Diante de tanta badalação, grande parte da própria Netflix, “Black Mirror: Bandersnatch” acabou dividindo opiniões. Muitos consideram que foi muito barulho por nada. Outros que o filme não passa de um game, com a parte dramática um pouco mais estendida do que acontece nos jogos de console.
O alvoroço devido ao recurso interativo, de permitir aos espectadores fazerem escolhas que alteram o rumo da trama, foi logo substituído por reclamações sobre como as escolhas são péssimas.
E com o aumento do ruído negativo, o roteirista e produtor Charlie Brooker, criador de “Black Mirror”, resolveu se manifestar. E de forma pouco sutil. Ele chutou o pau da barraca numa entrevista com palavrões ao site The Huffington Post.
“É interessante que existam reações diferentes de pessoas diferentes, em parte com base no que elas esperam ou no que querem. Então, algumas pessoas dizem ‘Ah, eu sou uma merda nisso’, e você meio que diz ‘Não, não, está tudo bem, nós construímos para você falhar’. Estamos tentando fazer com que você falhe algumas vezes para que você tenha que dar a volta e fazer as coisas de novo.
Há também algumas pessoas que pensam ‘eu não quero tomar decisões’, ‘eu não quero fazer nada disso’… bem, então foda-se! E então há algumas pessoas que pensam: ‘Ah, é muito simples como um jogo’ ou ‘jogos já fizeram isso antes’ – bem, isso não está em uma plataforma de jogos, está na Netflix. Estou bem ciente do que é um jogo de computador, obrigado.”
Por ter em comum uma estrutura similar aos livros da franquia “Escolha Sua Aventura”, a editora das publicações, Chooseco, abriu um process nesta sexta (11/1) contra a Netflix por quebra de direitos autorais. Saiba mais aqui.