O diretor Darren Aronofsky resolveu abordar a rejeição do público e a notória nota “F” dada a seu novo filme, “Mãe!”. A nota ruim foi registrada pela CinemaScore, uma empresa de pesquisa que analisa as reações do público aos filmes.
“O que é interessante sobre isso é, como é que você sair deste filme sem dar um ‘F’? Ele é um soco. É um soco total”, disse Aronofsky, num evento de exibição do filme na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, acompanhado pelo site The Hollywood Reporter.
“Eu percebi que ficamos entusiasmados com isso”, continuou Aronofsky. “Nós queríamos fazer um filme punk e vir para cima do público. E a razão pela qual eu queria vir é porque eu estava muito triste e tinha muita angústia e queria expressá-la. O cinema é uma jornada tão difícil. As pessoas estão constantemente dizendo não a você. E para acordar todas as manhãs e sair da cama e enfrentar todos esses ‘não’, você precisa estar disposto a realmente acreditar em algo”.
Até hoje, apenas 19 filmes receberam o temido “F” da CinemaScore. Entre eles, estão “O Sacrifício” (2006), “A Caixa” (2009) e “O Homem da Máfia” (2012). Repercutindo a rejeição, “Mãe!” abriu abaixo das expectativas, rendendo apenas US$ 7,5 milhões na bilheteria doméstica, durante o fim de semana passada. A quantia é recorde negativo na carreira da atriz Jennifer Lawrence.
Aronofsky explicou que, em seu discurso inicial para a equipe e estrelas da “Mãe!”, inclusive Jennifer Lawrence e Javier Bardem, disse que “este filme não vai vencer um concurso de popularidade”.
“Estamos basicamente segurando um espelho para o que está acontecendo”, defendeu o diretor. “Todos nós estamos fazendo isso. Mas o capítulo final não foi escrito e espero que as coisas possam mudar. E, para voltar, o fato de que está indo agora mesmo e as coisas realmente estão desmoronando de uma maneira que é realmente assustadora “.
O diretor acrescentou ainda que “Mãe!” foi sua chance de “uivar”. “Algumas pessoas não vão querer ouvir isso. Tudo bem”, concluiu.