Remake de Perdidos no Espaço ganha 20 fotos novas
A Netflix divulgou 20 novas fotos do remake da série “Perdidos no Espaço” (Lost in Space), que apresentam os personagens, alguns efeitos visuais e os cenários da atração. Para quem esqueceu, ou é muito jovem para saber, a série original “Perdidos no Espaço”, criada criada em 1965 pelo lendário produtor Irwin Allen (o mesmo de “Viagem ao Fundo do Mar”, “Túnel do Tempo” e “Terra de Gigantes”), é uma versão sci-fi do clássico literário juvenil “A Família Robinson”, história de uma família que naufraga numa ilha deserta, escrita pelo pastor suíço Johann David Wyss em 1812. Na trama televisiva, a ilha é substituída por outro planeta. A produção dos anos 1960 se passava em 1997 – três décadas no futuro da época – , no começo do programa de colonização espacial dos Estados Unidos, com o envio da família Robinson em uma viagem de 5 anos e meio para fundar a primeira base espacial humana num planeta de outro sistema solar, na constelação da estrela Alpha Centauri. Porém, o espião Dr. Zachary Smith (o papel da vida de Jonathan Harris) sabotava a missão, levando a nave Júpiter 2 a sair da rota e ficar perdida no espaço. Até, eventualmente, chegar num planeta desconhecido. A nova versão também se passa 30 anos no futuro (no final dos anos 2040) e traz Toby Stephens (série “Black Sails”) como John Robinson, Molly Parker (série “House of Cards”) como Maureen Robinson, o menino Maxwell Jenkins (série “Sense8”) como Will, a adolescente Taylor Russell (série “Falling Skies”) como Judy, Mina Sundwall (“O Plano de Maggie”) como Penny, o argentino Ignacio Serricchio (série “Bones”) como o piloto Don West e Parker Posey (“O Homem Irracional”) como a Dra. Smith. As maiores mudanças em relação ao casting original ficaram por conta da troca de sexo do vilão Dr. Smith, imortalizado por Jonathan Harris, e a inclusão de um latino (Serricchio) e uma mulher negra (Russell) na tripulação. Por sinal, Don e Judy formavam um casal na série clássica. Além disso, o robô, que imortalizou a frase “Perigo, Will Robinson”, agora é alienígena. O remake foi escrito por Matt Sazama e Burk Sharpless, autores dos filmes “Dracula – A História Nunca Contada” (2014), “O Último Caçador de Bruxas” (2015) e “Deuses do Egito” (2016). Além deles, a série tem produção de Zack Estrin, roteirista-produtor de “Prison Break” e criador de “Once Upon a Time in Wonderland”. A estreia acontece na sexta, dia 13 de abril.
Filme Estrelas Além do Tempo vai virar série
O filme “Estrelas Além do Tempo” (Hidden Figures) vai virar série. A produção está sendo desenvolvida pelo canal pago National Geographic, com envolvimento dos produtores do longa-metragem. A trama cinematográfica, por sua vez, era uma adaptação de um livro de não ficção de Margot Lee Shetterly, sobre a história real de cientistas negras responsáveis por contribuições cruciais no programa espacial dos Estados Unidos. Sucesso de bilheterias, “Estrelas Além do Tempo” rendeu US$ 235 milhões e foi indicado ao Oscar 2017 de Melhor Filme. Escrito e dirigido por Theodore Melfi, o longa trazia Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe como protagonistas. A adaptação dá sequência aos planos do National Geographic para desenvolver mais séries tradicionais, após o sucesso de “Genius” – que contou a história de Albert Einstein em sua 1ª temporada e tratará da vida de Pablo Picasso na 2ª. Até então, o canal era conhecido por exibir apenas obras de viés documental.
Ator de Inumanos viverá o Capitão Pike em Star Trek: Discovery
O ator Anson Mount, intérprete de Raio Negro na série dos Inumanos, da Marvel, vai interpretar outro papel icônico numa série. Ele entrou em “Star Trek: Discovery” para viver o Capitão Christopher Pike, antecessor do Capitão James Kirk na nave Enterprise. A participação do personagem foi plantada no final da 1º temporada da série, quando um pedido de socorro levou a tripulação da Discovery a encontrar a nave Enterprise. Mas como a série se passa antes dos eventos dos filmes de “Star Trek”, quem está na ponte de comando ainda é Pike. O personagem foi vivido por Jeffrey Hunter no piloto rejeitado de “Jornada nas Estrelas” em 1964. O papel foi reformulado e o ator foi substituído por William Shatner com a introdução do Capitão Kirk no segundo piloto, que foi aprovado em 1966. Mas as cenas gravadas em 1964 não foram perdidas. Elas acabaram integrando a cronologia oficial num episódio duplo da 1ª temporada, que mostrou as cenas mais antigas como se fossem da tripulação “original” da Enterprise – que incluía Pike, Spock (Leonard Nimoy) e a Número Um (Majel Barrett), entre outros. Pike continuou a existir no reboot cinematográfico de 2009, aparecendo como o capitão da Enterprise no começo do filme “Star Trek” – vivido por Bruce Greenwood – , antes do comando da nave passar para o Capitão Kirk. A dúvida, agora, é se, além de Pike, os demais integrantes da tripulação “original” também aparecerão. Segundo os showrunners Aaron Harberts e Gretchen J. Berg, a decisão de introduzir a nave Enterprise em “Star Trek: Discovery” coloca um “elefante na sala”, já que Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) e Sarek (James Frain), irmã e pai de Spock, estão a bordo da Discovery. “Certamente, não estamos confirmando que vamos apresentar Spock e, certamente, não vamos contratar um novo ator para esse papel”, diz Harberts. “Sabemos o quão incríveis foram as performances de Leonard Nimoy e Zachary Quinto e o que a série original e o diretor do filme ‘Star Trek’, JJ Abrams, conseguiram desencadear com esse personagem. Nunca encontraríamos outro ator que pudesse chegar perto do que Leonard Nimoy fez com o papel original”. Mas a produtora Gretchen J. Berg faz uma ressalva. “Embora a nossa série seja chamada ‘Discovery’ e nosso foco principal seja sempre as pessoas na ‘Discovery’, também estamos vivendo dentro do universo ‘Star Trek'”, ela pondera. “Uma hora teríamos que dar reconhecimento e interagir com esta outra nave e seus tripulantes que estão por aí”. Vale observar que um detalhe “lógico”, como diriam os vulcanos, pode impedir a presença de Spock na série. Enquanto Spock já era Oficial de Ciências da tripulação comandada pelo Capitão Pike na série clássica dos anos 1960, ele ainda estudava na Academia da Frota Estelar quando Pike comandou a Enterprise na nova cronologia estabelecida pelo reboot de 2009. Desta forma, a participação de Spock cria um paradoxo. Se ele aparecer, “Discovery” será um prólogo da série original “Jornada nas Estrelas” (1966-1969). Se não aparecer, a série é prólogo do reboot estabelecido pelo filme de J.J. Abrams. A má notícia para quem quer saber logo como esse paradoxo será resolvida é que a 2ª temporada de “Star Trek: Discovery” só deve estrear em 2019.
Netflix divulga abertura do remake da série Perdidos no Espaço
A Netflix divulgou o vídeo da abertura da série “Perdidos no Espaço” (Lost in Space). A prévia explora cenas da conquista espacial sob o ponto de vista de típicas famílias americanas, avançando no tempo até colocar uma típica família americano no espaço – o mote da atração. Ao final, é possível ver o perfil do novo intérprete de Will Robinson e a nave Júpiter 2, enquanto a trilha sonora referencia o famoso tema da 3ª temporada original – composto por um jovem chamado Johnny Williams, que hoje o mundo reverencia como o grande John Williams de “Star Wars”, “Indiana Jones” e muitas trilhas clássicas. A referência às famílias é muito pertinente. Afinal, “Perdidos no Espaço” foi concebida como uma versão sci-fi do clássico literário juvenil “A Família Robinson”, história de uma família que naufraga numa ilha deserta, escrita pelo pastor suíço Johann David Wyss em 1812. Na série original, criada em 1965 pelo lendário produtor Irwin Allen (o mesmo de “Viagem ao Fundo do Mar”, “Túnel do Tempo” e “Terra de Gigantes”), a ilha foi substituída por outro planeta. A trama se passava em 1997 – três décadas no futuro da época – , no começo do programa de colonização espacial dos Estados Unidos, com o envio da família Robinson em uma viagem de 5 anos e meio para fundar a primeira base espacial humana num planeta de outro sistema solar, na constelação da estrela Alpha Centauri. Porém, o espião Dr. Zachary Smith (o papel da vida de Jonathan Harris) sabotava a missão, levando a nave Júpiter 2 a sair da rota e ficar perdida no espaço. Até, eventualmente, chegar num planeta desconhecido. A nova versão também se passa 30 anos no futuro (no final dos anos 2040) e traz Toby Stephens (série “Black Sails”) como John Robinson, Molly Parker (série “House of Cards”) como Maureen Robinson, o menino Maxwell Jenkins (série “Sense8”) como Will, a adolescente Taylor Russell (série “Falling Skies”) como Judy, Mina Sundwall (“O Plano de Maggie”) como Penny, o argentino Ignacio Serricchio (série “Bones”) como o piloto Don West e Parker Posey (“O Homem Irracional”) como a Dra. Smith. As maiores mudanças em relação ao casting original ficaram por conta da troca de sexo do vilão Dr. Smith, imortalizado por Jonathan Harris, e a inclusão de um latino (Serricchio) e uma mulher negra (Russell). Por sinal, Don e Judy formavam um casal na série clássica. Além disso, o robô, que imortalizou a frase “Perigo, Will Robinson”, agora é alienígena. O remake foi escrito por Matt Sazama e Burk Sharpless, autores dos filmes “Dracula – A História Nunca Contada” (2014), “O Último Caçador de Bruxas” (2015) e “Deuses do Egito” (2016), um pior que o outro. Além deles, a atração terá produção de Zack Estrin, roteirista-produtor de “Prison Break” e criador da fraquíssima “Once Upon a Time in Wonderland”. A estreia está marcada para a próxima sexta-feira, dia 13 de abril. Compare abaixo a nova abertura com as aberturas clássicas da série.
Benedict Cumberbatch surta no pôster e no novo trailer da minissérie Patrick Melrose
O canal pago americano Showtime divulgou o pôster oficial e um novo trailer da minissérie “Patrick Melrose”, em que Benedict Cumberbatch ensaia o que promete ser uma performance consagradora. Ele surta, ao som de “London Calling”, da banda The Clash, lembrando a infância com um pai marcante – que lhe deixou marcado por traumas. A montagem frenética mistura diferentes fases da vida do personagem, evocando o fato de a minissérie atravessar décadas. “Patrick Melrose” é baseada na coleção de romances de Edward St. Aubyn sobre o personagem-título, um aristocrata que teve uma infância profundamente traumática e que, enquanto luta para superar os danos infligidos por seu pai, precisa decidir se mergulha na vida de playboy escandaloso ou se torna um homem de família. A adaptação transforma cada livro da coleção num episódio diferente, mudando de década a cada capítulo. Serão, ao todo, cinco episódios escritos pelo roteirista David Nicholls (“Um Dia”, “Longe Deste Insensato Mundo”), que chamou Cumberbatch de “o Patrick Melrose perfeito”. Por sinal, o ator já tinha dito, numa entrevista de 2013, que Patrick Melrose era o personagem literário que ele mais gostaria de interpretar. O elenco também inclui Hugo Weaving (“Até o Último Homem”) como o pai de Melrose, Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”) como sua mãe, Anna Madeley (“Na Mira do Chefe”) como sua mulher, além de Allison Williams (“Corra!”), Blythe Danner (“Entrando numa Fria”), Pip Torrens (série “The Crown”), Jessica Raine (série “Call the Midwife”), Prasanna Puwanarajah (série “Doctor Foster”), Holliday Grainger (série “The Borgias”), Indira Varma (série “Game of Thrones”) e Celia Imrie (“O Bebê de Bridget Jones”). A direção é do alemão Edward Berger (série “Deutschland 83”) e a estreia está marcada para 12 de maio nos Estados Unidos.
Stéphane Audran (1932 – 2018)
Morreu a atriz francesa Stéphane Audran, uma das musas da nouvelle vague. Ela faleceu nesta terça-feira (27/3) aos 85 anos. “Minha mãe estava doente há algum tempo. Ela foi hospitalizada há dez dias e voltou para casa. Ela partiu pacificamente esta noite por volta das duas da manhã”, anunciou seu filho Thomas Chabrol à AFP. Nascida Colette Suzanne Dacheville, em 8 de novembro de 1932 na cidade de Versalhes, ela foi casada com o ator Jean-Louis Trintignant entre 1954 e 1956, antes dele se tornar famoso. Mas só virou atriz depois da separação. Em 1959, o cineasta Claude Chabrol a escalou na comédia “Os Primos” e foi amor à primeira vista. Os dois se casaram na vida e no cinema, criando 20 filmes juntos. Entre eles, estão alguns clássicos da nouvelle vogue, como “Entre Amigas” (1960), “A Mulher Infiel” (1969), “Amantes Inseparáveis” (1973) e especialmente “As Corças” (1968), sobre um relacionamento à três, em que ela encarnou uma bela bissexual. Pelo papel, a atriz venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim. Stéphane também venceu o César por “Violette” (1978), e o BAFTA por “Ao Anoitecer” (1971), ambos dirigidos por Chabrol. Ela também estrelou inúmeros clássicos de outros cineastas, como “O Signo do Leão” (1962), de Éric Rohmer, “A Garota no Automóvel com Óculos e um Rifle” (1970), de Anatole Litvak, o vencedor do Oscar “O Discreto Charme da Burguesia” (1972), de Luis Buñuel, “Agonia e Glória” (1980), de Samuel Fuller, e o popular “A Festa de Babette” (1987), de Gabriel Axel, que também venceu o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O casamento com Chabrol acabou em 1980, mas não a parceria, que perdurou até os anos 1990. Após encerrar a carreira em 2008, num pequeno papel em “A Garota de Mônaco”, de Anne Fontaine, ela retornou recentemente para completar filmagens de um longa inacabado de Orson Welles, “The Other Side of the Wind”, que permanece inédito. “Stéphane era uma atriz muito boa. Era ótima para interpretar mulheres livres e independentes, como era na vida”, reagiu o diretor Jean-Pierre Mocky, que havia dirigido a atriz em “Les Saisons du Plaisir” em 1988.
Renee Zellweger vira Judy Garland em primeira foto de cinebiografia
Os estúdios Pathe e BBC Films divulgaram a primeira foto de Renee Zellweger, a eterna Bridget Jones, caracterizada como Judy Garland, a eterna Dorothy de “O Mágico de Oz” (1939) numa cinebiografia. O filme, batizado de “Judy”, vai retratar o final da vida de Garland. Situado em 1968, mostrará a chegada da atriz em Londres para uma série de apresentações. 30 anos depois de dar a vida a Dorothy, ela enfrenta problemas de uma grande estrela: brigas com empresários, sua relação com músicos, fãs e amigos, além do romance com seu quinto marido, Mickey Dean. Judy Garland faleceu poucos meses depois, ainda em Londres, de overdose aos 47 anos de idade. O filme começou a ser rodado em fevereiro na Inglaterra, com roteiro de Tom Edge (da série “The Crown”) e direção do inglês Rupert Goold (“A História Verdadeira”). O elenco também inclui Jessie Buckley (minissérie “War and Peace”), Finn Wittrock (“American Horror Story”), Rufus Sewell (“The Man in the High Castle”), John Dagleish (“Beaver Falls”) e Michael Gambon (o Dumbledore da franquia “Harry Potter”). Ainda não há previsão para a estreia.
Benedict Cumberbatch dá show de interpretação em cena da minissérie Patrick Melrose
Se a nova prévia da minissérie “Patrick Melrose”, divulgada pelo canal pago americano Showtime, servir de indicação, Benedict Cumberbatch deve dominar os prêmios de interpretação televisiva deste ano. O ator inglês dá um verdadeiro show de atuação na cena de um minuto e meio, que o mostra, simplesmente, fazendo pedidos e se alimentando num restaurante. Entre um gole e uma garfada, ele dispara comentários irônicos para os garçons, enquanto vozes na sua cabeça levam outra discussão adiante. “Patrick Melrose” é baseada na coleção de romances de Edward St. Aubyn sobre o personagem, um aristocrata que teve uma infância profundamente traumática e que, enquanto luta para superar os danos infligidos por seu pai, precisa decidir se mergulha na vida de playboy escandaloso ou se torna um homem de família. A adaptação transforma cada livro da coleção num episódio diferente, mudando de década a cada capítulo. Serão, ao todo, cinco episódios escritos pelo roteirista David Nicholls (“Um Dia”, “Longe Deste Insensato Mundo”), que chamou Cumberbatch de “o Patrick Melrose perfeito”. Por sinal, o ator já tinha dito, numa entrevista de 2013, que Patrick Melrose era o personagem literário que ele mais gostaria de interpretar. O elenco também inclui Hugo Weaving (“Até o Último Homem”) como o pai de Melrose, Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”) como sua mãe, Anna Madeley (“Na Mira do Chefe”) como sua mulher, Allison Williams (série “Girls”) como uma conhecida, e Blythe Danner (“Entrando numa Fria”) como uma tia rica. A direção é do alemão Edward Berger (série “Deutschland 83”) e a estreia está marcada para 12 de maio.
Documentário resgata vida e morte intensas de Torquato Neto
A escolha do personagem Torquato Neto para um documentário não poderia ser mais feliz. O poeta, que viveu pouco, mas teve intensa e profunda atuação cultural, estava mesmo precisando ser lembrado e resgatado em sua obra, que envolvia música, como letrista, cinema, como criador e intérprete, jornalismo, com seus textos e poemas, e a produção cultural, de modo geral. Isso foi feito. O filme de Eduardo Ades e Marcus Fernando resgata a poesia e a prosa de Torquato Neto, na voz do ator Jesuíta Barbosa, e compreende a sua atuação por meio de muitos depoimentos e trechos de filmes em que ele participou, com o personagem do curta “Nosferato no Brasil” (1970), dirigido por Ivan Cardoso, e muitos exemplares do cinema marginal, com quem ele interagia, e do cinema novo. Sua vida cultural envolveu trabalhos com Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Jards Macalé, Wally Salomão, Hélio Oiticica, e muitos outros que compunham com ele a geleia geral brasileira do período em que ele viveu. Esse piauiense tão talentoso, inovador e provocador, suicidou-se aos 28 anos de idade, em 1972, e falar da sua vida é, inevitavelmente, falar dessa escolha, que sempre o acompanhou como ideia e que ele acabou por concretizar. Não há respostas, há tentativas de aproximação e entendimento. O que importa hoje é a obra que ficou, que é muito relevante e merece ser revisitada. Não faltam elementos, informações, referências visuais ao documentário “Torquato Neto – Todas as Horas do Fim”, mas ele seria mais interessante se tivesse se preocupado um pouquinho mais em ser didático, o que costuma ser mal visto pelos documentaristas atuais, mas que faz falta, muitas vezes. E não é nenhum pecado mortal, convenhamos. As falas, os depoimentos, são ouvidos quase o tempo todo, enquanto as imagens mostram filmes e fotos. Algumas vezes, aparece o nome da pessoa que fala, outras, não. Quem não identificar o tom de voz, fica sem saber quem está falando. Caetano, Gil, Tom Zé, têm timbres bem conhecidos e divulgados, outros, nem tanto. É possível dizer que o importante é o que se diz, não quem disse. Mas, sem dúvida, o espectador quer saber e tem esse direito. Outro aspecto que causa estranheza é a ausência de Edu Lobo no filme. A música de Torquato Neto que mais se ouve ainda hoje é “Pra Dizer Adeus”, parceria com Edu, tocada duas vezes no filme. Porém, a única referência a Edu Lobo na vida de Torquato é uma foto, junto com outras pessoas, e o crédito na música citada, ao final. Enquanto isso, Caetano e Gil aparecem prodigamente. Nada contra. Mas há um descompasso que poderia ter sido pelo menos compensado por alguma citação, se é que Edu não pôde ou não quis dar depoimento para o filme. Ficou faltando a sua presença, que certamente é menos provocadora, mas não menos importante. O tropicalismo, movimento que Torquato Neto ajudou a criar e militou culturalmente, tem grande destaque no documentário e as imagens dele, no papel de vampiro, perpassam todo o filme. As palavras que ele manejava como poucos inundam a tela. Ao final, um resgate bonito e necessário.
Vídeo e fotos de Perdidos no Espaço revelam cenas inéditas com muitos efeitos visuais
A Netflix divulgou cinco novas fotos e um vídeo legendado de bastidores da série “Perdidos no Espaço” (Lost in Space). A prévia explora cenas de ação e muitos efeitos visuais do remake, enquanto apresenta comentários do elenco e dos criadores. Para quem esqueceu, ou é muito jovem para saber, “Perdidos no Espaço” é uma versão sci-fi do clássico literário juvenil “A Família Robinson”, história de uma família que naufraga numa ilha deserta, escrita pelo pastor suíço Johann David Wyss em 1812. Na série original, criada em 1965 pelo lendário produtor Irwin Allen (o mesmo de “Viagem ao Fundo do Mar”, “Túnel do Tempo” e “Terra de Gigantes”), a ilha foi substituída por outro planeta. A trama se passava em 1997 – três décadas no futuro da época – , no começo do programa de colonização espacial dos Estados Unidos, com o envio da família Robinson em uma viagem de 5 anos e meio para fundar a primeira base espacial humana num planeta de outro sistema solar, na constelação da estrela Alpha Centauri. Porém, o espião Dr. Zachary Smith (o papel da vida de Jonathan Harris) sabotava a missão, levando a nave Júpiter 2 a sair da rota e ficar perdida no espaço. Até, eventualmente, chegar num planeta desconhecido. A nova versão também se passa 30 anos no futuro (no final dos anos 2040) e traz Toby Stephens (série “Black Sails”) como John Robinson, Molly Parker (série “House of Cards”) como Maureen Robinson, o menino Maxwell Jenkins (série “Sense8”) como Will, a adolescente Taylor Russell (série “Falling Skies”) como Judy, Mina Sundwall (“O Plano de Maggie”) como Penny, o argentino Ignacio Serricchio (série “Bones”) como o navegador Don West e Parker Posey (“O Homem Irracional”) como a Dra. Smith. As maiores mudanças em relação ao casting original ficaram por conta da troca de sexo do vilão Dr. Smith, imortalizado por Jonathan Harris, e a inclusão de um latino (Serricchio) e uma mulher negra (Russell) na tripulação. Por sinal, Don e Judy formavam um casal na série clássica. Além disso, o robô, que imortalizou a frase “Perigo, Will Robinson”, agora é alienígena. O remake foi escrito por Matt Sazama e Burk Sharpless, autores dos filmes “Dracula – A História Nunca Contada” (2014), “O Último Caçador de Bruxas” (2015) e “Deuses do Egito” (2016), um pior que o outro. Além deles, a atração terá produção de Zack Estrin, roteirista-produtor de “Prison Break” e criador da fraquíssima “Once Upon a Time in Wonderland”. A estreia está marcada para 13 de abril.
Graphic novel O Quinto Beatle vai virar minissérie com músicas originais dos Beatles
A graphic novel “O Quinto Beatle” (The Fifth Beatle: The Brian Epstein Story) vai virar série no canal pago americano Bravo, mais conhecido por exibir reality shows. O autor da história em quadrinhos, Vivek J. Tiwary, fará a própria adaptação. E ele conta com algo que nenhum outro produtor já conseguiu: autorização para usar as músicas originais dos Beatles na atração. Embora novato na indústria televisiva, Vivek goza de bastante prestígio nos meios teatrais. Suas produções para a Broadway já foram indicadas a 44 Tony Awards e renderam 25 troféus. Entre seus créditos, estão as montagens de “A Família Addams” e “American Idiot”, baseado no disco homônimo da banda Green Day. O chamado “quinto beatle” é Brian Epstein (1934-1967), primeiro empresário dos Beatles e um dos responsáveis pelo sucesso da banda nos anos 1960. A expressão foi cunhada por Paul McCartney, que disse: “Se alguém pudesse ser considerado o quinto Beatle, seria Brian”. A minissérie será produzida pela Universal Cable Productions e a Sonar Entertainment, e a trama acompanhará a jornada do empresário para levar a banda ao sucesso. Epstein já foi retratado numa minissérie anteriormente. Ele foi vivido por Ed Stoppard na produção britânica “Cilla” (2014), sobre outra artista que ele ajudou a estourar, a cantora Cilla Black. Não há detalhes adicionais sobre o projeto ou previsão para a estreia. Com desenhos de Andrew Robinson (dos quadrinhos de “Star Wars” e “Batman”) e contribuições adicionais do premiado artista Kyle Baker (da graphic novel “Why I Hate Saturn”), “O Quinto Beatle” foi editado pela Dark Horse nos EUA e recebeu uma edição nacional pela Editora Aleph em 2014. Veja a capa abaixo.
Série Sopranos vai ganhar prólogo cinematográfico
O criador da série “Sopranos”, cujo último capítulo foi ao ar em 2007, resolveu retomar a família mafiosa do canal pago HBO num longa-metragem. Mas, em vez de continuar a história, ele pretende fazer um prólogo, passado nos 1960, que mostrará as versões jovens de diversos personagens conhecidos. Segundo o site Deadline, o projeto está sendo chamado “The Many Saints of Newark” e teria como contexto os conflitos entre negros e imigrantes italianos de Newark, em Nova Jersey, sobretudo os gângsteres das duas comunidades. Numa entrevista de 2012, Chase já tinha mencionado o desejo de criar um prólogo. Para ele, seria a única forma de retornar ao universo dos Sopranos, após a morte de James Gandolfini, intérprete do protagonista da atração. O ator faleceu em 2013, aos 51 anos, de ataque cardíaco. Entretanto, o final ambíguo da série lhe permitiria continuar a história, considerando que Tony Soprano, o personagem de Gandolfini, poderia ter sido assassinado nos segundos seguintes ao escurecimento final da tela – o que daria maior peso para a forma como a série acabou. Mas Chase já disse não considerar esse caminho, em homenagem ao ator. “Há alguns episódios na História que me interessam, como Newark, em New Jersey. Um deles seria no fim dos anos 1960, começo de 1970, sobre a animosidade racial, ou o começo, o comecinho mesmo, da invasão das drogas”, ele antecipou há seis anos. “Sopranos” é considerada uma das séries mais influentes de todos os tempos. A complexidade de sua narrativa abriu as portas para uma revolução televisiva, que transformou a HBO em padrão de qualidade a ser seguido. Primeira produção de TV paga a vencer o Emmy de Melhor Série de Drama, ela mudou um paradigma, levando ao domínio das séries por assinatura nas premiações da indústria. Ao todo, “Sopranos” conquistou 21 prêmios Emmy durante as seis temporadas em que ficou no ar, entre 1999 e 2007. O filme estaria sendo desenvolvido pelo estúdio New Line, parte do conglomerado Warner, do qual também faz parte a HBO.
Diretor de X-Men: Fênix Negra vai filmar remake de Fuga do Século 23
A Warner retomou seus planos de realizar um remake de “Fuga do Século 23” (Logan’s Run). O projeto já tem quase duas décadas e trocou de roteiristas e diretores inúmeras vezes. Mas agora vai, parece, talvez. Segundo o site Deadline, o estúdio quer levar às telas um roteiro de Peter Craig (das duas partes de “Jogos Vorazes: A Esperança”) com direção de Simon Kinberg, também roteirista, que vai estrear oficialmente como diretor em “X-Men: Fênix Negra”. Esta equipe foi definida após o estúdio recusar os projetos de, entre outros diretores, Joseph Kosinski (“Tron: Legacy”), Bryan Singer (“X-Men: Apocalipse”) e Nicolas Winding Refn (“Demônio de Neon”), além de roteiros de Alex Garland (“Ex-Machina” e “Aniquilação”), Tim Sexton (“Filhos da Esperança”) e Ryan Condal (criador de “Colony”). A história original é baseada num romance cultuado de ficção de científica, escrito por William F. Noland e George Clayton em 1967. A história se passa no futuro distópico e seu protagonista chamado Logan (Michael York, no filme original) é um caçador de foragidos de uma rígida lei populacional, que determina que todas as pessoas que completam 21 anos sejam mortas. Mas quando chega sua vez, ele também decide escapar. A adaptação cinematográfica original também se tornou cult e rendeu até uma série de TV, mas trazia uma diferença em relação à trama literária: os adultos eram condenados à morte ao completar 30 anos. Lançado em 1976, tinha direção de Michael Anderson (“1984”) e também foi estrelado por Jenny Agutter (“Equus”), Peter Ustinov (“Quo Vadis”) e Farrah Fawcett (série “As Panteras”). Curiosamente, a Warner tinha contratado Kinberg para escrever o roteiro e produzir a adaptação em 2015. Três anos depois, o projeto tem outro roteirista e Kinberg virou diretor.











