Kendrick Lamar lidera indicações ao Grammy 2026
Rapper encabeça lista com nove nomeações, seguido por Lady Gaga, Sabrina Carpenter, Bad Bunny e Rosé, que fazem história na premiação
Grammy | Jay-Z dá o que falar com discurso cobrando maior reconhecimento ao rap e Beyoncé
O rapper Jay-Z fez o discurso mais comentado da cerimônia do Grammy 2024. Ele utilizou seu momento de agradecimento ao receber um prêmio pela carreira para criticar a organização por nunca ter premiado Beyoncé, sua esposa, com o Álbum do Ano. “O maior número de prêmios Grammy vencidos e nunca levou a categoria de Álbum do Ano. Como isso funciona?” questionou Jay-Z, referindo-se aos 32 Grammys já ganhos por Beyoncé. Beyoncé nunca venceu a categoria principal do Grammy, mas foi indicada ao Álbum do Ano por “Renaissance” em 2023 (perdendo para Harry Styles), “Lemonade” em 2017 (perdendo para Adele), “Beyoncé” em 2015 (perdendo para Beck) e “I Am Sasha Fierce” em 2010 (perdendo para Taylor Swift) “Queremos que vocês acertem. Pelo menos cheguem perto do certo. E obviamente é subjetivo. Vocês não precisam aplaudir tudo [disse para a plateia]. Obviamente é subjetivo porque, sabe, é música e é baseado em opinião”, apontou o artista. “Mas, sabe, algumas coisas… Eu não quero envergonhar essa jovem senhora, mas ela tem mais Grammys que todos e nunca ganhou o Álbum do Ano. Então, mesmo pelos seus próprios critérios, isso não funciona. Pensem nisso. O maior número de prêmios Grammy vencidos e nunca levou a categoria de Álbum do Ano. Como isso funciona?”, continuou ele. “Vocês sabem, alguns de vocês vão para casa esta noite se sentindo como se tivessem sido roubados. Alguns de vocês podem ser roubados. Alguns de vocês não pertencem à categoria [em que concorrem]. Não, quando fico nervoso eu digo a verdade”, ele adicionou. Jay-Z também destacou a luta do hip hop por reconhecimento no Grammy, mencionando boicotes de artistas do gênero contra a premiação, desde Will Smith, quando o ator era o rapper Fresh Prince, até ele próprio no passado. O artista também refletiu sobre os critérios de votação das categorias, enfatizando a subjetividade e as inconsistências do processo de premiação, destacando a inclusão de artistas em categorias nas quais não se enquadram. O rapper encorajou os artistas a continuarem se apresentando e buscando reconhecimento, independentemente do Grammy, destacando a importância de persistir até receber os elogios merecidos. “Até que eles te chamem [para participar] e deem todo o reconhecimento que vocês sentem que merecem, até que te chamem de gênio e de melhor de todos os tempos, entenderam?”, concluiu, mostrando o seu Grammy especial para a plateia, que riu, aplaudiu e urrou durante o discurso, demonstrando aprovação. Após essa apresentação, Jay-Z foi visto usando o gramofone dourado como copo para beber champanhe, evidenciando seu descontentamento com a premiação. Blue Ivy joins Jay-Z on-stage to accept the Dr. Dre Global Impact Award at the 2024 #Grammys pic.twitter.com/H87XxdAoN8 — The Hollywood Reporter (@THR) February 5, 2024
Taylor Swift faz história no Grammy das mulheres
Taylor Swift alcançou um marco histórico no Grammy 2024, tornando-se a artista com o maior número de vitórias na categoria Álbum do Ano. Com o triunfo de “Midnights”, ela passou a acumular quatro troféus na categoria principal, superando ícones como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder, que detinham três vitórias cada. “Midnights” também rendeu a Swift o prêmio de Melhor Álbum Vocal Pop, durante o qual ela aproveitou para anunciar seu próximo projeto. Em seu discurso de aceitação, Swift revelou o título e a data de lançamento de seu 11º álbum de estúdio, “The Tortured Poets Department”, que chega em 19 de abril. A artista expressou sua gratidão, destacando o papel crucial dos fãs e parceiros musicais na conquista dos prêmios – que já somam 14 estatuetas do Grammy, ao todo. A conquista de Taylor Swift coroou um Grammy 2024 marcado pela predominância feminina, com diversas artistas levando troféus importantes para casa. Além da grande vencedora, os principais destaques foram Miley Cyrus, Billie Eilish, SZA, boygenius e Victoria Monét. A premiação feminina Miley conquistou o reconhecimento da Academia da Gravação com “Flowers” nas categorias de Melhor Performance Solo Pop e Gravação do Ano, considerada o segundo troféu principal da noite. Antes disso, apesar de ter recebido diversas indicações ao longo de sua carreira, ela nunca havia vencido um troféu do Grammy. Billie Eilish venceu outra categoria importante, Canção do Ano, além de Melhor Música em Obra Audiovisual, ambos conquistados por “What Was I Made For?”, da trilha sonora do filme “Barbie” – que ainda concorre ao Oscar 2024. SZA, que liderou as indicações do Grammy 2024 com nove nomeações, conquistou três prêmios: Melhor Canção de R&B com “Snooze”, Melhor Performance de Duo/Grupo Pop com “Ghost In The Machine” em colaboração com Phoebe Bridgers, e Melhor Álbum de R&B Progressivo com “SOS”. O trio feminino boygenius também recebeu seus primeiros prêmios Grammy, e três de uma vez: Melhor Performance de Rock e Melhor Música de Rock com “Not Strong Enough”, além de Melhor Álbum de Música Alternativa com seu disco “The Record” . Victoria Monét foi eleita Revelação do Ano e ainda venceu Melhor Álbum de R&B e Melhor Engenharia de Som pelo disco “Jaguar II”. Mulheres ainda se destacaram em categorias normalmente reservadas a homens. Karol G foi premiada com o Melhor Álbum de Música Urbana com “Mañana Será Bonito”, Kylie Minogue levou Melhor Gravação Pop de Dance, “Padam Padam”, Coco Jones faturou Melhor Performance de R&B por “ICU”, Meshell Ndegeocello ganhou Melhor Álbum de Jazz Alternativo por “The Omnichord Real Book”, Samara Joy venceu Melhor Performance de Jazz com “Tight”, Lainey Wilson com Melhor Álbum Country por “Bell Bottom Country”, Gabi Moreno com o Melhor Álbum de Pop Latino por “X Mí (Vol. 1)”, Laufey com o Melhor Álbum Pop Vocal Tradicional por “Bewitched”, etc Para completar, o disco do filme “Barbie”, com faixas gravadas por mulheres, foi a Melhor Trilha Sonora, e a banda Paramore, liderada pela vocalista Hayley Williams, foi reconhecida com os troféus de Melhor Álbum de Rock e Melhor Performance de Música Alternativa pelo disco “This is Why”. Entre os artistas masculinas, o maior destaque ficou com os Beatles, que levaram para casa seu primeiro Grammy em quase 30 anos: Melhor Clipe por “I’m Only Sleeping”. O grupo tinha vencido pela última vez na 39ª cerimônia de premiação em 1997, com outro lançamento feito após a morte de John Lennon. Confira abaixo a lista completa dos vencedores do Grammy 2024. ÁLBUM DO ANO “Midnights”, Taylor Swift GRAVAÇÃO DO ANO “Flowers”, Miley Cyrus CANÇÃO DO ANO “What Was I Made For?”, Billie Eilish REVELAÇÃO DO ANO Victoria Monét COMPOSITOR DO ANO Theron Thomas PRODUTOR DO ANO Jack Antonoff MELHOR PERFORMANCE POP SOLO “Flowers”, Miley Cyrus MELHOR PERFORMANCE POP EM DUPLA OU GRUPO “Ghost in the Machine”, SZA e Phoebe Bridgers MELHOR ÁLBUM POP VOCAL “Midnights”, Taylor Swift MELHOR ÁLBUM POP VOCAL TRADICIONAL “Bewitched”, Laufey MELHOR GRAVAÇÃO DE POP DANCE “Padam Padam”, Kylie Minogue MELHOR GRAVAÇÃO DANCE/ELETRÔNICA “Rumble”, Skrillex, Fred again.. e Flowdan MELHOR ÁLBUM DANCE/ELETRÔNICA “Actual Life 3 (January 1 – September 9 2022)”, Fred again.. MELHOR PERFORMANCE DE ROCK “Not Strong Enough”, boygenius MELHOR ÁLBUM DE ROCK “This is Why”, Paramore MELHOR MÚSICA DE ROCK “Not Strong Enough”, boygenius MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA ALTERNATIVA “This Is Why”, Paramore MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA ALTERNATIVA “The Record”, boygenius MELHOR PERFORMANCE DE METAL “72 Seasons,” Metallica MELHOR PERFORMANCE DE R&B “ICU”, Coco Jones MELHOR PERFORMANCE DE R&B TRADICIONAL “Good Morning”, PJ Morton feat Susan Carol MELHOR MÚSICA DE R&B “Snooze”, SZA MELHOR ÁLBUM DE R&B PROGRESSIVO “SOS”, SZA MELHOR ÁLBUM DE R&B “Jaguar II”, Victoria Monét MELHOR PERFORMANCE DE RAP “Scientists & Engineers”, Killer Mike featuring André 3000, Future and Eryn Allen Kane MELHOR PERFORMANCE DE RAP MELÓDICO “All My Life”, Lil Durk e J. Cole MELHOR MÚSICA DE RAP “Scientists & Engineers,” Killer Mike feat André 3000, Future e Eryn Allen Kane MELHOR ÁLBUM DE RAP “Michael”, Killer Mike MELHOR ÁLBUM DE REGGAE “Colors of Royal”, Julian Marley and Antaeus MELHOR ÁLBUM DE POP LATINO “X Mí (Vol. 1)”, Gaby Moreno MELHOR ÁLBUM LATINO DE ROCK OU ALTERNATIVO “Vida Cotidiana”, Juanes “De Todas Las Flores”, Natalia Lafourcade MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA URBANA “Mañana Será Bonito”, Karol G MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA MEXICANA (INCLUINDO TEJANO) “Génesis”, Peso Pluma MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA TROPICAL LATINA “Siembra: 45º Aniversario (En Vivo en el Coliseo de Puerto Rico, 14 de Maio 2022)”, Rubén Blades Con Roberto Delgado & Orquesta MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA GLOBAL “Pashto”, Béla Fleck, Edgar Meyer & Zakir Hussain Featuring Rakesh Chaurasia MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA GLOBAL “This Moment”, Shakti MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA AFRICANA “Water”, Tyla MELHOR PERFORMANCE COUNTRY SOLO “White Horse”, Chris Stapleton MELHOR PERFORMANCE COUNTRY EM DUPLA OU GRUPO “I Remember Everything”, Zach Bryan feat Kacey Musgraves MELHOR MÚSICA DE COUNTRY “White Horse”, Chris Stapleton MELHOR ÁLBUM DE COUNTRY “Bell Bottom Country”, Lainey Wilson MELHOR ÁLBUM FOLK “Joni Mitchell at Newport (Live)”, Joni Mitchell MELHOR MÚSICA REGIONAL ROOTS “New Beginnings”, Buckwheat Zydeco Jr. & The Legendary Ils Sont Partis Band “Live: Orpheum Theater Nola”, Lost Bayou Ramblers & Louisiana Philharmonic Orchestra MELHOR PERFORMANCE DE AMERICANA “Eve Was Black”, Allison Russell MELHOR CANÇÃO DE AMERICAN ROOTS “Cast Iron Skillet”, Jason Isbell and the 400 Unit MELHOR ÁLBUM DE AMERICANA “Weathervanes”, Jason Isbell and the 400 Unit MELHOR ÁLBUM DE BLUEGRASS “City of Gold”, Molly Tuttle & Golden Highway MELHOR ÁLBUM DE BLUES “All My Love For You”, Bobby Rush MELHOR PERFORMANCE DE JAZZ “Tight”, Samara Joy MELHOR ÁLBUM DE JAZZ VOCAL “How Love Begins”, Nicole Zuraitis MELHOR ÁLBUM DE JAZZ INSTRUMENTAL “The Winds Of Change”, Billy Childs MELHOR ÁLBUM DE GRANDE ENSEMBLE DE JAZZ “Basie Swings The Blues”, The Count Basie Orchestra Directed By Scotty Barnhart MELHOR ÁLBUM DE JAZZ ALTERNATIVO “The Omnichord Real Book”, Meshell Ndegeocello MELHOR ÁLBUM DE JAZZ LATINO “El Arte Del Bolero Vol. 2”, Miguel Zenón e Luis Perdomo MELHOR PERFORMANCE DE JAZZ LATINO “El Arte Del Bolero Vol. 2”, Miguel Zenón & Luis Perdomo MELHOR ÁLBUM DE PALAVRA FALADA EM POESIA “The Light Inside”, J. Ivy MELHOR ÁLBUM INSTRUMENTAL CONTEMPORÂNEO “As We Speak”, Béla Fleck, Zakir Hussain, Edgar Meyer, Featuring Rakesh Chaurasia MELHOR ÁLBUM DE TEATRO MUSICAL “Some Like It Hot” MELHOR PERFORMANCE/CANÇÃO DE GOSPEL “All Things”, Kirk Franklin MELHOR PERFORMANCE/CANÇÃO DE MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA “Your Power”, Lecrae & Tasha Cobbs Leonard MELHOR ÁLBUM DE GOSPEL “All Things New: Live In Orlando”, Tye Tribbett MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA “Church Clothes 4”, Lecrae MELHOR ÁLBUM DE GOSPEL ROOTS “Echoes Of The South”, Blind Boys Of Alabama MELHOR CLIPE “I’m Only Sleeping”, The Beatles MELHOR FILME MUSICAL “Moonage Daydream”, David Bowie MELHOR CANÇÃO PARA OBRA AUDIOVISUAL “What Was I Made For?”, Billie Eilish, da trilha de “Barbie” MELHOR TRILHA SONORA COMPILADA PARA MÍDIA VISUAL “Barbie: The Album” (Vários Artistas) MELHOR TRILHA SONORA PARA MÍDIA VISUAL (INCLUI FILME E TELEVISÃO) “Oppenheimer”, Ludwig Göransson MELHOR TRILHA SONORA PARA VIDEOGAMES E OUTRAS MÍDIAS INTERATIVAS “Star Wars Jedi: Survivor”, Stephen Barton & Gordy Haab, compositores MELHOR ÁLBUM DE COMÉDIA “What’s in a Name?”, Dave Chappelle MELHOR ÁLBUM DE ÁUDIOBOOK, NARRAÇÃO E GRAVAÇÃO DE STORYTELLING “The Light We Carry: Overcoming In Uncertain Times”, Michelle Obama MELHOR ÁLBUM HISTÓRICO “Written In Their Soul: The Stax Songwriter Demos”, Vários Artistas MELHOR EMBALAGEM DE GRAVAÇÃO “Stumpwork”, Dry Cleaning MELHOR EMBALAGEM DE EDIÇÃO LIMITADA OU ESPECIAL “For The Birds: The Birdsong Project”, Vários Artistas MELHOR BOX OU LANÇAMENTO EM EMBALAGEM ESPECIAL “Written In Their Soul: The Stax Songwriter Demos”, Vários Artistas MELHORES NOTAS EM ÁLBUM “Written In Their Soul: The Stax Songwriter Demos”, Vários Artistas MELHOR ENGENHARIA DE SOM, ÁLBUM NÃO CLÁSSICO “JAGUAR II”, Victoria Monét MELHOR ENGENHARIA DE SOM, ÁLBUM CLÁSSICO “Contemporary American Composers”, Riccardo Muti & Chicago Symphony Orchestra PRODUTOR DO ANO, CLÁSSICO Elaine Martone MELHOR GRAVAÇÃO REMIXADA “Wagging Tongue (Wet Leg Remix)”, Depeche Mode MELHOR ÁLBUM DE ÁUDIO IMERSIVO “The Diary Of Alicia Keys”, Alicia Keys MELHOR COMPOSIÇÃO INSTRUMENTAL “Helena’s Theme”, John Williams MELHOR ARRANJO INSTRUMENTAL OU A CAPELLA “Folsom Prison Blues”, The String Revolution Featuring Tommy Emmanuel MELHOR ARRANJO, INSTRUMENTOS E VOCAIS In The Wee Small Hours Of The Morning”, säje Featuring Jacob Collier MELHOR PERFORMANCE ORQUESTRAL “Adès: Dante”, Los Angeles Philharmonic MELHOR GRAVAÇÃO DE ÓPERA “Blanchard: Champion”, The Metropolitan Opera Orchestra; The Metropolitan Opera Chorus MELHOR PERFORMANCE CORAL “Saariaho: Reconnaissance”, Uusinta Ensemble; Helsinki Chamber Choir MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA DE CÂMARA/PEQUENO ENSEMBLE “Rough Magic”, Roomful Of Teeth MELHOR SOLO INSTRUMENTAL CLÁSSICO “The American Project”, Yuja Wang; Teddy Abrams, regente (Louisville Orchestra) MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA CLÁSSICA COM SOLO VOCAL Walking In The Dark, Julia Bullock, solista; Christian Reif, regente (Philharmonia Orchestra) MELHOR COMPILAÇÃO DE MÚSICA CLÁSSICA “Passion For Bach and Coltrane” MELHOR COMPOSIÇÃO CLÁSSICA CONTEMPORÂNEA “Montgomery: Rounds” MELHOR ÁLBUM NEW AGE, AMBIENTAL OU DE CANTO “So She Howls”, Carla Patullo com Tonality e The Scorchio Quartet MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA INFANTIL “We Grow Together Preschool Songs”, 123 Andrés
O que esperar do Grammy 2024 neste domingo
A premiação do Grammy 2024 vai acontecer na noite deste domingo (4/2) com transmissão ao vivo desde o tapete vermelho a partir das 21h30 no canal pago TNT e na plataforma HBO Max. A cerimônia deste ano se destaca não apenas pela celebração dos feitos musicais de 2023, mas também pelo potencial de marcar a História, especialmente para as artistas femininas, com SZA à frente. Com nove indicações, SZA se posiciona como a artista de maior destaque, refletindo o sucesso extraordinário de seu álbum “SOS”. As nomeações de SZA abrangem categorias de prestígio como Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano para “Kill Bill”, além de categorias como pop, rap melódico, R&B progressivo e tradicional, ilustrando sua versatilidade e impacto no cenário musical atual. Caso SZA vença a categoria de Álbum do Ano, será a primeira vez que uma artista negra receberá esse troféu no século 21. A última vez que uma cantora negra levou o Grammy de Álbum do Ano foi com Lauryn Hill, em 1999. A controvérsia em torno do Grammy e a representatividade racial é tão grande que a vitória de Harry Styles sobre Beyoncé no ano passado gerou discussões acaloradas nas redes sociais sobre as escolhas da Academia de Gravação e o reconhecimento de artistas negros. Taylor Swift também pode fazer história se vencer a categoria Álbum do Ano. Com um triunfo do disco “Midnights”, ela passaria a acumular quatro troféus na categoria principal, superando ícones como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder, que possuem três vitórias cada. Grammy das mulheres Outros artistas que se destacam entre as nomeações incluem a cantora-compositora indie rock Phoebe Bridgers, o engenheiro de som Serban Ghenea e a cantora R&B Victoria Monét, que disputam sete categorias cada. Eles são seguidos por uma multidão: o produtor e músico Jack Antonoff (da banda Bleachers, que concorre principalmente por seu trabalho com Taylor Swift), o músico e cantor de jazz Jon Batiste, o grupo de indie rock boygenius, a cantora country Brandy Clark e as cantoras pop Miley Cyrus, Billie Eilish, Olivia Rodrigo e Taylor Swift, todos com seis indicações. A lista deixa claro como a presença feminina é notavelmente forte. Este ano, mulheres ou indivíduos de gênero fluido compõem sete dos oito indicados nas categorias de Álbum e Gravação do Ano, dominada por estrelas como Taylor Swift, SZA e Olivia Rodrigo. Esta mudança representa um avanço na forma como as artistas femininas são vistas pela Academia, com maior destaque para seu talento do que em sua aparência. Para dar a dimensão do domínio feminino, Jon Batiste foi o único homem que conseguiu indicações dupla nas categorias principais, de Álbum e Gravação do Ano. A mudança é significativa em relação aos anos anteriores. De 2012 a 2022, apenas 13,9% dos indicados nas principais categorias eram mulheres. O sucesso das mulheres no pop, tanto nas paradas musicais quanto em performances em estádios e cinemas, contribuiu para essa mudança radical no Grammy. A turnê “The Eras Tour” de Taylor Swift, por exemplo, quebrou recordes de vendas de ingressos, e o filme “Barbie”, como uma trilha de pop feminino, tornou-se um fenômeno, evidenciando o impacto das mulheres na cultura pop. Fora isso, ainda houve uma transição demográfica na própria Academia, com um aumento de membros femininos para 30% desde 2019 – ainda longe do ideal, que seria a igualdade dos gêneros. O predomínio masculino entre os votantes ainda mantém áreas, como rock, dance e hip-hop, como feudos masculinos, em contraste com as premiações principais. Artistas brasileiros também concorrem à premiação, destacando-se na categoria de melhor álbum de jazz latino, disputada por Ivan Lins com a Tblisi Symphony Orchestra, a pianista Eliane Elias e a cantora Luciana Souza & Trio Corrente. Shows ao vivo Para o público, porém, a entrega de prêmios não será a principal atração da cerimônia, que também terá shows ao vivo. Entre os destaques esperados, Stevie Wonder, Fantasia Barrino, Annie Lennox e Jon Batiste farão tributos In Memoriam, homenageando artistas que morreram no último ano. A lista de artistas confirmados inclui também nomes como Burna Boy, Billy Joel, Dua Lipa, Luke Combs, Olivia Rodrigo, Travis Scott e Miley Cyrus, além de Joni Mitchell, lenda da música folk que se apresentará pela primeira vez no Grammy.
Confira os vencedores do Grammy, em noite de Olivia Rodrigo, Jon Batiste e Foo Fighters
A Academia da Gravação premiou na noite de domingo os melhores da indústria musical com o Grammy 2022. E a premiação contou com uma brasileira vencedora: a pianista Eliane Elias, que venceu prêmio na categoria Melhor Álbum Latino de Jazz pelo disco “Mirror Mirror”. Foi o segundo Grammy da paulistana de 62 anos, que também foi premiada na mesma categoria em 2016 com o álbum “Made in Brazil”. O novo trabalho foi realizado em parceria com Chick Corea e Chucho Valdés. O primeiro, que faleceu em fevereiro deste ano, também foi premiado na categoria Melhor Solo Improvisado de Jazz por “Humpty Dumpty”. A jovem Olivia Rodrigo, de apenas 19 anos, foi uma das artistas mais premiadas da noite, com três Grammys: Artista Revelação, Melhor Álbum Pop e Melhor Performance Pop Solo. O mesmo número de vitórias foi conquistada por duas bandas. Uma delas foi o projeto Silk Sonic, formada por Anderson .Paak e Bruno Mars, nas categorias Canção do Ano, Gravação do Ano e Melhor Performance de R&B. A outra foi Foo Fighters, que na semana passada perdeu o baterista Taylor Hawkins, premiada por Álbum de Rock, Música de Rock e Performance de Rock. Hawkings foi homenageado por Billie Eilish e, no segmento In Memoriam, a surpresa foi uma menção à cantora sertaneja Marília Mendonça, vítima de uma acidente aéreo em novembro de 2021. A homenagem, entretanto, não incluiu uma das maiores artistas da música brasileira, Elza Soares, morta em janeiro deste ano. Mas o destaque da premiação foi Jon Batiste. Além de Álbum, Gravação e Clipe do Ano, ele se destacou com o maior número de troféus – 11 ao todo – graças à diversidade de projetos realizados, incluindo em sua lista de vitórias a trilha de “Soul”, animação da Pixar. Confira abaixo uma relação com 40 das principais categorias do Grammy – de um total de 70 troféus distribuídos para os mais diferentes gêneros e setores da produção musical. Artista Revelação Olivia Rodrigo Música do Ano “Leave The Door Open” – Silk Sonic Álbum do Ano “We Are” – Jon Batiste Melhor Album Pop “Sour” – Olivia Rodrigo Melhor Performance Pop Solo “Drivers License” – Olivia Rodrigo Melhor Performance de Grupo ou Duo Pop “Kiss Me More” – Doja Cat Featuring SZA Melhor Videoclipe “Freedom” – Jon Batiste Gravação do Ano “Leave The Door Open” – Silk Sonic Melhor Álbum de Rap “Call Me If You Get Lost” – Tyler, The Creator Melhor Performance de Rap “Family Ties” – Baby Keem feat. Kendrick Lamar Melhor Álbum Pop Tradicional “Love For Sale” – Tony Bennett e Lady Gaga Melhor Álbum de R&B “Heaux Tales” – Jazmine Sullivan Melhor Performance de R&B “Leave The Door Open” – Silk Sonic (empate) “Pick Up Your Feelings” – Jazmine Sullivan Melhor Performance de Rock “Making A Fire” – Foo Fighters Melhor Música de Rock “Waiting On A War” – Foo Fighters Melhor Álbum de Rock “Medicine At Midnight” – Foo Fighters Melhor Álbum de Rock Alternativo “Daddy’s Home” – St. Vincent Melhor Performance de Metal “The Alien” – Dream Theater Melhor Performance de Rock Latino “Origen” – Juanes Melhor Álbum de Pop Latino “Mendó” – Alex Cuba Melhor Álbum de Música Urbana “El Último Tour Del Mundo” – Bad Bunny Melhor Álbum de Blues Tradicional “I Be Trying” – Cedric Burnside Melhor Álbum de Blues Contemporâneo “662” – Christone “Kingfish” Ingram Melhor Álbum de Folk “They’re Calling Me Home” – Rhiannon Giddens with Francesco Turrisi Melhor Solo Improvisado de Jazz “Humpty Dumpty (Set 2)” – Chick Corea Melhor Álbum Latino de Jazz “Mirror Mirror” – Eliane Elias, Chick Corea e Chucho Valdés Melhor Álbum Instrumental de Jazz “Skyline” – Ron Carter, Jack DeJohnette & Gonzalo Rubalcaba Melhor Composição Instrumental “Eberhard” – Lyle Mays Melhor Álbum de Música Global “Mother Nature” – Anjelique Kidjo Melhor Música para Mídia Visual “All Eyes on Me” – Bo Burnham Melhor Álbum para Mídia Visual “The United States vs. Billy Holiday” – Andra Day Melhor Trilha para Mídia Visual “The Queen’s Gambit” – Carlos Rafael Rivera (empate) “Soul” – Jon Batiste, Trent Reznor e Atticus Ross Melhor Filme Musical “Summer of Sul (… ou Quando a Revolução Não Pôde ser Televisionada)” Melhor Álbum de Teatro Musical “The Unofficial Bridgerton Musical” – Abigail Barlow e Emily Bear Melhor Álbum de Comédia “Sincerely Louis CK” – Louis C.K Melhor Performance Country Solo “You Should Probably Leave” – Chris Stapleton Melhor Álbum de Gospel “My Savior” – Carrie Underwood Melhor Álbum Dance/Música Eletrônica “Subconsciously” – Black Coffee Melhor Remix “Passenger” – Mike Shinoda remix Melhor Álbum Falado “Carry On: Reflections for a New Generation from John Lewis” – Don Cheadle
SAG Awards: Premiação dos astros de Hollywood é adiada para abril
A premiação anual do Sindicato dos Atores dos EUA, SAG Awards, foi adiada em três semanas. A mudança aconteceu após o Grammy anunciar seu adiamento para o dia 14 março, data reservada – desde julho do ano passado – para o evento dos astros de Hollywood. Para evitar a disputa pela audiência, o SAG Awards 2021 agora vai acontecer no dia 4 de abril. O SAG-AFTRA tornou público na semana passada seu descontentamento com o Grammy, dizendo: “Anunciamos a mesma data para o SAG Awards em julho passado com a intenção para dar a maior consideração possível para a programação para outros shows de premiação. Esperávamos a mesma consideração de organizações irmãs em todo o setor”. As indicações ao SAG Awards estão sendo recebidas e os finalistas ao prêmio serão anunciados em 4 de fevereiro. A votação será encerrada em 30 de março, cinco dias antes da entrega dos prêmios, que serão transmitidos nos EUA e no Brasil pelos canais pagos TNT e TBS.
Grammy adia premiação para data do SAG Awards, que se diz “extremamente desapontado”
Por conta da pandemia de coronavírus, o Grammy anunciou na noite de terça (5/1) uma mudança em sua data de cerimônia, que foi adiada de 31 de janeiro para o dia 14 de março. O problema é que, nesta data, já estava agendada a cerimônia do SAG Awards, premiação do Sindicato dos Atores (SAG-Aftra) dos EUA. Diante da alteração, a organização do SAG, que já havia planejado a cerimônia com antecedência, emitiu um comunicado se dizendo decepcionada com o Grammy. “Estamos extremamente desapontados ao saber da data conflitante, 14 de março, anunciada hoje para a transmissão do Grammy Awards deste ano”, disse a organização do evento. “Anunciamos a data do SAG Awards em julho passado com a intenção de dar a maior consideração possível para outras premiações se programarem com antecedência. Esperamos a mesma consideração de organizações irmãs em todo o setor”, disseram. O sindicato dos atores já entrou em contato com a Academia das Gravações sobre a situação, e as conversas estão em andamento. “O SAG Awards reconheceu atuações de destaque no ano passado. Faremos novamente um show espetacular que cumpre essa missão”, disse a organização do evento. “Nossas duas organizações, SAG-AFTRA e a Recording Academy, compartilham membros e trabalham juntas de forma eficaz para defender artistas em muitas áreas. Em um ambiente que é cada vez mais desafiador para programas de premiação televisionados, também temos um interesse mútuo em mostrar com sucesso a arte e o talento de nossos respectivos membros. Estamos em contato com a Recording Academy e continuaremos a trabalhar com nossas organizações irmãs para encontrar maneiras de tornar a temporada de premiações deste ano a mais bem-sucedida possível”.






