Jennifer Lawrence vai voltar ao cinema independente em novo filme
A atriz Jennifer Lawrence encerrou seu período sabático e escolheu o seu próximo filme, após mais de um ano longe dos sets. Ela vai estrelar um drama ainda sem título da diretora Lila Neugebauer, que tem carreira prestigiada no teatro e fará sua estreia em longas-metragens. Outra estreante, Elizabeth Sanders, assina o roteiro, sobre o qual nada se sabe. A produção é do estúdio independente A24, portanto representa uma volta às origens para Lawrence, que começou a chamar atenção com o drama indie “Inverno da Alma” (2010). Este filme venceu o Festival de Sundance e rendeu a primeira indicação ao Oscar para a atriz, então com 19 anos de idade, e desde então ela só fez outro drama indie, “Loucamente Apaixonados” (2011), virando estrela de projetos de grandes estúdios. Por sua vez, a produtora A24 é conhecida por títulos premiados como “Moonlight: Sob a Luz do Luar” e “Hereditário”. O projeto misterioso será o primeiro filme com o qual Lawrence se compromete oficialmente desde “X-Men: Fênix Negra”, filmado entre o final de 2017 e o começo de 2018. Extra-oficialmente, ela também está envolvida no projeto de “Bad Blood”, próximo filme do diretor Adam McKay (“Vice”), que ainda não cronograma de produção. Lawrence se tornou a estrela mais requisitada da sua geração, porque, com apenas 28 anos de idade, já tem um Oscar de Melhor Atriz no currículo – por “O Lado Bom da Vida” (2012) – e outras três indicações – por “Inverno da Alma” (2010), “Trapaça” (2013) e “Joy: O Nome do Sucesso” (2015). Graças a este prestígio, pôde se dar o luxo de dar uma pausa de um ano da carreira, sem prejudicar seu status.
Saiba quais são as séries em desenvolvimento para a Apple TV+
A Apple liberou a primeira prévia da programação de sua plataforma de streaming, a Apple TV+, anunciada em evento realizado nesta segunda (25/3) em Cupertino, na California. Com cerca de um minuto e meio de duração, é uma apresentação picotada que vai da comédia de época à ficção científica sem se deter em nenhuma produção, mas ao menos revela os títulos das novas séries. A programação construída pelos ex-chefes da Sony Television, Jamie Erlicht e Zach Van Amburg, inclui as séries descritas abaixo. “The Morning Show”: estrelada por Jennifer Aniston, Reese Whiterspoon e Steve Carell, acompanhará os bastidores de um programa de notícias matinal. “Nós vamos trazer um olhar honesto sobre relações entre homens e mulheres no ambiente de trabalho”, disse Aniston durante o evento de apresentação da plataforma, afirmando estar animada por voltar à TV com o projeto – sua primeira série desde o fim de “Friends”, em 2004. “Amazing Stories”: nova versão da série de antologia sci-fi criada por Steven Spielberg em 1985. “Vamos ressuscitar essa marca e levá-la a um novo público”, proclamou o cineasta. “See”: uma nova série de ficção científica estrelada por Jason Momoa (“Aquaman”) e Alfre Woodward (“Luke Cage”). O projeto é um “épico futurista” e se passa após a humanidade perder a capacidade de enxergar. Nesse futuro, a sociedade encontrou novas formas de interagir, construir, caçar e sobreviver. É então que um par de gêmeos nasce com olhos perfeitos, balançando o status quo. A série é criação do roteirista britânico Steven Knight (criador de “Taboo” e “Peaky Blinders”) e terá seus episódios dirigidos pelo cineasta Francis Lawrence (“Jogos Vorazes: Em Chamas”). “Truth to Be Told”: título oficial da produção que estava sendo desenvolvida como “Are You Sleeping”, sobre a obsessão norte-americana com podcasts de histórias de crimes reais não resolvidos. O elenco é liderado por Octavia Spencer (“A Forma da Água”), Lizzy Caplan (“Truque de Mestre 2”), Aaron Paul (“Breaking Bad”) e Ron Cephas Jones (“This Is Us”). Spencer vive a repórter investigativa de um podcast de crimes verdadeiros, que reabre o caso do assassinato do pai de duas irmãs gêmeas, interpretadas por Caplan. “Home Before Dark”: drama de mistério baseado na vida real da jornalista mirim Hilde Lysiak, que, obcecada em virar repórter, desvendou um crime sozinha aos 11 anos de idade. Brooklynn Prince (a estrelinha de “Projeto Flórida”) interpreta a jovem protagonista, que se muda de Nova York para a cidadezinha de seu pai (Jim Sturgess, de “Tempestade: Planeta em Fúria”), onde sua perseguição obstinada pela verdade a leva a desenterrar um caso criminal que todos naquele lugar, incluindo seu próprio pai, tentaram enterrar. “Mythic Quest”: comédia de meia hora de Rob McElhenney e Charlie Day (criadores e estrelas de “It’s Always Sunny in Philadelphia”), que traz o primeiro como diretor criativo de um estúdio de videogames. “Servant”: thriller psicológico desenvolvido pelo cineasta M. Night Shyamalan (“Vidro”) e o roteirista britânico Tony Basgallop (criador de “Hotel Babylon”), que envolve uma babá (Nell Tiger Free, de “Game of Thrones”) contratada por um casal para cuidar de seu filho recém-nascido. Toby Kebbell (o Messala de “Ben-Hur”) e Lauren Ambrose (“A Sete Palmos”, “Arquivo X”) vivem o casal e o elenco ainda inclui Rupert Grint (o Ron Weasley de “Harry Potter”) como o irmão da personagem de Ambrose. “Dickson”: comédia de época sobre a juventude da escritora Emily Dickson, estrelada por Hailee Steinfeld (“Quase 18”), em seu primeiro papel regular numa série. A produção é do cineasta David Gordon Green (“Especialista em Crise”). “For All Mankind”: sci-fi produzida por Ronald D. Moore, criador do reboot de “Battlestar Galactica” e da série “Outlander”, que vai lidar com uma linha temporal alternativa. A trama imagina o que aconteceria se a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética não tivesse acabado nos anos 1970, após a conquista da lua. O protagonista é o ator Joel Kinnaman (“Esquadrão Suicida”). “Dear…”: série de documentários. “Hala”: filme sobre uma jovem muçulmana, produzido pela atriz Jada Pinkett Smith (“Gotham”), que teve sua première no Festival de Sundance. Além destes títulos citados no vídeo abaixo, a Apple desenvolve muito mais atrações. Confira abaixo algumas delas, que ainda podem mudar de título quando forem oficialmente anunciadas. “Little America”: antologia sobre a vida real de imigrantes nos Estados Unidos, baseado em relatos publicados na revista Epic Magazine e criada pelo casal de roteiristas Kumail Nanjiani e Emily V. Gordon, indicados ao Oscar 2018 por “Doentes de Amor”. Cada episódio destacará “a vida engraçada, romântica, sincera, inspiradora e inesperada dos imigrantes na América”, segundo a sinopse. “Little Voice”: drama musical produzido por J.J. Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”), com músicas originais da cantora e compositora Sara Bareilles, e roteiro e direção da cineasta Jessie Nelson (“Uma Lição de Amor”). Descrito como uma carta de amor à diversidade musical de Nova York, a série tem o mesmo título do álbum de estreia de Bareilles, de 2007, e vai explorar a jornada de uma jovem em busca de sua própria voz aos 20 e poucos anos. “Helpsters”: atração infantil, de caráter educativo, com os personagens da série clássica “Vila Sésamo”. “Foundation”: baseada na trilogia “Fundação”, do escritor Isaac Asimov (1942-1993), uma das obras mais famosas da ficção científica. A produção está sendo desenvolvida pela dupla de roteiristas-produtores David S. Goyer (criador de “Krypton” e “Constantine”) e Josh Friedman (criador de “Emerald City”). Os livros “Fundação” (1951), “Fundação e Império” (1952) e “Segunda Fundação” (1953) têm como pano de fundo um futuro em que a Via Láctea está sob o controle do Império Galático. Mas um matemático chamado Hari Seldon desenvolve um método de prever a queda do império. “Central Park”: série animada sobre uma família de zeladores do famoso parque de Nova York, que precisa salvar o local – e o mundo – , enquanto canta alguns números musicais. Foi criada por Loren Bouchard (o criador de “Bob’s Burgers”), Nora Smith (roteirista de “Bob’s Burgers”) e o ator Josh Gad (O LeFou de “A Bela e a Fera”). O próprio Josh Gad será uma das vozes principais, voltando a se reunir com Kristen Bell (série “The Good Place”), com quem fez parceria na dublagem do blockbuster animado “Frozen” – ele é a voz original de Olaf e ela dubla Anna. “Time Bandits”: adaptação da sci-fi “Os Bandidos do Tempo” (1981), desenvolvida pelo diretor Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”). Na trama original, um menino é levado numa viagem pelo tempo por um grupo de anões, enquanto eles roubam grandes tesouros da História e encontram figuras épicas e míticas, como Napoleão Bonaparte e Robin Hood. “Life Undercover”: thriller de espionagem estrelado por Brie Larson (a “Capitã Marvel”), baseada nas experiências reais de uma ex-agente da CIA. “Peanuts”: a Apple fechou acordo para produzir uma nova série animada, programas variados e especiais protagonizados por Snoopy, Charlie Brown e os Peanuts, do desenhista americano Charles Schulz. Além destes, também estão em desenvolvimento uma série escrita e dirigida pelo cineasta Damien Chazelle (“La La Land”), um universo de séries de Justin Lin (“Velozes e Furiosos 6”), um filme de Sofia Coppola (“Maria Antonieta”), um documentário e um programa sobre saúde mental da apresentadora Oprah Winfrey, filmes exclusivos do estúdio indie A24, e muitas outras novidades. Apenas parte disso é apresentado no curtíssimo vídeo, que pode ser visto a seguir. Outros detalhes sobre a plataforma de streaming podem ser conferidos neste link.
Midsommar: Novo terror do diretor de Hereditário ganha seu primeiro trailer
A A24 divulgou o pôster e o trailer de “Midsommar”, novo terror de Ari Aster, o diretor de “Hereditário” (2018). A prévia revela um fetiche do diretor pelo clássico “O Homem de Palha” (1973), mostrando cenas de um ritual pagão em meio a um campo ensolarado, com muitas loiras sorridentes e saltitantes, com flores no cabelo. A beleza nórdica dos personagens é autêntica, já que a maioria do elenco vem da Suécia. Mas há alguns rostos ingleses e americanos conhecidos, como Florence Pugh (“Legítimo Rei”), Will Poulter (“Maze Runner”), Jack Reynor (“Transformers: A Era da Extinção”) e William Jackson Harper (série “The Good Place”), em meio à loirice de Julia Ragnarsson (“Sequestro na Ilha”), Anna Åström (“Vikings”), Liv Mjönes (“Agente H: Conspiração Terrorista”), Björn Andrésen (“Shelley”) e Gunnel Fred (série “Bron/Broen”). Florence Pugh, que também ganhou cabelos loiros, é a protagonista do filme, que segue um casal em viagem à Suécia para visitar a casa rural de um amigo, durante um festival de verão. O que começa como um retiro idílico logo descamba para uma competição bizarra e violenta por parte de uma seita pagã. Assim como “Hereditário”, “Midsommar” foi escrito e dirigido por Aster. A estreia está marcada para 25 de julho no Brasil, três semanas após o lançamento nos Estados Unidos.
Estúdio de Moonlight, A Bruxa e Hereditário fecha contrato com a Apple para desenvolver filmes para streaming
A Apple definiu um parceiro estratégico em sua iniciativa de oferecer conteúdo exclusivo e original em sua vindoura plataforma de streaming. De acordo com o Wall Street Journal, foi firmado um contrato com o estúdio indie A24 para desenvolver vários filmes para streaming, no que representa a operação mais ambiciosa até o momento do departamento de conteúdos audiovisuais da empresa de tecnologia. A A24, fundada em 2012 em Nova York, ganhou projeção por produzir filmes premiados, que são sinônimos de cinema de qualidade em gêneros como drama, sci-fi, suspense e terror. Entre os filmes da produtora estão os aclamados “Ex_Machina”, “O Quarto de Jack”, “O Lagosta”, “A Bruxa”, “Hereditário”, “Lady Bird”, “Ao Cair da Noite”, “O Sacrifício do Cervo Sagrado”, “Bom Comportamento”, “Mulheres do Século 20”, “Sala Verde”, “Artista do Desastre”, o documentário “Amy” e “Moonlight”, vencedor do Oscar 2017. Suas produções priorizam temas que rendem discussões e deleitam cinéfilos, mas nem sempre isso se traduz em retorno financeiro, por meio de sucessos de bilheteria. Tanto que, em março passado, rumores começaram a circular sobre negócios do estúdio com a Apple. Na ocasião, acreditava-se que a Apple compraria a A24. Não há detalhes sobre o negócio, mas anteriormente o WSJ afirmou que o CEO da Apple, Tim Cook, estava recusando projetos de séries de streaming por conta de conteúdo violento e sombrio, ou seja, o que é típico de uma produção da A24. Os produtores ainda teriam sido informados de que violência e nudez gratuita não fariam parte do cardápio que a Apple pretende servir em streaming, e muitas das decisões sobre o que ganha sinal verde estariam sendo alinhadas aos gostos pessoais de Cook, com preferência por dramas familiares. Ainda não há previsão de lançamento para a plataforma da Apple, embora a data de março de 2019 tenha surgido em reportagens anteriores do Wall Street Journal. Outro detalhe especulado é que o negócio é mais ambicioso que muitos imaginam, prevendo lançamento simultâneo em mais de 100 países só para começar.
Atriz de Lady Macbeth vai estrelar o próximo terror do diretor de Hereditário
O diretor Ari Aster, responsável pelo impactante terror “Hereditário”, já começou a preparar seu segundo longa-metragem. E será mais um horror estrelado por uma ótima atriz. Revelação de “Lady Macbeth” (2016), a inglesa Florence Pugh confirmou o projeto durante sua participação no evento da TCA (Associação de Críticos de TV dos Estados Unidos), onde foi divulgar a minissérie “Littler Drummer Girl”. Depois, repercutiu no Twitter sua escalação como protagonista. “Esse papel vai ser incrível… Estou animada, nervosa e mal posso acreditar”, ela escreveu em sua conta da rede social. Veja abaixo. Segundo a revista Variety, o novo filme, ainda sem título oficial, será inspirado pelo clássico “O Homem de Palha” (1973), e mostrará um jovem casal em viagem pelo leste da Europa, onde encontra um bizarro culto pagão que mudará suas vidas para sempre. Além de Florence Pugh, o elenco trará Jack Reynor e Will Poulter (ambos de “Detroit em Rebelião”), William Jackson Harper (série “Good Place”), Ellora Torchia (“Os Cowboys”) e Archie Madekwe (série “Fresh Meat”). O elogiado “Hereditário”, estrelado por Toni Collette, se tornou um hit inesperado para a produtora A24. Feito por pouquíssimo dinheiro, já arrecadou US$ 79 milhões de bilheteria ao redor do mundo e virou o maior sucesso dos seis anos de existência do pequeno estúdio nova-iorquino, que vem se especializando no chamado “novo terror” – também lançou outro marco do gênero, “A Bruxa”, em 2015 – e dramas de prestígio, possuindo até um Oscar de Melhor Filme no currículo – “Moonlight”. And what a role this will be… god am I pumped/nervous/can’t believe this is happening. #smugpug https://t.co/1vJYmwNxXz — Florence Pugh (@Florence_Pugh) July 31, 2018
Hereditário é um dos grandes filmes de terror deste século
O cineasta estreante Ari Aster inicia “Hereditário” como um filme sobre luto, sobre como qualquer família jamais será a mesma após a morte de um ente querido. Com esse clima de dor no ar, ele adiciona mais um tema na trama: como herdamos os demônios de nossos pais e não conseguimos fugir disso. Mas o que parece um drama, aos poucos revela suas entranhas de filme de terror. Toda a primeira metade de “Hereditário” trata esse horror de forma metafórica, abordando cada ponto que despedaça uma família após o falecimento de sua matriarca (fato explicado no primeiro frame na forma de obituário), incluindo uma tragédia, que é a melhor cena do filme, e que você jamais esquecerá. A linha tênue entre os gêneros faz com que ambos se complementem e é muito bem conduzida pelo jovem diretor, de apenas 31 anos. Ele aposta 100% no talento de Toni Collette como Annie, que entrega provavelmente sua melhor performance desde “O Sexto Sentido”. Aliás, pode-se até fazer um paralelo entre os dois filmes, imaginando Collette como a mesma mãe quase duas décadas após o longa que tirou da obscuridade o cineasta M. Night Shyamalan. Há uma cena especialmente dramática durante um jantar, em que a protagonista desabafa contra o filho adolescente, Peter (Alex Wolff), que é mais assustadora que qualquer cena de horror do filme e serve muito bem para ilustrar qualquer indicação de Collette a prêmios de Melhor Atriz. Ela só é menos assustadora que a cena trágica já mencionada, mas a atriz se converte num terror em forma de mulher nesse momento. Vale esmiuçar a tal cena trágica, ainda que sem revelar muito, para destacar sua construção. Há uma morte inesperada. Ari Aster corta o violento fragmento de segundo e foca imediatamente no rosto de Alex Wolff, que reage com espanto ao mesmo tempo em que a ficha insiste em não cair. A câmera não sai de seu rosto nem mesmo quando a personagem vivida por Collette encontra o corpo e grita com todo o horror do mundo nas costas. Tudo isso ocorre num ambiente escuro e, de repente, Aster corta sem dó para a luz do dia com a câmera grudada numa parte do corpo que jamais imaginamos que seria mostrada. É horrível (no bom sentido) e um exemplo perfeito de como o explícito pode tomar conta do filme após uma antecipação muito bem construída pelo implícito. Sinal de surgimento de um novo grande diretor. Aster ainda reafirma que veio para ficar com outras transições impecáveis. Há uma cena elegante em que o rosto da filha mais nova, Charlie (a incrível Milly Shapiro, com seu tique clássico desde já), é substituído pela face da mãe quando uma luz estoura na tela. Também há outra parte em que Peter está sentado na cama e, num piscar de olhos, Aster corta a situação para o rapaz sentado na cadeira da sala de aula. Perspectiva é mais uma parte do show. Por exemplo, o detalhe da maquete da casa onde se passa 90% do filme, que faz alusão a uma força externa que manipula quem está lá dentro. Enquadramentos geniais também, como a cena em que Peter acorda no meio da madrugada e fica sentado em sua cama. Do lado de cá da tela, nossos olhos se esforçam para identificar um vulto ao fundo e, quando confirmamos que realmente algo está ali, a reação é de gelar a alma. Não se pode esquecer que nada disso seria ressaltado se Aster não dominasse a habilidade de contar bem uma história. Sucesso que passa pelo espectador disposto a embarcar numa viagem sem volta rumo ao inferno, pois uma vez que o diretor admite o sobrenatural na trama, ele pede para que a lógica seja desligada na hora em que tentamos ligar os pontos da trama. Claro que podemos entender o sobrenatural como o clímax sem esperança para a inevitável desestruturação de uma família traumatizada. Mas não ignore o que seus olhos finalmente estão vendo: as pistas estão todas em seus devidos lugares e ajuda muito fazer uma segunda sessão de “Hereditário”, um terror que se inspira mais no medo do desconhecido do que nos sustos fáceis. Por isso mesmo, jamais será um filme popular, mas tem tudo para figurar entre os grandes do gênero neste século, como um sucessor direto de clássicos como “O Bebê de Rosemary”, “O Exorcista”, “A Profecia” e “O Iluminado”.
Hereditário: Terror mais elogiado do Festival de Sundance ganha trailer legendado
A Diamond Films divulgou a versão legendada do trailer de “Hereditário” (Hereditary), o terror mais elogiado do Festival de Sundance 2018, com impressionantes 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A prévia também é impressionante, em sua capacidade de gerar cenas perturbadoras. Entre as imagens de rituais, enterros e casa de bonecas macabra, sobram elogios da crítica, como uma ousada comparação da Time Out New York, que chama o filme de “‘O Exorcista’ da atual geração”. Aumentando a expectativa, o jornal USA Today o classificou como o “filme de terror mais insano em anos”. O filme é escrito e dirigido pelo estreante em longa-metragens Ari Aster, e seu impacto tem sido comparado a outro longa que eletrificou Sundance: “A Bruxa” (2013). Aquele também foi um terror de diretor iniciante, que acompanhava uma família amaldiçoada. A maior diferença é que “Hereditary” se passa nos dias atuais. A trama aborda a história de uma família que, após perder sua matriarca, começa a descobrir segredos inquietantes sobre sua origem. E quanto mais eles descobrem, mais tentam fugir do destino sinistro que podem ter herdado. Também foi divulgado um novo pôster americano, que reúne o elenco, formado por Toni Collette (“xXx: Reativado”), Gabriel Byrne (“Mais Forte que Bombas”), Alex Wolff (“O Dia do Atentado”) e a menina Milly Shapiro (a “Matilda” da Broadway, em sua estreia no cinema). A atriz Ann Dowd (série “The Handmaid’s Tale”) também participa da produção. A estreia está marcada para 21 de junho no Brasil, duas semanas após o lançamento nos Estados Unidos.
Adam Sandler vai estrelar próximo filme dos diretores do thriller Bom Comportamento
Adam Sandler incrementou sua credibilidade indie. O estúdio A24 anunciou que o próximo filme dos irmãos Safdie, responsáveis pelo thriller “Bom Comportamento”, será estrelado pelo astro de “Esposa de Mentirinha”. E tem mais: a produção está a cargo de ninguém menos que o cineasta Martin Scorsese (“Os Bons Companheiros”). Intitulado “Uncut Gems”, o filme também traz no elenco o comediante Jonah Hill, que trabalhou com Scorsese em “O Lobo de Wall Street”. Será o quatro longa-metragem dos irmãos Benny e Josh Safdie, que causaram grande impacto com seu filme anterior, “Bom Comportamento” – presente em diversas listas de Melhores Filmes de 2017. A entrada de Sandler em “Uncut Gems” demonstra que o ator finalmente vai levar a sério sua carreira dramática, incentivado pelos elogios recebidos por seu papel em “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”, disponibilizado pela Netflix no ano passado. Aquele filme também foi dirigido por um cineasta indie, Noah Baumbach (de “Frances Ha”). Na verdade, Sandler já tinha surpreendido num projeto indie muito antes, em “Embriagado de Amor” (2002), assinado simplesmente por Paul Thomas Anderson (de “Trama Fantasma”). Ainda não foram divulgados detalhes da trama, cronograma de produção ou a previsão de estreia de “Uncut Gems”.
Robert Pattinson vai estrelar o novo terror do diretor de A Bruxa
O ator Robert Pattinson (“Bom Comportamento”) entrou no segundo longa de Robert Eggers, diretor do premiado terror de época “A Bruxa” (2015), vencedor do Festival de Sundance. Eggers voltará ao gênero em seu próximo filme, intitulado “The Lighthouse” (o farol). Ele escreveu e vai dirigir o filme, que também será estrelado por Willem Dafoe (“Meu Amigo Hindu”) como um velho faroleiro chamado Old. O personagem de Pattinson ainda não foi divulgado. A história será ambientada na Nova Escócia, no início do século 20, e irá abordar antigos mitos marinhos. A produção está a cargo da produtora brasileira RT Features, de Rodrigo Teixeira, em parceria com as americanas A24, New Regency e o estúdio de efeitos Parts and Labor – basicamente, a equipe de produção de “A Bruxa”.
Rodrigo Teixeira vai produzir novo terror americano do diretor de A Bruxa
O produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features, confirmou que irá coproduzir o segundo longa de Robert Eggers, de quem já tinha produzido o premiado terror de época “A Bruxa” (2015). Eggers voltará ao gênero em seu próximo filme, intitulado “The Lighthouse”. Ele escreveu e vai dirigir o filme, que trará Willem Dafoe (“Meu Amigo Hindu”) como o protagonista, um velho faroleiro chamado Old. A história será ambientada na Nova Escócia, no início do século 20. A RT Features vai dividir a produção com os estúdios americanos A24 e New Regency. Dafoe foi indicado ao Oscar 2018 de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em “Projeto Flórida”, que estreia no Brasil em 1º de março. Rodrigo Teixeira também disputa o prêmio da Academia, como produtor de “Me Chame pelo Seu Nome”, indicado a Melhor Filme do ano.
Hereditary: Terror mais elogiado do Festival de Sundance ganha trailer perturbador
O estúdio indie A24 divulgou o primeiro trailer, foto do elenco e o pôster de “Hereditary”, o terror mais elogiado do recente Festival de Sundance 2018, com impressionantes 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A prévia também é impressionante, em sua capacidade de gerar cenas perturbadoras. Entre as imagens de rituais, enterros e casa de bonecas macabra, sobram elogios da crítica, como uma ousada comparação da Time Out New York, que chama o filme de “‘O Exorcista’ da atual geração”. Aumentando a expectativa, o jornal USA Today o classificou como o “filme de terror mais insano em anos”. O filme é escrito e dirigido pelo estreante em longa-metragens Ari Aster, e seu impacto tem sido comparado a outro longa que eletrificou Sundance e foi distribuído pelo A24: “A Bruxa” (2013). Aquele também foi um terror de diretor iniciante, que acompanhava uma família amaldiçoada. A maior diferença é que “Hereditary” se passa nos dias atuais. A trama aborda a história de uma família que, após perder sua matriarca, começa a descobrir segredos inquietantes sobre sua origem. E quanto mais eles descobrem, mais tentam fugir do destino sinistro que podem ter herdado. O elenco destaca Toni Collette (“xXx: Reativado”), Gabriel Byrne (“Mais Forte que Bombas”), Alex Wolff (“O Dia do Atentado”), Ann Dowd (série “The Handmaid’s Tale”) e a menina Milly Shapiro (a “Matilda” da Broadway, em sua estreia no cinema). A estreia comercial está marcada para 8 de junho nos Estados Unidos e ainda não há previsão para lançamento no Brasil.
Lady Bird supera Moonlight como o maior sucesso do estúdio indie A24 na América do Norte
O drama “Lady Bird”, que chegou a ser considerado o filme mais bem-avaliado da história do Rotten Tomatoes – até um blogueiro resolver ficar famoso com um único comentário negativo – realizou uma nova façanha. Com as bilheterias do último fim de semana, o primeiro longa escrito e dirigido individualmente pela atriz Greta Gerwig (a eterna “Frances Ha”) atingiu US$ 28,3M (milhões) e se tornou a produção mais bem-sucedida do estúdio A24 no mercado doméstico norte-americano. O valor superou os 27,8M de “Moonlight”, filme vencedor do Oscar 2017. O filme de Barry Jenkins ainda se mantém com grande vantagem na soma da bilheteria mundial, tendo feito mais de US$ 65M, mas a obra de Gerwig ainda não foi lançada no mercado internacional. “Lady Bird” evoca a juventude de Gerwig como adolescente rebelde e inconformista numa trama autobiográfica, com Saoirse Ronan (“Brooklyn”) no papel de protagonista. A atriz venceu o Gotham Awards e o filme também disputa prêmios no Globo de Ouro, SAG Awards e Spirit Awards, entre outros eventos de celebração dos melhores do ano. A estreia no Brasil está marcada para 15 de fevereiro.











