Premiada com o Emmy, Malhação: Viva a Diferença ganha reprise na Globo

A temporada mais famosa de “Malhação”, intitulada “Viva a Diferença”, vai voltar ao ar em versão especial compacta, nesta segunda-feira (6/4) na rede Globo. Vencedora do prêmio Emmy Kids Internacional de 2018, […]

A temporada mais famosa de “Malhação”, intitulada “Viva a Diferença”, vai voltar ao ar em versão especial compacta, nesta segunda-feira (6/4) na rede Globo. Vencedora do prêmio Emmy Kids Internacional de 2018, a fase fez tanto sucesso que deu origem até a uma série derivada, “As Five”, produzida para a plataforma Globoplay.

Exibida originalmente entre 2017 e 2018, “Malhação: Viva a Diferença” foi, como sugere seu título, a mais diferente das versões da novelinha eterna da Globo. Para começar, foi a primeira temporada ambientada em São Paulo. Mais importante que isso, a primeira a valorizar a amizade feminina, em vez de namorinhos, e a integrar personagem LGBTQ+ entre as protagonistas, retratada não como alívio cômico ou vítima de preconceito, mas ao estilo gente como a gente. Outro fato inovador aconteceu após sua exibição, quando se tornou a primeira fase de “Malhação” a ganhar spin-off.

Na trama, tudo começa durante uma pane no metrô paulista, em que Lica (Manoela Aliperti), Ellen (Heslaine Vieira), Benê (Daphne Bozaski) e Tina (Ana Hikari) se veem presas no mesmo vagão em que Keyla (Gabriela Medvedovski) entra em trabalho de parto. O nascimento da criança se torna uma experiência impactante na vida das cinco garotas, que apesar de origens e personalidades distintas, tornam-se ligadas para sempre.

Escrita pelo recém-falecido Bruno Lima Penido e pelo cineasta Cao Hamburger (de “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” e “Xingu”), a produção rompeu com o padrão dos draminhas românticos que vinham se alternando em “Malhação” para abordar cinco histórias paralelas, que, além de ilustrar diferentes estilos de vida, formaram um panorama multicultural capaz de refletir a amplitude do universo jovem paulistano.

Os temas se aprofundaram, da gravidez na adolescência à rejeição sofrida por jovens LGBTQ+, passando pelo preconceito racial e de doença (autismo), sem esquecer do empoderamento feminino. Isto teve impacto na audiência e reconhecimento da crítica. “Malhação” se tornou programa maduro, sem perder seu foco original no público jovem.

A volta de “Malhação: Viva a Diferença” à televisão é consequência da suspensão das gravações de novos programas do núcleo de dramaturgia da Globo, como forma de prevenção contra o avanço da pandemia de coronavírus no Brasil. A emissora estava preparando a estreia de uma nova temporada, “Malhação: Transformação”, quando suspendeu a produção geral de seus trabalhos.

Mas a opção pela reprise da temporada premiada também funciona como esforço de sinergia, já que antecede o lançamento da continuação da história, “As Five”.

Ainda sem data oficial de estreia, “As Five” tinha previsão de lançamento no segundo semestre na Globoplay, mas a crise sanitária pode ter mudado esses planos. A trama pretende mostrar o reencontro das cinco amigas, “três anos, seis meses e dois dias” depois dos acontecimentos de “Malhação: Viva a Diferença”. Algumas mudaram de cidade, outras se casaram e o até o bebê que as juntou cresceu, mas o motivo do reencontro, segundo tem sido divulgado, será um enterro – de Mitsuko (Lina Agifu), mãe de Tina.

Tina continua morando em São Paulo e virou uma produtora musical ao lado do namorado, Anderson (Juan Paiva). Quando a notícia da morte de sua mãe chega nas amigas, ela recebe apoio das quatro para superar o momento difícil. Mas logo vai ficar claro que cada uma delas também atravessa uma crise particular e cada uma vai tentar ajudar a outra.

Veja abaixo uma apresentação da história original de “Malhação: Viva a Diferença”.