Regininha Poltergeist, musa dos anos 1990, é internada após surto psicótico
Ela foi levada ao Instituto Municipal Philippe Pinel, no Rio de Janeiro, após quadro de alucinações e agitação
Morre José Santa Cruz, humorista e dublador icônico, aos 95 anos
Criador do personagem Jojoca de "A Praça É Nossa" e "Zorra Total", ele também deu voz a Magneto dos "X-Men" e Dino da "Família Dinossauro"
Lolita Rodrigues, pioneira da TV brasileira, morre aos 94 anos
A atriz Lolita Rodrigues, pioneira da TV brasileira, morreu na madrugada deste domingo (5/11), em João Pessoa, Paraíba, aos 94 anos. Ela estava internada no Hospital Nossa Senhora das Neves e não resistiu a uma pneumonia. Nascida Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite, em 10 de março de 1929 em Santos, litoral de São Paulo, Lolita iniciou sua carreira nas radionovelas na Rádio Record aos dez anos, em São Paulo, e seguiu como cantora da rádio, com passagens pelas emissoras Bandeirantes, Cultura e Tupi. Durante a era do rádio, Lolita foi reconhecida com dois Troféus Roquette Pinto na categoria de melhor cantora. Este período também foi essencial para que ela construísse uma base sólida de fãs que a levou a ser bastante requisitada com a chegada da televisão. A estreia da TV brasileira A estreia de Lolita Rodrigues na televisão ocorreu em um momento histórico para o Brasil, marcando o início das transmissões televisivas no país. No dia 18 de setembro de 1950, Lolita surgiu na tela para cantar “Canção da TV” no programa inaugural da TV Tupi, a primeira emissora de TV brasileira. Originalmente, Hebe Camargo havia sido escalada para a apresentação, mas Lolita a substituiu de última hora, tornando-se a primeira cantora da TV. A canção executada por Lolita foi especialmente composta para o evento, com música do maestro Marcelo Tupinambá e letra do poeta Guilherme de Almeida. E nem ela e nem Hebe gostavam da música. Lolita Rodrigues compartilhou detalhes desse momento em entrevistas. Ela mencionou: “Hebe estava namorando o empresário Luiz Ramos e ele tinha um evento que precisava da presença dela. Aí sobrou para mim”, revelou Lolita ao portal Terra em 2009. A atriz também brincou sobre a qualidade da canção, dizendo: “Me chamaram no dia, aprendi aquela coisa horrível, e a Hebe toda vez que tem oportunidade, diz ‘que bom que eu não cantei isso'”, relembrando com bom humor o evento que se tornou um marco na história da televisão brasileira. Este momento não apenas consolidou a inauguração da TV Tupi, mas também posicionou Lolita Rodrigues como uma das pioneiras da televisão brasileira. A partir daí, Lolita tornou-se uma figura recorrente no canal, como apresentadora de diversos programas, entre eles “Música e Fantasia” (1950-1954), “Clube dos Artistas” (1955-1960), “Almoço com as Estrelas” (1956-1983), “Você Faz o Show” (1960) e “Chá das Bonecas” (1960). O mais famoso e duradouro, “Almoço com as Estrelas”, começou no rádio, tinha direção do famoso autor de novelas Cassiano Gabus Mendes e também se tornou o primeiro programa colorido da Tupi nos anos 1970. Nele, Lolita e seu marido Airton Rodrigues recebiam famosos para um bate-papo durante um almoço luxuoso, que ainda tinha shows ao vivo. A primeira telenovela Querendo ampliar ainda mais seus horizontes, Lolita decidiu virar atriz. Seu primeiro grande papel veio em 1957, no teleteatro “O Corcunda de Notre Dame”, onde interpretou a cigana Esmeralda. A experiência lhe garantiu sua entrada no universo das telenovelas. Ela estrelou a primeiríssima novela diária brasileira, “2-5499 Ocupado”, atuando ao lado de Glória Menezes e Tarcísio Meira em 1963 pela TV Excelsior. Vinda de uma família de espanhóis, Lolita geralmente era lembrada para interpretar personagens que falavam com sotaque castelhano, o que acabou se tornando uma marca em sua carreira. Ela engatou diversas produções da TV Excelsior, Record TV e Tupi nos anos 1960 e 1970, incluindo as clássicas “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970), “Os Deuses Estão Mortos” (1971) e “O Direito de Nascer” (1978), até ser contratada pela Globo na década de 1980, onde participou de diversos sucessos dramáticos. Carreira na Globo Apesar da longa experiência como atriz, ela só foi beijar na telinha em 1987, quando viveu par romântico com Carlos Zara em sua primeira novela da Globo, “Sassaricando”. Lolita ainda participou de “Rainha da Sucata” (1990), “A Viagem” (1994), “Terra Nostra” (1999), “Uga Uga” (2000), “Kubanacan” (2003), “Pé na Jaca” (2006) e “Viver a Vida” (2009), além de ter cantado num especial de Roberto Carlos de 1992. Muitas dessas novelas foram compartilhadas com a amiga Nair Belo, com quem Lolita ainda trabalhou no humorístico “Zorra Total” (1999-2015). Mas a cumplicidade das duas é mais lembrada pelo dia em que se juntaram a Hebe Camargo numa participação histórica no “Programa do Jô”, exibida no ano 2000 pela Rede Globo, onde divertiram os espectadores com histórias deliciosas sobre os primórdios da TV brasileira. Lembrada até hoje, a edição foi considerada uma das melhores da trajetória do programa de entrevistas de Jô Soares. Lolita também participou de novelas de outras emissoras, como “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1990) na TV Manchete, e o remake de “2-5499 Ocupado” na Record, intitulado “Louca Paixão” (1999). Últimos anos Logo depois de encerrar sua participação na novela “Viver a Vida” (2009), onde interpretou Noêmia, avó de Luciana (Alinne Moraes), a estrela decidiu se aposentar. Em 2015, ela se mudou para João Pessoa, na Paraíba, onde passou a viver com sua filha, Silvia Rodrigues, que é médica. Durante esse período, Lolita Rodrigues fez poucas aparições públicas. Uma das suas últimas aparições foi em dezembro de 2017, quando prestigiou uma apresentação do espetáculo “Hebe – O Musical”, em São Paulo, em homenagem à amiga Hebe Camargo, falecida em 2012. Depois de tantos amigos mortos – o marido em 1992, Nair Belo em 2007 – , ela dizia que não tinha medo de morrer, mas tinha pena de morrer. “Sou muito feliz. Gosto muito da vida, tenho pena de morrer, mas não tenho medo, não. E envelheço com muita pena. Eu acho a velhice uma indignidade, no que concerne ao fato de você ficar doente, você perder a razão, de você ficar não-lúcida. Isso eu tenho muito medo. Gosto muito de morar sozinha, mas tenho medo de morrer e as pessoas não me acharem”, confessou numa entrevista antiga, explicando porque foi morar na Paraíba com a filha.
Mensagens de Dani Calabresa vazam para demonstrar assédio de Marcius Melhem
Após o site da revista Veja publicar uma reportagem bombástica na quarta (14/12) passada, desmontando a acusação de assédio sexual que Dani Calabresa e outras funcionárias da Globo moveram contra o ex-diretor de humor da emissora Marcius Melhem, com acesso a mensagens privadas entre as partes, um novo vazamento seletivo, desta vez de mensagens trocadas entre a atriz e terceiros, foi disponibilizado pela coluna de Leo Dias. O vazamento visa virar o jogo da opinião pública, que também foi impactada por uma entrevista de Melhem no programa “Domingo Espetacular” no último domingo (18/12). O objetivo é reforçar que houve assédio sim, e não um relacionamento consensual. Numa mensagem enviada a um grupo em maio de 2017, Dani declara aos atores George Sauma e Luis Miranda que se arrependeu de continuar na festa do ex-diretor Mauro Faria. “Put* merd*! Paguei meus pecados ficando até o fim lá no Mauro com Celso e Gabi trêbados [bêbados]”, começou a atriz. “Marcius é um tarado, não vou mais em nada.” “Só fiquei sabendo ontem (2/5/2017) que Marcius se separou. Aí já imaginei a possível taradice, não que casado fosse mudar muito”, respondeu Sauma. Entre julho e setembro do mesmo ano, a comediante voltou a se queixar da insistência de Melhem com o amigo Rodrigo Magal, mais conhecido como Magalzão. “Nossa, tô fudid*. O Marcius tá enchendo meu saco e eu não sei como mandar alguém a merd*, assim, com educação. Tá um inferno”, disse Dani. Na sequência, a humorista pede que Magalzão “chegue com uma lata de energético estourada” na cara de Melhem para impor respeito. “Tipo aquele amigo que se mete [na confusão]: ‘Ela disse que não quer, cara’”, completou. Nos mesmos dias, Dani Calabresa reportou o comportamento do ex-chefe a Paulo Mathias. “Eu acho o Marcius meio ciumentão e competitivo. […] Aliás, eu preciso ver como cortar o Marcius. Acabei de lembrar que tá fod*, porque não quero. Mas tenho pavor de brigar com ele.” Ainda em setembro de 2017, o comediante teria convidado a atriz para participar de uma festa em sua residência. Como os amigos em comuns estariam presentes, Dani acabou comparecendo a tal evento devido a insistência. “Fala pra essas carentes que eu pedi pro Mathias chamar vocês aí. [Mas] só chamei você diretamente, porque… Porque… Porque não posso escrever aqui senão me compromete”, disse Melhem na ocasião. Embora essas trocas de mensagens reforcem as investidas de Melhem, as conversas mais comprometedoras aconteceram com o ator Welder Rodrigues. Conforme os prints de novembro de 2017, a comediante contou que Marcius Melhem apareceu de surpresa no estúdio de gravação. “Marcius veio aqui e falou: ‘Que horas eu tenho que chegar amanhã?’, aí eu falei às 22h. Daí ele falou que não queria ver o programa. ‘Quero saber que horas tenho que chegar para encontrar você um pouco bêbada para te convencer a ficar comigo’. Eu falei: ‘para, não existe esse horário, para de ser louco’.” Em outro momento, Dani relatou a Welder que o comediante lhe assediou durante a festa de comemoração dos 100 episódios do “Zorra”. “FUI ASSEDIADA, SÉRIO. Ele sóbrio me agarrou. Marcius é mau caratão”, afirmou. “O tarado que tentou me beijar a força na festa do Zorra. Put* constrangimento. Ele me agarrou bizarramente, segurou minha cabeça e eu tampava a boca dele. Isso [foi] na frente de todo mundo!” “Cheguei [no dia seguinte] pra gravar no ‘Zorra’ e a equipe inteira falando ‘caralh*, o Marcius tentou te agarrar a noite inteira!’. Chato pra caralh*!” Segundo a defesa de Dani, as investidas de Melhem teriam começado no palco de karaokê quando ele tentou beijá-la e teria terminado com o contato físico indesejado. A defesa de Marcius Melhem também se pronunciou sobre os novos vazamentos. Para começar, ressaltou que sempre foi a favor de que o público tivesse acesso a todas as mensagens e que foi Dani Calabresa quem entrou na Justiça para impedir que elas fossem compartilhadas com a imprensa. A alegação da atriz era que estava tendo sua “vida íntima devassada”. A tentativa de barrar a divulgação das mensagens foi derrotada por Melhem. A nota sobre as revelações feitas por Leo Dias ainda lembrou uma frase dita por Calabresa em seu depoimento na ação, em que a atriz afirma que a relação provocante era vantajosa para ela. “Deixa ele me cantar, deixa me chamar de gostosa. Para mim, era uma vantagem. Prefiro continuar brincando com o meu chefe tarado do que comprar briga com ele”, disse a atriz nos autos do processo aberto contra o ex-diretor do humor da Globo. “Os prints selecionados, somados a outros da investigação, apenas evidenciam a trama e o jogo de quem via ‘vantagem’ na relação”, diz comunicado da defesa. “Esses prints acabam comprovando o que as últimas reportagens mostram. Existe um modo claro de agir: provocando pela frente e reclamando pelas costas. Quando o jogo não dá o resultado esperado, acontece a denúncia. Mais claro, impossível”, acrescentou.
Humorista do “Zorra Total” passa cinco dias sequestrado
O humorista Heitor Martins, conhecido por interpretar o personagem Pit Bitoca no “Zorra Total”, passou cinco dias preso em cárcere privado. Ele foi sequestrado no sábado (16/7), em São José dos Campos, interior de São Paulo, e só liberado do cativeiro na quarta (21/7). O ator contou em vídeos do Stories do Instagram que os responsáveis pelo crime queimaram seu carro e roubaram sua casa. “Aconteceu uma coisa comigo nesse final de semana. Eu fui sequestrado, fiquei cinco dias em cativeiro, inclusive queimaram meu carro, roubaram minha casa, mas graças a Deus tô bem, tô vivo e mais forte agora, com todo esse carinho de vocês. Então, tudo tranquilo, graças a Deus. Tô vivo, saiu tudo bem. Foi o material, mas a vida vale muito mais que essas coisas todas”, afirmou Martins. De acordo com informações do boletim de ocorrência, Martins foi até São José dos Campos para um encontro marcado por meio de um aplicativo de relacionamento, mas foi surpreendido no local por quatro homens não identificados. Em depoimento, Martins disse que foi sequestrado e levado a um cativeiro, onde foi obrigado a passar as senhas do seu cartão do banco e entregar as chaves de sua casa, localizada em Taubaté. Mais tarde, os suspeitos tentaram invadi-la. O carro do humorista foi queimado e encontrado a poucos metros do cativeiro. O ator passou por exames junto ao IML (Instituto Médico Legal) e ao IC (Instituto de Criminalística) e o caso foi registrado na Delegacia Seccional de São José dos Campos. Tudo indica que Martins caiu no crime popularmente chamado de “golpe do Tinder”, em que a pessoa é sequestrada ou assaltada por criminosos quando vai ao encontro de alguém que conheceu no aplicativo. Inicialmente, ele negou que tenha sido o caso porque, por coincidência, foi sequestrado antes de encontrar a moça. Mas durante sua explicação, meio que caiu a ficha. “Não teve golpe do Tinder. Estão criando coisas na cabeça. Eu fui a São José dos Campos ao encontro de uma moça do Tinder. Aí fui pego lá e nem acabei encontrando a moça. Foi só”, começou dizendo. “Eu fui ao encontro de uma moça do Tinder, mas não é golpe, ‘caí no golpe’. Também não sei…” “Já conheci várias pessoas no Tinder, sou amigo delas até hoje. É uma ferramenta normal. Pode ter gente ruim lá? Pode, claro. Mas eu não sei dizer pra vocês. Fui pego antes, fiquei em cárcere privado”, reforçou o humorista, dizendo que está sem conseguir dormir.
Nádia Carvalho: Atriz da “Escolinha do Professor Raimundo” morre aos 67 anos
A comediante e dubladora Nádia Carvalho morreu na segunda-feira (11/7), aos 67 anos, dias depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ela interpretava a personagem Santinha Pureza na versão clássica do humorístico “Escolinha do Professor Raimundo”, na Globo, além de ter dublado várias animações famosas. Filha do ator Rafael de Carvalho, ela veio do teatro de revista, tendo integrado vários espetáculos nos anos 1970, e começou a se destacar na TV na década seguinte, em participações no “Chico Anysio Show”. Nádia acabou acompanhando Chico Anysio na transformação do quadro “Escolinha do Professor Raimundo” em programa nos anos 1990. Sua personagem, Santinha Pureza, era abusada pelo marido, mas respondia a todos os questionamentos com o bordão “Mas eu gostcho!”. Na vida real, ela teve um relacionamento de seis anos com Nizo Neto, filho de Chico Anysio, que também trabalhou na “Escolinha” no papel de Ptolomeu. A artista fez participações em vários outros programas da Globo, incluindo duas versões do infantil “Sítio do Picapau Amarelo”, episódios do “Caso Verdade” e o humorístico “Zorra Total”. Além dos trabalhos como atriz, Nádia teve uma carreira bem-sucedida como dubladora. Entre suas dublagens mais marcantes, estão a Edna Moda de “Os Incríveis”, a avó do Sid de “A Era do Gelo” e a mãe do Dexter da série “O Laboratório de Dexter”. Além disso, deu voz à avó bruxa da série animada brasileira “Historietas Assombradas”, que virou filme em 2017.
Globo encerra contrato com Fabiana Karla após 16 anos
A Globo e Fabiana Karla não renovaram seu contrato de exclusividade após 16 anos. Assim como outras artistas da emissora, entre elas Juliana Paes, a comediante vai passar a trabalhar somente por obra na empresa. Apesar disso, Fabiana será vista em breve num lançamento da Globoplay. Ela gravou toda a 1ª temporada da série “Rensga Hits!”, sobre rivais no mundo sertanejo, que tem estreia prevista para o final deste semestre. Ela ainda tem um novo projeto humorístico em desenvolvimento no canal pago Multishow, chamado “Central de Bicos”. A atriz iniciou seu vínculo com a Globo em 2006 ao entrar no humorístico “Zorra Total” (1999-2015) mas, antes disso, já havia feito uma participação na novela “Mulheres Apaixonadas” (2003), por isso conta o período de ligação com o canal como se fossem 19 anos. Depois de sair do “Zorra Total” em 2011, ela passou a se alternar entre novelas – foi Olga em “Gabriela” (2012), a virgem Perséfone em “Amor à Vida” (2013) e Madalena em “Verão 90” (2019) – e participações no “Zorra” (2015-2019) e na nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo” – no papel de Cacilda. Um dos últimos trabalhos de Fabiana Karla na emissora foi a apresentação do programa “Se Joga” (2019-2021), juntamente com Érico Braz e Fernanda Gentil. Em um post no Instagram, ela agradeceu as oportunidades abertas pela longa parceria. “Depois de 19 anos encerro um ciclo incrível na Globo. Aprendi e cresci muito trabalhando ao longo dos anos aqui. Tive muitas oportunidades e também muitas conquistas. Serei eternamente grata por tudo o que eu conquistei com os meus trabalhos na Globo”, escreveu. E ainda acrescentou: “Não é um adeus, apenas um até breve. Ainda vou estar trabalhando por obra e com todos os projetos incríveis na Globoplay (Alerta Spoiler: vocês vão amar assistir Rensga!!!)
Nani (1951-2021)
O escritor e cartunista Nani, autor da tirinha “Vereda Tropical” e colaborador histórico do jornal de humor O Pasquim e da revista Mad, morreu nesta sexta (8/10), aos 70 anos, em decorrência de complicações da covid-19. Sua morte aconteceu no dia em que o Brasil atingiu 600 mil mortos na pandemia. Nani ficou cerca de uma semana internado em um hospital em Belo Horizonte, mas tinha acabado de passar por três transplantes de fígado e não aguentou, mesmo tendo tomado as duas doses da vacina contra o coronavírus. Ernani Diniz Lucas, o Nani, era mineiro de Esmeraldas e iniciou a carreira publicando charges no jornal O Diário, de Belo Horizonte, em 1971. Logo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou conhecido nacionalmente por seus desenhos nas páginas da icônica publicação contracultural O Pasquim. A projeção o transformou num dos principais cartunistas do jornal O Globo. Além de cartunista de mão cheia, premiado em salões de humor do Brasil e do exterior, ele também foi um roteirista importante da rede Globo, tendo ajudado a escrever três programas de Chico Anysio, “Chico Total”, “Chico Anysio Show” e “Escolinha do Professor Raimundo”, além dos humorísticos “Casseta & Planeta”, “Sai de Baixo” e “Zorra Total”. Uma de suas criações mais célebres foi a tirinha “Vereda Tropical”, publicada em vários jornais, que satirizava o cotidiano político e social do país. Vários cartunistas lamentaram a sua morte nas redes sociais. “Obrigada por tanta graça que deixou pra gente”, escreveu Laerte.
Caike Luna (1979-2021)
O ator Caike Luna, que lutava contra um câncer, morreu aos 41 anos. A notícia foi dada pela atriz Katiuscia Canoro nas redes sociais. “É com a maior tristeza do mundo que venho comunicar a partida do meu irmão”, disse Canoro, amiga do artista. Luna contou em abril que havia iniciado o tratamento contra Linfoma Não-Hodgkin, um tipo de câncer no sistema linfático — o mesmo que acometeu o ator Reynaldo Gianecchini. Caike atuou em humorísticos como “Zorra Total”, da Globo, apareceu na novela “Rock Story”, participou do filme “Casa da Mãe Joana 2” e integrou o elenco de várias séries de comédia do Multishow, como “Baby Rose”, “Treme e Treme” e “Xilindró”. Ele também dirigiu episódios de “Baby Rose”, em que interpretava uma de suas personagens mais populares, Baby Bobolete, cabeleireira introduzida em “Treme Treme”. Personalidades da classe artística lamentaram a morte de Caike Luna. Lilia Cabral e Marcos Veras disseram ter ficado tristes com a notícia. Tatá Werneck publicou uma foto do amigo. “Muito triste pela sua partida. Um beijo imenso na sua mãe. Em seus grandes amigos. Na sua família. Que Deus proteja e ampare. E tenha misericórdia de todos nós”, disse a apresentadora do “Lady Night” no Instagram.
Atriz do Zorra morre de covid sem conseguir leito de UTI
A atriz Christina Rodrigues morreu na manhã desta quinta (17/12) em decorrência de complicações de covid-19, com apenas 47 anos de idade. Desde segunda (14/12), ela estava internada na enfermaria da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Tijuca com sintomas graves e dificuldades para respirar, sem conseguir uma vaga para ser transferida a um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A informação sobre a morte da atriz foi divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. “Com pesar, informamos que a paciente Christina Maria Rodrigues Teixeira apresentou piora clínica e foi a óbito no fim desta manhã”, informou a pasta estadual. Rodrigues era conhecida por atuar em quadros de humor no “Zorra Total” (1999-2015), que depois mudou o nome para “Zorra” e foi extinto neste ano. Também fez participações em diversas novelas, entre elas, “Malhação – Sonhos” (2014-2015) e “Beleza Pura” (2008). Nas últimas semanas, a Globo também perdeu o ator Eduardo Galvão, de 58 anos. Ele estava internado no Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e não resistiu a complicações causadas pela doença. O Rio de Janeiro tem fila de quase 500 pessoas por leitos em UTI, segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo no início de dezembro. A fila chegou a 491 pessoas na rede pública no dia 8 de dezembro, sendo que 251 delas precisavam de terapia intensiva. Desde então, os casos de infecção pelo coronavírus dispararam.
Globo tira Zorra do ar sem direito a despedida
A rede Globo encerrou o humorístico “Zorra” sem direito a despedida. A última edição foi ao ar no sábado (6/12) e a produção foi interrompida nesta semana. O final do “Zorra” já estava previsto desde outubro, mas a data de exibição de seu último episódio não havia sido divulgada. Entre alguns dos atores, havia a expectativa de que a atração seguisse por mais duas semanas, porque o trabalho continuava. Há esquetes gravados que não chegaram a ser exibidos. A nova temporada contou com os reforços de Marisa Orth e Diogo Vilela, que ficaram no ar por apenas quatro meses. O programa era o mais simbólico da era de Marcius Melhem à frente do humor da Globo e o encerramento acontece após o mal-estar causado pela repercussão de uma reportagem da revista Piauí com relatos de assédio sexual e moral atribuídos ao ex-diretor da emissora. Mas “Zorra” não foi a única atração desenvolvida sob a supervisão de Melhem a ser cancelada. Todos os programas criados pelo ator e roteirista, como o “Fora de Hora”, a nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo” e o quadro “Isso a Globo Não Mostra”, no “Fantástico”, foram cancelados pela Globo. Com o fim do “Zorra”, boa parte do elenco do programa será dispensado após o final deste ano. O “Altas Horas” assumirá o lugar da atração e passará a ir ao ar mais cedo a partir desta semana. Paralelamente, um novo humorístico vem sendo desenvolvido sob o comando de Antonio Prata. A estreia está prevista para maio.
Humorístico que substituirá o Zorra começa a ser desenvolvido na Globo
O programa que substituirá o “Zorra”, na Globo, a partir de 2021 começou a ser desenvolvido nesta segunda-feira (19/10). A coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, confirmou que a equipe de roteiristas será comandada por Antonio Prato (“Filhos da Pátria”) e a emissora pretende estrear a atração em maio. A ideia é reunir esquetes, paródias e brincadeiras com o noticiário e com a programação de TV. A Globo anunciou na semana passada que acabaria com seus programas humorísticos atuais: “Zorra”, “Fora de Hora”, “Escolinha do Professor Raimundo” e o quadro “Isso a Globo Não Mostra”, no “Fantástico”, informando para roteiristas e diretores que pretendia utilizar o horário do “Zorra” (as noites de sábado) para lançar um programa de humor. Uma parte dos redatores dos programas cancelados devem participar do grupo que desenvolve o novo humorístico. Segundo o colunista Maurício Stycer, Marcelo Adnet e Fernando Caruso são mencionados entre os que devem fazer parte do grupo de criação, sob coordenação do roteirista Antonio Prata e a supervisão de Silvio de Abreu, responsável pelo núcleo de humor. O cancelamento de três programas, oficializado nesta semana, teria pego muita gente de surpresa, já que a informação que circulava até então é que os programas iriam continuar. A decisão de encerrar os programas e concentrar o humor numa nova atração, de perfil mais popular, faz parte do processo de enxugamento de despesas do Grupo Globo. Mas também marca o fim da era de Marcius Melhem na emissora. O antigo diretor do núcleo de humor deixou a empresa na qual trabalhou por 17 anos em agosto, oficialmente para dedicar seu tempo para tratar a saúde da filha nos EUA, mas também após ser investigado internamente por denúncia de assédio moral. Melhem foi quem politizou o antigo “Zorra Total” (1999-2015), transformando-o no novo “Zorra”, cujo seu slogan era “está difícil competir com a realidade”. Ele também criou o “Tá no Ar” (2014-2019), que foi substituído, sem o mesmo sucesso, pelo “Fora de Hora”, assim como do quadro “Isso a Globo Não Mostra”. Ele também participava da “Escolinha do Professor Raimundo” como novo Seu Boneco.










