Vladimir Menshov (1939–2021)
O diretor de cinema russo Vladimir Menshov, premiado com o Oscar em 1981, morreu de covid-19 nesta segunda (5/7), aos 81 anos Nascido em 1939 em Baku, no Azerbaijão soviético, Vladimir Menshov começou a filmar curtas em 1968, antes de estrear como roteiristas de em 1974 e dirigir seu primeiro longa em 1977, “Practical Joke”. Ele se mundialmente conhecido por seu segundo filme de longa-metragem, “Moscou não Acredita em Lágrimas” (1980), que venceu o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, um dos dois únicos prêmios da Academia conquistados pela União Soviética. Menshov escreveu, dirigiu, produziu e atuou no filme, que acompanhava a vida de três mulheres, da juventude ao começo da velhice, refletindo seus sonhos e desejos ao virem de cidades pequenas para Moscou. Seus filmes seguintes não tiveram o mesmo alcance, mas sua comédia “Love and Pigeons”, lançada em 1984, encontrou grande sucesso local e continua sendo uma das mais assistidas na televisão russa. Menshov também se destacou como ator, sendo convidado a participar de projetos de vários colegas após atuar em “Moscou não Acredita em Lágrimas”. Ele participou de cerca de 100 filmes russos como ator, incluindo alguns sucessos de alcance internacional, como “O Mensageiro” (1986) e “Cidade Zero” (1988), de Karen Shakhnazarov, além do terror “Guardiões do Dia” (2006), de Timur Bekmambetov. Um de seus últimos trabalhos, “Legenda No. 17”, lhe rendeu o Georges, prêmio Nacional do Cinema Russo, como Melhor Ator Coadjuvante em 2013. Além da carreira na indústria cinematográfica, ele também deu aulas de direção na VGIK (Instituto Gerasimov de Cinematografia), prestigiosa escola de cinema de Moscou.
Versão soviética de “O Senhor dos Anéis” vira cult em descoberta no YouTube
Uma versão russa e pouco conhecida de “O Senhor dos Anéis”, produzida para a televisão soviética dos anos 1990, ganhou status de cult ao ser descoberta no YouTube nas últimas semanas. Baseado em “A Sociedade do Anel”, primeiro livro da trilogia de J.R.R. Tolkien, o filme chamado “Khranitel” (“Os Guardiões”, em russo), já teve cerca de 2 milhões de visualizações desde o final de março. E está sendo muito comentado na linha do “tão ruim que é ótimo”. O canal russo TV5, sucessor da Leningrad Television estatal, tomou a iniciativa de digitalizar o filme e disponibilizá-lo em duas partes na internet para comemorar o aniversário de 30 anos das gravações, que eram consideradas perdidas até recentemente. De baixíssimo orçamento, o filme dirigida por N. Serebryakova não lembra nada os épicos de Peter Jackson, que custaram o equivalente a R$ 1,6 bilhão. Mas a qualidade tosca é que tem alegrado os fãs de Tolkien. A obra, que parece uma peça de teatro infantil, foi um dos últimos artefatos culturais da União Soviética — que acabaria meses depois de sua exibição. Por isso, Arseny Bulakov, presidente da Sociedade Tolkien de São Petesburgo, disse em entrevista ao New York Times que o filme é um “artefato revelador” de sua era. Ele lembra que, mesmo em tempos difíceis, quando não havia o que comer, fãs de Tolkien se reuniam para discutir suas obras e “reescrever poemas élficos à mão”. “‘Khranitel’ foi filmado em tempos de pobreza, sem recursos de cenário, com figurino emprestado de conhecidos. Ao mesmo tempo, com grande respeito a Tolkien e amor ao seu trabalho”, descreveu Bulakov. Veja o filme abaixo.
Michael Douglas e Christoph Waltz vão estrelar minissérie Reagan & Gorbachev
A Paramount Television Studios contratou Michael Douglas (“Homem-Formiga”) e Christoph Waltz (“Django Livre”) para viverem os papéis principais de “Reagan & Gorbachev”, minissérie sobre o fim da Guerra Fria, que será dirigida por James Foley (“Cinquenta Tons Mais Escuros”). Douglas interpretará o presidente americano Ronald Reagan e Waltz viverá o soviético Mikhail Gorbachev. A produção é baseada no livro “Reagan at Reykjavik: Forty-Eight Hours That Ended the Cold War”, de Ken Adelman, que era o diretor de controle de armas de Reagan, e vai contar os bastidores da histórica cúpula Reagan-Gorbachev de 1986 na Islândia, durante o final de semana que foi o ponto de virada fundamental para encerrar a Guerra Fria. Os líderes dos EUA e da URSS se reuniram para uma cúpula de 48 horas em Reykjavik. Planejada como uma reunião curta e inconsequente para delinear futuras negociações, a reunião rapidamente se voltou para as principais questões internacionais, incluindo a Iniciativa de Defesa Estratégica e a possibilidade de eliminar todas as armas nucleares. Essas negociações estabeleceram as bases para o acordo de armas mais abrangente da História no ano seguinte. Foi um fim de semana que mudou o mundo, e a série pretende oferecer um retrato honesto do que realmente aconteceu, segundo seus criadores. O projeto está atualmente sendo oferecido ao mercado, atraindo ofertas de várias canais e plataformas de streaming.
Marlen Khutsiev (1925 – 2019)
O cineasta Marlen Khutsiev, considerado o pai da “new wave” do cinema soviético dos anos 1960, morreu em Moscou aos 93 anos, anunciou a União de Cineastas da Rússia nesta terça (18/3). “Viveu uma vida cheia de drama e alegria”, declarou a porta-voz da organização, Tatiana Nemchinskaya. Ele nasceu em Tiflis (atualmente, parte Georgia) em 1925 logo após a Revolução Bolchevique, e seu nome Marlen era um acrônimo de Marx e Lênin. Apesar desse batismo, o regime comunista não foi benevolente com sua família. Sua mãe era uma ex-aristocrata que perdeu tudo e seu pai um dirigente do partido que acabou executado em 1937, durante os expurgos stalinistas. Sua carreira floresceu após a morte de Stalin, em 1953, representando um sopro de renovação nas artes soviéticas. “Primavera na Rua Zarechnaya”, lançado em 1956, o ano em que Nikita Khrushchev denunciou o culto à personalidade de Stalin, surpreendeu pelo realismo de sua história, ao retratar a vida de uma jovem professora que chega a uma cidade de província para dar aulas noturnas a operários. A obra chamou atenção por não seguir os enredos soviéticos: a mulher bem-educada da cidade grande não se apaixonava imediatamente por um trabalhador bruto, mas charmoso. Apesar disso, foi visto por mais de 30 milhões de espectadores nos cinemas, tornando-se cultuadíssimo na União Soviética. Seu segundo filme, “Two Fyodors” (1959), focou a reconstrução das famílias no período do pós-guerra, acompanhando um soldado que volta do front e adota um órfão com quem compartilha o nome (ambos se chamam Fyodor). Mas esse relacionamento é quase destruído quando ele se casa. Apesar das críticas sutis, seus problemas com o governo só começaram em seu filme seguinte, sobre a juventude soviética dos anos 1960. A história de “I Am Twenty” contrapunha os sonhos da idade com as limitações impostas pelo comunismo, acompanhando três jovens que ansiavam pela liberdade e não expressavam o menor fervor socialista. O filme venceu o Prêmio do Júri do Festival de Veneza em 1965, mas foi condenado por Khrushchev, que só liberou sua estreia comercial dois anos depois, após ser completamente reeditado. A versão original foi reconstituída e exibida para o público russo apenas em 1988, durante a abertura da glasnost. O diretor também chamou atenção com “July Rain”, filmado em 1967 de maneira similar a nouvelle vague francesa, usando câmera na mão, ao estilo dos documentários, atores não profissionais e um enredo que parecia inexistente. A partir de 1968, o regime o designou para trabalhar na TV estatal, sob censura ainda mais rígida, acabando com sua liberdade para filmar. Por conta disso, somente voltou ao cinema em 1984 com “Epilogue”. Khutsiev lançou apenas mais um longa de ficção depois disso, “Infinitas”, premiado no Festival de Berlim de 1992. Mas os poucos filmes que lançou durante a Guerra Fria representaram uma das principais resistências culturais da juventude russa à ditadura comunista, com enredos discretos e repletos de ambiguidades, que serviram de inspiração para gerações de cineastas que se seguiram, além de fornecerem algumas das imagens mais icônicas daquele período. Ele ainda foi premiado com um Leopardo de Ouro pela carreira no Festival de Locarno em 2015 e trabalhava num novo filme, que marcaria o seu retorno.
Cinebiografia de Rudolf Nureyev ganha primeiro trailer com tensão de filme de espionagem
O Studiocannal divulgou o pôster, fotos e o primeiro trailer de “The White Crown”, cinebiografia do célebre bailarino russo, dirigida pelo ator Ralph Fiennes (“007 Contra Spectre”). A prévia é bastante tensa e combina cenas sublimes de balé com uma trama de thriller de espionagem, ao se concentrar na deserção do artista para atingir o auge de sua carreira no Ocidente. A produção tem roteiro de David Hare (“O Leitor”) e é estrelada pelo dançarino Oleg Ivenko em sua estreia no cinema. O elenco também contará com Adele Exarchopoulos (“Azul é a Cor Mais Quente”) no papel de Clara Saint, responsável por abrir os olhos do artista para nouvelle vague francesa, encantá-lo com a vida ocidental e ajudá-lo a aprimorar a sua coreografia ainda mais. Rudolf Nureyev nasceu em 1938 e rompeu as barreiras entre o balé clássico e moderno. Ele também foi um dos responsáveis por mudar a concepção do homem na dança. Sua fama se tornou ainda maior após ele se tornar o primeiro artista a desertar da União Soviética durante a Guerra Fria. Graças à defecção, ele estrelou filmes em Hollywood, como “Valentino – O Ídolo, o Homem” (1977) e “Exposed – Os Desencontros da Vida” (1983), além de comandar o Paris Opera Ballet antes de sua morte em 1993, por conta da AIDS. As filmagens foram realizadas nos cenários da vida real de Nureyev, nas cidades de São Petersburgo, na Rússia, e em Paris. Apesar de mais conhecido como ator, Fiennes dirigiu anteriormente “Coriolano” (2011) e “O Nosso Segredo” (2013), ambos indicados para muitos prêmios. “The White Crown” foi exibido nos festivais de Telluride e Londres no final do ano passado, e estreia em março no Reino Unido. Ainda não há previsão de lançamento comercial em outros países.
Vídeo de bastidores de The Americans apresenta os rumos do final da série
O canal pago americano FX divulgou um vídeo de bastidores da 6ª e última temporada de “The Americans”. A prévia traz o criador Joseph Weisberg (roteirista da série “Falling Skies”) e o produtor Joel Fields (“Rizzoli & Isles”) comentando os temas e os rumos do final da série, em particular como o desmantelamento da União Soviética afeta o casal de espiões vivido por Keri Russell e Matthew Rhys. Enquanto ele resolve se afastar do trabalho de espionagem, ela passa a contar com apoio da filha mais velha (Holly Taylor). Elogiadíssima pela crítica, a série já rendeu dois Emmys de Melhor Atriz Convidada para Margo Martindale (série “Justified”), pelo papel da encarregada de transmitir as missões para os espiões. A 6ª temporada estreia em 28 de março nos Estados Unidos.
Novo trailer de The Americans mostra reviravoltas da última temporada da série
O canal pago americano FX divulgou o pôster e um novo trailer da 6ª e última temporada de “The Americans”. A prévia tem uma mostra sangrenta dos assassinatos e reviravoltas dos episódios finais, revelando a decisão de Paige (Holly Taylor) de seguir os passos dos pais espiões e a descoberta do FBI de uma lista com nomes de agentes soviéticos nos Estados Unidos. “The Americans” acompanha dois agentes soviéticos, vividos por Keri Russell e Matthew Rhys, que se passam por uma típica família americana nos anos 1980. Nem seus filhos sabiam de seu disfarce, até a mais velha descobrir a verdade há duas temporadas. Criada por Joseph Weisberg (roteirista da série “Falling Skies”), a série é elogiadíssima pela crítica e já rendeu dois Emmys de Melhor Atriz Convidada para Margo Martindale (série “Justified”), pelo papel da encarregada de transmitir as missões para os espiões. A 6ª temporada estreia em 28 de março nos Estados Unidos.
Trailer sangrento de The Americans mostra Paige em sua primeira missão secreta
O canal pago americano FX divulgou o primeiro trailer da 6ª e última temporada de “The Americans”, que traz cenas de violência e o casal Jennings coberto de sangue, enquanto Elizabeth (Keri Russell) tenta acalmar a filha Paige (Holly Taylor), elogiando a forma como ela manteve o disfarce, em sua primeira missão secreta. “The Americans” acompanha dois agentes soviéticos, vividos por Keri Russell e Matthew Rhys, que se passam por uma típica família americana nos anos 1980. Nem seus filhos sabiam de seu disfarce, até a mais velha descobrir a verdade há duas temporadas. Criada por Joseph Weisberg (roteirista da série “Falling Skies”), a série é elogiadíssima pela crítica e já rendeu dois Emmys de Melhor Atriz Convidada para Margo Martindale (série “Justified”), pelo papel da encarregada de transmitir as missões para os espiões. A 6ª temporada estreia em 28 de março nos Estados Unidos.
The Americans: Teaser anuncia data de estreia da última temporada
O canal pago americano FX divulgou o teaser da 6ª e última temporada de “The Americans”, que revela a data de estreia dos episódios finais. “The Americans” acompanha dois agentes soviéticos, vividos por Keri Russell (“Planeta dos Macacos: O Confronto”) e Matthew Rhys (série “Brothers & Sisters”), que se passam por uma típica família americana nos anos 1980. Nem seus filhos sabiam de seu disfarce, até a mais velha (Holly Taylor) descobrir a verdade há duas temporadas. Criada por Joseph Weisberg (roteirista da série “Falling Skies”), a série é elogiadíssima pela crítica e já rendeu dois Emmys de Melhor Atriz Convidada para Margo Martindale (série “Justified”), pelo papel de encarregada de transmitir missões para os espiões. A 6ª temporada estreia em 28 de março nos Estados Unidos.
Cinema russo desafia governo e exibe comédia proibida sobre a morte de Stalin
Um cinema russo resolveu desafiar o governo do país com a exibição da comédia “The Death of Stalin” (A Morte de Stalin), proibida pelo Ministério da Cultura local. A sessão aconteceu para uma plateia lotada nesta quinta-feira (25/1) no cinema Pioneer, em Moscou. Após a sessão, o Ministério da Cultura emitiu um comunicado afirmando que qualquer um que desafiar a proibição será responsabilizado legalmente pelas ações. O filme, do diretor escocês Armando Iannucci (criador da série “Veep”), ridiculariza o comunismo e foi proibido após “intelectuais” russos enviaram uma carta ao governo dizendo que a obra desrespeitava a história da Rússia e a memória daqueles que derrotaram o nazismo. Ironicamente, Stalin foi repudiado pela União Soviética após sua morte e reconhecido como responsável pela morte de milhões, através de políticas que incluíram a coletivização forçada de fazendas, responsável por uma fome sem precedentes no país, e por uma sucessão de expurgos que resultaram em execuções e aprisionamentos em massa – cujo resultado final foram mais mortes que o Holocausto de Adolf Hitler.
5ª temporada de The Americans ganha trailers e teasers repletos de elogios
O canal pago americano FX divulgou seis teasers e trailers da 5ª temporada de “The Americans”, acompanhados por elogios rasgados da imprensa. As prévias enfatizam a evolução do relacionamento do casal de espiões vivido por Keri Russell e Matthew Rhys com sua filha, interpretada por Holly Taylor, agora que ela sabe a verdade sobre os pais. A próxima temporada será a antepenúltima da série de espionagem passada nos anos 1980, que chegará ao fim em 2018, concluindo sua história. A estreia dos novos episódios está marcada para 16 de março.
Ralph Fiennes vai dirigir cinebiografia do bailarino russo Rudolf Nureyev
O ator Ralph Fiennes (“007 Contra Spectre”) vai filmar seu terceiro longa-metragem como diretor. Segundo o site da revista Variety, ele vai comandar a cinebiografia do célebre bailarino russo Rudolf Nureyev. Intitulada “The White Crow”, a produção tem roteiro de David Hare (“O Leitor”) e será estrelada pelo dançarino Oleg Ivenko, em sua estreia no cinema. O elenco também contará com Adele Exarchopoulos (“Azul é a Cor Mais Quente”) no papel de Clara Saint, responsável por abrir os olhos do artista para nouvelle vague francesa e ajudá-lo a aprimorar a sua coreografia ainda mais. Rudolf Nureyev nasceu em 1938 e rompeu as barreiras entre o balé clássico e moderno. Ele também foi um dos responsáveis por mudar a concepção do homem na dança. Sua fama se tornou ainda maior após ele se tornar o primeiro artista a desertar da União Soviética durante a Guerra Fria. Graças à defecção, ele estrelou filmes em Hollywood, como “Valentino – O Ídolo, o Homem” (1977) e “Exposed – Os Desencontros da Vida” (1983), além de comandar o Paris Opera Ballet antes de sua morte em 1993, por conta da AIDS. As filmagens serão realizadas no segundo semestre nas cidades de São Petersburgo, na Rússia, e em Paris. A data de lançamento ainda não foi divulgada. Anteriormente, Fiennes dirigiu “Coriolano” (2011) e “O Nosso Segredo” (2013), ambos indicados para muitos prêmios.










