Série “Cidade de Deus” começa a gravar 2ª temporada
Produção continua a história do filme brasileiro indicado a quatro Oscars com integrantes do elenco original
Band vai exibir “Cidade de Deus – A Luta Não Para” a partir desta sexta
Canal fecha acordo para exibir a sequência do aclamado filme de 2002 na TV aberta
Trailer de “Cidade de Deus: A Luta Não Para” mostra guerra do tráfico
Personagens do filme clássico retomam em meio ao conflito pelo controle da Cidade de Deus por criminosos
Grande Prêmio do Cinema Brasileiro muda de nome e anuncia finalistas
Premiação vira Prêmio Grande Otelo, que já era o nome de seu troféu, e destaca "Mussum, o Filmis" e "O Sequestro do Voo 375" em suas indicações
Teaser apresenta os personagens de “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
Série mostrará destino de personagens do filme "Cidade de Deus" e trará Andréia Horta e Marcos Palmeira em novos papéis
Série derivada de “Cidade de Deus” ganha primeiro teaser
Prévia mostra Buscapé crescido, trabalhando como fotojornalista e novamente cercado por criminosos no bairro carioca
Marcos Palmeira é confirmado na série “Cidade de Deus”
Marcos Palmeira, que está longe da TV desde o fim de “Pantanal” (2022), onde interpretou o protagonista José Leôncio, terá um papel de destaque na série “Cidade de Deus”, da HBO Max. Na atração, que dará sequência ao aclamado filme homônimo de 2002, Palmeira viverá Genivaldo Curió, o líder carismático e generoso que controla o tráfico na Cidade de Deus. Ele é casado com Martinha, personagem interpretada por Shirley Cruz. Para quem não lembra, Martinha teve uma pequena participação no filme original, mas agora terá destaque na continuação da história. O casal terá um filho adolescente na nova narrativa, interpretado por Victor Andrade, uma revelação artística da comunidade que dá nome à saga. O elenco também destaca Andréia Horta como Jerusa, uma advogada perigosa, manipuladora e destemida, além de novos talentos da Cidade de Deus – que já começaram a preparação com Fátima Toledo, a mesma do longa. A trama 20 anos depois Com direção de Aly Muritiba (“Deserto Particular”) e Bruno Costa (“Mirador”), a série continuará a história dos personagens originais 20 anos depois. Tendo como ponto de partida as memórias de Buscapé (Alexandre Rodrigues, reprisando seu papel do filme), o enredo vai se passar no início dos anos 2000 e trará trechos do longa premiado em flashbacks, para reconstrução de lembranças e memórias afetivas dos protagonistas. Ao longo de seis episódios, a série vai mostrar a comunidade assolada pela disputa entre traficantes, policiais e milicianos, com foco principal nas pessoas comuns e como os confrontos afetam diretamente suas vidas. O roteiro é de Sérgio Machado (“O Rio do Desejo”), Renata Di Carmo (“Vai que Cola”), Armando Praça (“Greta”), Estevão Ribeiro (“Dra. Darci”), Rodrigo Felha (“5x Favela, Agora por Nós Mesmos”) e Aly Muritiba. A produção tem três temporadas previstas, mas a renovação dependerá dos resultados após a estreia.
Andréia Horta e Marcos Palmeira são confirmados na série de “Cidade de Deus”
A HBO Max oficializou os nomes de Andréia Horta (“Elis”) e Marcos Palmeira (“Pantanal”) na série derivada do filme “Cidade de Deus” (2002). Os dois retornam à HBO após mais de 15 anos, depois de protagonizarem as séries ‘Alice’, em 2008, e ‘Mandrake’, em 2005, respectivamente. Além de confirmar os atores, a plataforma também adiantou seus personagens e detalhes da série, que será produzida pelo diretor de “Cidade de Deus”, Fernando Meirelles, junto com Andrea Barata Ribeiro e a equipe da O2. Com direção de Aly Muritiba (“Deserto Particular”) e Bruno Costa (“Mirador”), a série continuará a história dos personagens originais 20 anos depois. Tendo como ponto de partida as memórias de Buscapé (Alexandre Rodrigues), o enredo se passa no início dos anos 2000 e trará trechos do filme em flashbacks, para reconstrução de lembranças e memórias afetivas dos protagonistas. Ao longo de seis episódios, a série vai mostrar a comunidade assolada pela disputa entre traficantes, policiais e milicianos, com foco principal nas pessoas comuns e como os confrontos afetam diretamente suas vidas. Andréia Horta viverá Jerusa, uma advogada perigosa, manipuladora e destemida. “Estou felicíssima por estar em Cidade de Deus! É pra mim uma honra voltar à HBO com essa série! Tenho uma personagem que me desafia em um trabalho que nos convocará a refletir os rumos de nossa história”, ela comentou. Já Marcos Palmeira interpretará Genivaldo Curió, o líder carismático e generoso que controla o tráfico na Cidade de Deus. “Eu fiquei muito feliz com o convite, porque eu sou apaixonado pelo filme e pelo trabalho do Fernando! E fazer um personagem maravilhoso como o Curió para mim é bastante desafiador, porque é aquele cara temido e ao mesmo tempo amado, o que é bem complexo e interessante. Mas estou muito feliz de poder trabalhar com o Aly Muritiba, adoro os filmes dele. É um diretor intenso, que sabe o que quer”, disse o ator. O roteiro é de Sérgio Machado (“O Rio do Desejo”), Renata Di Carmo (“Vai que Cola”), Armando Praça (“Greta”), Estevão Ribeiro (“Dra. Darci”), Rodrigo Felha (“5x Favela, Agora por Nós Mesmos”) e Aly Muritiba. A série ainda não tem previsão de estreia.
HBO Max desenvolve série baseada em “Cidade de Deus”
A HBO Max oficializou o desenvolvimento de uma série baseada no filme “Cidade de Deus”. As negociações tinham sido reveladas em setembro, e nesta quarta (30/11) a produção ganhou encomenda de roteiro. “’Cidade de Deus’ é uma obra amada pelo público e trata de temas que mesmo depois de 20 anos ainda são extremamente relevantes, tanto para os brasileiros quanto para a audiência de qualquer lugar do mundo. Por isso, estamos dando início ao desenvolvimento deste projeto, que, futuramente, pode sair do papel e tornar-se uma impactante produção”, disse Silvia Fu, diretora sênior de Conteúdo Script da Warner Bros. Discovery no Brasil. Isto significa que os produtores receberão para desenvolver a história, mas não há garantia de que ela seja gravada, pois dependerá ainda da aprovação dos textos pelos executivos da HBO Max. O desenvolvimento está aos cuidados de Fernando Meirelles, diretor do filme original, sua sócia Andrea Barata Ribeiro e a equipe da O2 Filmes. A ideia da produção é continuar a história dos famosos personagens 20 anos depois. “A série revelará o que brotou daquela semente plantada nos anos em que o filme se passa. Depois que aqueles garotos dobram a esquina na cena final do filme, para onde foram e no que se transformaram?”, disse Meirelles. Para isso, foi convocado um time de roteiristas comandado pelo cineasta Sérgio Machado (“Cidade Baixa”) e que inclui Armando Praça (“Greta”), Renata Di Carmo (“Vai que Cola”),Rodrigo Felha (“5x Favela, Agora por Nós Mesmo”) e o escritor de quadrinhos Estevão Ribeiro. Já o responsável por realizar a direção do piloto será Aly Muritiba (“Deserto Particular”). O longa original projetou vários atores que hoje são famosos, como Leandro Firmino, Jonathan Haagensen, Douglas Silva, Alexandre Rodrigues e até Seu Jorge e Alice Braga em suas estreias no cinema. A produção concorreu ao Oscar de 2004 nas categorias de Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado (Bráulio Montovani), Melhor Edição (Daniel Rezende) e Melhor Fotografia (César Charlone).
Documentário “5 Casas” vence festival Cine Ceará
A 31ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema premiou na noite desta sexta-feira (3/12) o documentário “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto, com o Troféu Mucuripe de Melhor Filme. Com cinco personagens principais muito diferentes uns dos outros, o filme é uma viagem pela memória da infância do diretor em Dom Pedrito, interior do Rio Grande do Sul, lembrando da professora ao amigo gay, em meio a perdas sentidas. O trabalho, que já tinha chamado atenção no circuito internacional, também recebeu os prêmios de Melhor Roteiro (Bruno Gularte Barreto e Vicente Moreno) e Som (Emil Klotzsh). O prêmio de Melhor Direção foi para Alicia Cano Menoni por “Bosco”, filme que também conquistou três troféus – incluindo Montagem (Guillermo Madeiro) eTrilha Sonora Original (Giorgio Ferrero e Rodolfo Mong). Já os vencedores das categorias de interpretação foram dois atores do mesmo longa: Clebia Sousa e Vanderlei Bernardino de “Fortaleza Hotel”, novo filme de Armando Praça – que em 2019 venceu o Cine Ceará com “Greta”. Para completar, “A Praia do Fim do Mundo” rendeu ao cineasta Petrus Cariry o troféu de Melhor Fotografia, além de levar o Prêmio da Crítica e de Direção de Arte (Sergio Silveira). Em 2011, o diretor foi o grande vencedor do festival pelo longa-metragem “Mãe e Filha”. A cerimônia de premiação aconteceu no Cineteatro São Luiz e prestou homenagem ao governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que recebeu o troféu Eusélio Oliveira como reconhecimento por seu trabalho em prol da Cultura no Estado, em especial no setor audiovisual cearense, em meio à pandemia de covid-19. Após a premiação ainda houve uma sessão especial de “O Marinheiro das Montanhas”, documentário de Karim Aïnouz que teve première mundial no último Festival de Cannes e ainda é inédito em circuito comercial no Brasil. Confira abaixo a lista completa dos premiados. MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM Melhor Longa-metragem “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto Melhor Direção Alicia Cano Menoni, por “Bosco” Melhor Atuação Feminina Clebia Sousa, por “Fortaleza Hotel” Melhor Atuação Masculina Vanderlei Bernardino, por “Fortaleza Hotel” Melhor Roteiro Bruno Gularte Barreto e Vicente Moreno, por “5 Casas” Melhor Fotografia Petrus Cariry, por “A Praia no Fim do Mundo” Melhor Montagem Guillermo Madeiro, por “Bosco” Melhor Trilha Sonora Original Giorgio Ferrero e Rodolfo Mong, por “Bosco” Melhor Som Emil Klotzsh, por “5 Casas” Melhor Direção de Arte Sergio Silveira, por “A Praia do Fim do Mundo” Prêmio da Crítica – Abraccine “A Praia do Fim do Mundo”, de Petrus Cariry MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM Melhor Curta-metragem “Chão de Fábrica”, de Nina Kopko Melhor Direção Pedro Gonçalves, por “O Resto” Melhor Roteiro Carlos Segundo, por “Sideral” Prêmio da Crítica – Abraccine “O Durião Proibido”, de Txai Ferraz Prêmio Canal Brasil de Curtas “Chão de Fábrica”, de Nina Kopko Troféu Samburá Melhor Curta “Sideral”, de Carlos Segundo Troféu Samburá Melhor Direção Júlia Fávero e Victoria Negreiros, por “Como Respirar Fora d’Água” MOSTRA OLHAR DO CEARÁ Melhor Longa-metragem “Minas Urbanas”, de Natália Gondim Melhor Curta-metragem “Sebastiana”, de Cláudio Martins Prêmio Unifor de Audiovisual “Sebastiana”, de Cláudio Martins PRÊMIO ÁGUA E RESISTÊNCIA Júri Olhar Universitário “Jeanstopia”, de Gabriel Viggo E Murilo Da Paz MOSTRA PONTES CRIATIVAS Melhores Curtas-metragens “Eu Sou as Cores, Você É a Praça”, de Paulo Ribeiro e Anio Tales Carin “Eu Não Sou Daqui”, de Leandro Olímpio
Festival Sesc Melhores Filmes disponibiliza sucessos da crítica de graça
Principal endereço do cinema de arte de São Paulo, o Cinesesc começou a 46ª edição de seu Festival Sesc Melhores Filmes, que este ano acontece online e de graça, na plataforma Em Casa com Sesc. A seleção reúne 13 dos melhores principais títulos lançados nos cinemas brasileiros em 2019, como o polonês “Guerra Fria”, Melhor Direção em Cannes e indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro, o dinamarquês “Rainha de Copas”, prêmio do público em Sundance, e o sueco “Border”, igualmente premiado em Cannes. A maioria, porém, são títulos nacionais, entre eles dois longas também premiados em Cannes, “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”, de João Salaviza e Renée Nader Messora. Alguns títulos ficarão disponíveis por 30 dias na plataforma digital, mas outros, como o citado “Bacurau”, terão sessão única – neste caso, no domingo (23/8). O acesso aos filmes estão disponíveis no site oficial: https://melhoresfilmes.sescsp.org.br/. A lista de títulos pode ser conferida abaixo. “Bacurau”, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho. “Border”, de Ali Abbasi. “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”, de Renée Nader Messora e João Salaviza. “Cine São Paulo”, de Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli. “Divino Amor”, de Gabriel Mascaro. “Elegia de um Crime”, de Cristiano Burlan. “Greta”, de Armando Praça. “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski. “Inferninho”, de Pedro Diogenes e Guto Parente. “Los Silencios”, de Beatriz Seigner. “No Coração do Mundo”, de Gabriel Martins e Maurílio Martins. “Rainha de Copas”, de May El-Toukhy. “Torre das Donzelas”, de Susanna Lira.
Greta materializa universo LGBTQIA+ com força dramática
O longa-metragem de estreia de Armando Praça, “Greta”, é baseado na peça “Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá”, de Fernando Melo, escrita e encenada como comédia. A mudança da comédia para o melodrama foi uma opção do cineasta, que achava que aquela história era muito mais próxima de uma situação dramática. Aliás, é interessante quando um diretor busca um espaço entre o drama e a comédia para contar suas histórias, como fazia Almodóvar em seus primeiros filmes. No caso de “Greta”, ainda há bastante espaço para o humor, mas se trata definitivamente de uma história sobre dor, sobre busca de sentido para uma vida que está próxima do fim e muita, muita solidão e rejeição. Mesmo sendo um filme com protagonistas homossexuais, certas coisas são universais. Afinal, difícil encontrar quem nunca passou por sentimentos de solidão e rejeição. Na trama, Marco Nanini é Pedro, um enfermeiro septuagenário que procura ajudar sua amiga transexual Daniela (Denise Weinberg), que passa por uma doença terminal e sofre muitas dores. A escalação de uma mulher cis para viver uma trans tem sido bastante questionada, mas difícil não se emocionar com a performance de Denise cantando “Bate Coração”, canção do repertório de Elba Ramalho. A carga dramática que ela empresta à canção e amplifica o sentido da letra é tocante. De todo modo, o elenco também inclui uma trans, Gretta Sttar, interpretando uma mulher cis. Mas o filme está mesmo mais interessado na trajetória de Pedro e sua busca por prazer para aliviar a dor, sua busca por alguém que o ame. Ele é um homem que costuma masturbar alguns pacientes do hospital em que trabalha, tenta marcar encontros e frequenta saunas gay, um espaço favorável para o sexo casual. Há uma cena com um misto de humor e drama bem marcante que se passa nesse espaço. Vale destacar que há cenas em que o sexo aparece bastante pulsante dentro dos leitos de hospital, inclusive. A vida de Pedro ganha novo sentido quando ele, para encontrar uma vaga para a amiga Daniela no hospital, leva um homem responsável pela morte de outra pessoa, ferido, para sua casa. Com esse homem potencialmente perigoso vivido por Démick Lopes, Pedro cria uma relação de ajuda, desejo e afeto. O homem, a princípio muito reticente em ter relações sexuais com aquele idoso, aos poucos começa a se aproximar. Há um diálogo muito bonito e doloroso em que Daniela pergunta a Pedro se ele ainda está tendo um caso com esse homem que cometeu um crime e é procurado pela polícia. “É o único que eu tenho”, Pedro diz, com um misto de alegria e tristeza. A entrega de Marco Nanini a esse papel é admirável. O grande ator não se incomodou em se entregar também de maneira física nas cenas que envolvem sexo e nudez. Isso contribui para que o filme ganhe ainda mais força na materialização desse universo marginal.










