Filmes: “Marighella” é principal estreia de streaming da semana
A programação de filmes das plataformas de streaming está ótima nesta semana, com destaque para a chegada de “Marighella” na Globoplay e “Ataque dos Cães” na Netflix. Mas há outras boas opções, entre aventuras épicas, desenhos animados, dramas premiados e documentário de rock. Veja abaixo as 10 principais indicações para o fim de semana online. Marighella | Globoplay Maior bilheteria do cinema brasileiro em 2021, o filme que marca a estreia na direção do ator Wagner Moura (“Narcos”) recupera a história de Carlos Marighella, guerrilheiro comunista que pegou em armas contra a ditadura militar. Retratado como um herói na obra, em interpretação magistral de Seu Jorge (“Irmandade”), Marighella é considerado um simples bandido pelos negacionistas da ditadura, que atualmente ocupam cargos públicos e, de acordo com o diretor, chegaram a tentar censurar a produção, dificultando seu lançamento o máximo que puderam. Por conta disso, o filme rodado em 2017 e que teve pré-estreia mundial no Festival de Berlim de 2019, demorou dois anos para conseguir estrear no Brasil. Comparado às obras dos grandes cineastas do cinema engajado dos anos 1960 e 1970, o filme atingiu 88% de aprovação da crítica norte-americana, na média apurada pelo site Rotten Tomatoes. Ataque dos Cães | Netflix Western dirigido por Jane Campion, primeira mulher a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes – por “O Piano”, em 1993 – e que acrescentou em sua estante o troféu de Melhor Direção no Festival de Veneza deste ano por esta nova obra, “Ataque dos Cães” é um “Brokeback Mountain” desalmado e trancado muito mais fundo no armário. A trama explora o poder intimidador do protagonista, um homem bruto encarnado pelo ator inglês Benedict Cumberbatch (“Dr. Estranho”) no primeiro papel de cowboy de sua carreira, e o desespero da personagem de Kirsten Dunst (“Melancolia”) diante do bullying que ele pratica contra seu filho, vivido por Kodi Smit-McPhee (“X-Men: Fênix Negra”). Só que perseguição maldosa embute um subtexto gay, tanto do interesse do vilão em sua vítima quanto do medo do jovem perceber sua verdade. Por extensão, o filme também coloca em questão todo o gênero clássico do western, repleto de machões que desdenham da franqueza das mulheres e vivem sempre acompanhados de outros homens. Venceu o Festival de San Sebastián e soma 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. Ágora | MUBI O épico histórico de Alejandro Amenábar (“Os Outros”) sobre Alexandria, uma das cidades mais importantes de todos os tempos, conjectura os motivos que levaram o grande conhecimento guardado em sua biblioteca a ser destruído de forma violenta. Ataque aos intelectuais e intolerância religiosa marcam uma trama típica de aventura de época, mas que também inspira reflexão, especialmente pelo fato de os vilões serem cristãos fanáticos. Com 11 prêmios internacionais, o filme destaca em seu elenco Rachel Weisz (“A Favorita”) e Oscar Isaac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”). Viagem ao Topo do Mundo | Netflix A animação dramática francesa acompanha a busca obsessiva de um fotojornalista pela verdade sobre a primeira expedição ao Monte Evereste, em busca de um alpinista estimado que desapareceu. Com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme marca a estreia na direção de Patrick Imbert, animador dos ótimos “Abril e o Mundo Extraordinário” (2015) e “Ernest & Célestine” (2012). Diário de um Banana | Disney+ Graças ao sucesso dos livros infantis – 250 milhões de cópias vendidas – e dos filmes live-action lançados entre 2010 e 2017, a história criada por Jeff Kinney já é bem conhecida. A versão animada adapta o primeiro livro, reintroduzindo Greg Heffley, um garoto magricela, mas ambicioso, com uma imaginação ativa e grandes planos para se tornar rico e famoso. Mas para isso precisa conseguir sobreviver ao ensino fundamental primeiro. Perseguido e constantemente humilhado, ele acredita que essa fase um dia vai passar, mas não se conforma de ver seu melhor amigo Rowley levar a vida tranquilamente e ter sucesso em tudo, mesmo sem tentar! A Fita Cassete | Netflix Comédia dramática passada nos anos 1990 sobre uma adolescente tímida e ignorada, que descobre uma mixtape antiga de seus pais falecidos e, ao acidentalmente destrui-la, decide encontrar cada música obscura do k7. A jornada a leva se aproximar da garota rebelde da escola, que a convence que não basta ouvir as músicas, é preciso viver o que elas pregam. Logo, elas formam uma banda, com maquiagem gliter exagerada e se achando tão grunge quanto os Titãs na época. A atriz Gemma Brooke Allen, que viveu a versão criança de Mary Elizabeth Winstead em “Kate”, tem o papel principal, e o elenco ainda destaca Julie Bowen (“Modern Family”) como sua vó incrivelmente jovem. Um Crush para o Natal | Netflix O primeiro filme gay de Natal da Netflix traz Michael Urie (de “Ugly Betty”) como um rapaz que convence o melhor amigo (o estreante Philemon James) a fingir ser seu namorado durante o feriado com sua família, especificamente para evitar que a mãe (Kathy Najimy, de “Abracadabra”) encha seu saco por estar solteiro. Só que a mãe já tinha planejado um encontro às cegas com Luke Macfarlane (de “Killjoys”) e ele pode ter estragado sua chance com o novo e interessante pretendente. Ao mesmo tempo, os parentes tentam mostrar para Peter que seu melhor amigo pode ser o melhor namorado de sua vida. Noite #1 | Filmica Nossos Entes Queridos | Filmica Os dois primeiros longas de Anne Émond chegam ao streaming numa mini retrospectiva de um dos novos talentos do cinema canadense, especialmente da região do Quebec, que tem como idioma principal o francês. Premiado nos festivais de Toronto e Vancouver, o filme de estreia, “Noite #1” (2011), acompanha uma ficada de uma noite, que surpreende por virar uma noitada de conversas e reflexão entre um casal de desconhecidos. Já “Nossos Entes Queridos” reflete o impacto da morte de um pai na vida dos filhos, muitos anos depois do acontecido, e rendeu a Émond o prêmio Jutra (do cinema quebequense) de Melhor Direção. Woodstock 99: Peace, Love, and Rage | HBO Max O Festival de Woodstock entrou para História como ponto alto da era hippie, mas seus organizadores perderam uma fortuna em 1969 quando o evento foi invadido por centenas de milhares de jovens, que não pagaram um centavo de ingressos. Trinta anos depois, eles resolveram recuperar o investimento com um novo festival musical, apelando para a mítica em torno do nome Woodstock. Mas em vez de três noites de paz, amor e música, o evento de 1999 entrou para a História por outros motivos, com exploração financeira, cenas de violência e até denúncia de estupro. Assim como 30 anos atrás, marcou época tanto pelo rock quanto o que aconteceu longe de seus palcos.
“Ghostbusters” é maior estreia nos cinemas
“Ghostbusters – Mais Além”, sequência da franquia de sucesso dos anos 1980, é o lançamento mais amplo da semana, com distribuição em mais de mil salas, mas o circuito recebe outros títulos que despertam mais atenção dos cinéfilos. Ghostbusters – Mais Além | EUA | Fantasia Dirigido por Jason Reitman (“Juno”, “Tully”), filho do diretor dos dois primeiros Caça-Fantasmas, o novo “Ghostbusters” não é nada “mais além” de uma grande homenagem, com muitas referências, repetições de frases, recriações de cenas e até participação do elenco original. A trama acompanha a mudança da personagem de Carrie Coon (“The Leftovers”) para a antiga casa herdada do pai, de quem ela pouco falou para os filhos, vividos por Mckenna Grace (“Annabelle 3: De Volta para Casa”) e Finn Wolfhard (“Stranger Things”). Mas ao mexerem nos objetos guardados no local, as crianças descobrem que são netos do Dr. Egon Spengler (o Caça-Fantasmas interpretado pelo falecido Harold Ramis nos anos 1980). Paralelamente, estranhos fenômenos começam a acontecer na região, que inspiram as crianças a virarem Caça-Fantasmas mirins com a ajuda de um professor de sua escola (Paul Rudd, o homem mais sexy do mundo, também conhecido como Homem-Formiga). A Crônica Francesa | EUA | Comédia Quem já viu um filme de Wes Anderson sabe o que esperar: elenco numeroso e repleto de famosos (de Tilda Swinton a Timothée Chalamet), cenas estáticas, inclusive em momentos de ação, fotografia em tons pastéis, proporção de tela pré-widescreen, figurino e cenografia minunciosamente detalhistas, etc. O longa tem tudo isso e ainda estrutura de antologia, ao reunir diferentes histórias como se fossem sessões da publicação que batiza a produção – um jornal francês de expatriados, editado pelo personagem de Bill Murray. O lançamento vai disputar a atenção dos cinéfilos com “Noite Passada em Soho”, de Edgar Wright. E os dois títulos tem curiosamente a mesma avaliação no site Rotten Tomatoes: 75% de aprovação. Noite Passada em Soho | EUA | Terror Igualmente estiloso, o terror do diretor de “Em Ritmo de Fuga” acompanha Thomasin McKenzie (“Jojo Rabbit”) numa viagem de sonhos à Londres dos anos 1960. Conforme ela fica obcecada pelo visual e estilo glamouroso da época, assumindo a personalidade que vê nos sonhos, também embarca numa jornada de pesadelos, perseguida por horrores do passado. Ainda mais depois de descobrir que tudo que sonhou nos dias atuais realmente aconteceu no passado. Vencedora do Emmy 2021 por “O Gambito da Rainha”, Anya Taylor-Joy está no elenco, bem como três astros britânicos que viveram intensamente os anos 1960, incluindo Diana Rigg (“Game of Thrones”) em seu último papel, filmado antes de seu falecimento no ano passado. Ataque dos Cães | EUA | Western A programação também promove a exibição de “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog), duas semanas antes de sua estreia em streaming. O western dirigido por Jane Campion, primeira mulher a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes – por “O Piano”, em 1993 – , venceu o Festival de San Sebastián e o troféu de Melhor Direção no Festival de Veneza deste ano, credenciando-se como forte candidato da Netflix ao Oscar 2022. A trama explora o poder intimidador do protagonista, um homem bruto encarnado pelo ator inglês Benedict Cumberbatch (“Dr. Estranho”) no primeiro papel de cowboy de sua carreira, e o desespero da personagem de Kirsten Dunst (“Melancolia”) diante do bullying que ele pratica contra seu filho (Kodi Smit-McPhee, de “X-Men: Fênix Negra”). A perseguição maldosa tem origem no relacionamento complicado entre dois irmãos: Phil (Cumberbatch) e George Burbank (Jesse Plemons, de “Breaking Bad”). Quando George se casa secretamente com uma viúva (Dunst), seu irmão trava uma guerra implacável para destrui-la. Com subtextos e muita tensão, está sendo considerado um dos melhores filmes do ano e soma 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. A Noite do Fogo | México | Drama Outro título forte da lista, com os mesmos 93% no Rotten Tomatoes, é o representante do México na busca por uma vaga no Oscar, na categoria de Melhor Filme Internacional. Primeira obra de ficção da premiada documentarista Tatiana Huezo (“Tempestade”), “A Noite do Fogo” acompanha o cotidiano de um grupo de meninas no interior mexicano, onde os perigos vem em várias formas e elas precisam manter os cabelos curtos para parecerem meninos, visando escapar do assédio de traficantes. Galeria Futuro | Brasil | Comédia Os cinemas recebem mais cinco filmes, dos quais três são brasileiros. A melhor produção nacional é “Galeria Futuro”, comédia besteirol que parte de um tema muito sério: a decadência do comércio no centro antigo das grandes metrópoles. Veja abaixo os demais títulos – com respectivos trailers – que chegam aos cinemas nesta quinta-feira (18/11). Chernobyl: O Filme | Rússia | Drama Enquanto Houver Amor | Reino Unido | Drama Nina | Brasil | Drama 8 Presidentes 1 Juramento – A História de um Tempo Presente | Brasil | Documentário
Benedict Cumberbatch teve intoxicação por fumar no filme “Ataque dos Cães”
O ator Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”) revelou que teve três intoxicações por nicotina ao fumar cigarros reais nas filmagens “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog), que estreia na Netflix em 1º de dezembro. “Cigarros sem filtro, tomada após tomada após tomada. Eu tive intoxicação por nicotina três vezes. Quando você precisa fumar muito, é horrível de verdade”, disse o ator em entrevista à revista Esquire. Ele contou que, em busca da maior fidelidade possível para o primeiro papel de cowboy de sua carreira, também evitou tomar banho para ter um fedor autêntico do Velho Oeste. “Eu queria aquela camada de fedor em mim. Queria que as pessoas ao meu redor soubessem o meu cheiro. Mas foi difícil, não foi só durante os ensaios. Eu saía para comer e conhecer amigos da Jane [Campion, a diretora do filme]. Fiquei com um pouco de vergonha da faxineira do local onde eu estava morando”, confessou. Indo além, passou a manter o sotaque e só atender quem lhe chamasse pelo nome de seu personagem, Phil. O ator mantinha até o sotaque para não sair do personagem, e não respondia quando alguém o chamava pelo seu nome real: “Quando alguém esquecia, no primeiro dia, e me chamava de Benedict, eu não me mexia”. O personagem do ator é um homem intimidador e bruto, e razão de desespero para a personagem de Kirsten Dunst (“Melancolia”), diante do bullying que ele pratica contra seu filho, encarnado por Kodi Smit-McPhee (“X-Men: Fênix Negra”). A perseguição maldosa também deixa claro o subtexto gay do interesse do vilão em sua vítima. O elenco ainda destaca Jesse Plemons (“Judas e o Messias Negro”), casado com Dunst na vida real. A trama adapta o romance homônimo de Thomas Savage sobre o relacionamento complicado entre dois irmãos, Phil (Cumberbatch) e George Burbank (Plemons). Quando George se casa secretamente com uma viúva (Dunst), seu irmão trava uma guerra implacável para destrui-la. A adaptação é dirigida por Jane Campion, primeira mulher a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes – por “O Piano”, em 1993 – e que acrescentou em sua estante o troféu de Melhor Direção no Festival de Veneza deste ano com esta nova obra. “Ataque dos Cães” também venceu o Festival de San Sebastián e atingiu 92% de aprovação da crítica norte-americana e britânica no site Rotten Tomatoes.
Ataque dos Cães: Benedict Cumberbatch é cowboy maldoso em trailer tenso
A Netflix divulgou novos pôsteres e o trailer legendado de “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog), western dirigido por Jane Campion, primeira mulher a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes – por “O Piano”, em 1993 – e que acrescentou em sua estante o troféu de Melhor Direção no Festival de Veneza deste ano com esta nova obra. A prévia explora o poder intimidador do protagonista, um homem bruto encarnado pelo ator inglês Benedict Cumberbatch (“Dr. Estranho”) no primeiro papel de cowboy de sua carreira, e o desespero da personagem de Kirsten Dunst (“Melancolia”) diante do bullying que ele pratica contra seu filho, encarnado por Kodi Smit-McPhee (“X-Men: Fênix Negra”). A perseguição maldosa também deixa claro o subtexto gay do interesse do vilão em sua vítima. O elenco ainda destaca Jesse Plemons (“Judas e o Messias Negro”), casado com Dunst na vida real. A trama adapta o romance homônimo de Thomas Savage sobre o relacionamento complicado entre dois irmãos, Phil (Cumberbatch) e George Burbank (Plemons). Quando George se casa secretamente com uma viúva (Dunst), seu irmão trava uma guerra implacável para destrui-la. “Ataque dos Cães” também venceu o Festival de San Sebastián e atingiu 92% de aprovação da crítica norte-americana e britânica no site Rotten Tomatoes. A estreia em streaming vai acontecer em 1 de dezembro.
Produções da Netflix dominam indicações ao Gotham Awards
O Gotham Awards, troféu nova-iorquino dedicado a produções independentes, que tradicionalmente marca o começo da temporada anual de premiações de cinema nos EUA, divulgou os indicados de sua edição de 2021 nesta quinta (21/10). E a lista cria um polêmica em relação à definição do conceito de produção independente, já que foi completamente dominada pela Netflix. A empresa multibilionária e nada indie ficou com 14 indicações, com destaque para “The Lost Daughter” e “Passing”, que se tornaram os títulos mais nomeados com cinco citações cada, incluindo na categoria de Melhor Filme. A Netflix também lidera em indicações individuais com Rebecca Hall e Maggie Gyllenhaal, que em suas estreias como diretoras em “The Lost Daughter” e “Passing” vão disputar os prêmios de Cineasta Revelação e Melhor Roteiro, ambas. E ainda emplacou os primeiros reconhecimentos da indústria americana a “Round 6”, com duas indicações nas categorias de Séries. Como se não bastasse, a programação do serviço de streaming será homenageada com dois prêmios especiais: “Vingança & Castigo” (The Harder They Fall) receberá o prêmio de Melhor Elenco e Jane Campion, que assina “The Power of the Dog”, o Tributo de Direção deste ano. Outro título de streaming, “No ritmo do coração” (CODA), adquirido pela Apple após vencer o Festival de Sundance, também conseguiu destaque, ao conquistar três indicações, todas por atuação. Já a lista de Melhor Filme inclui, além “The Lost Daughter” e “Passing”, mais três títulos inéditos no Brasil: “The Green Knight”, “Test Pattern” e “Pig”. No ano passado, o vencedor foi “Nomadlands”, que acabou conquistando o Oscar. O Gotham Awards deste ano vai acontecer no prédio histórico Cipriani Wall Street, localizado no coração de Manhattan, no dia 29 de novembro, abrindo a temporada de premiações dos melhores do ano no cinema americano, que se estende até a entrega do Oscar. MELHOR FILME The Green Knight The Lost Daughter Passing Pig Test Pattern MELHOR DOCUMENTÁRIO Ascension Faya Dayi Flee President Summer Of Soul (…Or, When The Revolution Could Not Be Televised) MELHOR FILME INTERNACIONAL Azor Drive My Car The Souvenir Part II Titane What Do We See When We Look at the Sky? The Worst Person In The World PRÊMIO BINGHAM RAY PARA CINEASTA REVELAÇÃO Maggie Gyllenhaal (The Lost Daughter) Edson Oda (Nine Days) Rebecca Hall (Passing) Emma Seligman (Shiva Baby) Shatara Michelle Ford (Test Pattern) MELHOR ROTEIRO The Card Counter (Paul Schrader) El Planeta (Amalia Ulman) The Green Knight (David Lowery) The Lost Daughter (Maggie Gyllenhaal) Passing (Rebecca Hall) Red Rocket (Sean Baker & Chris Bergoch) MELHOR ATUAÇÃO Olivia Colman (The Lost Daughter) Frankie Faison (The Killing of Kenneth Chamberlain) Michael Greyeyes (Wild Indian) Brittany S. Hall (Test Pattern) Oscar Isaac (The Card Counter) Taylour Paige (Zola) Joaquin Phoenix (C’mon C’mon) Simon Rex (Red Rocket) Lili Taylor (Paper Spiders) Tessa Thompson (Passing) MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Reed Birney (Mass) Jessie Buckley (The Lost Daughter) Colman Domingo (Zola) Gaby Hoffmann (C’mon C’mon) Troy Kotsur (CODA) Marlee Matlin (CODA) Ruth Negga (Passing) ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO Emilia Jones (CODA) Natalie Morales (Language Lessons) Rachel Sennott (Shiva Baby) Suzanna Son (Red Rocket) Amalia Ulman (El Planeta) SÉRIE REVELAÇÃO (MAIS DE 40 MIN) The Good Lord Bird It’s A Sin Small Axe Round 6 The Underground Railroad The White Lotus SÉRIE REVELAÇÃO (MENOS DE 40 MIN) Blindspotting Hacks Reservation Dogs Run the World We Are Lady Parts SÉRIE REVELAÇÃO DOCUMENTAL Exterminate All the Brutes How To with John Wilson Philly D.A Pride MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA Jennifer Coolidge (The White Lotus) Michael Greyeyes (Rutherford Falls) Ethan Hawke in (The Good Lord Bird) Devery Jacobs (Reservation Dogs) Lee Jung-jae (Round 6) Thuso Mbedu (The Underground Railroad) Jean Smart (Hacks) Omar Sy (Lupin) Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha) Anjana Vasan (We Are Lady Parts)
Perdeu o Tudum? Veja a íntegra do evento estrelado da Netflix
A Netflix disponibilizou a íntegra do evento Tudum em seu canal no YouTube. Além de todos os anúncios já detalhados por aqui, as 3h17 da apresentação de sábado (25/9) também foram preenchidas por esquetes, brincadeiras e muita conversa fiada, que podem ser conferidas abaixo. O tom meio infantilizado tem a ver com o público que a Netflix decidiu priorizar. Para se ter noção, os lançamentos adultos da plataforma foram basicamente esquecidos pelos produtores do evento. Nenhuma frase foi gasta com filmes como “Ataque dos Cães” (The Power of Dogs), “Passing”, “A Mão de Deus” (The Hand of God) ou mesmo o brasileiro “7 Prisioneiros”, que tem arrancado elogios e prêmios dos principais festivais do cinema mundial. Nem mesmo suspenses como “O Fio Invisível” (Distancia de Rescate) e “O Culpado” (The Guilty) foram citados. O viés juvenil está na origem do Tudum, que já foi chamado de festival e surgiu no Brasil no ano passado. Vale lembrar que a primeira edição do evento foi presencial em janeiro de 2020 no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, com participação de Lana Condor e Noah Centineo, astros da comédia romântica adolescente mais popular da plataforma, a trilogia “Para Todos os Garotos”. Já o segundo ano aconteceu de forma virtual devido à pandemia, contando com apresentação de Maisa Silva. Apenas em sua terceira e atual edição o evento se tornou global, com produção americana, mas sua história brasileira foi lembrada durante a apresentação, durante a primeira participação de Maisa, que mostrou enorme desenvoltura falando em inglês. A atriz também comandou um bloco da programação para apresentar os primeiros minutos de sua série “De Volta aos 15” e a produção nacional “Maldivas”, com Bruna Marquezine e Manu Gavassi. Para introduzir as séries brasileiras, Maisa falou em português. E logo vários idiomas surgiram na tela, como espanhol, francês e especialmente o coreano, que escancararam o grande diferencial da Netflix em relação às plataformas rivais. O serviço é realmente internacional, com produções vindas de diferentes lugares do mundo. E são produções de qualidade, como “La Casa de Papel”, “Lupin”, vários animes japoneses e séries sobrenaturais coreanas. Dividido em três blocos de cerca de uma hora cada, o caro infomercial teve como anfitriões a atriz Lilly Singh (“Perfeita É a Mãe”), os astros Finn Wolfhard e Caleb McLaughlin (de “Stranger Things”) e a estrela Nicola Coughlan (“Bridgerton”), além de contar com mais de 145 atores convidados para falar de 70 títulos exclusivos do streaming, incluindo novidades de “The Witcher”, “Emily em Paris”, “Cobra Kai”, “Bridgerton”, “Stranger Things”, “La Casa de Papel”, “Sandman” e “Vikings: Valhalla”, sem esquecer de filmes como “Resgate 2”, “Alerta Vermelho” e “Não Olhe Para Cima”. Eis a integra do evento.
Festival de Veneza premia temáticas e cineastas femininas
O drama francês “Happening”, da cineasta Audrey Diwan, venceu neste sábado (11/9) o Leão de Ouro no Festival de Veneza, numa premiação histórica, que pode ser vista como uma forte mensagem pelos direitos das mulheres, com muitos troféus distribuídos para cineastas e temas femininos. “Sinto-me ouvido esta noite!”, disse Diwan ao aceitar o prêmio. Adaptação do romance homônimo de Annie Ernaux, “Happening” (L’Événement, em francês) conta a história de uma brilhante estudante universitária francesa do início dos anos 1960 que vê sua emancipação ameaçada ao engravidar. Sem opções legais disponíveis, ela tenta encontrar uma maneira de abortar ilegalmente. Além de escolher este filme, o Júri de Veneza, presidido pelo diretor sul-coreano Bong Joon-ho (“Parasita”), também enalteceu um filme sobre maternidade, “Madres Paralelas”, de Pedro Almodóvar, dando à Penélope Cruz o troféu de Melhor Atriz. Numa premiação bastante focada em conquistas femininas, o troféu de Melhor Direção foi para outra cineasta, a neozelandesa Jane Campion por seu primeiro longa em 12 anos, o faroeste empoderador da Netflix “The Power of the Dog”. Para completar o festival das mulheres, a atriz Maggie Gyllenhaal levou o prêmio de Melhor Roteiro por sua estreia na direção, “The Lost Daughter”, adaptação de um romance da escritora italiana Elena Ferrante (pseudônimo de autor desconhecido). O filme masculino mais bem cotado foi o nostálgico “The Hand of God”, inspirado pela juventude do diretor italiano Pablo Sorrentino, que ganhou o Grande Prêmio do Júri (2º lugar) e rendeu ao protagonista Filippo Scotti o troféu de Melhor Jovem Ator. O filipino John Arcilla ficou com a Copa Volpi de Melhor Ator por “On The Job: The Missing 8”, e “Il Buco”, exploração cinematográfica do italiano Michelangelo Frammartino de uma das cavernas mais profundas do mundo, com o Prêmio Especial do Júri. Veja abaixo a premiação completa. Leão de Ouro (Melhor Filme) “Happening”, de Audrey Diwan Grande Prêmio de Júri (2ª Lugar) “The Hand of God”, de Paolo Sorrentino Leão de Prata (Melhor Direção) Jane Campion (“The Power of the Dog”) Copa Volpi Feminina (Melhor Atriz) Penélope Cruz (“Madres Paralelas”) Copa Volpi Masculina (Melhor Ator) John Arcilla (“On The Job: The Missing 8”) Osella de Ouro (Melhor Roteiro) Maggie Gyllenhaal (“The Lost Daughter”) Prêmio Especial do Júri (3ª Lugar) “Il Buco”, de Michelangelo Frammartino Prêmio Marcello Mastroianni (Melhor Ator Jovem) Filippo Scotti (“The Hand of God”) Leão do Futuro (Melhor Filme de Estreia) “Imaculat”, de Monica Stan e George Chiper-Lillemark
Benedict Cumberbatch é cowboy mal intencionado em teaser atmosférico
A Netflix divulgou o pôster e o primeiro teaser de “The Power of the Dog”, novo filme de Jane Campion, primeira mulher a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes – por “O Piano”, em 1993 – , que terá première mundial em 1 de setembro, na abertura do Festival de Veneza. A prévia atmosférica explora o poder intimidante do assobio do protagonista, encarnado pelo ator inglês Benedict Cumberbatch (“Dr. Estranho”) no primeiro papel de cowboy de sua carreira, e o desespero da personagem de Kirsten Dunst (“Melancolia”) diante do bullying contra seu filho, encarnado por Kodi Smit-McPhee (“X-Men: Fênix Negra”). O elenco do western também inclui Jesse Plemons (“Judas e o Messias Negro”), casado com Dunst na vida real. A trama adapta o romance homônimo de Thomas Savage sobre o relacionamento complicado entre dois irmãos, Phil (Cumberbatch) e George Burbank (Plemons). Quando George se casa secretamente com uma viúva (Dunst), seu irmão trava uma guerra implacável para destrui-la. Após abrir o Festival de Veneza, “The Power of the Dog” ainda será exibido nos festivais de Toronto, Nova York e Londres, antes de chegar ao streaming em dezembro.
Benedict Cumberbatch vira cowboy nas fotos do novo filme de Jane Campion
A Netflix divulgou cinco fotos de “The Power of the Dog”, novo filme de Jane Campion, primeira mulher a vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes – por “O Piano”, em 1993 – , que terá première mundial em 1 de setembro, na abertura do Festival de Veneza. As imagens destacam o primeiro papel de cowboy da carreira do ator inglês Benedict Cumberbatch (“Dr. Estranho”), além do jovem Kodi Smit-McPhee (“X-Men: Fênix Negra”) e do casal da vida real Kirsten Dunst (“Melancolia”) e Jesse Plemons (“Judas e o Messias Negro”). A trama adapta o romance homônimo de Thomas Savage sobre o relacionamento complicado entre dois irmãos, Phil (Cumberbatch) e George Burbank (Plemons). Quando George se casa secretamente com uma viúva (Dunst), seu irmão trava uma guerra implacável para destrui-la. Após abrir o Festival de Veneza, “The Power of the Dog” ainda será exibido nos festivais de Toronto, Nova York e Londres, antes de chegar ao streaming em dezembro. Writer-director Jane Campion is back with THE POWER OF THE DOG. Adapted from Thomas Savage's novel, Campion says the book "stayed with me a long time and it didn’t let me go." In select theaters November 17 and on Netflix December 1. pic.twitter.com/dZ96EZUh96 — NetflixFilm (@NetflixFilm) August 23, 2021
Festival de Toronto vai exibir “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira
O Festival de Toronto anunciou nesta quarta (28/7) uma nova leva de filmes que serão exibidos em sua edição de 2021, que acontecerá entre os dias 9 e 18 de setembro em formato híbrido. Um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, o evento canadense exibirá longas que foram destaque em Cannes, entre eles o brasileiro “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira. Elogiado pela crítica internacional durante a projeção francesa, o filme questiona o extremismo religioso na vida de uma comunidade e será exibido na mostra de Cinema Mundial Contemporâneo (Contemporary World Cinema). O Brasil ainda será representado por duas coproduções internacionais da RT Features, produtora de Rodrigo Teixeira: “Bergman Island”, da francesa Mia Hansen-Love, nas sessões especiais, e “Murina”, da croata Antoneta Alamat Kusijanović, na Contemporary World Cinema. Outros longas que foram destaques no Festival de Cannes também foram confirmados nas mostras paralelas, como “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi; “The Worst Person In The World”, de Joachim Trier; “Tre Piani”, de Nanni Moretti, e “Paris, 13th District”, de Jacques Audiard. Já a principal mostra do evento recebeu reforço de “Belfast”, filme de Kenneth Branagh com Judi Dench; “The Electrical Life of Louis Wain”, de Will Sharpe, com Benedict Cumberbatch e Claire Foy; “Noite Passada em Soho”, de Edgar Wright, com Anya Taylor-Joy; “The Mad Woman’s Ball”, dirigido e estrelado por Mélanie Laurent; e o documentário “Jagged”, sobre Alanis Morissette. As sessões especiais contarão ainda com “The Power of the Dog”, de Jane Campion, produção da Netflix selecionada para o Festival de Veneza; “Sundown”, do mexicano Michel Franco, também presente em Veneza; “The Eyes of Tammy Faye”, com Andrew Garfield e Jessica Chastain; e “Petite Maman”, da francesa Céline Sciamma. A lista completa de filmes pode ser encontrada no site do Festival de Toronto (https://www.tiff.net/).
Netflix vai lançar novo filme de Jane Campion no Festival de Veneza
Com a briga entre a Netflix e o Festival de Cannes, o novo filme da cineasta neozelandesa Jane Campion, que já venceu a Palma de Ouro por “O Piano” (1993), será lançado no Festival de Veneza. A Netflix fechou a première mundial com os organizadores do evento italiano, que por sinal tem sido palco para os principais filmes premiados no Oscar nos últimos anos. Intitulado “The Power of the Dog”, o filme de Jane Campion é estrelado por Benedict Cumberbatch (“Dr. Estranho”) e o casal da vida real Kirsten Dunst (“Melancolia”) e Jesse Plemons (“Judas e o Messias Negro”). A trama adapta o romance homônimo de Thomas Savage sobre o relacionamento complicado entre dois irmãos, Phil (Cumberbatch) e George Burbank (Plemons). Quando George se casa secretamente com uma viúva (Dunst), seu irmão trava uma guerra implacável para destrui-la. O problema da Netflix com Cannes é que o festival aceitou a pressão dos exibidores franceses, após incluir filmes da plataforma na competição de 2017, e passou a proibir lançamentos de streaming na disputa da Palma de Ouro. Mesmo após o Oscar e vários outros festivais fazerem concessões ao streaming durante a pandemia, Cannes se mantém irredutível, falando em “regras” que não considerava até a pressão de 2017. A única forma de a Netflix exibir seus filmes no evento francês seria incluí-los em exibições especiais, fora de competição, mas a plataforma acha isso uma desfeita, afirmando que desprestigiaria seus cineastas. Em vez de aceitar o tratamento de marginalização em Cannes, prefere uma aliança com Veneza, que está se fortalecendo com essa briga. Mas não fica nisso. A Netflix já demonstrou que é vingativa, ao comprar os direitos de vários filmes premiados em Cannes para impedi-los de chegar aos cinemas e exibi-los como lançamentos de streaming, ridicularizando as tais regras do festival.






