Trailer | Minissérie “Um Homem por Inteiro” ganha primeira prévia
Produção do criador de "Big Little Lies" traz Jeff Daniels como um magnata falido, lutando pra voltar ao topo
Jeff Daniels vai estrelar adaptação de Tom Wolfe
O ator Jeff Daniels (“The Newsroom”) vai estrelar uma nova minissérie do incansável David E. Kelley, autor de “Big Little Lies”, “The Undoing”, “Big Sky”, “Nove Desconhecidos” e “Anatomia de um Escândalo” – entre muitas outras produções. Os dois vão se juntar para uma adaptação do best-seller “Um Homem por Inteiro”, o segundo romance escrito por Tom Wolfe, originalmente publicado em 1998. A trama gira em torno de Charlie Croker (papel de Daniels), um magnata imobiliário de Atlanta que repentinamente se vê falido e cercado por pessoas que querem capitalizar em cima de sua desgraça. Ao mesmo tempo, um escândalo racial explode iniciando uma série de tumultos na cidade. A atração também conta com produção e direção de Regina King (“Watchmen”). A atriz, que dirigiu o elogiado filme “Uma Noite em Miami” (2020), comandará três dos seis episódios da minissérie, que será disponibilizada pela Netflix e ainda não tem previsão de lançamento.
“Os Eleitos” é primeira série cancelada da Disney Plus
A Disney Plus optou por não encomendar uma 2ª temporada da série baseada em “Os Eleitos” (The Right Stuff), livro de Tom Wolfe sobre a história do programa espacial americano. A produção se tornou o primeiro cancelamento de série feito pela plataforma da Disney. O drama de época produzido por Leonardo DiCaprio (“Era uma Vez em… Hollywood”) e estrelado por Patrick J. Adams (“Suits”) e Jake McDorman (“Limitless”) teve origem no canal pago National Geographic antes de ser encampado pela Disney Plus. Mas a história muito conhecida, já transformada em filme em 1983, não teria atraído o público esperado. Primeira série original roteirizada da Nat Geo para Disney Plus e segunda série dramática original da Disney Plus, lançada depois de “The Mandalorian” nos EUA, “Os Eleitos” nunca atingiu o Top 10 das medições de streaming da Nielsen. Para complicar, ainda foi comparada negativamente ao filme vencedor de quatro Oscars, recebendo apenas 55% de aprovação da crítica norte-americana – medíocre – no Rotten Tomatoes por estender demais a história contada em pouco mais de 3 horas no cinema. Como comparação, o filme “Os Eleitos” tem 93% de aprovação. Veja abaixo o trailer da produção.
Tom Wolfe (1931 – 2018)
Morreu o escritor Tom Wolfe, que misturou jornalismo e literatura para criar, nos anos 1960, o híbrido cultural que ficou conhecido como “New Journalism”. Ele faleceu na segunda (14/5), aos 88 anos em Nova York, após ser hospitalizado com uma infecção. Além de autor premiado de best-sellers, que retratou desde astronautas e hippies a magnatas de Wall Street, Wolfe também ajudou a materializar alguns filmes famosos. O cinema se interessou pela prosa do escritor ainda nos anos 1970, quando artigos que ele escreveu sobre as corridas de stock car da NASCAR foram adaptados no filme “O Importante É Vencer” (1973), dirigido por Lamont Johnson e estrelado por Jeff Bridges. Muito mais bem-sucedido foi “Os Eleitos” (1983), em que Philip Kaufman levou às telas a extensa cobertura realizada por Wolfe sobre o início do programa espacial americano e de seus primeiros astronautas. O próprio Wolfe colaborou como consultor do roteiro de Kaufman. Belíssimo, o filme conquistou quatro Oscars, três deles técnicos e outro pela trilha de Bill Conti, mas merecia muito mais, num ano em que a Academia preferiu o convencional “Laços de Ternura”. Por conta disso, a expectativa em relação à adaptação de “A Fogueira das Vaidades” (1990), com direção de Brian De Palma, o mais famoso diretor a abordar o universo narrativo de Wolfe, foi às alturas. De Palma vinha do sucesso de “Os Intocáveis” (1987) e levaria para as telas a primeira ficção de Wolfe – e maior êxito comercial do escritor. Mas a história ácida do yuppie de Wall Street, que sai na rua errada e acaba atropelando e matando um jovem negro, foi tratada de forma convencional e – apesar de trazer Tom Hanks no papel principal – apresentada com personagens totalmente antipáticos, que não engajaram o público. O filme foi queimado pela crítica e acabou fracassando nas bilheterias. Tom Wolfe nunca mais voltou ao cinema, embora o site IMDb insista que ele escreveu o besteirol de época “Os Quase Heróis” (1998), que tem apenas 8% de aprovação. Trata-se de um homônimo. Mas ele fez algo melhor e mais divertido: duas aparições memoráveis na série animada de “Os Simpsons”. Numa delas, exibida em 2000, Homer cometia a heresia de derrubar chocolate sobre o imaculado terno branco que era marca registrada do escritor. Rápido diante do desastre, Wolfe simplesmente rasgava o terno sujo para revelar outro idêntico sob a roupa. Icônico.



