O autor do processo contra os irmãos Matt e Ross Duffer, por plágio na criação da série “Stranger Things”, desistiu da ação. O cineasta Charlie Kessler alegava que os dois roubaram uma ideia dele para produzir a série da Netflix. O julgamento começaria nesta terça-feira (7/5), mas Kessler voltou atrás no domingo.
Em um comunicado, ele disse que reconhece que os Duffer “criaram a série de forma independente”.
A mudança de tom foi tão grande que a imprensa americana passou a especular se ele recebeu algum dinheiro nos bastidores para desistir do processo.
Na ação, Kessler afirmava ter ficado perplexo após o lançamento de “Stranger Things”, em 2016, afirmando que os criadores não só se apropriaram da premissa de seu curta “Montauk” (2011), como usaram o título de “The Montauk Project” para se referir à série, quando a apresentaram para o mercado.
Segundo a acusação, a trama sobre um caso de desaparecimento de um menino, envolvendo acontecimentos sobrenaturais em uma pequena cidade com uma base militar misteriosa – tal como Hawkins, cenário da série da Netflix – foi plagiada após uma conversa entre Kessler e os irmãos Duffer no Festival de Cinema de Tribeca em 2014, na qual o roteirista apresentou sua ideia de ampliar o universo do curta para uma série de televisão.
A obra teria até mesmo um monstro similar ao Demogorgon, inspirado em um boneco de jogos de tabuleiro.
Leia abaixo a declaração integral de Kessler, justificando sua desistência.
“Depois de ouvir esta semana o testemunho do especialista legal que contratei, ficou evidente para mim que, apesar do que eu acreditei no passado, meu trabalho não teve nada a ver com a criação de ‘Stranger Things’.
Documentos de 2010 e 2013 provam que os Duffers criaram sua série de forma independente. Como resultado, retirei a minha queixa e não farei mais comentários sobre este assunto.”