Presidente da Academia, responsável pelo Oscar, nega acusações de assédio
Investigado por assédio sexual, o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, John Bailey se defendeu em um comunicado interno da instituição. No texto, que circulou na sexta (23/3) e foi obtido pela revista americana Variety, Bailey negou a acusação. “Houve uma única queixa relacionada a um alegado encontro ocorrido há mais de uma década, no qual eu alegadamente teria tentado tocar uma mulher de forma inapropriada enquanto ambos estávamos sendo transportados em uma van no set de um filme”, escreveu Bailey, refutando a história. “Nada disso aconteceu”. No último dia 16, a Variety havia divulgado que Bailey estava sendo investigado não por uma, mas por “múltiplas” denúncias de assédio sexual. Ainda segundo a revista, um comitê criado pela Academia foi encarregado pela investigação. Bailey foi figura importante nos últimos meses por defender as vítimas de assédio e abuso sexual em Hollywood, inclusive expulsando da Academia o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por mais de uma centena de mulheres, e por administrar a substituição do ator Casey Affleck, que também foi denunciado por assédio, na entrega do Oscar 2018 de Melhor Atriz neste ano. Em dezembro, a Academia divulgou um código de conduta apontando que os membros da organização poderiam ser expulsos por abuso, assédio e discriminação. Caso as acusações sejam acatadas pela Academia, o presidente será julgado pelo Conselho dos Governadores, composto por 51 pessoas responsáveis pela visão estratégica da organização. O atual presidente da Academia viveu seu auge como diretor de fotografia nos anos 1980, em filmes como “Gente Como a Gente” (1980), “Gigolô Americano” (1980), “A Marca da Pantera” (1982), “O Reencontro” (1983), “Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos” (1985) e “A Encruzilhada” (1986). Ele nunca recebeu indicação ao Oscar, mas venceu um prêmio especial do Festival de Cannes, de Contribuição Artística por “Mishima”.
13 Reasons Why muda divulgação com depoimentos de vítimas de bullying e mensagens de apoio do elenco
A Netflix está mudando o foco da divulgação de “13 Reasons Why”, como se pode observar pelos primeiros vídeos que marcam o começo da campanha da 2ª temporada. As versões brasileira e americana são diferentes, mas centradas em trazer casos reais de vítimas de bullying para compartilhar suas histórias. Além disso, um vídeo apresentado pelos atores da série alerta sobre as diferentes formas que os espectadores podem procurar ajuda caso necessitem. Após a série causar polêmica, a plataforma pretende dar mais voz e opções de ajuda para adolescentes que se veem confrontados com abusos, para evitar que a situação-limite da trama continue a se repetir na vida real. A 1ª temporada foi centralizado na história de Hannah (Katherine Langford), uma estudante de ensino médio que comete suicídio e deixa uma caixa com fitas de áudio explicando porque ela decidiu tirar a própria vida. A série mostrou sua morte em uma cena bastante gráfica, em que a garota corta os pulsos, o que inspirou debates sobre sensacionalismo e a necessidade da exibição tão detalhada daquela situação. Muitos pais acharam que a série glamourizou o suicídio e também houve muita discussão na mídia a respeito da forma como diversos abusos foram retratados na produção, sem aviso prévio. Por conta disso, a Netflix reavaliou como abordar os temas sensíveis da trama – não só suicídio, como assédio sexual e bullying. A principal novidade será a produção de um programa que servirá de companhia para os episódios, em que psicólogos, educadores e os próprios atores debaterão os eventos apresentados. Será uma expansão do que foi o “Beyond the Reasons” (Por trás das Razões), um especial de meia hora com entrevistas de bastidores da 1ª temporada. Por fim, o site oficial da produção oferecerá recursos para adolescentes em crise, para ajudar a prevenir suicídios ou autoflagelamentos. De acordo com um estudo encomendado pela Netflix, enquanto a maioria dos pais achou a falta de fontes de suporte um problema, a maioria dos adolescentes e jovens adultos disse que “13 Reasons Why” os ajudou a processar os temas discutidos. Mais da metade dos adolescentes disse que se desculparam com alguém pelo modo como havia tratado essa pessoa no passado, e quase 75% afirmou que passou a ter mais consideração pelas pessoas após assistir à série. “Esperamos que essas medidas que estamos tomando ajudem a apoiar conversas mais significativas quando a 2ª temporada for exibida este ano. Nós estivemos pesquisando o que os adolescentes tiraram de positivo da série e agora, mais do que nunca, nós estamos vendo o poder e compaixão dessa geração que defende a si e aos seus pares”, disse Brian Wright, o vice-presidente de séries originais da Netflix, em comunicado. A data de estreia da 2ª temporada ainda não foi anunciada.
Estúdio de Harvey Weinstein pede falência e acordos de confidencialidade são invalidados
O estúdio The Weinstein Company anunciou seu pedido de falência. A empresa deu entrada nos documentos para decretação de estado falimentar na segunda-feira (19/3). E, além disso abrir as portas para interessados em comprar seus ativos a um preço mais baixo, via leilão, também torna sem validade todos os contratos de confidencialidade que podem ter impedido funcionários e outras mulheres de denunciarem seu proprietário, o produtor Harvey Weinstein. Uma das condições do governo americano para o processo avançar foi a anulação dos acordos feitos pela empresa, em nome de Harvey Weinstein, para impedir declarações de atrizes que trabalharam em seus estúdios. “Desde outubro, foi relatado que Harvey Weinstein usou acordos de confidencialidade como uma arma secreta para silenciar suas acusadoras. Como efeito imediato, esses ‘acordos’ acabaram”, disse a empresa em uma declaração oficial. “Ninguém deve ter medo de falar ou pode ser coagido para ficar quieto”, acrescentou a empresa no comunicado. “A Companhia agradece as pessoas corajosas que já se manifestaram. Suas vozes inspiraram um movimento de mudança em todo o país e em todo o mundo”. A quebra financeira da companhia vem justamente no rastro das acusações de assédio sexual contra Weinstein, que chacoalharam a indústria cinematográfica americana a partir de outubro do ano passado. Mais de 70 mulheres denunciaram terem sido abusadas e até estupradas por Weinstein ao longo dos últimos 30 anos, e a revelação do escândalo levou a inúmeros cancelamentos de contratos com o estúdio, que se juntaram a processos para tornar as dívidas da empresa impagáveis. O estúdio ainda tentou encontrar um comprador. E quase fechou contrato, mas o interessado se assustou ao ver o tamanho do buraco em que estava se metendo e cancelou o negócio em cima da hora. Assim, a empresa decidiu apresentar seu plano de falência ao tribunal de Delaware, listando entre U$ 500 milhões e US $ 1 bilhão em passivos e US $ 500 milhões a US $ 1 bilhão em ativos. Dentro do processo falimentar, a empresa afirmou em um comunicado que entrou em acordo com a investidora Lantern Capital, que compraria todos os ativos da empresa e controlaria o leilão das ações da empresa falida, sob supervisão judicial.
Mulheres prestam queixa criminal contra Steven Seagal por estupro e agressão sexual
Duas mulheres que anteriormente acusaram Steven Seagal de estupro e agressão sexual ofereceram relatos mais detalhados dos alegados abusos do ator, durante uma entrevista coletiva organizada pela advogada Lisa Bloom. As acusadoras prestaram queixa criminal e também vão processar o ator em busca de uma indenização financeira. “Steven Seagal pode ser uma grande estrela de ação”, introduziu Bloom. “Mas são Faviola e Regina que estão abrindo uma ação agora”, completou a advogada, referindo-se à modelo holandesa Faviola Dadis e a ex-aspirante a atriz Regina Simons. Simons relatou que tinha acabado de trabalhar como figurante no filme de Seagal “Em Terreno Selvagem” (1994), quando o ator a convidou para uma festa em sua casa. Quando ela chegou, ninguém mais estava lá. Ele a conduziu a um quarto com o pretexto de lhe mostrar algo e, segundo seu relato, a estuprou. “Fui apanhada de surpresa. Seagal era mais do dobro do meu tamanho e duas vezes mais velho. Eu não era sexualmente ativa, nem eu nunca estive nua na frente de um homem antes. Eu congelei”, disse Simons, que tinha 18 anos na época. “Lembro dele abrir o robe e a próxima coisa que percebi que ele já estava dentro de mim. Não houve nada consensual nisso.” Ela relatou que saiu correndo e dirigiu de volta para casa em lágrimas. “Isso mudou completamente a trajetória da minha vida”, disse ela. “Eu achei difícil comer ou dormir. Eu me esforcei para formar relacionamentos saudáveis”, acrescentando ter se sentido encorajada pelo movimento #MeToo para apresentar sua história. “Pela primeira vez em 25 anos, isso me permitiu processar o que aconteceu e trabalhar com a dor”, disse Simons, lutando contra as lágrimas diante da imprensa. “Rezo para que meu agressor também possa se curar. Eu quero que ele esteja ciente, eu quero que ele reconheça o que aconteceu e peça desculpas “. Dadis, por sua vez, contou que ela era um modelo de 17 anos quando deixou a Holanda em 2002 para buscar uma carreira de atriz em Los Angeles. Um produtor de música a apresentou à Seagal, que a convidou para um teste para um papel num filme sobre Genghis Khan. Ela disse que os dois se compartilhavam interesses comuns pelo budismo e as artes marciais, o que os fez compartilhar mensagens de texto e telefonemas. Até que Seagal solicitou uma audição “privada” num hotel em Beverly Hills, onde ele poderia “avaliar minha figura para ver se eu seria adequada para o papel”. Um assistente instruiu-a a chegar de biquíni ou sutiã e calcinha sob da roupa, um pedido que ela concordou, observando que era “bastante padrão” no negócio de modelagem. Um assistente escoltou Dadis para o encontro noturno com Seagal, depois a deixou sozinha com o ator e seu guarda-costas pessoal. “Steven me pediu para tirar minhas roupas, o que eu fiz, embora estivesse nervosa, considerando que não havia outros indivíduos presentes, e desfilar pela sala para ele”, disse Dadis. Seagal se aproximou dela sugerindo que eles representam uma “cena romântica” para testar sua química. “Eu me senti desconfortável porque estava de biquíni, e eu expressava timidamente isso”, disse Dadis. “No entanto, em vez de respeitar os meus limites, Seven deslizou a mão sob a parte parte superior do biquíni e começou a beliscar os mamilos e, ao mesmo tempo, deslizou a mão na minha área vaginal”. Dadis interrompeu o ator, juntou suas roupas e saiu. Ela não retornou suas chamadas telefônicas subsequentes e não falou a ninguém sobre o que aconteceu até que amigos e familiares notaram uma mudança em seu comportamento. “Ele achou que eu deveria saber o que significava fazer um teste tarde da noite”, disse Dadis. “Por isso, demorei a perceber que não era minha culpa. Eu tinha sido aproveitado por alguém com muito poder”, ela compeltou
Terry Gilliam critica exageros e hipocrisia do movimento #MeToo
O diretor Terry Gilliam (“Brazil – O Filme”) resolveu chamar atenção para os excessos do movimento #MeToo. Para ele, “algumas mulheres sofreram” nas mãos de assediadores de Hollywood e fizeram o certo em denunciar pessoas como Harvey Weinstein, a quem chama de “idiota”. Mas homens de bem estão sendo arrastados na lama por uma caça às bruxas que não distingue mais inocentes de culpados. “Sinto muito por alguém como Matt Damon, que é um ser humano decente. Ele foi espancado até a morte por dizer que nem todos os homens são estupradores. Isso é uma loucura!”, comparou o cineasta, em entrevista para a agência AFP, citando o que aconteceu após o ator dar uma entrevista controversa. Gilliam dirigiu Damon em “Os Irmãos Grimm” (2005) e em seu último filme, “O Teorema Zero” (2013). Ele acrescentou que o clima criado é de terror. “As pessoas têm medo de dizer coisas, pensar coisas”. “Eu acho que as denúncias tem criado um estado mental de ‘turba’, em que você vê todo mundo com tochas na mão atacando o castelo de Frankenstein. Até minha esposa diz que eu não deveria falar sobre isso agora, que eu não deveria dar minha opinião. Isso é loucura!”, completou. Mas que há bruxas, las hay. “Harvey foi denunciado e caiu porque era um idiota e porque fez muitos inimigos”, concordou Gilliam. “E acho que ainda há muita gente agindo da forma como ele agia em Hollywood. Eu vi algumas mulheres sofrerem muito”. Mesmo assim, Gilliam acha que existe muita gente hipócrita fazendo denúncias. Para ele, muitas mulheres tiraram proveito do acordo promíscuo oferecido por Weinstein. “Algumas usaram uma noite com Harvey para se dar bem na carreira. São pessoas adultas que usaram essa vantagem que ele podia oferecer. É o preço que você paga… Algumas pessoas pagaram sem hesitar. Outras sofreram por isso”, disse ainda. A maior hipocrisia, entretanto, seria a tolerância com Donald Trump, um assediador confesso, que se aproveitou de inúmeras mulheres e que permanece impune, enquanto produtores e cineastas perderam o emprego e tiveram as vidas arruinadas por menos. “Eu acho engraçado que [enquanto isso está acontecendo], um auto-confessado assediador é o presidente dos EUA e segue como se nada disso fosse com ele”, concluiu.
Jennifer Lopez revela que foi assediada por diretor no começo da carreira
A cantora e atriz Jennifer Lopez se juntou ao coral do movimento #MeToo. Em entrevista à revista Harper’s Bazaar, ela contou ter sido assediada por um diretor de cinema no início de sua carreira. “Eu não fui abusada da mesma forma que outras mulheres, mas, uma vez, um diretor me pediu para tirar a blusa e mostrar meus seios”, denunciou. Lopez ressaltou que muitas mulheres não denunciam o assédio por medo de prejudicar suas carreiras, e até hoje se impressiona por ter conseguido resistir. “Eu mesma fiquei apavorada quando reagi”, disse. “Era um dos meus primeiros filmes, mas eu sabia que aquilo não era certo. Acredito que, no final, o Bronx (bairro barra-pesada de Nova York onde a cantora cresceu) falou mais alto”. Ela aproveitou o assunto para elogiar o movimento #MeToo e a iniciativa Time’s Up, que combatem o assédio e o abuso sexual. “Este é um lindo momento para as mulheres, estou superfeliz, especialmente por ter uma filha pequena”, comentou.
Presidente da Academia, responsável pelo Oscar, é investigado por abuso sexual
O cinematógrafo John Bailey, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que entrega o Oscar, está sendo investigado por abuso sexual. A Academia recebeu três acusações na última quarta-feira (14/3) e imediatamente começou a averiguar o caso, informaram fontes próximas a revista Variety. Bailey foi figura importante nos últimos meses por defender as vítimas de assédio e abuso sexual em Hollywood, inclusive expulsando da Academia o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por mais de uma centena de mulheres, e por administrar a substituição do ator Casey Affleck, que também foi denunciado por assédio, na entrega do Oscar 2018 de Melhor Atriz neste ano. Em dezembro, a Academia divulgou um código de conduta apontando que os membros da organização poderiam ser expulsos por abuso, assédio e discriminação. Caso as acusações sejam acatadas pela Academia, o presidente será julgado pelo Conselho dos Governadores, composto por 51 pessoas responsáveis pela visão estratégica da organização. Bailey viveu seu auge como diretor de fotografia nos anos 1980, em filmes como “Gente Como a Gente” (1980), “Gigolô Americano” (1980), “A Marca da Pantera” (1982), “O Reencontro” (1983), “Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos” (1985) e “A Encruzilhada” (1986). Ele nunca recebeu indicação ao Oscar, mas venceu um prêmio especial do Festival de Cannes, de Contribuição Artística por “Mishima”.
Dax Shepard será substituto de Danny Masterson na série The Ranch
A série “The Ranch” já definiu um substituto para Danny Masterson, afastado da produção após ser investigado por abusar sexualmente de várias mulheres. A vaga de coprotagonista, ao lado de Ashton Kutcher, será preenchida por Dax Shepard (“CHiPs: O Filme”). “The Ranch” marcava o reencontro de Masterson com Ashton Kutcher, após os dois trabalharem juntos na série clássica de comédia “That ’70s Show”. Na atração de streaming, os dois interpretam irmãos, que voltam a conviver depois de anos, quando o personagem de Kutcher, que morava na cidade grande, retorna ao “rancho” da família. A “substituição” será parecida com o que aconteceu com o próprio Kutcher, quando ele entrou na vaga de Charlie Sheen em “Two and a Hallf Man”. A estratégia simples consiste em introduzir um outro personagem na trama. Shepard interpretará Luke Matthews, um ex-soldado recém-chegado a Garrison, onde conhece os Bennetts e forma um vínculo imediato com Colt (Kutcher). Ele vai aparecer na segunda metade da 3ª temporada de “The Ranch”, que atualmente está em hiato. Será o segundo trabalho do marido de Kristen Bell na Netflix, após participar de “Wet Hot American Summer: Ten Years Later”, no ano passado.
Saída de T.J. Miller de Silicon Valley teria sido motivada por abuso de álcool e drogas
A série “Silicon Valley” vai voltar para sua 5ª temporada com um integrante a menos. O afastamento de T.J. Miller foi anunciado pela HBO em maio do ano passado, junto da notícia da renovação da série, mas não foram dados maiores detalhes. “Os produtores de ‘Silicon Valley’ e TJ Miller concordaram mutuamente que TJ não retornará para a 5ª temporada”, anunciou o canal na ocasião. A duas semanas da estreia dos novos episódios, a revista The Hollywood Reporter ouviu uma explicação não oficial para a mudança. Segundo a publicação, várias fontes afirmam que a decisão já era esperada pelos abusos do ator. “Houve momentos em que ele parecia ter as coisas sob controle e outros em que estava sob o uso de entorpecentes”, afirmaram múltiplas fontes sobre os problemas que levaram à dispensa de Miller. O criador da série, Mike Judge, deu a entender que realmente estas foram as razões da dispensa do ator. “Há muitas formas de descobrir quando alguém não quer mais fazer um programa. Não é divertido trabalhar com alguém que não quer estar lá, especialmente quando se é um dos protagonistas e há diversos membros da equipe e figurantes que não são tão bem pagos, mas estão no set desde antes das 7h da manhã, apenas para ouvirem que não irão gravar naquele dia”, disse, sugerindo dias em que o ator não estaria em condições de gravar a série. Judge diz que tinha planejado uma despedida para Erlich, personagem de Miller, em que ele faria uma viagem para a China após aparecer por três episódios na nova temporada, mas o ator se negou a colaborar, rompendo com o programa e afirmando que agora focaria na sua carreira cinematográfica. Pouco depois isso, ele foi alvo de denúncias de assédio sexual e agressão. Uma mulher o acusou de estupro na faculdade. Outros rumores começaram a vir à tona, apurados pela THR. Miller respondeu aos pedidos de declaração sobre as polêmicas, com uma nota: “Na vida real, não estou sempre chapado como Elrich. Isso talvez exploda a mente de seus leitores, mas não fico chapado quando estou trabalhando porque atrapalha minha comédia. Também não sou o cara bêbado que fica esbarrando em tudo no set. A verdade é que eu estava ocupado fazendo stand-up o tempo todo, mesmo que isso significasse que eu dormiria por apenas três horas. Então, a coisa que me incomoda? Passar dos meus próprios limites.” A estreia da 5ª temporada de “Silicon Valley” está marcada para 25 de março na HBO. Já T.J. Miller, que estrelou o vencedor do Framboesa de Ouro de Pior Filme do ano, a animação “Emoji – O Filme”, será visto a seguir em “Jogador Nº 1” e “Deadpool 2”, previstos para abril e maio no Brasil.
Ator sul-coreano acusado de abuso sexual comete suicídio
O ator sul-coreano Jo Min-ki foi encontrado morto nesta sexta-feira (9/3), após ser alvo de uma série de acusações de assédio sexual. Ele foi achado por sua esposa pendurado em uma garagem, abaixo de sua casa em Seul. A polícia afirma que os indícios são de suicídio. O ator de 52 anos foi acusado de molestar oito estudantes na Universidade de Cheongju, onde lecionava artes dramáticas. Com a repercussão das acusações, Min-ki perdeu sua cátedra na instituição e o papel da série de TV que estrelava. Ele defendeu sua inocência quando a primeira denúncia surgiu. Mas à medida que o número de acusadoras aumentou, ele foi forçado a mudar sua posição. A atuação de maior destaque de Min-Ki foi no filme “O Advogado”, de 2013. Ele trabalhou ainda em papéis na TV e como professor universitário. O movimento “#MeToo” vem se intensificando na Coréia do Sul, com acusações de abuso contra homens proeminentes na política e nas artes. No fim de semana passado, uma longa reportagem do canal estatal da TV sul-coreana MBC reuniu acusações de atrizes contra outro ator, Cho Jae-hyeon, além do diretor Kim Ki-Duk. Uma delas contou que Kim e Cho eram parceiros de abusos e competiam entre si. Os dois a teriam estuprado depois que o diretor pediu que ela fosse ao seu quarto de hotel para “discutir detalhes de um roteiro”. “Era o inferno na terra”, disse a atriz na entrevista. “Kim e Cho contavam histórias de estupro de atrizes e pareciam competir entre si.”
Três atrizes acusam diretor Kim Ki-duk de estupro, assédio e agressão
O diretor sul-coreano Kim Ki-duk voltou a sofrer acusações de abuso. Ele e um de seus atores preferidos, Cho Jae-hyeon, enfrentam acusações de estupro, ataque e comportamento sexualmente predatório de três atrizes. As acusações foram feitas na terça-feira (6/3), em uma longa reportagem do canal estatal da TV sul-coreana MBC. Nenhuma das atrizes foi identificada. Uma delas contou que Kim e Cho a estupraram depois que o diretor pediu que ela fosse ao seu quarto de hotel para “discutir detalhes de um roteiro”. Ela também disse que o cineasta ligava insistentemente quando estavam filmando em uma localidade remota. “Era o inferno na terra”, disse a atriz na entrevista, que abandonou a profissão e passa por um tratamento psiquiátrico. “Foram várias noites, ele vinha até a porta do meu quarto e batia na porta até que eu abria ou ligava exaustivamente até eu responder. Ele e Cho contavam histórias de estupro de atrizes e pareciam competir entre si.” Outra atriz disse que Kim exigiu vê-la nua durante um processo “humilhante” de seleção. A terceira atriz, por sua vez, foi a que levou o diretor à justiça e venceu um processo por agressão, mas não convenceu os juízes a considerarem sua denúncia de abuso sexual. Ela acusou Kim no ano passado de lhe dar três tapas e forçá-la a realizar cenas sexuais sem roupa, que não estavam no roteiro. Além disso, disse que Kim a forçou a pegar no pênis de um ator, apesar de uma garantia anterior de que uma prótese seria usada. Devido a seus protestos, ela foi substituída por outra atriz no filme “Moebius”, de 2013. Por conta da condenação do cineasta, houve protestos pela inclusão de seu novo filme no Festival de Berlim 2018. “Human, Time, Space and Human” foi mantido na programação apesar de um manifesto assinado por 140 organizações sociais e associações de cineastas contra o diretor. E mesmo após Dieter Kosslick, o diretor do evento, fazer proselitismo com a afirmação de que tinha barrado filmes de assediadores. “Por que a Berlinale é indulgente com Kim, estendendo o tapete vermelho para ele e para seu filme?”, questionava o manifesto, que acusou os organizadores do festival de “consentir e endossar” o comportamento do diretor. Kim se defendeu no festival, afirmando que deu tapas na atriz como instruções de atuação. “O que estávamos fazendo era ensaiar uma cena”, disse ele. “Havia muitas pessoas presentes. Minha equipe na época não se opôs e não disse que aquilo era inapropriado… Estava relacionado à atuação artística, mas acredito que a atriz interpretou isso de maneira diferente do que eu fiz. ” Quando perguntado diretamente se ele gostaria de se desculpar por bater atriz, Kim declinou. “Não, acho lamentável que isso tenha sido transformado em um processo judicial”, disse ele. Diante da repercussão, o lançamento comercial do longa foi adiado indefinidamente. Em resposta às novas acusações, trazidas à tona à MBC, Kim afirmou que nunca usou o seu status como diretor de cinema para “satisfazer meus desejos sexuais” e alegou que só manteve “relações sexuais consensuais”. Já as acusações contra Cho tinham vindo à tona alguns dias antes. Ele chegou a se desculpar publicamente, perdeu o emprego como professor e também foi afastado de “The Cross”, uma série médica da qual participava. Diante da reportagem televisiva, ele disse à emissora que estava “em pânico”: “Eu pequei, mas muitas das coisas que estou vendo nos noticiários são muito diferentes da realidade”. Um dos mais proeminentes cineastas sul-coreanos de sua geração, Kim Ki-duk fez sucesso no circuito de festivais, onde chegou a ganhar um Leão de ouro por “Pietá” (2012) em Veneza. Entre seus filmes mais conhecidos pelo público brasileiro estão “Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera” (2003), “Casa Vazia” (2004) e “O Arco” (2005). Seus filmes, em geral, têm poucos diálogos, mas investem em sexo e violência – geralmente contra mulheres.
Daniel Oliveira é acusado de abuso de menor no trailer do drama Aos Teus Olhos
A Conspiração Filmes divulgou o pôster e o trailer de “Aos Teus Olhos”, drama premiado, que traz Daniel de Oliveira (“Sangue Azul”) no papel de um professor de natação infantil acusado de abuso sexual pelos pais de um aluno. O tema atualíssimo é abordado na prévia em clima de suspense. A acusação vem, como várias hoje em dia, pelas redes sociais. O post de uma mãe se torna viral e provoca um linchamento virtual imediato. A denúncia se espalha rapidamente na internet e até as pessoas mais próximas do protagonista, como a diretora da escola e um colega de trabalho, ficam em dúvida sobre suas ações e intenções. A premissa é inspirada na peça espanhola “O Princípio de Arquimedes”, de Josep Maria Miró. O filme foi escrito por Lucas Paraizo (de “Gabriel e a Montanha” e série “Sob Pressão”) e dirigido por Carolina Jabor (“Boa Sorte”). Exibido em diversos festivais nacionais e internacionais, “Aos Teus Olhos” venceu quatro troféus no Festival do Rio 2017: Melhor Ator (Daniel de Oliveira), Melhor Ator Coadjuvante (Marco Ricca, pai do menino supostamente abusado), Melhor Roteiro e Melhor Filme no Voto Popular. Também foi considerado o Melhor Filme brasileiro na Mostra de São Paulo. A estreia comercial está marcada para 12 de abril.










