uma obra de ficção com atores. O elenco conta com Jovan Adepo (“Um Limite Entre Nós”), Vera Farmiga (“Bates Motel”), Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), Joshua Jackson (“The Affair”), Famke Janssen (“How to Get Away with Murder”), Jharrel Jerome (“Moonlight”), John Leguizamo (“Bloodline”), Niecy Nash (“Claws”), Chris Chalk (“Gotham”) e Blair Underwood (“Quantico”), entre outros. A estreia está marcada para 31 de maio em streaming.
Olhos que Condenam: Minissérie da diretora de Selma ganha fotos e trailer legendado
A Netflix divulgou 16 fotos novas e o trailer completo legendado de “When They See Us”, minissérie que ganhou o título nacional de “Olhos que Condenam”. Na trama, a diretora Ava DuVernay retoma a temática de denúncia e injustiça racial de seu filme “Selma: Uma Luta Pela Igualdade” e do documentário “A 13ª Emenda”. A história examina o caso que ficou conhecido como “Central Park Five”, em que cinco adolescentes negros foram condenados por estuprar uma mulher branca no Central Park, em Nova York, em 1989, apesar de inocentes. Cada episódio vai se centrar num dos garotos e todos os cinco foram escritos e dirigidos por DuVernay, numa narrativa que abrange desde o interrogatório da polícia, na primavera de 1989, até sua exoneração em 2014, após passarem 25 anos na prisão sem culpa alguma. A ideia é expôr o preconceito que se esconde por trás da justiça criminal dos Estados Unidos. O tema ecoa o documentário que a cineasta fez para a Netflix, “A 13ª Emenda”, sobre o sistema prisional americano, que foi indicado ao Oscar 2017. Desta vez, porém, a produção é uma obra de ficção com atores. O elenco conta com Jovan Adepo (“Um Limite Entre Nós”), Vera Farmiga (“Bates Motel”), Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), Joshua Jackson (“The Affair”), Famke Janssen (“How to Get Away with Murder”), Jharrel Jerome (“Moonlight”), John Leguizamo (“Bloodline”), Niecy Nash (“Claws”), Chris Chalk (“Gotham”) e Blair Underwood (“Quantico”), entre outros. A estreia está marcada para 31 de maio em streaming.
Comédia com Felicity Huffman é adiada pela Netflix após escândalo universitário
A comédia “Otherhood”, que a Netflix pretendia lançar em streaming no dia 26 de abril, teve sua estreia adiada por tempo indefinido. O motivo para mudança de cronograma foi o envolvimento de Felicity Huffman no esquema de fraudes universitárias nos EUA. A atriz se assumiu culpada de pagar para forjar a nota de sua filha mais velha no SAT – o ENEM americano – , para que ela pudesse estudar em universidades melhores. Huffman, que venceu um Emmy por “Desperate Housewives” e foi indicada ao Oscar por “Transamérica”, é uma das estrelas da comédia, ao lado de Angela Bassett (“Pantera Negra”) e Patricia Arquette (“Boyhood”). As três interpretam mães que se mudam de surpresa para Nova York, onde vivem os seus filhos adultos. Ainda não há data oficial para o filme chegar à Netflix, mas fontes do site Deadline sugerem que “Otherhood” pode entrar no catálogo em agosto. Este não é o único projeto atual de Huffman na Netflix, mas curiosamente a minissérie “When They See Us”, da cineasta Ava DuVernay (“Selma”), teria mantido a data de estreia. Na trama baseada em fatos reais, a atriz interpreta a promotora que condenou os chamados “Central Park Five”, cinco garotos negros que foram presos injustamente por estuprar uma mulher branca em Nova York em 1989. Mas eles eram inocentes. Por enquanto, a estreia de “When They See Us” continua marcada para 31 de maio.
Steven Spielberg quer impedir a Netflix de disputar o Oscar
Steven Spielberg não gostou nada de ver “Roma” vencer três Oscars na recente cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. O famoso cineasta, que é representante do ramo dos diretores no grupo que organiza a premiação, quer usar sua posição e prestígio para impedir que outro filme da Netflix possa voltar a disputar as estatuetas. Várias publicações da imprensa americana receberam informação de que ele iniciou um movimento para barrar as produções de serviços de streaming, tornando-as inelegíveis à premiação. Quando jornalistas buscaram confirmar, Spielberg deu seu recado por meio de um porta-voz. “Steven tem fortes opiniões sobre as diferenças entre lançamentos para o streaming e para os cinemas”, disse o assessor de imprensa da Amblin Entertainment, produtora do cineasta. “Ele ficará feliz se outros o apoiarem nesta campanha quando a hora chegar.” A hora vai chegar em abril, quando acontecerá a próxima reunião de dirigentes da Academia, visando a organização do próximo Oscar. Ao saber desses planos, a cineasta Ava DuVernay, que venceu um Oscar por seu documentário “A 13ª Emenda”, uma produção da Netflix, revoltou-se nas redes sociais. Lembrando que não poderá se manifestar no encontro, porque o comitê da Academia é restrito apenas aos representantes de cada ramo cinematográfico, ela decidiu deixar demarcar sua posição. “Se isso for verdade, espero que haja cineastas presentes ou que sejam lidas declarações de diretores que, como eu, pensam diferente”. Não é a primeira vez que Spielberg se posiciona contra serviços como a Netflix. O diretor de 72 anos já havia dito que filmes lançados por empresas de streaming deveriam concorrer ao Emmy, não ao Oscar, porque seriam filmes feitos para a TV. A aposta da Netflix para o Oscar 2020 é “O Irlandês”, de Martin Scorsese, filme que nenhum estúdio quis bancar.
When They See Us: Fotos e trailer da minissérie da diretora de Selma denunciam injustiça racial
A Netflix divulgou sete fotos e o teaser de “When They See Us”, minissérie da diretora Ava DuVernay, que volta ao tema da injustiça racial de seu filme “Selma: Uma Luta Pela Igualdade” e do documentário “A 13ª Emenda”. O vídeo é impactante pela forma como a cineasta comanda a mudança de cenas, ainda que faltem legendas para o público brasileiro compreender como as alterações de iluminação e cenografia representam preconceito. A história examina o caso que ficou conhecido como “Central Park Five”, em que cinco adolescentes negros foram condenados por estuprar uma mulher no Central Park, em Nova York, em 1989. E eram inocentes. Todos os cinco episódios da atração foram escritos e dirigidos por DuVernay. E cada capítulo irá se concentrar num dos jovens presos, numa narrativa que abrangerá desde o interrogatório da polícia, na primavera de 1989, até a exoneração dos condenados em 2014, após 25 anos na prisão sem culpa alguma. A ideia é expôr o preconceito que se esconde por trás da justiça criminal dos Estados Unidos. O tema ecoa o documentário que a cineasta fez para a Netflix, “A 13ª Emenda”, sobre o sistema prisional americano, que foi indicado ao Oscar 2017. Desta vez, porém, a produção é uma obra de ficção com atores. O elenco conta com Jovan Adepo (“Um Limite Entre Nós”), Vera Farmiga (“Bates Motel”), Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), Joshua Jackson (“The Affair”), Famke Janssen (“How to Get Away with Murder”), Jharrel Jerome (“Moonlight”), John Leguizamo (“Bloodline”), Niecy Nash (“Claws”), Chris Chalk (“Gotham”) e Blair Underwood (“Quantico”), entre outros. A estreia está marcada para 31 de maio em streaming.
Diretora de Selma desenvolve documentário sobre Prince para a Netflix
A produtora e diretora Ava DuVernay, de “Selma” e “Uma Dobra no Tempo”, está trabalhando em um documentário sobre Prince para a Netflix. De acordo com o site Deadline, a produção será dividida em episódios que irão cobrir toda a trajetória do artista. O projeto, que está sendo desenvolvido há meses, conta com o apoio do espólio de Prince, cujos administradores estão colaborando com entrevistas e acesso a arquivos, vídeos e fotos. “Prince era um gênio e uma alegria e um choque para os sentidos”, declarou DuVernay. “A única forma que de fazer este filme é com amor e com muito cuidado. Estou honrada e grata pela oportunidade confiada a mim pela espólio”. Vencedor do Oscar de Melhor Canção por “Purple Rain” (1984), Prince morreu em 21 de abril de 2016, aos 57 anos, após uma overdose acidental de medicamentos para dor.
Netflix divulga vídeo para exaltar seus artistas negros com participação da brasileira Vaneza Oliveira
A Netflix divulgou um vídeo em que destaca os atores e criadores negros que trabalham na plataforma. O vídeo reúne 47 artistas, e entre eles a brasileira Vaneza Oliveira, da série “3%”, que viajou até Nova York para participar da gravação. Na foto, ela aparece ao lado de astros como Mike Colter (o Luke Cage), Caleb McLaughlin (o Lucas de “Stranger Things”), Alfre Woodard (“Luke Cage”), Simone Missick (“Luke Cage”), Laverne Cox (“Orange Is The New Black”), Danielle Brooks (“Orange Is The New Black”), DeWanda Wise (“Ela quer Tudo”), Logan Browning (“Cara Gente Branca”), Lena Waithe (“Master of None”), Marlon Wayans (“Marlon”), Russell Hornsby (“Seven Seconds”), Sydelle Noel (“Glow”), Hayley Law (“Riverdale”) e Alisha Boe (“13 Reasons Why”), além dos cineastas Ava Duvernay (que fez o documentário “A 13ª Emenda” na Netflix), Justin Simien (criador de “Cara Gente Branca”) e Spike Lee (criador de “Ela quer Tudo”), entre muitos outros. A atriz comemorou sua participação na produção, destacando uma imagem do “evento” em seu Instagram. Veja abaixo. “Esse com toda certeza foi o momento mais incrível da minha vida. E não só por estar ao lado de pessoas que admiro mas também pela troca e acolhimento. Nos olhamos, cantamos… e sorrimos com a felicidade de saber que estávamos juntos fazendo parte de algo histórico”, ela escreveu. “Eu sou muito grata por fazer parte disso… Grata por ter encontrado na minha vida pessoas que me apoiaram para viver esse momento. Obrigada @netflix @netflibrasil @3porcento. Tudo começou com vocês acreditando no meu trabalho e esse foi um dos maiores presentes que já recebi. Obrigada @strongblacklead pelo convite. Foi incrível ver que a representatividade da mulher negra latina está fortalecendo esse movimento. Essa é uma daquelas fotos que, quando estiver velhinha toda vez que alguém perguntar vou contar a história inteira e repetir que “isso não é um momento, é um movimento”. A última frase é uma citação ao texto que acompanha o vídeo, narrado por Caleb McLaughlin. “Nós não somos um gênero, pois não há um jeito único de ser negro. Escrevemos a história enquanto negros. Com nuances e complexidade; resilientes e fortes. Isto não é um momento, isto é um movimento. Somos protagonistas negros fortes”, diz o ator, ressaltando a diversidade crescente das tramas que trazem negros como protagonistas e profissionais criativos. A ideia do vídeo foi inspirada pela famosa foto “A Great Day in Harlem”. Tirada em 1958 pelo fotógrafo Art Kane, ela reuniu 57 lendas da jazz, como Charles Mingus e Thelonius Monk em frente a um sobrado no Harlem, bairro da cidade de Nova York. Divulgado pela primeira vez na TV paga americana, durante o intervalo dos prêmios BET, que destacam os melhores aristas negros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos, o vídeo também é um evidente esforço de relações públicas, já que foi promovido poucos dias após a Netflix demitir seu chefe de comunicações por usar o termo racista “nigger” durante uma reunião. MY GREAT DAY IN HOLLYWOOD PORTUGUESE/ENGLISH A inspiração para essa foto veio de uma foto icônica em 1958 “A great day in Harlem” Esse com toda certeza foi o momento mais incrível da minha vida. E não só por estar ao lado de pessoas que admiro mas tmb pela troca e acolhimento. Nos olhamos, cantamos… e sorrimos com a felicidade de saber que estávamos juntos fazendo parte de algo histórico. Eu sou muito grata por fazer parte disso… Grata por ter encontrado na minha vida pessoas que me apoiaram para viver esse momento. Obrigada @netflix @netflibrasil @3porcento tudo começou com vcs acreditando no meu trabalho e esse foi um dos maiores presentes que já recebi. Obrigada @strongblacklead pelo convite. Foi incrível ver que a reprentatividade da mulher negra latina está fortalecendo esse movimento. Essa é uma daquelas fotos que, quando estiver velhinha toda vez que alguém perguntar vou contar a história inteira., e repetir que “isso não é um momento, é um movimento.” The inspiration for this photo comes from the iconic 1959's photo 'A great day in Harlem'. This was surely the most incredible day of my life. And not just for being side by side with people I admire but also for the exchange and care. We looked each other in the eyes, we sung… and we smiled with the happiness of knowing we were together, being part of something historical. I'm very thankful to be part of this… thankful for having met people who supported me into living this moment. Thank you @Netflix @netflixbrasil @3porcento, it all started with you guys believing my work, and this was one of the biggest gifts I've ever received. Thank you @strongblacklead for the invitation. It was great to see that the afro-latina woman representation is strengthening this movement. This is one of these fotos I'll remember when I'm older, and tell the whole story everytime someone asks about it, and repeat: it is not a moment, it's a movement. #neflix #netflixbrasil #3porcento #strongblacklead Uma publicação compartilhada por Vaneza Oliveira Oficial (@vaneza.o) em 25 de Jun, 2018 às 8:11 PDT
Red Line: Série de denúncia social produzida pela diretora de Selma ganha primeiras fotos
A rede CBS divulgou as primeiras fotos de “Red Line”, série dramática produzida pela cineasta Ava DuVernay (“Selma”, “Uma Dobra no Tempo”) e pelo megaprodutor Greg Berlanti (de todas as séries de super-heróis da DC Comics) Criada por Caitlin Parrish (roteirista-produtora de “Supergirl”) e Erica Weiss, que dirigiram juntas o drama indie “The View from Tall” (2016), a série lida com tramas paralelas e acompanhará as histórias de três famílias conectadas por incidente. Um dos personagens é um professor gay de ensino médio, vivido por Noah Wyle (das séries “E.R.” e “The Librarians”), cujo marido, um médico negro, é assassinado por um policial de Chicago. A tragédia o deixa viúvo e tendo que cuidar sozinho da filha recém-adotada pelo casal, de dois anos. O elenco também destaca Noel Fisher (da série “Shameless”) como o policial branco que atira por engano no marido de Wyle, e tem a própria vida destruída pelas consequências de seu ato. Outros personagens são vividos por Emayatzy Corinealdi (série “Ballers”), Aliyah Royale (série “Man and Wife”), Michael Patrick Thornton (série “Private Practice”) e Howard Charles (série “The Musketeers”). A série segue a linha da denúncia social, que liga preconceito à violência policial, refletindo a campanha “Black Lives Matter”. Mas as duas produções que a precederam nesta tendência, “Shots Fired” na Fox e “Seven Seconds” na Netflix, foram canceladas nas primeiras temporadas. “Red Line” vai estrar na midseason, no começo de 2019 nos Estados Unidos.
Festival de Cannes começa sob pressão do streaming e do empoderamento feminino
O Festival de Cannes 2018, que inicia nesta terça-feira (8/5), busca um equilíbrio impossível em meio a abalos tectônicos de velhos paradigmas, num período agitado de mudanças para o cinema mundial. Saudado por sua importância na revelação de grandes obras, que pautarão o olhar cinematográfico pelo resto do ano, o evento francês também enfrenta críticas por seu conservadorismo, ignorando demandas femininas e o avanço do streaming. Mas sua aposta para manter-se relevante é a mesma de sempre: a politização do evento. Os carros-chefes do festival desde ano não são obras de diretores hollywoodianos, mas de cineastas considerados prisioneiros políticos, o iraniano Jafar Panahi e o russo Kirill Serebrennikov, que estão em prisão domiciliar em seus países. Ambos vão disputar a Palma de Ouro. O caso de Panahi é um fenômeno. Desde que foi preso e proibido de filmar, já rodou quatro longas, contando o atual “Three Faces”. Do mesmo modo, o evento se apresenta como aliado de um cineasta que enfrenta dificuldades legais para exibir seu filme, programando “The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote, em tradução literal), de Terry Gilliam, apesar da disputa jurídica que impede sua projeção – um conflito entre o diretor e o produtor, Paulo Branco, que exige o cancelamento da exibição. O mérito da questão está atualmente em análise pelos tribunais franceses. Em comunicado, o presidente do festival Pierre Lescure e o delegado geral Thierry Frémaux afirmaram que Cannes “respeitará a decisão” que será tomada pela Justiça “seja ela qual for”. Mas ressaltaram no texto seu compromisso com o cinema. Após citar que os advogados de Branco prometeram uma “derrota desonrosa” ao festival, afirmaram que a única derrota “seria ceder à ameaça”, reiterando que “os artistas necessitam mais que nunca que sejam defendidos, não atacados”. Para completar esse quadro, digamos, quixotesco, Cannes também decidiu suspender o veto ao cineasta dinamarquês Lars von Trier, que tinha sido considerado “persona non grata” no evento em 2011, após uma entrevista coletiva desastrosa, em que afirmou sentir simpatias por Hitler – num caso de dificuldade de expressão numa língua estrangeira, o inglês. A mensagem do evento é bastante clara. Mas sua defesa da luta de homens contra a opressão e a censura segue ignorando a luta das mulheres. Como já é praxe e nem inúmeros protestos e manifestos parecem modificar, filmes dirigidos por mulheres continuam a ser minoria absoluta no evento francês. Apenas três diretoras estão na disputa pelo principal prêmio: a francesa Eva Husson, a libanesa Nadine Labaki e a italiana Alice Rohrwacher. Diante desse quadro, os organizadores buscaram uma solução curiosa, aumentando a presença feminina no juri do evento – com a inclusão da diretora americana Ava DuVernay (“Uma Dobra no Tempo”), a cantora e compositora Khadja Nin, do Burundi, e as atrizes Kristen Stewart (“Personal Shopper”) e a francesa Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”), D sob a presidência da australiana Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”). Assim, mulheres poderão votar nos melhores candidatos homens, mais ou menos como acontece na política eleitoral. Obviamente, não se trata de solução alguma. E para adicionar injúria à falta de igualdade, o “perdão” a Lars Von Trier representa um tapa na cara do movimento #MeToo. Seu retorno acontece em meio a escândalos sexuais cometidos em seu estúdio e graves acusações de abusos, reveladas numa reportagem da revista The New Yorker e por uma denúncia da cantora Bjork, que contou detalhes das filmagens de “Dançando no Escuro”, musical que rendeu justamente a Palma de Ouro ao diretor no festival de 2000. Bjork relatou nas redes sociais algumas das propostas indecentes que ouviu e as explosões de raiva do “dinarmaquês” (que ela não nomeia) por se recusar a ceder, enquanto a reportagem da New Yorker descortinou o “lado negro” da companhia de produção Zentropa, criada pelo diretor. Segundo a denúncia, Von Trier obrigava todos os empregados da Zentropa a se despirem na sua frente e nadar nus com ele e seu sócio, Peter Aalbaek Jensen, na piscina do estúdio. Em novembro, a polícia da Dinamarca iniciou uma investigação sobre denúncias de assédio na Zentropa. Entrevistadas pelo jornal dinamarquês Politiken, nove ex-funcionárias revelaram que pediram demissão por não aguentarem se submeter ao assédio sexual e bullying diários. Considerando que o próprio festival francês estabeleceu um “disque denúncia sexual” este ano, como reação tardia à denúncias de abusos cometidos durante eventos passados em Cannes, a decisão de “perdoar” Lars Von Trier sofre, no mínimo, de mau timing. Também há um componente de inadequação na disputa do festival com a Netflix. Afinal, não é a definição de “cinema” que está em jogo – filme é filme, independente de onde seja visto, a menos que se considere que a exibição do vencedor de uma Palma de Ouro na TV o transforme magicamente em algo diferente, como um telefilme. Trata-se, no fundo, na velha discussão da regulamentação/intervencionismo estatal. O parque exibidor francês conta com o apoio das leis mais protecionistas do mundo, que estabelecem que um filme só pode ser exibido em vídeo ou streaming na França três anos após passar nas salas de cinema do país – a chamada janela de exibição. Trata-se do modelo mais extremo da reserva de mercado – como comparação, a janela é de três meses nos Estados Unidos – , e ele entrou em choque com o outro extremo representado pela Netflix, que defende a janela zero, na qual um filme não precisa esperar nenhum dia de diferença entre a exibição no cinema e a disponibilização em streaming. No ano passado, Cannes ousou incluir dois filmes produzidos pela Netflix na disputa da Palma de Ouro, “Okja”, de Bong Joon-ho, e “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”, de Noah Baumbach. E sofreu enorme pressão dos exibidores, a ponto de ceder aos protestos, de forma oposta à valentia que demonstra para defender cineastas com problemas em outros países. Em entrevista coletiva do evento deste ano, Thierry Fremaux afirmou que a participação dos filmes da Netflix “causou enorme controvérsia ao redor do mundo”. Um grande exagero, já que a polêmica foi toda local. “No ano passado, quando selecionamos dois de seus filmes, achei que poderia convencer a Netflix a lançá-los nos cinemas. Eu fui presunçoso: eles se recusaram”, disse Fremaux. “As pessoas da Netflix adoraram o tapete vermelho e gostariam de nos mostrar mais filmes. Mas eles entenderam que sua intransigência em relação ao modelo (de negócios) colide com a nossa”. A Netflix poderia, no entanto, exibir filmes em sessões especiais do festival, fora da competição oficial, disse Fremaux. Ao que Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix, retrucou: “Há um risco se seguirmos por esse caminho, de nossos cineastas serem tratados desrespeitosamente no festival. Eles definiram o tom. Não acho que será bom para nós participarmos”. Em jogo de cena, os organizadores de Cannes lamentaram a decisão da plataforma de streaming. E, ao fazer isso, assumiram considerar que os filmes da Netflix não são apenas filmes, mas filmes que poderiam fazer falta na programação do próprio festival. Ao mesmo tempo, a Netflix pretende adquirir as obras que se destacarem no evento. Já fez isso no passado, quando comprou “Divines”, vencedor da Câmera de Ouro, como melhor filme de diretor estreante no Festival de Cannes de 2016. E estaria atualmente negociando os direitos, simplesmente, do longa programado para abrir o evento deste ano, “Todos lo Saben”, novo drama do iraniano Asghar Farhadi, vencedor de dois Oscars de Melhor Filme em Língua Estrangeira, que é estrelado pelo casal espanhol Penélope Cruz e Javier Bardem, além do argentino Ricardo Darín. O resultado dessa disputa deixa claro que um festival internacional está sujeito a descobrir que o mundo ao seu redor é vastamente maior que interesses nacionais possam fazer supor. Mas não é necessariamente um bom resultado. Afinal, a política de aquisições da Netflix já corrói de forma irreversível o Festival de Sundance, com repercussões no próprio Oscar. Considere que o filme vencedor de Sundance no ano passado simplesmente sumiu na programação da Netflix, sem maiores consequências. E a concorrência com a plataforma fez a HBO tirar do Oscar 2019 o filme mais falado de Sundance neste ano, programando-o para a televisão. Assim, a recusa “pro forma” de Cannes apenas demonstra seu descompasso com o mundo atual. Não é fechando a porta à Netflix que o streaming vai deixar de avançar. O cinema está numa encruzilhada. Enquanto se discute a defesa da arte e o pacto com o diabo, um trem avança contra os que estão parados. Fingir-se de morto não é mais tática aceitável. Olhar para trás é importante, como nos pôsteres do festival, que celebram a nostalgia, assim como olhar para os lados e, principalmente, para a frente. Este barulho ensurdecedor são os freios do trem. É bom que todos abram os olhos, se quiserem sobreviver.
Kristen Stewart, Denis Villeneuve e Léa Seydoux integram o júri do Festival de Cannes 2018
A organização do Festival de Cannes 2018 divulgou o júri que irá eleger a Palma de Ouro e premiar os filmes da mostra competitiva. Além da presidente, a atriz Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”), previamente anunciada, o corpo de jurados inclui mais quatro mulheres e quatro homens, de sete nacionalidades diferentes. O júri inclui a atriz americana Kristen Stewart (“Personal Shopper”), a francesa Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”), a diretora americana Ava DuVernay (“Uma Dobra no Tempo”), o diretor canadense Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”), o diretor russo Andrei Zvyagintsev (“Sem Amor”), o diretor francês Robert Guédiguian (“Uma História de Loucura”), o ator taiwanês Chang Chen (“A Assassina”) e a cantora e compositora Khadja Nin, do Burundi. Uma das principais críticas à seleção deste ano foi a baixa representatividade de cineastas mulheres na mostra competitiva. Por conta disso, o diretor artístico do festival, Thierry Fremaux, disse à revista Variety ter conversado com mulheres da indústria do audiovisual para ouvir conselhos de como resolver esse problema. Uma das sugestões foi aplicada na diversificação do júri, mas também será estendida para as comissões que escolhem os filmes, a partir da próxima edição. “Nós começamos a prestar mais atenção à proporção de gênero nas nossas comissões de seleção, por exemplo. Agora, duas de cada três comissões têm tantas mulheres quanto homens”, disse ele à publicação. O Festival de Cannes 2018 acontece de 8 a 19 de maio, quando serão anunciados os vencedores.
Jogador Nº 1 estreia em 1º lugar na América do Norte
“Jogador Nº 1” estreou em 1º lugar nas bilheterias dos Estados Unidos e Canadá no fim de semana, confirmando expectativas da indústria, mas com um desempenho menor que o esperado, tendo em vista o forte investimento de marketing da Warner. O resultado evoca o grande paradoxo da carreira de Spielberg. Apesar de ser celebrado como um dos responsáveis por instituir os veraneios de blockbusters nos Estados Unidos, o diretor não costuma lançar filmes na estratosfera, como os longas de super-heróis atuais. Para se ter ideia, apenas um título de sua fimografia abriu acima dos US$ 100 milhões na América do Norte: “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, em 2008. Por isso, os US$ 41,2M de “Jogador Nº 1” representam a 5ª maior abertura doméstica de toda a carreira do cineasta, entre “Jurassic Park” (US$ 47M) e “Minority Report” (US$ 35,6M). Outro aspecto da filmografia de Spielberg é que a arrancada relativamente fraca de suas obras costuma ser compensada por maior tempo de permanência no ranking, o que faz com que acabem rendendo mais a longo prazo. Sabendo dessa característica, a Warner antecipou o lançamento de “Jogador Nº 1” na quinta-feira (29/3), apostando numa estreia ampliada de quatro dias. O resultado foi um total de US$ 53,21M. O sucesso foi maior no exterior, elevando a soma mundial a US$ 181,2M. Mas, com um orçamento estimado em US$ 175 milhões, “Jogador Nº 1” terá que manter a escrita de longevidade dos filmes do diretor para se pagar. A programação norte-americana registrou ainda mais dois lançamentos. “Acrimony” abriu em 2º lugar, causando muita surpresa. Afinal, é mais um dos muitos filmes feitos em série pelo diretor Tyler Perry, que nem sequer chegam em vídeo ao Brasil. Com reles 28% de aprovação, “Acrimony” é somente o primeiro dos três filmes que ele pretende despejar nos cinemas americanos em 2018. E, logicamente, não tem previsão de desembarque no país. A última estreia foi o terceiro “Deus Não Está Morto”. O lançamento religioso tentou aproveitar a data do feriadão de Páscoa para servir de opção cristã nos cinemas. Mas não entrou nem no Top 10, numa rejeição do público ao conteúdo manipulativo da franquia – podrão, com 15% de aprovação no Rotten Tomatoes. Lançado em 1,6 mil salas, “Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão” abriu em 12º lugar, atrás do fenômeno “Ilha dos Cachorros”, que faturou bem mais em 165 salas apenas. Vale observar ainda a queda de “Círculo de Fogo: A Revolta”. Líder do levantamento passado, repetiu o tombo de “Tomb Raider” e caiu para o 5º lugar em sua segunda semana em cartaz. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Jogador Nº 1 Fim de semana: US$ 41,2M Total EUA e Canadá: US$ 53,2M Total Mundo: US$ 181,2M 2. Acrimony Fim de semana: US$ 17,1M Total EUA e Canadá: US$ 17,19M Total Mundo: US$ 17,1M 3. Pantera Negra Fim de semana: US$ 11,2M Total EUA e Canadá: US$ 650,6M Total Mundo: US$ 1,2B 4. Eu Só Posso Imaginar Fim de semana: US$ 10,7M Total EUA e Canadá: US$ 55,5M Total Mundo: US$ 55,5M 5. Círculo de Fogo: A Revolta Fim de semana: US$ 9,2M Total EUA e Canadá: US$ 45,6M Total Mundo: US$ 231,9M 6. Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim Fim de semana: US$ 7M Total EUA e Canadá: US$ 22,8M Total Mundo: US$ 30,8M 7. Com Amor, Simon Fim de semana: US$ 4,8M Total EUA e Canadá: US$ 32,1M Total Mundo: US$ 33,7M 8. Tomb Raider Fim de semana: US$ 4,7M Total EUA e Canadá: US$ 50,5M Total Mundo: US$ 245,1M 9. Uma Dobra no Tempo Fim de semana: US$ 4,6M Total EUA e Canadá: US$ 83,2M Total Mundo: US$ 104,3M 10. Paulo – Apóstolo de Cristo Fim de semana: US$ 3,5M Total EUA e Canadá: US$ 11,5M Total Mundo: US$ 11,5M
Círculo de Fogo destrona Pantera Negra nas bilheterias da América do Norte
Após cinco semanas na liderança, o reinado de “Pantera Negra” nas bilheterias dos cinemas da América do Norte foi finalmente encerrado. Mas isso não aconteceu com um estrondo e sim com um suspiro. A estreia de “Círculo de Fogo: A Revolta” no topo do ranking foi considerada decepcionante. Com US$ 28M (milhões), o filme dos robôs gigantes da Legendary saiu-se um pouco melhor que “Tomb Raider” (US$ 23,5M) na semana passada. Mas como a produção foi orçada em US$ 155M, trata-se de uma vitória difícil de ser comemorada. Na verdade, os robozões dependem do mercado internacional para não virar sucata. Vale lembrar que o primeiro filme também foi um fiasco nos Estados Unidos e a sequência só foi aprovada devido ao desempenho na Ásia. A mesma trajetória volta se repetir agora, compensando o fracasso americano com uma abertura internacional de impacto. A China foi responsável pela maior bilheteria do filme, com US$ 65M em três dias – US$ 20M a mais que o obtido pela estreia do primeiro filme. Assim, em todo o mundo, a arrecadação chegou a US$ 150,5M. A má notícia é que as críticas foram negativas, inclusive na Ásia. A avaliação registrada no Rotten Tomatoes é de 46% de aprovação. Isto dificulta a permanência da produção no ranking dos filmes mais vistos nas próximas semanas, quando enfrentará “Jogador Nº 1”, de Steven Spielberg. “Tomb Raider”, que abriu em 2º lugar na semana passada, teve 50% de aprovação e já caiu para o 5º lugar. Já “Pantera Negra”, mesmo caindo para o 2ª lugar, registrou novos recordes no fim de semana. Ao atingir uma arrecadação total de US$ 630,9M (milhões) em seu sexto fim de semana em cartaz, o filme superou o total de “Os Vingadores” (US$ 623,3M) para se tornar a maior bilheteria da Marvel na América do Norte. Também virou a maior bilheteria de um filme de super-heróis em todos os tempos nos Estados Unidos e no Canadá. Atualmente, “Pantera Negra” ocupa o 5º lugar entre as arrecadações domésticas da América do Norte, atrás apenas de “Jurassic World” (US$ 652M), “Titanic” (US$ 659M), “Avatar” (US$ 760M) e “Star Wars: O Despertar da Força” (US$ 936M). No mundo inteiro, o faturamento está em US$ 1,2 bilhão, o 12º entre as maiores bilheterias globais do cinema. O Top 3 norte-americano se completa com o filme evangélico “Eu Só Posso Imaginar”. A produção orçada em apenas US$ 7M conta a história da música de rock cristão mais popular dos Estados Unidos e em duas semanas já somou US$ 38,3M. A estreia no Brasil está marcada para 24 de maio. A semana teve ainda mais três lançamentos amplos, que implodiram. “Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim” foi além do fracasso financeiro, ao conseguir a façanha de desagradar profundamente a crítica, normalmente fã de animações. Rendeu só 27% de aprovação e uma bilheteria de US$ 10,6M, em 4º lugar. Agora, o estúdio torce para a ojeriza não ser mundial, com estreia prevista para 31 de maio no Brasil. “Paulo – Apóstolo de Cristo” fez metade disso, US$ 5M, em 8º lugar. Sua rejeição chamou atenção por acontecer em plena Semana Santa. Para completar, a crítica o crucificou com 35% de aprovação. É mais um lançamento para maio no Brasil, no dia 3. Fechando o Top 10, o romance adolescente “O Sol da Meia-Noite”, estrelado por Patrick Schwarzenegger, o filho de Arnold, rendeu US$ 4,1M e 21% de podridão tomatal. Adaptação de mangá para meninas, que apela para o mix mórbido de amor e doença, foi considerado o pior filme romântico dos últimos tempos e será despejado no mercadão nacional em junho. Mas ainda não acabou. Steven Soderbergh lançou outro fracasso de bilheterias, que nem entrou no Top 10. “Unsane” abriu em 11º lugar. A compensação, se isso é possível, ficou por conta da boa avaliação da crítica, que aprovou o longa estrelado por Claire Foy – 78% no Rotten Tomatoes. Este não tem previsão de estreia no Brasil. Para completar, ainda houve um contraste, que entrou para a história. A animação de “Ilha de Cachorros”, de Wes Anderson, foi lançada em circuito limitado. E se tornou uma das maiores estreias de todos os tempos. Sem brincadeira, o filme dos cachorros falantes teve a maior abertura por sala já registrada entre lançamentos em mais de 20 telas. Exibido em apenas 27 cinemas, faturou US$ 1,5M, em 15º lugar, numa média de US$ 58,1 mil por tela. Para dar noção do tamanho dessa arrecadação, a média do líder da bilheteria desta semana, “Círculo de Fogo: A Revolta”, foi de US$ 7,5 mil por sala. O filme ensaiou virar polêmica, mas acabou conquistando a simpatia da maioria da crítica, com 93% de aprovação. A única coisa negativa contra seu lançamento, na verdade, é ter que esperar até 14 de junho para vê-lo nos cinemas brasileiros. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Círculo de Fogo: A Revolta Fim de semana: US$ 28M Total EUA e Canadá: US$ 28M Total Mundo: US$ 150,5M 2. Acrimony Fim de semana: US$ 16,6M Total EUA e Canadá: US$ 630,9M Total Mundo: US$ 1,2B 3. Eu Só Posso Imaginar Fim de semana: US$ 13,8M Total EUA e Canadá: US$ 38,3M Total Mundo: US$ 38,3M 4. Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim Fim de semana: US$ 10,6M Total EUA e Canadá: US$ 10,6M Total Mundo: US$ 15,2M 5. Tomb Raider Fim de semana: US$ 10,4M Total EUA e Canadá: US$ 41,7M Total Mundo: US$ 211,7M 6. Uma Dobra no Tempo Fim de semana: US$ 8M Total EUA e Canadá: US$ 73,8M Total Mundo: US$ 87,9M 7. Com Amor, Simon Fim de semana: US$ 7,8M Total EUA e Canadá: US$ 23,6M Total Mundo: US$ 23,6M 8. Paulo – Apóstolo de Cristo Fim de semana: US$ 5M Total EUA e Canadá: US$ 56M Total Mundo: US$ 5M 9. A Noite do Jogo Fim de semana: US$ 4,1M Total EUA e Canadá: US$ 60,8M Total Mundo: US$ 94,8M 10. Sol da Meia-Noite Fim de semana: US$ 4,1M Total EUA e Canadá: US$ 4,1M Total Mundo: US$ 4,1M











