Pai de Alok anuncia próxima edição do Universo Paralello após tragédia em Israel
O festival Universo Paralello teve sua próxima edição confirmada no Brasil após ter sido alvo de ataques extremistas em Israel. A festa rave idealizada por Juarez “Swarup” Petrillo está marcada para ocorrer na Bahia, entre 27 de dezembro a 3 de janeiro de 2024. “Esses últimos dias têm sido difíceis para mim. Mas o propósito do Universo Paralello sempre foi a paz, o amor, o respeito à diversidade e esse ano pensamos até em desistir por achar que não tínhamos nada para celebrar. Lembrei que Bob Marley uma vez falou que quem pratica o mal, não descansa um dia sequer. Então, a gente para promover o bem não pode descansar. Por isso convido a todos para nos reunirmos neste ano como um manifesto pela paz. Sejam todos muito bem-vindos!”, afirmou o pai de Alok numa publicação feita no Instagram. A edição brasileira terá sete palcos musicais e espaços dedicados à integração da comunidade com atividades de meditação, yoga, dança e terapias holísticas. O festival espera receber um público estimado em 20 mil pessoas. Ainda não tem line-up definido. Ataque em Israel A equipe do Universo Paralello se pronunciou sobre a festa rave atingida pelos ataques em Israel no início deste mês. Em nota publicada no Instagram, a marca brasileira afirmou estar “profundamente chocados com os últimos acontecimentos”. “O Universo Paralello sempre licenciou sua marca para eventos fora do Brasil, onde um produtor é responsável pela organização e contratação de artistas vinculados, como aconteceu no caso do [Juarez] Swarup (pai de Alok). A marca foi licenciada e o DJ contratado pela produção israelense da Tribe of Nova”, diz um trecho da nota. A equipe acrescentou ter recebido informações apenas “via imprensa ou publicações não-oficiais”. Eles se solidarizam com as famílias das vítimas mortas no evento: “A violência não tem lugar na sociedade, seja em qual território for”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Universo Paralello Festival (@universoparalello)
Pai de Alok conta experiência em festival atacado pelo Hamas: “Todos começaram a chorar”
Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar, desabafou sobre os momentos de terror que vivenciou em Israel ao presenciar ataques do grupo palestino Hamas. O músico se preparava para tocar em um festival de música eletrônica quando o local foi bombardeado. “Todos começaram a chorar”, lembrou ele. O DJ concedeu uma entrevista ao “Fantástico” e demonstrou ainda estar bastante abalado com tudo que viu. Petrillo explicou que aguardava animado para participar do evento de música eletrônica. O local, próximo ao kibutz de Re’im, a cerca de 6 quilômetros da Faixa de Gaza, tem festas regulares. O evento do último dia 6 tinha três palcos e a identidade visual do festival brasileiro Universo Paralello. Ao todo, 16 DJs iriam se apresentar – entre eles, Juarez Petrillo, o DJ Swarup. O que seria uma festa, porém, virou um cenário de guerra, num ataque terrorista do grupo Hamas. Foram mais de 260 jovens mortos, entre eles três brasileiros. Cenário de guerra “Já estava amanhecendo, estava a coisa mais linda, quando eu olhei a pista, eu falei: ‘Gente, é a pista mais incrível’. De repente, veio uma bomba, nessa hora a coisa mudou. As mulheres começaram a entrar em pânico e começaram a chorar. Foi geral. A gente escutou barulho de metralhadora”. Ele escapou porque foi retirado de carro pela organização do festival. A família Alok também participou da entrevista e falou sobre a angústia que sentiu ao procurar informações sobre o pai. “Eu vi por causa dos vídeos na internet, eu não conseguia falar com ele. Depois consegui falar com um amigo dele e só depois com o meu pai”. “A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que havia mais de 250 corpos perto da área do festival. Fomos começar a entender a gravidade do ataque terrorista. Meu pai estava preso em um bunker, eu queria tirá-lo de qualquer jeito de lá”, completou Alok. O pai do também DJ confessou ter se apegado às lembranças de sua família para seguir em frente e escapar dos ataques. “O que me deu um norte foi quando eu lembrei dos meus netos”, disse ele. “Não tinha nada de DJ mais, não sou produtor, não sou artista não, sou vovô”.
Alok descobriu que pai estava em Israel pela internet: “Tenho pouco convívio”
Alok fez um forte desabafo nesta terça-feira (10/10) sobre a situação de Juarez “Swarup” Petrillo, DJ contratado para tocar no festival atingido pelo grupo extremista Hamas. Abalado, o brasileiro confessou que descobriu que o pai corria perigo através das redes sociais. No Instagram, Alok confessou que não seria fácil entrar no assunto e caiu em lágrimas assim que mencionou a participação do pai na festa rave. “Ele estava prestes a se apresentar quando começou o bombardeio e o evento foi interrompido, e a polícia começou a evacuar. Ele conseguiu entrar em um carro e sair de lá. O carro de trás, que estava com conhecidos dele, foi baleado. Meu pai conseguiu se abrigar em um bunker e ficou seguro lá”, explicou em vídeo. Alok explicou também que descobriu a presença de Swarup no evento com as publicações nas redes sociais, já que eles não possuem tanta proximidade por conta das carreiras artísticas: “Eu já sai de casa faz mais de 15 anos. Infelizmente, tenho pouco convívio com meu pai. Meu pai toca, é DJ, então está sempre viajando pelo mundo, eu também. Ele não sabe onde eu estou, também não sei onde ele está. Eu descobri que ele estava lá através da internet”. “Eu até queria ter mais convívio com meu pai… Tudo o que eu queria agora é poder… Meu pai está bem, seguro. Ele chegou em Tel Aviv ontem [9] e está fazendo todo o esforço para voltar para o Brasil. Tudo o que eu quero agora é abraçar ele, acolher ele. Mas, infelizmente, muitas pessoas não vão poder fazer isso”, ele lamentou em meio às lágrimas. Pai de Alok Juarez “Swarup” Petrillo, pai de Alok, segue em Israel após os ataques terroristas por parte do Hamas. No momento, o DJ está localizado em Tel Aviv, ainda no país do Oriente Médio, e aguarda uma oportunidade para retornar para o Brasil. No domingo (8/10), Alok se mostrou “consternado” com os últimos acontecimentos no país. “Como muitos de vocês sabem, o meu pai estava em um desses locais invadidos e sobre a relação dele com o evento em que estava, ele não é o realizador. O meu pai foi contratado para se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em diversos outros países”, detalhou. “O produtor israelense licenciou o uso da marca e produziu o evento por conta própria, sendo o meu pai uma das atrações. Na região historicamente fazem eventos, inclusive no dia anterior houve outro festival com o mesmo perfil e no mesmo local. Todas essas informações fiquei sabendo hoje (8/10) após inúmeras tentativas de contato”, completou o DJ brasileiro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Alok (@alok)
U2 altera letra de “Pride” em homenagem às vítimas do Universo Paralello
O U2 fez uma homenagem às vítimas do festival Universo Paralello nos ataques do Hamas a Israel. No show de domingo (8/10), a banda adicionou “Pride (In The Name of Love)” no setlist, alterou o primeiro verso e a dedicou às centenas de mortos. “Cante por nossos irmãos e irmãs, que eles próprios cantaram no festival Supernova Sukkot, em Israel. Nós cantamos por eles. Nosso povo, nosso tipo de gente, pessoas da música, pessoas brincalhonas e experimentais. Nosso tipo de gente. Nós cantamos para eles”, declarou o vocalista Bono. Em seguida, Bono liderou o refrão e continuou: “À luz do que aconteceu em Israel e em Gaza, uma canção sobre a não-violência parece um tanto ridícula, até mesmo risível, mas as nossas preces sempre foram pela paz e pela não-violência… Mas nossos corações e nossa raiva, você sabe onde estão direcionados. Então, cantem conosco… E com aquelas crianças lindas naquele festival de música”. Outra versão A banda U2 alterou o primeiro verso de “Pride” para se referir ao massacre em Israel, em vez de mencionar a morte de Martin Luther King Jr. “Na manhã cedo, 7 de outubro, o sol está nascendo no céu do deserto. / Estrelas de Davi, eles tiraram sua vida, mas não puderam tirar seu orgulho”, cantou Bono. O vocalista ainda repetiu três vezes a frase “Não puderam tirar seu orgulho” antes de liderar a banda no coro grandioso. Universo Paralello A equipe do Universo Paralello se pronunciou sobre a festa rave atingida pelos ataques em Israel. Em nota publicada no Instagram, a marca brasileira explicou não ter informações sobre os 260 mortos no evento que ocorria no último sábado (7/10). Ainda há pessoas desaparecidas. A produtora brasileira afirmou estar “profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel” e destaca que o local do evento é reconhecido por “grandes eventos de música eletrônica”. Contudo, esclareceu que não organizou a rave atacada pelo grupo extremista Hamas. Eles teriam recebido informações apenas “via imprensa ou publicações não-oficiais”. Eles se solidarizam com as famílias das vítimas mortas no evento: “A violência não tem lugar na sociedade, seja em qual território for”. In the light of what’s happened in Israel and Gaza, a song about non-violence seems somewhat ridiculous, even laughable, but our prayers have always been for peace and for non-violence… But our hearts and our anger, you know where that’s pointed. So sing with us… and those… pic.twitter.com/S1zfCMNtzz — U2 (@U2) October 9, 2023
Universo Paralello e Alok se pronunciam sobre ataques em rave de Israel
A equipe do Universo Paralello se pronunciou sobre a festa rave atingida pelos ataques em Israel. Em nota publicada no Instagram, a marca brasileira explicou não ter informações sobre os 260 mortos no evento que ocorria no último sábado (7/10). A produtora afirmou estar “profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel” e destaca que o local do evento é reconhecido por “grandes eventos de música eletrônica”. Contudo, esclareceu que não organizou a rave atacada pelo grupo extremista Hamas. “O Universo Paralello sempre licenciou sua marca para eventos fora do Brasil, onde um produtor é responsável pela organização e contratação de artistas vinculados, como aconteceu no caso do [Juarez] Swarup (pai de Alok). A marca foi licenciada e o DJ contratado pela produção israelense da Tribe of Nova”, diz um trecho da nota. A equipe acrescentou ter recebido informações apenas “via imprensa ou publicações não-oficiais”. Eles se solidarizam com as famílias das vítimas mortas no evento: “A violência não tem lugar na sociedade, seja em qual território for”. Pai de Alok Juarez “Swarup” Petrillo, pai de Alok, segue em Israel após os ataques terroristas por parte do Hamas. No domingo (8/10), Alok se mostrou “consternado” com os últimos acontecimentos no país e também explicou que o “pai está num bunker, aguardando direcionamento para retomar ao Brasil”. “Como muitos de vocês sabem, o meu pai estava em um desses locais invadidos e sobre a relação dele com o evento em que estava, ele não é o realizador. O meu pai foi contratado para se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival, como já aconteceu em diversos outros países”, detalhou Alok. “O produtor israelense licenciou o uso da marca e produziu o evento por conta própria, sendo o meu pai uma das atrações. Na região historicamente fazem eventos, inclusive no dia anterior houve outro festival com o mesmo perfil e no mesmo local. Todas essas informações fiquei sabendo hoje (8/10) após inúmeras tentativas de contato”, completou o DJ brasileiro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Universo Paralello Festival (@universoparalello)
Pai de Alok relata ataque terrorista em festival de música em Israel
O DJ Juarez Petrillo, dos DJs Alok e Bhaskar, enfrentou uma situação alarmante na madrugada deste sábado (7/10) em Tel Aviv, Israel. Petrillo estava prestes a se apresentar no festival de música eletrônica Universo Paralello quando o evento foi abruptamente interrompido devido a ataques do movimento islâmico armado Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está em estado de guerra em resposta aos bombardeios. Relato nas redes sociais O DJ compartilhou sua experiência nas redes sociais. “Universo Paralello Israel. Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… Depois, conto mais detalhes”, escreveu Petrillo. Em um vídeo, ele acrescentou: “Gente, acabou a festa porque está tendo bombas. Estou chocado”. Detalhes do incidente Petrillo explicou que deveria estar se apresentando no momento dos ataques. No entanto, devido a um atraso no line-up do festival, ele ainda aguardava sua vez para subir ao palco. “Surreal! Era para ser eu tocando, mas o line-up atrasou uma hora. Já estava no palco para tocar, espiritual demais. Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim. Sei nem o que dizer”, relatou. . Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Juarez Swarup Petrillo (@juarezpetrillo)




