Prime Video divulga trailer de “Like A Dragon: Yakuza”
Adaptação da famosa série de jogos da SEGA tem estreia marcada para o final de outubro
“Tokyo Vice” é cancelada após duas temporadas
Série estrelada por Ansel Elgort era considerada uma das melhores da plataforma Max pela crítica internacional
Sonny Chiba (1939-2021)
O icônico ator japonês Sonny Chiba, que o público ocidental conhecmais pela participação em “Kill Bill”, de Quentin Tarantino, morreu nesta quinta (19/8) aos 82 anos, por complicações da covid-19. Ele estava internado num hospital desde o dia 8 de agosto, desenvolveu pneumonia e acabou não resistindo. Com meio século de carreira, Sonny Chiba apareceu em inúmeros filmes japoneses populares e até blockbusters americanos, exibindo sua técnica exuberante em artes marciais, que o levou a interpretar grandes mestres em sua carreira. O jovem Sadaho Maeda começou a estudar artes marciais na Nippon Sport Science University em 1957 com o mestre de caratê Masutatsu “Mas” Oyama e ganhou a faixa preta de primeiro grau em 1965. Mais tarde, ele interpretou o próprio Oyama em uma trilogia de filmes, “Combate Mortal”, “Karate Bearfighter” e “Karate for Life”, no final dos anos 1970. Em 1984, ele recebeu a faixa preta de quarto grau. Também foi faixa-preta em ninjutsu, shoreinji kempo, judô, kendo e goju-ryu karate. Ele começou a atuar em 1959, quando finalmente assumiu o nome de Sonny Chiba e eventualmente Shin’ichi Chiba. Seus primeiros papéis foram como dublê em programas de tokusatsu (super-heróis mascarados japoneses), onde substituía o ator principal, mas logo se destacou em uma série de thrillers do diretor japonês Kinji Fukasaku, com quem colaborou frequentemente, e na ficção científica “Invasion of the Neptune Men” em 1961. Chiba estrelou sua primeira franquia em 1970, graças ao sucesso do thriller criminal “Yakuza Cop”, onde viveu um policial infiltrado na máfia japonesa. A produção rendeu três continuações no espaço de dois anos. Seu primeiro filme de artes marciais veio depois, “Karate Kiba”, em 1973. Já o reconhecimento internacional foi consequência da repercussão de “Street Fighter” de 1974, que foi lançado nos Estados Unidos pela New Line Cinema com uma classificação X (mais usada para a pornografia) por sua violência extrema. Para aproveitar o impacto, a trama virou uma trilogia e até ganhou spin-off, “Sister Street Fighter”, tudo no mesmo ano! A popularidade de “Street Fighter” transformou Chiba num astro de ação e o levou a estrelar adaptações de mangás populares, como “Lobisomem Enfurecido” (1975) e o cultuado “Golgo 13 – A Missão Kowloon” (1977), além de muitos filmes de samurais e ninjas, incluindo os clássicos “A Conspiração do Clã Yagyu” (1978), “Portal do Inferno” (1981) e “A Guerra dos Ninja” (1982), em que expandiu suas atividades para virar coreógrafo de cenas de ação. Sua estreia em Hollywood aconteceu em 1992, no filme de ação “Águia de Aço III: Ases do Céu”, que o levou a ser contratado para outras produções B lançadas diretamente em vídeo. Sem receber o devido reconhecimento nos EUA, acabou consagrado pelo cinema de Hong Kong com o papel de vilão num dos maiores clássicos modernos do gênero wuxia (artes marciais e fantasia), “Os Cavaleiros da Tempestade” (1998), de Andrew Lau, em que viveu o terrível Lorde Conquistador da humanidade. Ao decidir homenagear o cinema de ação asiático em “Kill Bill”, Tarantino reservou para Chiba o papel de Hattori Hanzo, um espadachim lendário transformado em dono de restaurante de sushi que no “Volume 1” (2003) da saga de vingança fabrica uma espada samurai para a Noiva (Uma Thurman). Ele também apareceu em “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio” como Kamata, um chefe da Yakuza e tio do principal antagonista, Takashi (Brian Tee), numa homenagem a seus thrillers criminais dos anos 1970. Seus últimos trabalhos foram “Outbreak Z”, um filme B americano de zumbis estrelado por Wesley Snipes, e “Bond of Justice: Kizuna”, uma história de vingança contra a Yakuza. Ambos ainda estão inéditos.
Princesa da Yakuza: Adaptação de quadrinhos brasileiros ganha trailer internacional
A Magnolia Pictures divulgou o pôster e o trailer americanos de “Princesa da Yakuza”, coprodução brasileira falada em inglês, que adapta quadrinhos nacionais. O filme leva às telas a HQ “Samurai Shirô”, de Danilo Beyruth, com cenas de muita ação. A cantora nipo-americana Masumi faz sua estreia nos cinemas como a jovem Akemi, enviada ao Brasil ainda bebê após uma guerra entre facções da Yakuza. Vinte anos depois, em São Paulo, ela descobre que herdou um clã da máfia japonesa, mas terá que sobreviver àqueles que não pretendem servi-la. Em sua luta, ela recebe ajuda de um homem misterioso (Jonathan Rhys Meyers, de “The Tudors”) para enfrentar os membros da Yakuza que querem sua morte. O filme tem direção de Vicente Amorim, que já tinha trabalhado com obra de Danilo Beyruth em “Motorad”, lançado em 2017. “Princesa da Yakuza” estreia em 3 de setembro nos Estados Unidos e chega ao Brasil em 7 de outubro.
Mary Elizabeth Winstead destrói tudo no trailer de “Kate”
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Kate”, novo filme de ação que traz Mary Elizabeth Winstead (“Aves de Rapina”) matadora em todos os sentidos. A prévia traz a atriz atirando, explodindo, esfaqueando, socando e chutando dezenas de coadjuvantes. O balé de destruição é impressionante, talvez para compensar a premissa repetitiva. A trama se resume ao fato de Kate (Winstead) ser uma assassina profissional, que é traída e deseja se vingar do homem que a matou. Envenenada e com poucas horas de vida, ela abre seu caminho à bala entre criminosos da Yakuza, em busca do responsável por seu assassinato, um massacre por vez – como Jason Statham em “Adrenalina” (2006). Com direção de Cedric Nicolas-Troyan (“O Caçador e a Rainha do Gelo”), o longa também traz em seu elenco Woody Harrelson (“Zumbilândia”), Michiel Huisman (“The Flight Attendant”), Tadanobu Asano (“Midway – Batalha em Alto Mar”), o músico japonês Miyavi (“Invencível”) e a adolescente Miku Martineau, que estreia em live-action após dublar animações. A estreia está marcada para 10 de setembro.
Jared Leto entra na yakuza em trailer de filme da Netflix
A Netflix divulgou o trailer e o pôster do filme “The Outsider”, estrelado pelo ator Jared Leto (“Blade Runner 2049”) em meio a um elenco de maioria japonesa. E é curioso reparar que até a Netflix segue a mania dos “tradutores” nacionais de transformar títulos específicos em nomes genéricos para o lançamento no Brasil – aqui, o filme virou “Dívida Perigosa”. Um detalhe que costuma ser ignorado pelo próprio serviço de streaming, ao disponibilizar seu acervo. O longa se passa no Japão após a 2ª Guerra Mundial, quando um soldado americano deixa a prisão com a ajuda de seu colega de cela que faz parte da Yakuza. Livre, ele se propõe a ganhar o respeito da máfia japonesa e a pagar sua dívida transitando no perigoso mundo do crime oriental. O elenco inclui Tadanobu Asano (o Hogun da trilogia “Thor”), Kippei Shîna (“Shinobi – A Batalha”), Shioli Kutsuna (“Oh, Lucy!”), Rory Cochrane (“Aliança do Crime”) e Emile Hirsch (“O Grande Herói”) Para completar a miscelânea cultural, “The Outsider” tem direção do dinamarquês Martin Zandvliet, que ficou conhecido quando seu terceiro longa, “Terra de Minas”, foi indicado ao Oscar 2016. A estreia está marcada para 9 de março.
Seijun Suzuki (1923 – 2017)
Morreu o diretor Seijun Suzuki, um dos mais influentes cineastas japoneses dos anos 1960. Ele ganhou projeção mundial pelo filme que causou sua maior decepção, “A Marca do Assassino” (1967), que o levou a ser demitido pelo estúdio Nikkatsu. O diretor faleceu em Tóquio, em 13 de fevereiro, devido a uma doença pulmonar obstrutiva crônica. Seijun Suzuki fez cerca de 40 filmes para o estúdio Kikkatsu, entre 1954 e 1967, geralmente focando a vida violenta de marginais. A lista inclui clássicos como “Portal da Carne” (1964), sobre prostitutas que se aliam para trabalhar sem cafetões após a 2ª Guerra Mundial, “História de uma Prostituta” (1965), acompanhando uma prostituta no front da guerra, “A Vida de um Tatuado” (1965), focado num matador da Yakuza traído pela própria gangue, e “Tóquio Violenta” (1966), sobre o submundo do crime. Estes quatro filmes estão disponíveis em DVD no Brasil, num pack sob o título “A Arte de Seijun Suzuki”. Mas sua obra-prima é mesmo “A Marca do Assassino”, em que um matador fetichista falha num trabalho e se torna alvo de um assassino mais letal. Estilizadíssimo, fracassou nas bilheterias e não foi compreendido pelo estúdio, que simplesmente o demitiu. Mas o filme logo se tornou objeto de culto e devoção de cinéfilos obcecados pela era mod e pelas origens do cinema ultraviolento. O diretor não aceitava fazer filmes comuns, após ter desenvolvido, progressivamente, uma marca própria, em parceria com o designer de produção Takeo Kimura. Caracterizados por um visual surrealista, atuação de influência Kabuki, cores fortes e cenas de ação que pareciam extraídas de uma paisagem de sonhos, os longas que ele dirigiu nos anos 1960 se tornaram tão distintos que eram referidos como exemplos do “estilo Suzuki” de cinema. Sem aceitar a demissão, Suzuki entrou na justiça contra o estúdio e acabou conseguindo um acordo extrajudicial, mas, em contrapartida, foi banido da indústria cinematográfica japonesa por mais de uma década. Ele só voltaria a trabalhar em 1980 e fazendo terror. O detalhe é que, a esta altura, seu cinema tinha sido descoberto pelo Ocidente e seu retorno era tão esperado que “Zigeunerweisen”, seu terror surreal, foi exibido no Festival de Berlim. Para pavimentar de vez sua volta, a própria Academia Japonesa decidiu premiar o longa. Suzuki continuou dirigindo histórias de fantasmas e até um anime, mas não esqueceu de “A Marca do Assassino”, sua assombração pessoal. Em 2001, ele filmou “Pistol Opera”, um remake do filme de 1967, que foi premiado pelo experimentalismo visual no Festival de Brisbane. A influência do “estilo Suzuki” é marcante em filmes de cineastas tão distintos quanto o americano Quentin Tarantino e o chinês Wong Kar-wai. Mas até o diretor indie Jim Jarmusch prestou homenagem ao mestre japonês, citando referências de “A Marca do Assassino” em seu único filme de ação “Ghost Dog” (1999). Veja abaixo o trailer original de “A Marca do Assassino” e um vídeo da distribuidora Versátil sobre os demais filmes de sua carreira.
Diretor de Demônio de Neon vai filmar thriller de ação dos roteiristas da franquia 007
O diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn (“Drive”, “Demônio de Neon”) juntou-se aos roteiristas da franquia 007 Neal Purvis e Robert Wade (que assinaram os últimos seis filmes de James Bond) para criar seu próximo longa-metragem, um filme de ação chamado “The Avenging Silence”. O projeto veio à tona no site do Festival Internacional de Macau, onde a produção vai buscar investidores. Segundo a sinopse oficial, a trama vai acompanhar um ex-espião europeu, que é contratado por um empresário japonês exilado na França para “matar o líder mais cruel da Yakuza”. O detalhe é que esse espião é mudo. Ele foi ferido nas cordas vocais durante uma missão fracassada, o que o fez deixar o ofício. Diz a sinopse: “Seis anos mais tarde, ele é procurado por um antigo membro da Yakuza, um empresário aposentado vivendo na França, que deseja que ele encontre e mate o chefão do mais perigoso clã da máfia japonesa. Com medo de voar, o espião embarca num navio cargueiro rumo a Tóquio, mas uma explosão afunda o barco e o deixa distante do destino sonhado. Numa jornada silenciosa ele busca as quatro pistas – conquista, guerra, fome e morte – que o levarão ao seu alvo. Conhecido pelo massacre de um grupo da máfia que se voltou contra ele, o tal líder criminoso se prepara para voltar a reinar no submundo após uma temporada recluso nas montanhas, sem qualquer contato com tecnologia, e a expectativa pelo seu retorno incomoda todas as famílias rivais.” Não há previsão para as filmagens nem data de estreia agendada para a produção.







