O procurador-geral do distrito de Manhattan anunciou nesta segunda-feira (2/7) novas acusações criminais contra o produtor de cinema Harvey Weinstein, que se somam a seu processo por estupro e atos sexuais, iniciado em maio. As denúncias incluem abuso sexual predatório e envolvem uma terceira mulher, além das duas mencionadas em processos anteriores, que o acusa de forçá-la a realizar sexo oral.
Caso seja condenado, Weinstein, que está em liberdade por pagamento de fiança de US$ 1 milhão, pode pegar de 10 anos até prisão perpétua.
“Esses indiciamentos são resultado da coragem extraordinária exibida pelas sobreviventes que decidiriam ir adiante”, disse o procurador distrital Cyrus Vance Jr. em comunicado. “A nossa investigação continua.”
Embora o caso penal envolva apenas duas mulheres, mais de cem já afirmaram terem sido assediadas sexualmente por Weinstein ao largo de várias décadas. As acusações foram iniciadas por reportagens do jornal New York Times e da revista The New Yorker em outubro do ano passado, que converteram o antes todo-poderoso produtor cinema no catalisador do movimento #MeToo e num dos maiores predadores sexuais da história recente dos Estados Unidos.
Mas Weinstein se diz inocente e seu advogado, Ben Brafman, já definiu sua estratégia, ao afirmar que todas as relações foram consentidas.
Os promotores de Nova York não divulgaram o nome de nenhuma das mulheres que acusam Weinstein de assédio sexual nos documentos judiciais.
Além do processo criminal, o produtor também enfrenta um processo civil por agressão sexual, movido por outras mulheres, que cobram indenizações milionárias.