Series online: Estreias da semana destacam “Gavião Arqueiro” e Beatles

O dia das estreias das séries mudou nesta semana. A maioria dos títulos chegou nesta quarta (24/11), entre eles o principal lançamento: “Gavião Arqueiro”. Com isto, abre-se a possibilidade de duas listas, […]

Divulgação/Marvel

O dia das estreias das séries mudou nesta semana. A maioria dos títulos chegou nesta quarta (24/11), entre eles o principal lançamento: “Gavião Arqueiro”.

Com isto, abre-se a possibilidade de duas listas, com o primeiro Top 10 no meio da semana, focando nas estreias já disponíveis e em duas que começam a ser exibidas na quinta – a parte 2 de “Gossip Girl” e o esperado documentário em capítulos dos Beatles. Veja abaixo os destaques da programação do streaming do meio da semana.

 

 
Gavião Arqueiro | Disney+

 

Cada série da Marvel lançada até agora tem sido diferente uma da outra. Com “Gavião Arqueiro”, o ritmo é mais lento, o humor infeccioso e não há uma ameaça superpoderosa a ser combatida. As lutas de rua chegam a lembrar as adaptações da época da Netflix, especialmente “Jessica Jones” e seu humor mordaz. Isto permite maior desenvolvimento dos personagens e valoriza a óbvia química dos protagonistas.

Embora tenha o nome do personagem de Jeremy Renner no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), o foco da produção é a novata Kate Bishop, que Hailee Steinfeld (“Dickinson”) interpreta com convicção. Fã do Gavião Arqueiro desde que foi salva por ele na infância – quando os Vingadores impediram a invasão alienígena do filme de 2012 – , ela se tornou uma arqueira campeã, aprendeu artes marciais e decide virar uma heroína. O problema é que usa o traje de Ronin, atraindo atenção da mídia e bandidos.

Ronin foi a identidade assumida pelo Gavião Arqueiro durante os cinco anos entre o estalar de dedos de Thanos e o retorno de sua família desaparecida. Só que, sentindo-se responsável pela confusão em que ela se mete, o herói descobre que ajudá-la rende mais problemas que esperava, além de uma inesperada discípula.

O primeiro longa dos Vingadores também aparece referenciado num inacreditável musical da Broadway, que garante o ponto alto do primeiro dos dois episódios liberados simultaneamente nesta quarta. É ver para crer, rir e se emocionar com a reação de Clint Barton, o Gavião Arqueiro, diante da intérprete da Viúva Negra no espetáculo.

Com roteiro e produção de Jonathan Igla (“Mad Men”), “Gavião Arqueiro” também inclui Vera Farmiga (“Bates Motel”) como Eleanor Bishop, a mãe de Kate, Tony Dalton (“Better Call Saul”) como Jack Duquesne, também conhecido como o vilão/anti-herói Espadachim, e Alaqua Cox como Eco (Echo), heroína surda e nativo-americana, que vai ganhar seu próprio spin-off em 2022, além de contar com uma vindoura participação de Florence Pugh no papel de Yelena Belova, dando sequência à trama do filme “Viúva Negra”.

 

 
The Beatles: Get Back | Disney+

 

O documentário sobre os bastidores da gravação do álbum “Let It Be” joga por terra mitos consagrados pelos fãs dos Beatles. Não há Paul McCartney mandão, Yoko Ono intrigante, nada do que entrou para as lendas em torno do fim da banda. Curiosamente, quem aparece aprontando é George Harrison, que chega a abandonar as gravações e ameaça sair da banda, retornando dias depois – os Beatles esconderam este fato por anos. Mas o ponto alto de “The Beatles: Get Back” é a química da melhor banda de todos os tempos em seu processo criativo. Eles riem e se divertem na maior parte do tempo.

A captação das imagens foi feita pelo diretor Michael Lindsay-Hogg de 2 de janeiro a 31 de janeiro de 1969, originalmente para um especial de televisão focado na produção de um novo álbum dos Beatles. Só que “Let It Be” acabou virando o último disco. Após John, Paul, George e Ringo anunciarem a separação, o registro teve outro rumo: virou filme, lançado em maio de 1970 com destaque para as brigas e disputas internas que teriam levado o quarteto a encerrar a parceria.

Intrigado com o resto da filmagem que nunca tinha vindo a luz, o cineasta Peter Jackson (da trilogia “O Senhor dos Anéis”) pediu para vasculhar os arquivos – roubados em 1970, mas recuperados quase na totalidade pela Interpol desde a década de 1990 – e encontrou mais de 56 horas desconhecidas do público. Com a permissão dos dois integrantes vivos dos Beatles, Paul McCartney e Ringo Starr, além das bênçãos das viúvas de John Lennon, Yoko Ono, e de George Harrison, Olivia Harrison, ele restaurou as imagens e o áudio com tecnologia de ponta e produziu uma reedição completa, que também inclui o célebre show no telhado do estúdio da Apple, em Londres, última vez que os Beatles tocaram juntos.

“The Beatles: Get Back” será disponibilizado ao longo de três dias, com cada capítulo chegando um dia após o outro, entre 25 e 27 de novembro na plataforma Disney+.

 

 
Top of the Lake | HBO Max

 

Antes de fazer “The Handsmaid Tale”, Elizabeth Moss já mostrava seu talento como protagonista na minissérie “Top of the Lake”. Trata-se de uma minissérie criminal concebida e dirigida pela cineasta neozelandesa Jane Campion, primeira mulher a vencer o Festival de Cannes (por “O Piano”) e que este ano foi premiada no Festival de Veneza (por “Ataque dos Cães”).

Moss venceu um Globo de Ouro em 2014 por sua performance como a detetive policial Robin Griffin, que investiga o desaparecimento de uma menina de 12 anos numa comunidade do interior da Nova Zelândia. Consagrada com, ao todo, 20 troféus, a atração acabou ganhando continuação, que mostrou a personagem de Moss trabalhando num novo caso – com participação de Gwendoline Christie (de “Game of Thrones”).

Ambas as “temporadas” foram disponibilizadas pela HBO Max.

 

 
Reservation Dogs | Star+

 

Primeira série de comédia passada em território nativo-americano, “Reservation Dogs” gira em torno de quatro adolescentes de descendência indígena, que cometem pequenos delitos em sua cidadezinha em Oklahoma, sonhando juntar dinheiro para ir à Califórnia.

A criação é do cineasta neozelandês Taika Waititi, diretor de “Thor: Ragnarok” e “Jojo Rabbit”, que é descendente da tribo maori, e de Sterlin Harjo, diretor-roteirista do premiado filme indie “Mekko” (2015), que tem sangue seminole e creek, e mora na região abordada pela trama. Harjo também dirigiu o piloto e é coprodutor da atração com Waititi.

Elogiadíssima pela crítica, atingiu 98% de aprovação no Rotten Tomatoes e já se encontra renovada para a 2ª temporada.

 

 
Law & Order: Organized Crime | Star+

 

A nova série do produtor Dick Wolf chega direto em streaming no Brasil, trazendo o personagem Elliot Stabler, vivido por Christopher Meloni, de volta à longeva franquia “Law & Order”, 10 anos após sua despedida em “Law & Order: Special Victims Unit”.

A motivação da volta de Stabler é descobrir quem matou sua esposa, Kathy (Isabel Gillies), violência que o levou a se juntar à equipe responsável por combater o crime organizado em Nova York.

Como se passa na mesma cidade de “SVU”, o reencontro de Stabler com os colegas da antiga série foi assumido pelos produtores como inevitável. E para tirar logo esse “detalhe” do caminho, “Law & Order: OC” estreou durante um crossover com “Law & Order: SVU”, com a reunião de Stabler com a agora Capitã Benson, uma década após a última cena que compartilharam juntos. O detalhe é que a 23ª temporada de “SVU”, onde começa a história, permanece inédita em streaming no Brasil.

 

 
A Mais Pura Verdade | Netflix

 

“A Mais Pura Verdade” é duas coisas raras na carreira do comediante Kevin Hart (“Jumanji: Próxima Fase”): uma minissérie e uma história criminal dramática. E seu resultado demonstra que ele deve continuar fazendo o que faz melhor: comédias no cinema.

Desenvolvida por Eric Newman (roteirista-produtor de “Narcos” e “Narcos: Mexico”), a produção vale mais pela volta de Wesley Snipes aos papéis dramáticos após retomar a carreira – interrompida pela prisão por sonegação de impostos – com duas comédias ao lado de Eddie Murphy – “Meu Nome é Dolemite” e “Um Princípe em Nova York 2”. O nome de “Eddie”, por sinal, é citado na trama em comparação a Kevin Hart, que na atração vive um astro das comédias, numa turnê de espetáculos lotados de stand-up.

Durante uma parada da turnê em sua cidade natal, Filadélfia, o humorista se reconecta com seu irmão mais velho (Snipes). Mas após uma noite de bebedeira em comemoração ao reencontro, algo acontece, que envolve a polícia e desgraça a carreira do humorista, ameaçando destruir tudo o que construiu. Sem saída, ele aceita participar de um plano do irmão para dar a volta por cima, mas isso implica numa série de escolhas moralmente complicadas, que torna a trama cada vez mais sombria.

 

 
Gossip Girl | HBO Max

 

A Parte 2 da temporada inaugural de “Gossip Girl” prepara diversas reviravoltas dramáticas e cenas quentes, que incluem uma traição entre irmãs e até uma relação de sexo à três envolvendo Emily Alyn Lind (“A Babá”), Thomas Doherty (“Legacies”) e o estreante Evan Mock.

A trama se passa quase uma década depois que o blog da “garota fofoqueira” foi desativado e revela uma nova Gossip Girl, desta vez concebida pelos professores da escola de elite da trama para controlar a atual geração de estudantes – que tem ainda menos limites que a turma de Serena, Blair e cia.

A continuação da série de mesmo nome, que foi sucesso entre 2007 e 2012 na TV americana, é escrita por Joshua Safran e tem produção de Josh Schwartz e Stephanie Savage, criadores da “Gossip Girl” original. Para reforçar a ligação das duas gerações, a série manteve a narração de Kristen Bell como a voz informal de Gossip Girl e tem resgatado personagens secundários da década passada em pequenas participações.

 

 
Hanna | Amazon Prime Video

 

A adaptação do filme “Hanna” de 2011 – que contou com Saoirse Ronan no papel-título – chega à sua conclusão. Desenvolvida por David Farr, roteirista do longa original, a série reviu toda a história vista no cinema em sua temporada inaugural e continuou expandindo sua trama até transformar a jovem Hanna, vivida na série por Esmé Creed-Miles (“Dark River”), numa espécie de “Viúva Negra” mirim.

Após superar o condicionamento que a transformou em assassina fria, ela se infiltra numa unidade que prepara outras assassinas adolescentes, visando impedir na 3ª e última temporada a continuidade do experimento que sofreu na infância.

A produção também destaca em seu elenco Mireille Einos (“The Killing”) e Dermot Mulroney (“O Casamento do Meu Melhor Amigo”), além de introduzir Ray Liotta (“Os Bons Companheiros”) nos últimos capítulos.

 

 
Doctor Who | Globoplay

 

A temporada de despedida de Jodie Whitaker como a personagem-título de “Doctor Who” chega na Globoplay com a exibição de episódios semanais. Definida pela rede britânica BBC, responsável por sua produção, como “a maior aventura” da Doutora até agora, a 13ª temporada é na verdade a menor de todas, com apenas seis episódios. Por isso, o pacote de despedida inclui três especiais, que mostrarão a transição de Jodie Whittaker e do showrunner Chris Chibnall para a nova equipe.

Em sua temporada final, Whittaker continua tendo a companhia de Mandip Gill, que retorna como Yas, e recebe reforço de dois novos atores, John Bishop (“Rota Irlandesa”) e Jacob Anderson (o Verme Cinzento de “Game of Thrones”). Juntos, eles enfrentam a chegada de um misterioso Flux, que traz em seu rastro sontarianos, anjos lamentadores e outras criaturas “de todo o universo”. O nome “Flux” também foi adotado como subtítulo da temporada.

 

 
Blade Runner: Black Lotus | Crunchyroll

 

A série anime se passa no universo da franquia “Blade Runner”, evocando diretamente a iconografia do filme de 1982, além da trilha jazzista e a atmosfera neon noir. A trama gira em torno de uma nova replicante foragida, mestre em artes marciais, caçada por blade runners no ano de 2032 – ou seja, 17 anos antes dos eventos de “Blade Runner 2049”.

Vale lembrar que este não é o primeiro projeto animado de “Blade Runner”. A Warner produziu três curtas como prólogo para o filme de 2017 e um deles era dirigido por Shinichirô Watanabe, criador dos cultuados animes “Cowboy Bebop” e “Samurai Champloo”. Watanabe é justamente o produtor do novo projeto, que conta com 13 episódios de 30 minutos.

Os responsáveis pela direção dos episódios também são bem conhecidos – e idolatrados – pelos fãs de anime: Shinji Aramaki (“Applessed”) e Kenji Kamiyama (“Ghost in the Shell: Stand Alone Complex”).