Pai de Alok conta experiência em festival atacado pelo Hamas: “Todos começaram a chorar”

Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar, desabafou sobre os momentos de terror que vivenciou em Israel ao presenciar ataques do grupo palestino Hamas. O músico se preparava para tocar em […]

Instagram/Juarez Petrillo

Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar, desabafou sobre os momentos de terror que vivenciou em Israel ao presenciar ataques do grupo palestino Hamas. O músico se preparava para tocar em um festival de música eletrônica quando o local foi bombardeado. “Todos começaram a chorar”, lembrou ele.

O DJ concedeu uma entrevista ao “Fantástico” e demonstrou ainda estar bastante abalado com tudo que viu. Petrillo explicou que aguardava animado para participar do evento de música eletrônica.

O local, próximo ao kibutz de Re’im, a cerca de 6 quilômetros da Faixa de Gaza, tem festas regulares. O evento do último dia 6 tinha três palcos e a identidade visual do festival brasileiro Universo Paralello. Ao todo, 16 DJs iriam se apresentar – entre eles, Juarez Petrillo, o DJ Swarup. O que seria uma festa, porém, virou um cenário de guerra, num ataque terrorista do grupo Hamas. Foram mais de 260 jovens mortos, entre eles três brasileiros.

 

Cenário de guerra

“Já estava amanhecendo, estava a coisa mais linda, quando eu olhei a pista, eu falei: ‘Gente, é a pista mais incrível’. De repente, veio uma bomba, nessa hora a coisa mudou. As mulheres começaram a entrar em pânico e começaram a chorar. Foi geral. A gente escutou barulho de metralhadora”.

Ele escapou porque foi retirado de carro pela organização do festival.

 

A família

Alok também participou da entrevista e falou sobre a angústia que sentiu ao procurar informações sobre o pai. “Eu vi por causa dos vídeos na internet, eu não conseguia falar com ele. Depois consegui falar com um amigo dele e só depois com o meu pai”.

“A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que havia mais de 250 corpos perto da área do festival. Fomos começar a entender a gravidade do ataque terrorista. Meu pai estava preso em um bunker, eu queria tirá-lo de qualquer jeito de lá”, completou Alok.

O pai do também DJ confessou ter se apegado às lembranças de sua família para seguir em frente e escapar dos ataques. “O que me deu um norte foi quando eu lembrei dos meus netos”, disse ele. “Não tinha nada de DJ mais, não sou produtor, não sou artista não, sou vovô”.