Piper Laurie, atriz de “Carrie, a Estranha”, morre aos 91 anos
A atriz Piper Laurie, indicada três vezes ao Oscar, morreu na manhã deste sábado (14/10) em Los Angeles, aos 91 anos. Sua agente, Marion Rosenberg, revelou que a atriz já não gozava de boa saúde há algum tempo. Início da carreira Piper Laurie, nascida Rosetta Jacobs em 22 de janeiro de 1932 em Detroit, iniciou sua trajetória no cinema ainda na adolescência. Aos 17 anos, foi descoberta por agentes da Universal Pictures e fez sua estreia no filme “Os Noivos de Mamãe” (1950), atuando como filha de Ronald Reagan. Nos anos seguintes, Laurie foi vista em diversos filmes de aventura e romance, fazendo par com Tony Curtis em “O Príncipe Ladrão” (1951), “O Filho de Ali Babá” (1952), “…E o Noivo Voltou” (1952) e “A um Passo da Derrota” (1954), além de Rock Hudson em “Sinfonia Prateada” (1952) e “A Espada de Damasco” (1953), e Tyrone Poweer em “O Aventureiro do Mississippi” (1953). Mas, insatisfeita com os papéis superficiais que lhe eram oferecidos, decidiu romper o contrato com a Universal e mudar-se para Nova York. Performance de Oscar Depois de fazer algumas participações na TV, ela voltou às telas com “Desafio à Corrupção” (1961), onde contracenou com Paul Newman. No filme, ela deu vida à Sarah Packard, uma jovem alcoólatra que se envolvia com o protagonista Eddie Felson, interpretado por Newman, que enfrenta diversos adversários na mesa de bilhar enquanto lida com questões pessoais e emocionais. O longa dirigido por Robert Rossen virou um clássico do cinema, explorando temas de ambição, redenção e a natureza corrosiva do sucesso. A química entre Laurie e Newman foi um dos pontos altos da obra. Um dos momentos marcantes é quando Laurie expressa ao personagem de Newman: “Olha, eu tenho problemas e acho que talvez você tenha problemas. Talvez seja melhor nos deixarmos em paz”. A performance lhe rendeu sua primeira nomeação ao Oscar e a única como Melhor Atriz. Pausa na carreira Após o sucesso de “Desafio à Corrupção”, Piper Laurie casou-se com o escritor Joseph Morgenstern e, juntos, mudaram-se para Woodstock, no interior de Nova York. Durante esse período, Laurie dedicou-se à criação da filha do casal, Anne Grace, e ao estudo de escultura. Retorno triunfal A atriz só retornou à atuação na década de 1970, com outra atuação marcante em “Carrie, a Estranha” (1976) dirigido por Brian De Palma. Laurie interpretou Margaret White, a mãe religiosamente fanática da protagonista Carrie, vivida por Sissy Spacek. A relação tumultuada entre mãe e filha foi um dos pilares da narrativa, contribuindo para a atmosfera opressora e trágica do filme. A performance intensa de Laurie lhe rendeu nova indicação ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Nos anos seguintes, ela voltou a explorar o terror em “Ruby, A Amante Diabólica” (1977) e estrelou o drama romântico “Tim – Anjos de Aço” (1978), em que fez par com o ainda novato Mel Gibson, antes de mergulhar de vez na TV. Dez anos depois de “Carrie”, a atriz voltou a mostrar seu talento em “Filhos do Silêncio” (1986), onde interpretou a mãe da personagem principal, interpretada por Marlee Matlin. No filme, Laurie retrata as tensões e desafios enfrentados por famílias que lidam com deficiências auditivas, oferecendo uma atuação sensível e impactante, que lhe rendeu nova indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Carreira televisiva Piper Laurie também foi nomeada nove vezes ao Emmy ao longo de sua carreira, vencendo uma vez. Seu triunfo veio com o telefilme “A Promessa” de 1986, onde ela interpretou uma antiga paixão do personagem de James Garner. Entre seus papéis televisivos notáveis destacam-se a participação na minissérie “Os Pássaros Feridos” (“The Thorn Birds”, 1983), um fenômeno de audiência, que lhe rendeu indicação de Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie, e seu papel na série “Twin Peaks” (1990-1991) como Catherine Martell, uma mulher astuta e poderosa, que no ano seguinte retornou à série disfarçada de homem, uma jogada audaciosa que demonstrou sua capacidade de Laurie de mergulhar profundamente em seus personagens. Esta performance rendeu à atriz duas de suas nove indicações ao Emmy. Ela também teve participações notáveis em séries populares como “Frasier”, “Plantão Médico”, “O Toque de Um Anjo”, “Will & Grace” e “Law and Order: SVU”. Últimos filmes Paralelamente, a atriz continuou a atuar em filmes, especialmente do gênero terror, como “Trauma” (1993), do mestre italiano Dario Argento, e “Prova Final” (1998), do então novato Robert Rodriguez, e “Bad Blood” (2012), entre outros. Seu último papel cinematográfico foi em “White Boy Rick” (2018), como a avó do personagem-título, um informante do FBI que se tornou traficante de drogas. Entre outras curiosidades de sua vida pessoal e profissional, destaca-se o fato de Laurie ter revelado em sua autobiografia de 2011, “Learning to Live Out Loud”, que perdeu a virgindade para Ronald Reagan e que teve um affair com Mel Gibson, sendo este último quando ela tinha o dobro da idade do ator.
Leslie Jordan, ator de “Will & Grace”, morre aos 67 anos
O ator Leslie Jordan, conhecido pelos seus papeis nas séries “Will & Grace” e “American Horror Story”, morreu nessa segunda (24/10) aos 67 anos. De acordo com o site TMZ, a causa da morte foi um acidente automobilístico. Suspeita-se que ele tenha sofrido algum problema de saúde enquanto dirigia. Dono de uma carreira que se estendeu por quase 40 anos, Jordan também participou de filmes como “Uma Família e Tanto” (2000), que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no New York International Independent Film & Video Festival, “Como Eliminar seu Marido” (2003) e “Histórias Cruzadas” (2011). Leslie Jordan nasceu em 29 de abril de 1955, em Memphis, no estado americano do Tennessee. Ele se mudou para Los Angeles em 1982 e quatro anos depois fez a sua estreia na TV, participando de episódios das séries “Duro na Queda” e “Passe de Mágica”. Sua estreia no cinema aconteceu em 1988, quando fez pequenas participações nos filmes “Mudança do Barulho” e “Frankenstein General Hospital”. Durante a crise da AIDS, ele esteve envolvido com o Projeto AIDS Los Angeles e o Projeto Angel Food. Também precisou lidar com o vício em drogas e álcool, que iniciou aos 20 anos. Em 2010, ele anunciou que estava sóbrio há 13 anos. Jordan conseguiu o seu primeiro papel recorrente em 1989: 10 episódios da série “The People Next Door”. E pouco a pouco começou a ganhar mais destaque em filmes como “Dinheiro a Qualquer Preço” (1991), “Jason vai para o Inferno: A Última Sexta-Feira” (1993) e “Talento Traído” (1997), além de novos papéis recorrentes em séries – “Top of the Heap” (1991), “Reasonable Doubts” (1992-1993), “Bodies of Evidence” (1992-1993) e “Lois & Clark – As Novas Aventuras do Superman” (1993-1994). Em 2001, o ator interpretou um dos seus personagens mais conhecidos: Beverley Leslie, o amigo sexualmente ambíguo de Karen na série “Will & Grace”. Jordan interpretou o papel por 17 episódios, incluindo no revival de 2017, e venceu um Emmy de Melhor Ator Convidado pelo papel em 2006. Ele também estrelou três temporadas de “American Horror Story – Coven”, “American Horror Story – Roanoke” e “American Horror Story – 1984”, sempre em papéis diferentes. Outros destaques de sua carreira incluem participações nos filmes “O Último Sharknado: Já Estava na Hora” (2018) e “Estados Unidos vs. Billie Holiday” (2021), e nas séries “The Cool Kids” (2018-2019) e “Call Me Kat”, em que tinha papel fixo. A série teve o primeiro episódio de sua 3ª temporada recentemente disponibilizado no serviço de streaming HBO Max. Fora das telas, um dos papéis mais celebrados de Jordan foi sua apresentação como Earl “Brother Boy” Ingram na peça de teatro “Sordid Lives”, que mais tarde foi adaptada para o filme “Uma Família e Tanto”. Em 1993, ele criou seu primeiro espetáculo autobiográfico, “Hysterical Blindness and Other Southern Tragedies That Have Plagued My Life So Far”, que durou sete meses fora da Broadway. A peça narrava o início da vida de Jordan em Chatanooga, Tennessee, e apresentava o ator acompanhado por um coral gospel cantando canções satíricas sobre racismo e homofobia. Durante a pandemia, Jordan se tornou um fenômeno nas redes sociais, ganhando milhões de seguidores no Instagram devido aos vídeos humorísticos postados quando precisou ficar de quarentena. Ele também lançou um álbum de música gospel intitulado “Company’s Comin” (2021) e, mais tarde, apareceu como convidado no programa “The Masked Singer”, onde apresentou a canção gospel “This Little Light of Mine”. Ícone da comunidade LGBTQIAP+, Jordan ainda recebeu o prêmio GALECA em 2021 e apareceu no reality “RuPaul’s Drag Race” como jurado convidado em 2013 e novamente em 2022 como diretor convidado. Ao saberem da morte de Leslie Jordan, alguns colegas e admiradores prestaram as suas homenagens. O comediante Sean Hayes, que trabalhou com Jordan em “Will & Grace”, postou uma foto dos dois no seu Twitter, com a legenda: “Meu coração está partido. Leslie Jordan foi uma das pessoas mais engraçadas com quem já tive o prazer de trabalhar. Todos que o conheceram o amavam. Nunca haverá alguém como ele. Um talento único com um coração enorme e carinhoso. Você fará falta, meu caro amigo”. Já o cineasta Paul Feig (“A Escola do Bem e do Mal”) compartilhou a notícia da morte de Jordan e escreveu: “Simplesmente devastado com essa notícia. Trabalhei com Leslie como ator nos anos 1980, quando ele e eu estávamos juntos em ‘Uma Farra na Neve’ e ele era o melhor. Um verdadeiro amor e uma pessoa tão engraçada. O mundo é um lugar muito mais triste sem ele. RIP Leslie.” My heart is broken. Leslie Jordan was one of the funniest people I ever had the pleasure of working with. Everyone who ever met him, loved him. There will never be anyone like him. A unique talent with an enormous, caring heart. You will be missed, my dear friend. 😔❤️ pic.twitter.com/RNKSamoES0 — Sean Hayes (@SeanHayes) October 24, 2022 Just devastated at this news. I worked with Leslie as an actor back in the 80s when he and I were in Ski Patrol together and he was just the best. A true sweetheart and such a funny person. The world is a much sadder place without him in it. RIP Leslie. https://t.co/1V6la8cMYE — Paul Feig (@paulfeig) October 24, 2022
Shelley Morrison (1936 – 2019)
A atriz Shelley Morrison, que interpretou a empregada Rosario na série “Will & Grace”, morreu no domingo (1/12) aos 83 anos em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela estava internada no centro médico Cedars-Sinai e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Morrison lutou por anos contra um câncer no seio e no pulmão e vinha enfrentando vários problemas de saúde. Nascida Rachel Mitrani no Bronx, em Nova York, filha de imigrantes latinos, a atriz participou de meio século da história da televisão americana. Morrison apareceu em séries clássicas como “Quinta Dimensão”, “O Fugitivo” e “Meu Marciano Favorito”, no começo dos anos 1960, antes de conseguir seu primeiro papel recorrente, como uma índia em “Laredo”, entre 1964 e 1967. Ela também buscou espaço no cinema, mas acabou restrita a figurações – inclusive em “Funny Girl: A Garota Genial” (1968). A virada veio com “A Noviça Voadora”, uma das atrações mais reprisadas de todos os tempos, onde integrou o elenco central como a Irmã Sixto, ao lado de Sally Field. A série se passava num convento em Porto Rico, onde uma das freiras (Sally Field) miraculosamente adquire a capacidade de voar – e de converter qualquer um com seu charme. Durou três temporadas, até 1970, mas praticamente nunca saiu do ar. O sucesso da produção também fez a carreira de Morrison decolar. Ela passou a coadjuvar em filmes como “Interlúdio de Amor” (1973), de Clint Eastwood, “Amantes em Veneza” (1973), de Paul Mazursky, e “A Volta de Max Dugan” (1983), de Herbert Ross. Mas essa fase não durou tanto quanto as reprises de “A Noviça Voadora” e logo ela se viu presa ao estereótipo da empregada doméstica latina. Viveu esse papel em vários “episódios da semana”, de “Soup” a “Columbo”, antes de encarnar a versão mais famosa do clichê, Rosario Salazar, a empregada de “Will & Grace”. Sem papas na língua, Rosario se tornou uma das personagens mais engraçadas da série e permitiu a Morrison conquistar a maior popularidade de sua carreira. Exibida entre 1999 e 2006, a série acabou revivida em 2017, mas sem Morrison, que na ocasião já enfrentava problemas de saúde. Nas redes sociais, o elenco de “Will & Grace” lamentou a perda da colega e amiga, descrita como “uma alma generosa com um grande coração e sempre com um sorriso no rosto” por Debra Messing (a Grace). “Sua falta será sentida por todos” acrescentou Eric McCormarck (o Will).
Billie Lourd vai homenagear a avó Debbie Reynolds com participação especial em Will & Grace
A atriz Billie Lourd (“Star Wars: Os Últimos Jedi”) fará participação especial na última temporada de “Will & Grace” num papel em homenagem à sua avó, a célebre atriz Debbie Reynolds (“Dançando na Chuva”). Ela vai aparecer na série como Fiona, sobrinha de Grace (Debra Messing) e neta de Bobbi Adler, personagem interpretada por sua avó nas primeiras temporadas da série. Reynolds viveu Bobbi Adler em 12 episódios ao longo das oito temporadas originais de “Will & Grace”. A atriz faleceu em 28 de dezembro de 2016, um dia depois de sua filha, Carrie Fisher (a eterna Princesa Leia de “Star Wars”). O episódio com a participação de Lourd será gravado na próxima quarta (25/9) e mostrará Fiona tentando se reconectar com a tia Grace. A despedida da série terá 18 episódios, mas ainda não teve data de estreia divulgada pela rede NBC. No Brasil, a nova fase da série de comédia, que foi revivida em 2017, é exibida pelo canal pago Fox.
Demi Lovato vai participar da temporada final de Will & Grace
A cantora e atriz Demi Lovato vai participar da última temporada da série “Will & Grace”, que estreia em 2020 na rede americana NBC. Ela postou uma foto em seu Instagram tirada no set da produção. Demi aparecerá em três episódios interpretando Jenny, uma garota que entra na vida de Will (Eric McCormack) de uma maneira inesperada. A última temporada é a 3ª do revival iniciado em 2017, mas a 11ª desde que a produção estreou em 1998. Ou seja, esta será a segunda vez que a série vai acabar. A fase original de “Will & Grace” foi exibida de 1998 a 2006 nos EUA e venceu 16 prêmios Emmy, incluindo estatuetas para cada um de seus protagonistas, Eric McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack). A trama gira em torno do não casal formado por um advogado gay e uma designer de interiores heterossexual, que dividem um apartamento em Nova York, sempre visitados por seus dois melhores amigos. A despedida da série terá 18 episódios, mas ainda não teve data de estreia divulgada pela NBC. Um ano após quase morrer de overdose, Demi Lovato tem enchido a agenda de trabalhos. Além de “Will & Grace”, ela também vai estrelar “Eurovision”, novo filme de comédia produzido pela Netflix. Ver essa foto no Instagram Will & Grace & Demi ??♀️? @nbcwillandgrace #WillandGrace Uma publicação compartilhada por Demi Lovato (@ddlovato) em 27 de Ago, 2019 às 6:16 PDT
Will & Grace vai acabar (de novo) na próxima temporada
Os produtores de “Will & Grace” decidiram finalizar a série na próxima temporada, que estreia em 2020. O anúncio foi feito em comunicado conjunto de Max Mutchnick, David Kohan e James Burrows, que revelaram ter chegado a esta decisão em comum acordo com o elenco. “Pensamos em ‘Will & Grace’ como Karen pensa sobre seus martínis – 51 não é o bastante, mas 53 é demais”, brincaram. “Por isso, após consultar o nosso elenco, decidimos que esta será nossa última temporada”. A próxima temporada é a 3ª do revival iniciado em 2017, mas a 11ª desde que a produção estreou em 1998. Ou seja, esta será a segunda vez que a série vai acabar. A fase original de “Will & Grace” foi exibida de 1998 a 2006 nos EUA e venceu 16 prêmios Emmy, incluindo estatuetas para cada um de seus protagonistas, Eric McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack). A trama gira em torno do não casal formado por um advogado gay e uma designer de interiores heterossexual, que dividem um apartamento em Nova York, sempre visitados por seus dois melhores amigos. “O impacto e o legado de ‘Will & Grace’ simplesmente não podem ser exagerados. Ela mudou o jogo quando estamos falando de retratos da comunidade LGBTQIA+”, acrescentaram representantes da rede NBC, que exibe a série nos EUA. “Devemos um enorme agradecimento a Max, David, Jimmy e ao elenco, por seu brilhantismo durante este incrível período”, conclui o comunicado. O revival é escrito pelos criadores da atração, Max Mutchnick e David Kohan, e os episódios continuam sob a direção de James Burrows, que comandou as gravações das oito temporadas originais. Mas apesar da ênfase na decisão criativa, o anúncio do final também reflete a perda de quase metade dos telespectadores na temporada encerrada em abril passado – de 5,5 milhões em 2018 para 3 milhões de telespectadores ao vivo. O elenco também recebeu aumentos consideráveis – de US$ 250 mil por episódio a US$ 350 mil na nova temporada. Assim, a série acabou ficando muito cara para seu retorno em audiência. A última temporada deve ir ao ar no começo de 2020, durante a midseason.
Rip Torn (1931 – 2019)
O ator veterano Rip Torn, que foi indicado ao Oscar e venceu um Emmy, morreu na terça-feira (9/7) de causas naturais em sua casa em Connecticut, aos 88 anos. Ao longo de sua carreira de seis décadas, Torn apareceu em quase 100 longas-metragens, incluindo grandes clássicos do cinema, entre eles “A Mesa do Diabo” (1965), “O Homem que Caiu na Terra” (1976) e “MIB – Homens de Preto” (1997). Ele nasceu Elmore Rual Torn Jr. em 6 de fevereiro de 1931, em Temple, Texas. O apelido “Rip” veio da infância e o acompanhou ao ingressar no Instituto de Artes Performáticas de Dallas, onde teve como professor Baruch Lumet, o pai do diretor Sidney Lumet, e no Actors Studio, de Nova York, onde estudou ao lado de sua futura esposa, a atriz Geraldine Page (“O Regresso para Bountiful”). Seu estilo de interpretação foi comparado a James Dean e Marlon Brando pelo diretor Elia Kazan, que deu a Torn sua primeira grande oportunidade – como o substituto de Ben Gazzara na montagem teatral de “Gata em Teto de Zinco Quente”, de Tennessee Williams, em 1955. Kazan foi quem também o levou ao cinema, dando-lhe pequenos papéis em “Boneca de Carne” (1956) e “Um Rosto na Multidão” (1957), antes de escalá-lo ao lado de Paul Newman e Page na montagem teatral de “Doce Pássaro da Juventude”, outra peça de Williams, que rendeu a Torn uma indicação ao Tony em 1960. Todos os três reprisaram seus papéis na filmagem da história lançada nos cinemas em 1963. Seus primeiros papéis de destaque nas telas vieram em filmes de guerra, “Para que os Outros Possam Viver” (1957) e “Os Bravos Morrem de Pé” (1959). Em seguida, apareceu como Judas na superprodução “O Rei dos Reis” (1961), de Nicholas Ray, e participou de muitos programas de TV da época, incluindo “Os Intocáveis”, “Rota 66” e “O Agente da UNCLE”, geralmente como “ameaça” da semana. Torn costumava ser escalado como vilão em dramas sombrios, personagens sem escrúpulos como o psiquiatra que filmava suas amantes em “Coming Apart” (1969) ou o chantagista de “A Mesa do Diabo” (1965), que tenta obrigar Steve McQueen a participar de um jogo de pôquer manipulado. Como intérprete que seguia o “método” de incorporação de personagens do Actors Studio, isso também resultava em períodos de instabilidade mental, que acabaram lhe rendendo uma reputação de criador de problemas. Diz a lenda que ele estava pronto para o papel de sua vida em “Easy Rider – Sem Destino” (1969), quando puxou uma faca para o ator e diretor Dennis Hopper numa lanchonete. Foi demitido e Jack Nicholson assumiu seu personagem. Como todos sabem, a carreira de Nicholson explodiu com a aparição no filme de Hopper. Torn contestou essa história, dizendo que foi Hopper quem puxou a faca e o processou por difamação. Ganhou US$ 475 mil por perdas e danos. Mas aquela não foi a única altercação do ator com um de seus diretores. Durante uma luta improvisada em “Maidstone” (1970), Torn atacou Norman Mailer com um martelo e teve o ouvido mordido na confusão que se seguiu. Seu casamento com Geraldine Page não passou pela mesma turbulência. Os dois ficaram juntos de 1963 a 1987, até ela morrer de ataque cardíaco, aos 62 anos. Homem de família, Torn também ajudou a lançar a carreira de sua prima, a atriz Sissy Spacek (a “Carrie, a Estranha” original). E se casou novamente com Amy Wright, atriz conhecida por “Stardust Memories” (1980) e “O Turista Acidental” (1988). Entre os muitos sucessos da primeira fase de sua carreira, destacam-se ainda “O Homem que Caiu na Terra” (1976), como um amigo e confidente de David Bowie, e “Retratos de uma Realidade” (1983), pelo qual foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Mas uma participação em “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2” (1982) inaugurou um novo capítulo em sua filmografia, mostrando que o lendário homem mau podia ser engraçadíssimo. Sem planejamento aparente, Torn começou a incluir comédias entre seus thrillers. Em meio a “O Limite da Traição” (1987) e “Robocop 3” (1993), começaram a aparecer títulos como “Nadine – Um Amor à Prova de Bala” (1987), “Um Visto para o Céu” (1991), “Por Água Abaixo” (1996) e “Advogado por Engano” (1997), que mostraram sua versalidade. Rip Torn virou comediante de vez ao entrar na famosa série “The Larry Sanders Show”, primeiro grande sucesso do canal pago HBO, no papel de Artie, o produtor desonesto do talk show fictício de Larry Sanders (personagem de Garry Shandling). A comédia inovadora foi exibida de 1992 a 1998, e Torn foi indicado ao Emmy por cada uma das seis temporadas, vencendo o troféu de Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia em 1996. Mas, curiosamente, ele relutou em fazer a série, pois àquela altura se considerava ator de cinema. Acabou aceitando o emprego porque, segundo contou, devia muito dinheiro aos familiares. Mesmo assim, se recusou a fazer teste para o papel. Shandling teve paciência para convencê-lo a ler um trecho do roteiro do piloto com ele, e saiu da reunião para informar aos produtores que estava vindo do “melhor sexo” da sua vida. Os produtores toparam, porque se basearam nas comédias que Torn tinha feito no cinema, especialmente “Um Visto para o Céu”, de Albert Brooks. Entretanto, quando a série foi ao ar, muitos ainda se surpreenderam em descobrir que o malvadão Rip Torn era engraçado. Ele conquistou a indústria, a crítica e o público. E deixou de ser levado tão a sério – no bom sentido. Após vencer o Emmy, a carreira cinematográfica de Torn continuou crescendo, em vez de se encerrar como ele temia. Sua filmografia acrescentou o blockbuster “MIB – Homens de Preto” (1997), no qual desempenhou o papel de Zed, o chefe dos Homens de Preto, que voltou na continuação de 2002. Ele também fez uma participação no terceiro filme, de 2012, filmou três dramas indicados ao Oscar, “O Informante” (1999), “Garotos Incríveis” (2000) e “Maria Antonieta” (2006), além de diversas comédias, entre elas “Com a Bola Toda” (2004) e “Os Seus, os Meus e os Nossos” (2005). Seu sucesso acabou com o estigma do “ator de TV” e inspirou vários outros astros do cinema a seguir seus passos. Pioneiro, Torn ajudou a dar peso cinematográfico às séries e a dar à HBO o padrão de qualidade que revolucionou a indústria televisiva. Ele ainda voltou à TV em participações recorrentes nas séries “Will & Grace” e principalmente em “30 Rock”, na qual viveu Don Geiss, chefe do protagonista Jack Donaghy (Alec Baldwin). Este papel lhe rendeu sua última indicação ao Emmy em 2008, a 9ª de sua carreira.
Globoplay anuncia mais de 20 séries, de American Horror Story à inédita Manifest
A plataforma Globoplay anunciou a aquisição de mais de duas dezenas de séries novas para seu catálogo, entre atrações recentes, sucessos consagrados e produções clássicas da TV americana. Os títulos foram revelados durante o Rio2C, evento do audiovisual nacional. A relação inclui “The Path”, “Manifest”, “The Village”, “American Horror Story”, “The Gifted”, “Modern Family”, “Will & Grace”, “The Night Shift”, “Halt and Catch Fire”, “Patrick Melrose”, “Picnic at Hanging Rock”, “Angel”, “Bull”, “The First”, “Homeland”, “The Vampire Diaries”, “Waco”, “Arquivo-X”, “M: A City Hunts a Murderer”, “Smallville” e “The Magicians”. Além dos títulos internacionais, a Globoplay reforçou o lançamento das produções nacionais exclusivas “Divisão”, “Eu, a Vó e a Boi”, “Aruanas”, “Shippados” e “Sessão de Terapia”, sendo as três últimas ainda para o segundo semestre de 2019. “O fato de sermos uma plataforma de streaming nos permite ir além, trabalhando e experimentando vários segmentos. Podemos ter conteúdos mais ousados, modernos e diversos”, disse João Mesquita, CEO do Globoplay.
Trailer de Will & Grace revela as participações especiais da 10ª temporada
A rede NBC divulgou o trailer da nova temporada de “Will & Grace”, que está repleta de participações especiais. A prévia destaca alguns dos convidados, como David Schwimmer (“Friends”), Matt Bomer (“White Collar”), Jon Cryer (“Two and a Half Men”), Alec Baldwin (“30 Rock”) e Chelsea Handler (“Guerra É Guerra”). Trata-se de uma confirmação do sucesso da série, que voltou a ser produzida no ano passado, após hiato de 11 anos, e já tem garantida a gravação de sua próxima temporada, que estreia em 2019. A fase original de “Will & Grace” foi exibida de 1998 a 2006 nos EUA e venceu 16 prêmios Emmy, incluindo estatuetas para cada um de seus protagonistas, Eric McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack). A trama gira em torno do não casal formado por um advogado gay e uma designer de interiores heterossexual, que dividem um apartamento em Nova York, sempre visitados por seus dois melhores amigos. O revival foi escrito pelos criadores da atração, Max Mutchnick e David Kohan, e os episódios continuam sob a direção de James Burrows, que comandou os episódios das oito temporadas originais. A 10ª temporada estreia no dia 4 de outubro nos Estados Unidos. No Brasil, a nova fase da comédia é transmitida pelo canal pago Fox.
Ator de Friends entra na série Will & Grace
O ator David Schwimmer, até hoje lembrado como o Ross de “Friends”, vai estrelar um revival na TV americana, mas de outra série clássica. Ele foi escalado para um papel recorrente na 2ª (ou 10ª) temporada do revival de “Will & Grace”. Schwimmer interpretará o novo interesse amoroso de Grace (Debra Messing). A princípio, o ator participará de um arco de cinco episódios, mas os roteiros ainda estão sendo escritos. A participação em “Will & Grace” será o primeiro trabalho de Schwimmer num sitcom desde o fim de “Friends” em 2004. Numa guinada na carreira, o ator optou por fazer mais papéis dramáticos e virar diretor. A 10ª temporada de “Will & Grace” estreia no dia 4 de outubro nos Estados Unidos e a série já se encontra renovada pra seu 11º ano. No Brasil, a sitcom é transmitida pelo canal pago Fox.
Will & Grace é renovada para a 3ª temporada de revival
A rede NBC está realmente entusiasmada com a volta de “Will & Grace”. A série, que tinha sido renovada antes da reestreia, foi renovada pela segunda vez, garantindo a produção da 3ª (ou 11ª) temporada antes mesmo do final dos episódios iniciais do revival. Tem mais. A 2ª (ou 10ª) temporada, que tinha sido anunciada com 13 episódios, teve encomenda de mais cinco capítulos, chegando a um total de 18, mesmo número da 3ª (ou 11ª) recém-encomendada. Tudo isso, enquanto ainda faltam dois episódios inéditos do primeiro ano do revival. A renovação se dá tanto pelo prestígio – a série voltou a ser indicada a prêmios – quanto pela audiência, que tem mantido a média de 5,7 milhões de telespectadores ao vivo por episódio. Trata-se de uma confirmação do sucesso da estratégia atual dos canais norte-americanos, de resgatar séries clássicas para explorar o reconhecimento das marcas. A “Will & Grace” original foi exibida entre 1998 e 2006 nos EUA e venceu 16 prêmios Emmy, incluindo estatuetas para cada um de seus protagonistas, Eric McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack). A trama gira em torno do não casal formado por um advogado gay e uma designer de interiores heterossexual, que dividem um apartamento em Nova York, sempre visitados por seus dois melhores amigos. O revival foi escrito pelos criadores da atração, Max Mutchnick e David Kohan, e dirigidos por James Burrows, que comandou os episódios das oito temporadas originais. O equivalente à 9ª temporada da série começou a ser exibido em 28 de setembro de 2017 nos Estados Unidos e se encerrará no dia 29 de março. Já a 10ª temporada irá ao ar em setembro de 2018, enquanto a 11ª tem previsão de lançamento para o mesmo período em 2019.
John Krasinski diz que adoraria participar do revival da série The Office
O ator John Krasinski deu uma divertida entrevista para o programa de Ellen DeGeneres, em que falou das filhas, da barba, seu medo de filmes de terror, seu recente trabalho como diretor num filme de terror (“Um Lugar Silêncio”) e, por último, a volta da série “The Office”, que ele estrelou por nove temporadas. Veja abaixo. Depois de indicar que soube do projeto de revival “na Internet”, Krasinski se mostrou chateado por não ter sido contatado e imaginou que talvez a presença de seu personagem, Jim Halpert, não fosse desejada na continuação da série. Perguntado se aceitaria voltar ao papel, se convidado, ele foi totalmente positivo. “Oh, meu deus, você está brincando?”, disse. “Eu adoraria juntar de novo aquela gangue”. Krasinski interpretou o vendedor de papel Jim Halpert na série da rede NBC – por sua vez baseada numa sitcom britânica. O romance do personagem com a recepcionista Pam Beesly (interpretada por Jenna Fischer) foi a trama mais marcante durante a evolução do programa.









