Ator da série The Leftovers será o vira-lata da refilmagem de A Dama e o Vagabundo
A Disney escalou o protagonista masculino de sua nova versão de “A Dama e o Vagabundo”. O papel do cachorrão vira-lata que vive um romance com uma cadela de pedigree será vivido por Justin Theroux (da série “The Leftovers”). Além dele, a produção também inclui a atriz Ashley Jensen (“Extras”), que interpretará um papel coadjuvante, uma cachorrinha Terrier escocesa chamada Jackie – no desenho de 1955, o personagem era um cachorro chamado Jock. Já a intérprete da cocker spaniel mimada, que se paixona pelo Vagabundo, ainda não foi definida. A produção deve combinar “live action”, atores de carne e osso, com animação realista feita por computador, ao estilo de “Mogli – O Menino Lobo”, em que os animais falantes foram criados por animação digital e dublados por atores conhecidos. No clássico da Disney, a Dama acaba na rua depois que seus donos têm um bebê. Ela é salva de uma matilha raivosa pelo Vagabundo, que lhe mostra que ser um cão sem coleira pode ser divertido. O filme apresenta uma das cenas mais icônicas da Disney: um jantar de espaguete romântico realizado em um beco, que inclui um dos beijos mais famosos da história do cinema. A nova versão tem roteiro de Andrew Bujalski, um cineasta indie premiado com o troféu John Cassavettes (para filmes feitos por menos de US$ 500 mil) no Spirit Awards 2013 pela comédia “Computer Chess” e a direção está a cargo de Charlie Bean (de “Lego Ninjago: O Filme”). Interessante reparar que essa equipe destoa muita das produções das demais refilmagens de desenhos do estúdio, que reúne cineastas renomados e grandes estrelas de cinema. Isso talvez se deva ao fato de o filme não estar sendo desenvolvido para o cinema, mas para a vindoura plataforma de streaming da Disney, prevista para 2019.
Shinobu Hashimoto (1918 – 2018)
Morreu o roteirista japonês Shinobu Hashimoto, que trabalhou em mais de 70 projetos durante sua carreira e foi o grande parceiro de Akira Kirosawa. Ele faleceu na quinta (19/7) de pneumonia, aos 100 anos de idade, em sua casa em Tóquio. De forma inusitada, a carreira de Hashimoto começou quando sua vida quase acabou. Ele se alistou no exército japonês em 1938, mas nem sequer conseguiu lutar na 2ª Guerra Mundial, pois pegou tuberculose e passou quatro anos em um hospital de veteranos. Foi durante a internação que leu uma revista sobre cinema que incluía um roteiro de exemplo. Ele decidiu escrever uma história e enviou para Mansaku Itami, então considerado o melhor roteirista do Japão – e pai do cineasta Juzo Itami. Itami ficou impressionado, enviando ao jovem soldado uma crítica detalhada do trabalho. O veterano logo se tornou um mentor para o roteirista iniciante, mas foi um relacionamento de curta duração, porque Itami morreu em 1946. Mas Hashimoto prometeu seguir seu conselho final e se especializar em adaptações literárias, em vez de roteiros originais. Com isso em mente, ele escreveu uma adaptação de um conto de Ryunosuke Akutagawa e enviou para Akira Kurosawa, que já tinha uma carreira estabelecida de diretor, mas ainda não era lendário. O cineasta gostou e marcou um encontro para ver se era possível estender a história, já que o roteiro era relativamente curto. E sugeriu complementá-lo com uma segunda história de Akutagawa, “Rashomon”. O roteiro resultante passou a ser considerado um dos maiores de todos os tempos, levando “Rashomon”, o filme, a conquistar o primeiro prêmio internacional da história do cinema japonês, o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1951. Assim começou uma parceria imbatível, que transformou Kurosawa no cineasta mais referenciado do cinema japonês. Entre os muitos clássicos realizados pela parceria, incluem-se os famosos “Os Sete Samurais” (1954), que inspirou o western “Sete Homens e um Destino” (1960), “Trono Manchado de Sangue” (1957), fantástica versão samurai de “Macbeth”, e “A Fortaleza Escondida” (1958), um grande influência de George Lucas na concepção de “Guerra nas Estrelas” (1977). A dupla também desenvolveu dramas sobre tragédias contemporâneas de grande impacto, como “Viver” (1952), sobre um homem diagnosticado com câncer terminal que busca sentido na vida, “Anatomia do Medo” (1955), que explorou o trauma e a fobia despertada pela possibilidade de um novo ataque nuclear, e “Homem Mau Dorme Bem” (1960), sobre uma vingança motivada por diferenças de classe social. A adaptação de seu roteiro em “Sete Homens e um Destino” (1960) ainda chamou atenção de Hollywood, rendendo contrato para seu único trabalho em inglês, o clássico “Inferno no Pacífico” (1968), em que Toshiro Mifune e Lee Marvin transformavam a 2ª Guerra em combate particular, após naufragarem numa ilha deserta. O sucesso deste filme encaminhou vários pedidos de novos roteiros de guerra, o que rendeu um segundo ciclo temático em sua carreira, quase tão proeminente quanto sua profusão de filmes de samurai. Além de roteirista, Hashimoto também dirigiu três filmes durante sua longa trajetória, que se estendeu nos cinemas até 1986, embora seu nome ainda continue a aparecer em novos lançamentos – o mais recente é de 2016 – , graças a diversos remakes de obras de sua filmografia.
Astro de Game of Thrones investiga “Arquivo X real” no trailer de nova série de discos voadores
O canal pago History divulgou fotos e o primeiro trailer da série “Project Blue Book”, que dramatiza investigações reais sobre visões de discos voadores nos Estados Unidos. É uma espécie de “Arquivo X real”, baseada em casos documentados pelo astrônomo Josef Allen Hynek, considerado um dos pais da ufologia. Ele trabalhou com a Força Aérea dos Estados Unidos no chamado Projeto Livro Azul entre os anos 1960 e 1970, estudando a aparição de Objetos Voadores Não-Identificados (os famosos Óvnis) pelo país. Foi Hynek quem criou a famosa classificação em “graus” dos contatos imediatos entre humanos e alienígenas. O primeiro grau seria a identificação visual de OVNI; o segundo, uma reação física à suposta presença de alienígenas (carros sem energia, paralisia corporal, etc); e o terceiro grau, que batizou um célebre filme de Steven Spielberg, seria a comunicação direta com seres de outro mundo. Na série, o personagem real é vivido por Aiden Gillen (o Mindinho de “Game of Thrones”). O elenco também destaca Neal McDonough (o Damien Darhk de “Legends of Tomorrow”) e Michael Harney (Sam Healy em “Orange Is the New Black”) como generais da Força Aérea, Michael Malarkey (o Enzo de “The Vampire Diaries”) como o oficial encarregado de acompanhar o professor em suas investigações, e Laura Mennell (a Rebecca de “Van Helsing”) como a esposa de Hynek. “Project Blue Book” foi desenvolvida pelo roteirista estreante David O’Leary e cada episódio será baseado em casos reais, misturando teorias sobre discos voados e eventos históricos autênticos. Vale lembrar que estas mesmas investigações da Força Aérea americana já inspiraram uma série de ficção nos anos 1970, “Projeto U.F.O.”, que durou duas temporadas. A nova versão dos mistérios do Projeto Livro Azul tem produção do cineasta Robert Zemeckis, diretor da trilogia “De Volta ao Futuro”, e seus primeiros episódios trazem assinatura do diretor Robert Stromberg (de “Malévola”). Ainda não há previsão para a estreia.
Tab Hunter (1931 – 2018)
O ator americano Tab Hunter, galã do cinema dos anos 1950, morreu na noite de domingo (8/7), três dias antes de completar 87 anos, de causa não revelada. Nascido Arthur Andrew Kelm em 11 de julho de 1931, em Nova York, ele era um jovem atlético que, aos 15 anos, conseguiu se alistar na Guarda Costeira da Califórnia, mentindo sua idade. Assumindo o nome artístico de Tab Hunter, fez sua estréia no cinema aos 19 anos no clássico noir “O Fugitivo de Santa Marta” (1950), de Joseph Losey, e logo se tornou uma das estrelas mais populares de Hollywood, com uma aparência que rendia suspiros das meninas – seu apelido era literalmente “o cara dos suspiros”. Louro, de olhos azuis e físico invejável, Hunter era considerado um dos homens mais bonitos que já foram projetados numa tela grande. E os estúdios souberam explorar seus atributos ao estampá-lo descamisado em pôsteres de filmes como “Ilha do Deserto” (1952), “A Volta à Ilha do Tesouro” (1954) e “Montanhas em Fogo” (1956). Entretanto, sua beleza escondia um segredo, e o sucesso em Hollywood fez com que sua verdadeira inclinação sexual passasse décadas trancada num armário. Hunter manteve um relacionamento com o ator Anthony Perkins (de “Psicose”) e foi parceiro de mais de 30 anos do produtor Allan Glaser, mas só foi assumir-se como gay em 2005, ao publicar uma autobiografia, “Tab Hunter Confidential: The Making of a Movie Star”, que se tornou um sucesso de vendas nos EUA. O livro foi transformado num documentário pela Netflix em 2015 e servirá de base para um filme sobre seu romance com Perkins, atualmente em produção. Para entender o tamanho da sua popularidade durante o auge de sua carreira, basta saber que ele desbancou Elvis Presley das paradas de sucesso com sua primeira gravação como cantor. E ele nem era realmente um cantor. Como galã, estrelou dezenas de filmes, mas sua carreira só foi se tornar séria após “Qual Será Nosso Amanhã” (1955), um clássico do mestre Raoul Walsh, que acompanhava um grupo de jovens marines entre cenas românticas na vida civil e dramáticas durante a guerra no Pacífico. O pico veio três anos depois com o musical “O Parceiro de Satanás” (1958), adaptação do fenômeno da Broadway “Damn Yankees!”, em que viveu um jogador de beisebol que fazia um pacto com o diabo. O filme lhe permitiu dançar como secretamente sempre sonhou, e quem ouvir atentamente a produção poderá verificar seu êxtase ao final de uma coreografia, com uma exaltação não cortada ao coreógrafo (“That was wonderful, Fosse!”), o ainda jovem e já genial Bob Fosse. Ao longo de sua filmografia, ele também contracenou com alguns dos maiores machões de Hollywood, como Robert Mitchum (“Dominados pelo Terror”, de 1954), John Wayne (“Mares Violentos”, 1955), Clint Eastwood (“Lutando Só Pela Glória”, 1958) e Gary Cooper (“Heróis de Barro”, 1959), sem esquecer de Van Heflin, com quem apareceu em três dos filmes já listados. E formou par romântico com algumas das mulheres mais desejadas do cinema, como Natalie Wood (“Impulsos da Mocidade”, de 1956) e Sophia Loren (“Mulher Daquela Espécie”, 1959). A Warner chegou a tentar vender Wood e Hunter como um casal, fazendo com que participassem de vários encontros forjados para serem fotografados juntos. Este esforço foi por água abaixo e sua carreira foi colocada em risco depois que a revista Confidential publicou uma reportagem sobre sua prisão em uma festa frequentada por gays logo após sua chegada em Hollywood. A partir desse escândalo, o ator, que chegou a ter seu próprio programa de TV em 1960, “The Tab Hunter Show”, precisou se contentar com papéis menores ou estrelar filmes B. Ele ainda conseguia papéis pequenos em grandes filmes, como a comédia “O Ente Querido” (1965), de Tony Richardson, e o western “Roy Bean – O Homem da Lei!” (1972), estrelado por Paul Newman e dirigido pelo genial John Huston. Mas a maior parte de seus trabalhos passaram mesmo a ser produções independentes. Apesar disso, algumas viraram cult, casos de “Operação Bikini” (1963) e “Mar Raivoso” (1964), repletos de integrantes da Turma da Praia (filmes de surfe da década de 1960), e o terror “Monstros da Cidade Submarina” (1965), com Vincent Price. Já veterano, o astro ressurgiu com tudo nos anos 1980. Foi convidado a participar de “Grease 2: Os Tempos da Brilhantina Voltaram” (1982) e emplacou uma curiosa parceria com a transexual Divine em dois filmes marginais e cultuadíssimos: “Polyester” (1981), do diretor John Waters, e “A Louca Corrida do Ouro” (1985), de Paul Bartel. Seu último trabalho também apresentou um talento que sua época de galã escondia: roteirista. Ele coestrelou e escreveu o filme “Dark Horse” (1992), um melodrama de chorar muito, sobre a amizade entre uma garota rebelde e seu cavalo, que ganhou críticas bastante elogiosas. A esta altura, porém, ele decidiu se afastar dos holofotes para curtir sua relação com o produtor Allan Glaser, com quem trabalhou nas filmagens de “A Louca Corrida do Ouro”. Em uma entrevista do ano passado, Hunter fez uma balanço da carreira e comentou: “Se eu tivesse saído do armário durante minha carreira na década de 1950, eu não teria tido uma carreira. Nada mudou muito em Hollywood em 60 anos. Eu realmente não falei sobre minha sexualidade até escrever minha autobiografia, porque minha carreira cinematográfica já tinha acabado há muito tempo.”
I Am the Night: Série que reúne ator e diretora de Mulher-Maravilha ganha primeiro trailer tenso
O canal pago TNT divulgou o primeiro trailer de “I Am the Night”, série que volta a reunir a diretora Patty Jenkins e o ator Chris Pine após o sucesso de “Mulher-Maravilha. A prévia enfatiza o suspense da trama para criar um clima bastante tenso. A série é baseada numa história real, registrada na autobiografia “One Day She’ll Darken” de Fauna Hodel. Ela nasceu em 1951, filha de uma família proeminente da Califórnia, mas foi dada em adoção para uma jovem negra que trabalhava como atendente de banheiro em um cassino de Nevada. Fauna cresceu acreditando que era mestiça, encontrando preconceito tanto de negros quanto de brancos. Mas anos mais tarde encontrou sua mãe biológica, descobrindo que tinha uma ligação familiar com o principal suspeito de ser o famoso serial killer do caso da Dália Negra. Pine vive o protagonista Jay Singletary, um ex-marine que virou repórter, e encontra na história de Hodel uma forma de recuperar a carreira, após cair em desgraça. Desvendar os segredos por trás do nascimento da mulher pode ser a oportunidade que ele sempre esperou para ganhar reconhecimento, mas o enigma de Hodel também o levará aonde ele não espera: a um labirinto de maldade que irá desestabilizá-lo. A atriz India Eisley (“Anjos da Noite: O Despertar”) vive Hodel e o elenco também conta com outra intérprete do filme da Mulher-Maravilha, a atriz Connie Nielsen como a mãe biológica da jovem, uma linda socialite que viu sua família perder tudo e guarda terríveis segredos. A adaptação foi escrita por Sam Sheridan, que é casado com Jenkins. Ele é um lutador famoso de Muay Thai, que participou do filme “Guerreiro” e teve sua vida narrada no documentário “Thai Boxing: A Fighting Chance”, do National Geographic. Também escreveu livros sobre a luta e trabalha como roteirista na série “SEAL Team”. Jenkins assina a direção dos dois primeiros episódios e compartilha créditos de produção com Sheridan e Pine, além de Michael Sugar (produtor da série “13 Reasons Why”). A estreia é esperada para janeiro.
Cold War: Premiado em Cannes, novo filme do diretor de Ida ganha trailer e cena musicais
A MK2 Productions divulgou o trailer, uma cena, 26 fotos e dois pôsteres de “Cold War” (Zimna Wojna), que rendeu o prêmio de Melhor Direção para o polonês Pawel Pawlikowski no Festival de Cannes 2018. As prévias não tem diálogos, mas músicas, o que destaca ainda mais sua fotografia em preto e branco, considerada a mais bonita do festival. O filme é um romance entre um casal de diferentes origens e temperamentos, tendo como pano de fundo a Guerra Fria da década de 1950 na Polônia, Berlim, Iugoslávia e Paris. Como curiosidade, a atriz Joanna Kulig, que interpreta a protagonista e aparece cantando no trailer, teve um pequeno papel em “Ida”, drama anterior de Pawlikowski, também filmado em preto e branco e passado na mesma época. Ela viveu justamente uma cantora numa das cenas finais do longa, que venceu o Oscar 2015 de Melhor Filme de Língua Estrangeira. “Cold War” estreia em 8 de junho na Polônia e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil – o que só deve acontecer após sua exibição no Festival do Rio ou na Mostra de São Paulo.
Jake Gyllenhaal vai estrelar cinebiografia do maestro e compositor Leonard Bernstein
O ator Jake Gyllenhaal (“Animais Noturnos”) interpretará o lendário maestro e compositor Leonard Bernstein em “The American”, cinebiografia com direção de Cary Fukunaga (“Beasts of No Nation”). O longa vai adaptar a biografia escrita por Humphrey Burton e seguirá a ascensão meteórica de Bernstein, após conduzir a Filarmônica de Nova York aos 25 anos, numa carreira de prestígio que inclui indicação ao Oscar pela trilha sonora de “Sindicato de Ladrões” (1954) e a criação de um dos mais bem-sucedidos musicais da Broadway, “West Side Story”, cuja adaptação cinematográfica venceu nada menos que 10 Oscars em 1962, inclusive Melhor Filme. O roteiro foi escrito por Michael Mitnick (“O Doador de Memórias”). “Como muitas pessoas, Leonard Bernstein encontrou seu caminho em minha vida e coração através de ‘West Side Story’ quando eu era criança”, disse Gyllenhaal, no comunicado do anúncio do projeto. “Mas quando fiquei mais velho e comecei a aprender sobre o escopo de seu trabalho, comecei a entender a extensão de sua contribuição inigualável e a dívida de gratidão que a cultura americana moderna lhe deve. Como homem, Bernstein era uma figura fascinante – cheia de genialidade e contradição – e será uma honra incrível contar sua história com um amigo talentoso como Cary”. Ainda não há previsão de estreia. Vale lembrar que ninguém menos que Steven Spielberg (“Jogador Nº 1”) andava circulando filmar uma biografia de Bernstein e/ou um remake de “West Side Story” – que foi lançado nos cinemas brasileiros como “Amor, Sublime Amor”. Até uma chamada de elenco chegou a surgir na mídia sobre o projeto.
Diretor de Lego Ninjago vai filmar nova versão de A Dama e o Vagabundo para a Disney
A Disney anunciou a contratação do diretor Charlie Bean (de “Lego Ninjago: O Filme”) para comandar sua próxima refilmagem de animação clássica com bichos falantes. O detalhe é que, segundo apurou o site Deadline, a nova versão de “A Dama e o Vagabundo” não deverá chegar ao cinema. Ela está sendo desenvolvida para reforçar o lançamento do serviço de streaming do estúdio, previsto para o final de 2019. O longa animado original de 1955 era um romance entre uma cadela cocker spaniel mimada, a Dama, e um vira-latas simpático, o Vagabundo, que embarcam numa aventura repleta de perigos e spaghetti – com direito a um dos beijos roubados mais famosos do cinema. A nova versão tem roteiro de Andrew Bujalski, um cineasta indie premiado com o troféu John Cassavettes (para filmes feitos por menos de US$ 500 mil) no Spirit Awards 2013 pela comédia “Computer Chess”. O projeto assinala a nova fase de produção do estúdio, que começou a refilmar seus clássicos animados com atores em 2010, com “Alice no País das Maravilhas”, e foi gradativamente migrando para novas versões animadas da mesma história, realizadas com a tecnologia do século 21. Após impressionar com o realismo dos bichos falantes de “Mogli”, no ano passado, a Disney vai lançar um novo “O Rei Leão” em 2019, totalmente recriado por computação gráfica.
Elegância de Trama Fantasma ilumina o cinema e faz o tempo parar
O cineasta Paul Thomas Anderson nunca optou pelo caminho cinematográfico mais simples – talvez “Boogie Nights”, de 1997, seja o mais próximo do popular que ele tenha chegado, e olha que é um filme sobre os bastidores da indústria pornô. “Trama Fantasma”, seu novo projeto indicado a seis Oscars, já traz em sua premissa um rigor artístico que o cineasta vem perseguindo arduamente desde “Magnólia” (1999), que alcançou seu ápice em “Sangue Negro” (2007), e rendeu ainda grandes momentos posteriores (e nada fáceis) com “O Mestre” (2012) e “Vicio Inerente” (2014). Nele, é possível vislumbrar uma linha visual, textual e sonora (na quarta colaboração consecutiva com Jonny “Radiohead” Greenwood, talvez a melhor) que Anderson persegue filme após filme, e que faz de “Trama Fantasma” uma (nova) obra atemporal que mais tem relação com a Arte (com A maiúsculo) do que com a programação tradicional de entretenimento semanal dos cinemas. Não há aceleração, correria, desperdício. Pelo contrário, o tempo parece quase parar em “Trama Fantasma”. O espectador observa como o cotidiano metódico de Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis, de “Sangue Negro”, em outro reencontro), um renomado estilista que trabalha ao lado da irmã Cyril (Lesley Manville) para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica nos anos 1950, altera-se com a chegada de Alma (Vicky Krieps), sua nova modelo-musa de inspiração. O destino dela é embalar e aguçar a criatividade de Reynolds até que ele se canse e a dispense (lembra “Mãe!”?). A não ser que ela lhe ofereça algo que nenhuma outra tenha oferecido. Silenciosamente cômico, elegantemente cínico e meticulosamente apaixonante, “Trama Fantasma” é a simples construção de um código de conduta entre duas pessoas, algo que acontece toda hora, todos os dias, ainda que não com o delicioso sarcasmo deste filme, que deve ser saboreado nos mínimos detalhes, como uma frestinha de sol que insiste em iluminar o olhar e sumir em meio a nuvens densas de um dia londrino frio, cinzento, nublado e chuvoso. Aproveite este pedacinho de luz até o último segundo.
Ator de Sense8 vai estrelar piloto baseado no filme Los Angeles: Cidade Proibida
Brian J. Smith, intérprete do policial Will Gorski na série “Sense8”, definiu seu próximo projeto. Ele fechou contrato para estrelar o piloto da série “L.A. Confidential”, baseada no filme “Los Angeles: Cidade Proibida”. Ele foi escalado para dar vida a Ed Exley, que no filme de 1997 foi interpretado por Guy Pearce. O ator se junta a Walton Goggins (da série “Justified”), anteriormente anunciado como Jack Vincennes, papel de Kevin Spacey no cinema. O filme, assim como o livro homônimo de James Ellroy, girava em torno das investigações de três detetives da polícia, um certinho, um brutal e um fanfarrão, que, a partir do assassinato de prostitutas, desvendam uma teia de corrupção que ia dos subterrâneos de Hollywood à chefia da polícia. No cinema, os policiais foram vividos, respectivamente, por Pearce, Russell Crowe e Spacey. A adaptação está sendo desenvolvida pelo roteirista Jordan Harper (da série “Gotham”, que também tem influência noir) e vai contar uma trama ligeiramente diferente. O ponto em comum será a ambientação na Los Angeles dos anos 1950. O piloto também acompanhará as investigações de três detetives de homicídios, mas promoverá uma mudança no sexo do repórter de fofocas vivido por Danny DeVito, além da inclusão de uma atriz de Hollywood na história. A produção está a cargo de Arnon Milchan, que produziu o filme original, além de diversos outros longas premiados com o Oscar, como “Birdman”, “O Regresso” e “A Grande Aposta”. Já o trabalho de showrunner será desempenhado por Harper em parceria com Anna Fricke (série “Being Human”). É interessante observar que o projeto não será a primeira tentativa de transformar esta história numa série. Logo após o sucesso do filme dirigido por Curtis Hanson, um piloto estrelado por Kiefer Sutherland (hoje na série “Designated Survivor”) e Eric Roberts (atualmente fazendo mais de 12 filmes B por ano) foi produzido, mas acabou não sendo aprovado. E, em 2013, o próprio escritor James Ellroy tentou emplacar uma série que mostraria nova investigação dos policiais sobreviventes, mas na ocasião nenhum canal demonstrou interesse. O piloto precisará ser aprovado pelos executivos da rede CBS para virar série.
Walton Goggins terá o papel de Kevin Spacey na série baseada no filme Los Angeles: Cidade Proibida
Um dos intérpretes de vilões favoritos de Hollywood, o ator Walton Goggins (das séries “Justified” e “The Shield”), vai estrelar o piloto da série “L.A. Confidential”, baseada no filme “Los Angeles: Cidade Proibida”. Ele foi escalado para dar vida a Jack Vincennes, que no filme de 1997 foi interpretado por Kevin Spacey. O filme, assim como o livro de James Ellroy, girava em torno das investigações de três detetives da polícia, um certinho, um brutal e um fanfarrão, que, a partir do assassinato de prostitutas, desvendam uma teia de corrupção que ia dos subterrâneos de Hollywood à chefia da polícia. No cinema, os policiais foram vividos, respectivamente, por Guy Pearce, Russell Crowe e Spacey. A adaptação está sendo desenvolvida pelo roteirista Jordan Harper (da série “Gotham”, que também tem influência noir) e vai contar uma trama ligeiramente diferente. O ponto em comum será a ambientação na Los Angeles dos anos 1950. O piloto também acompanhará as investigações de três detetives de homicídios, mas promoverá uma mudança no sexo do repórter de fofocas vivido por Danny DeVito, além da inclusão de uma atriz de Hollywood na história. A produção está a cargo de Arnon Milchan, que produziu o filme original, além de diversos outros longas premiados com o Oscar, como “Birdman”, “O Regresso” e “A Grande Aposta”. Mas o papel de showrunner será desempenhado por Harper em parceria com Anna Fricke (série “Being Human”). É interessante observar que o projeto não será a primeira tentativa de transformar esta história numa série. Logo após o sucesso do filme dirigido por Curtis Hanson, um piloto estrelado por Kiefer Sutherland (hoje na série “Designated Survivor”) e Eric Roberts (atualmente fazendo mais de 12 filmes B por ano) foi produzido, mas acabou não sendo aprovado. E, em 2013, o próprio escritor James Ellroy tentou emplacar uma série que mostraria nova investigação dos policiais sobreviventes, mas na ocasião nenhum canal demonstrou interesse. O piloto precisará ser aprovado pelos executivos da rede CBS para virar série. Enquanto isso, Goggins continuará mostrando vilanias no cinema. Ele enfrentará Lara Croft no reboot “Tomb Raider” e Homem-Formiga e a Vespa no filme dos super-heróis da Marvel, com estreias previstas já para março e julho, respectivamente.
John Gavin (1931 – 2018)
Morreu John Gavin, que foi galã e diplomata, e trabalhou com alguns dos maiores diretores de todos os tempos, como Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Michael Curtiz e Douglas Sirk. Ele tinha 86 anos e faleceu na sexta-feira (9/2). John Anthony Golenor nasceu em Los Angeles em 8 de abril de 1931. Sua mãe era mexicana e ele cresceu falando inglês e espanhol. Na juventude, frequentou a Academia Militar, formou-se em Economia na Universidade de Stanford e serviu na Marinha dos EUA como um oficial de inteligência aérea. Seu objetivo era uma carreira no corpo diplomático, mas, por sugestão de um amigo, acabou estudando atuação com o respeitado professor Jeff Corey e obteve um contrato na Universal. Sua estreia aconteceu no western “Onda de Paixões” (1956), sob o pseudônimo John Gilmore. O nome John Gavin surgiu pela primeira vez em seu terceiro longa, nos créditos de “4 Garotas… 4 Destinos” (1957), antes de ser escalado em dois clássicos do rei dos melodramas Douglas Sirk, “Amar e Morrer” (1958) e “Imitação da Vida” (1959). Com esses filmes, foi alçado à condição de protagonista e promovido como um “novo Rock Hudson” pela Universal. Acabou vencendo o Globo de Ouro de Revelação pelo primeiro e fazendo par romântico com Lana Turner no segundo. Gavin também teve um papel importante em “Psicose” (1960), de Alfred Hitchcock, como Sam Loomis, o namorado de Marion Crane (Janet Leigh), que ajuda a desvendar o segredo de Norman Bates (Anthony Perkins). No mesmo ano, ele ainda viveu o general Júlio César, seduziu Sofia Loren e salvou a vida de Doris Day em três outros clássicos: respectivamente, “Spartacus”, de Stanley Kubrick, “O Escândalo da Princesa”, de Michael Curtiz, e “A Teia de Renda Negra”, de David Miller. Ele também fez par com Sandra Dee em duas comédias românticas de 1961, “Romanoff e Julieta” e “Com Amor no Coração”, e foi disputado por Julie Andrews e Mary Tyler Moore no clássico musical “Positivamente Millie” (1967), de George Roy Hill, pelo qual ganhou os maiores elogios de sua carreira. Mostrando independência, Gavin estrelou seu primeiro filme internacional como o protagonista de “Pedro Paramo” (1967), filmado no México, falado em espanhol e passado durante a Revolução Mexicana, que se tornou um enorme sucesso no exterior, aumentando ainda mais sua reputação. Ele ainda protagonizou o italiano “Assassinos de Aluguel” (1968) e a coprodução argentina “A Casa das Sombras” (1976), e foi sondado para assumir o papel de James Bond, na famosa franquia inglesa de espionagem. As negociações quase se concretizaram para “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971), mas Sean Connery resolveu voltar ao personagem, encerrando a oferta. Essa decepção ajudou-o a tomar uma decisão. No auge da carreira, preferiu diminuir os papéis no cinema pela oportunidade de seguir seus sonhos diplomáticos, trabalhando como assessor especial de dois secretários-gerais da OEA (Organização dos Estados Americanos). A partir daí, passou a privilegiar participações em séries, porque eram rápidas de filmar – como “Mannix”, “O Homem de Virgínia”, “O Barco do Amor”, “Casal 20” e “A Ilha da Fantasia”. Mantendo a boa aparência, ainda viveu Cary Grant numa telebiografia de Sofia Loren em 1980, um de seus últimos papéis. Gavin decidiu abandonar de vez a atuação no ano seguinte, ao ser nomeado Embaixador dos Estados Unidos no México pelo presidente Ronald Reagan, cargo que ocupou até 1986. Após realizar seu sonho de juventude, ele não voltou a atuar. Em vez disso, presidiu a Univisa Satellite Communications, empresa dona do canal americano de TV em espanhol Univision. Ele também presidiu o Sindicato dos Atores e era casado desde 1974 com a atriz Constance Towers (“O Beijo Amargo”).
Trailer de comédia do criador de Veep satiriza a morte de Stalin
A IFC Filmes divulgou os pôsteres de personagens e o novo trailer da comédia “The Death of Stalin”. Dirigido por Armando Iannucci, criador de “Veep”, o filme é uma sátira histórica, que adapta a graphic novel francesa de mesmo nome, sobre os dias caóticos que se seguiram à morte do líder soviético Joseph Stalin em 1953. O elenco reúne um time talentoso e eclético, liderado por Jeffrey Tambor (série “Transparent”), Steve Buscemi (série “Boardwalk Empire”), Rupert Friend (série “Homeland”), Michael Palin (“Ferocidade Máxima”), Jason Isaacs (franquia “Harry Potter”), Paddy Considine (“Macbeth: Ambição e Guerra”), Simon Russell Beale (“A Lenda de Tarzan”) e as atrizes Andrea Riseborough e Olga Kurylenko (ambas de “Oblivion”). O filme teve avant-première mundial no Festival de Toronto e faz parte da programação do Festival de Sundance, mas ainda não tem estreia comercial marcada nos Estados Unidos – nem no Brasil.












