Albert S. Ruddy, produtor de “O Poderoso Chefão”, morre aos 94 anos
Vencedor de dois Oscars, ele também criou as séries "Guerra, Sombra e Água Fresca" e "Chuck Norris, o Homem da Lei"
As 10 melhores séries que chegam ao streaming
A relação de séries da semana inclui duas despedidas. A aclamada “Ozark” e a comédia “Grace and Frankie” encerram suas trajetórias na Netflix. E muitos não estão preparados para o final de “Ozark”, acreditem. Em compensação, não faltam estreias, com o lançamento dos primeiros episódios de várias produções. A lista desta semana favorece especialmente os fãs de terror, fantasia e tramas tensas, incluindo até uma história sangrenta para rir. Mas também há opções dramáticas entre as 10 principais séries que chegam ao streaming. Confira a seleção e os trailers. OZARK | NETFLIX A aclamada série criminal chega ao fim de forma surpreendente, mas também inevitável, para entrar na história da (smart) TV como uma das melhores produções já feitas para o streaming. Consistente do começo ao fim, “Ozark” leva a tese do efeito dominó apresentada em seu começo ao limite, concluindo a história em seus últimos sete episódios do único jeito que poderia acabar, porém sem perder de vista o fator da imprevisibilidade humana. Um show de equilíbrio narrativo. Criada por Bill Dubuque (roteirista de “O Contador”) e Mark Williams (diretor de “Um Homem de Família”), a atração conta a trajetória da família formada pelo contador Marty (Jason Bateman, de “Arrested Development”), sua mulher (Laura Linney, de “Sully: O Herói do Rio Hudson”) e seus filhos, que se mudam para a região remota do título, no interior dos Estados Unidos, após Marty se endividar com um cartel do narcotráfico mexicano. Lá, eles constroem seu próprio império criminal. E sofrem as consequências de todos seus atos. A série já venceu três Emmys, incluindo dois para Julia Garner pelo papel da trapaceira Ruth Langmore, ex-aprendiz local de Marty, que tem papel importante no desfecho violento. O outro Emmy foi para o astro Jason Bateman, mas por seu trabalho como diretor na série. Por sinal, ele assina o capítulo final. ILUMINADAS | APPLE TV+ A minissérie de suspense estrelada por Elisabeth Moss (“O Homem Invisível”) e pelo brasileiro Wagner Moura (“Narcos”) gira em torno de um serial killer capaz de viajar no tempo para assassinar “garotas brilhantes”, mulheres com potencial de grandeza, certo de sua impunidade. Voltando no tempo após cada assassinato, seus crimes são perfeitos e impossíveis de serem rastreados. Ou pelo menos é o que ele pensa, já que cada morte altera a linha temporal e uma das vítimas potenciais percebe a mudança. Moss é um dos alvos do assassino nos anos 1990, a primeira mulher que sobrevive a seu ataque e passa a reparar mudanças significativas e súbitas em seu cotidiano. E Moura interpreta um jornalista desacreditado, que decide investigar o caso, sem saber para onde o mistério o conduzirá. Baseado no livro homônimo de Lauren Beukes, a adaptação foi desenvolvida por Silka Luisa (produtora-roteirista de “Strange Angel”) e também destaca no elenco Amy Brenneman (“The Leftovers”), Phillipa Soo (“Dopesick”) e Jamie Bell (“Quarteto Fantástico”) como o serial killer. O BEBÊ | HBO MAX A divertida série de terrir é centrada em um bebê assassino, que cai literalmente do céu para transformar a inglesa Natasha (Michelle de Swarte, de “A Duquesa”) em sua mãe. E rapidamente o recém-nascido deixa claro quem manda na família, ao deixar um rastro de mortes por onde passa. Ousada e insana, “O Bebê” foi criada pelas produtoras britânicas Lucy Gaymer (de “Gangs of London”) e Sian Robins-Grace (de “Sex Education”), e também inclui em seu elenco Amira Ghazalla (“Sense8”), Amber Grappy (“Wrecked”) e Tanya Reynolds (outra de “Sex Education”). DESALMA | GLOBOPLAY Depois de surpreender em 2020, com uma trama cheia de mistérios e um clima de terror de arrepiar os fãs mais exigentes do gênero, a série brasileira volta a se aventurar palas florestas geladas do Sul do país, com uma fotografia que valoriza cenários sombrios e assustadores, para contar a história de imigrantes ucranianos assombrados por fenômenos sobrenaturais. Desde o início, a história tem como ponto central a morte de uma jovem que aconteceu há 30 anos, durante uma noite da celebração da Ivana Kupala, uma tradicional festa pagã eslava. O assassinato deixou a bruxa Haia (Cassia Kis), a mãe da vítima, planejando vingança, mas também reforçou a conexão entre as famílias envolvidas. Mas agora os segredos dessas famílias começam a ser revelados. E claro que novos mistérios e novos personagens entram na trama, como o bruxo centenário Traian Troader, interpretado por Fábio Assunção. A 2ª temporada também conta com a volta da jovem assassinada, que retorna no corpo de outra mulher (Camila Botelho) para reencontrar a mãe num momento crucial. Os roteiros são de Ana Paula Maia (“Deserto”) e a direção está a cargo de Carlos Manga Jr. (“Se Eu Fechar Os Olhos Agora”). UNDONE | AMAZON PRIME VIDEO A impressionante animação adulta equilibra sci-fi, drama e comédia para contar os segredos da família de Alma (interpretada por Rosa Salazar, de “Alita: Anjo de Combate”), jovem rebelde que, ao sofrer um acidente de carro, descobre um estranho poder relacionado ao tempo. Ela passa a ver seu pai falecido (Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”), que tenta lhe explicar suas habilidades e como viajar no tempo para impedir ou descobrir a verdade sobre a morte dele. Entretanto, as visões, que mostram diferentes etapas temporais simultâneas à sua frente, só fazem ela questionar sua própria sanidade mental. Na 2ª temporada, Alma descobre que a habilidade é genética e que sua irmã Becca (Angelique Cabral, de “Life in Pieces”) também tem a mesma capacidade, mas vive em negação de seus poderes. Intuindo que sua mãe (Constance Marie, de “With Love”) corre risco, ela convence a irmã a formar uma aliança para viajar no tempo e resolver de vez todos os problemas familiares – e talvez até mundiais, ao menos em suas pretensões. A série foi criada por Raphael Bob-Waksberg e Kate Purdy, responsáveis pela sátira animada “BoJack Horseman” na Netflix, e tem seus episódios dirigidos por Hisko Hulsing, artista responsável pelas animações do documentário “Kurt Cobain: Montage of Heck” (2015). O SUBMARINO | NETFLIX A nova série turca da Netflix é um spin-off da belga “Noite Adentro”. Ambas foram criadas por Jason George, uma espécie de coringa da plataforma, que ajudou a produzir a primeira série em árabe da empresa, “Jinn”, bem como as japonesas “O Diretor Nu” e “Alice in Borderland”, as turcas “O Segredo do Templo” e “O Último Guardião”, a mexicana “Ingobernable” e até a brasileira “Sintonia”. A trama apocalíptica de “Submarino” acontece simultaneamente à 2ª temporada de “Noite Adentro”. Enquanto a atração belga acompanhava passageiros de um avião em fuga da luz do sol, após ela se tornar radioativa e mortal, a turca segue a tripulação de um submarino. Há vários elementos em comum nas duas histórias – em particular, os clichês de militares versus civis, extrapolados do clássico “Dia dos Mortos” (1985) – e situações que conectam as duas narrativas. Ao final, os sobreviventes das duas séries tem a mesma ideia de onde encontrar fonte de alimentação, já que a radiação também tornou a comida da superfície imprestável. E tanto a 2ª temporada de “Noite Adentro” quanto “Submarino” acabam no mesmo ponto. Um cliffhanger. Diante disto, a torcida é grande para a Netflix terminar esta história com pelo menos uma renovação. THE OFFER | PARAMOUNT+ A série que conta os bastidores de “O Poderoso Chefão” tem muitos momentos interessantes. Sempre festejada como um marco do cinema, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos e um consenso da crítica, a produção vencedora de três Oscars passou, de fato, por um desenvolvimento turbulento, com bastidores perigosamente conturbados, especialmente em sua relação com a máfia real. Mas o que daria um bom longa-metragem de cinema se perde um pouco no formato de minissérie, com excesso de tramas paralelas sobre o showbusiness de 1970, que acabam deixando de lado o ponto central, a história do filme que “quase não foi feito”. A trama é baseada nas experiências de Al Ruddy, o produtor do clássico de 1972, que foram transformadas em série por Michael Tolkin (roteirista do cult “O Jogador” e da recente minissérie premiada “Escape from Dannemora”), em parceria com Leslie Greif (criador de “Chuck Norris: O Homem da Lei”). A equipe criativa ainda soma a direção de Dexter Fletcher, que assinou “Rocketman” (2019) e finalizou “Bohemian Rhapsody” (2018). Já o elenco grandioso destaca Miles Teller (“Whiplash”) no papel de Al Ruddy, Juno Temple (“Ted Lasso”) como sua secretária Bettye McCart, Colin Hanks (“Fargo”) como o executivo Barry Lapidus, Matthew Goode (“Watchmen”) como o lendário produtor Robert Evans, Giovanni Ribisi (“Sneaky Pete”) como o mafioso real Joe Colombo, Justin Chambers (“Grey’s Anatomy”) na pele do astro Marlon Brando e Dan Fogler (“Animais Fantásticos e Onde Habitam”) vivendo o cineasta Francis Ford Coppola, entre muitos outros atores. LEONARDO DA VINCI | GLOBOPLAY Coprodução internacional rodada na Itália, a minissérie conta, com muitas liberdades artísticas, a vida de Leonardo Da Vinci. Sem os exageros da aventura épica – e fantasiosa – “Da Vinci’s Demons” (2013–2015), a trama explora a extraordinária vida do artista florentino por meio das obras que o tornaram famoso, focando as histórias por trás dessas obras para revelar o tormento interior de um homem obcecado em alcançar a perfeição. Criada por Frank Spotnitz, responsável por “O Homem do Castelo Alto”, em parceria com Steve Thompson, criador de “Vienna Blood”, a atração traz o irlandês Aidan Turner (da trilogia “O Hobbit”) no papel principal e um elenco repleto de estrelas europeias, como os ingleses Freddie Highmore (“The Good Doctor”) e James D’Arcy (“Agent Carter”), a italiana Matilda De Angelis (“The Undoing”) e o espanhol Carlos Cuevas (“Nosso Verão”). AS 7 VIDAS DE LEA | NETFLIX Combinação viciante de fantasia juvenil e suspense criminal, a série francesa acompanha a Lea do título, uma adolescente de 17 anos, que numa noitada descobre sem querer a ossada de um antigo cadáver. A partir daí, ela se vê transportada para uma sequência de viagens no tempo. Sempre que vai dormir, desperta nos anos 1990, cada vez num corpo diferente, aparentemente para resolver o mistério da morte daquele esqueleto. O detalhe é que o defunto tinha sua idade quando morreu e fazia parte de uma banda de rock que incluía sua própria mãe. Não só isso. Numa das primeiras trocas de corpo, Lea acorda justamente como sua progenitora, no começo do namoro com seu pai. Fazendo de tudo para evitar situações que a traumatizariam para sempre, ela passa a investigar o que aconteceu na era grunge que levou à morte do antigo amigo de seus pais, do qual eles nunca falam. Ao mesmo tempo, ainda descobre que seus pais supostamente caretas foram muito mais rebeldes que ela. Criada pela roteirista Charlotte Sanson (“Como Virei Super-Herói”), a série marca a estreia de Raïka Hazanavicius como atriz. A intérprete de Lea é sobrinha de ninguém menos que o cineasta Michel Hazanavicius, vencedor do Oscar por “O Artista” (2011). GRACE AND FRANKIE | NETFLIX A série original mais longa do catálogo da Netflix (com 94 episódios) chega o fim nesta sexta (29/4), com o lançamento dos 12 capítulos remanescentes de sua 7ª temporada – após uma pequena leva de capítulos ficarem disponíveis em agosto do ano passado, para compensar a interrupção dos trabalhos pela pandemia. Criada por Marta Kauffman (“Friends”) e Howard J. Morris (“Home Improvement”), Grace e Frankie são Jane Fonda e Lily Tomlin (ambas de “Como Eliminar seu Chefe”), duas mulheres que nunca se deram bem, mas que acabam tendo que conviver quando seus maridos se apaixonam entre si e se divorciam delas. Após se descobrirem na mesma situação, tornam-se cada vez mais próximas, forjando uma amizade de sete temporadas, desde 2015. O elenco inclui Martin Sheen (série “Anger Management”) como o ex-marido de Fonda, Sam Waterston (série “The Newsroom”) como o ex-marido de Tomlin, além de Brooklyn Decker (série “Friends with Better Lives”), Ethan Embry (série “Once Upon a Time”), June Diane Raphael (“Não Vai Dar”), Baron Vaughn (“Corporate”) e Peter Gallagher (série “Covert Affairs”).
Armie Hammer se interna em clínica de reabilitação
O ator Armie Hammer (“Me Chame Pelo Seu Nome”) se internou em uma clínica de reabilitação localizada na Flórida, apurou a revista Vanity Fair. Um amigo próximo do ator declarou à publicação que a iniciativa era “um sinal claro de que ele está retomando o controle de sua vida e sabe que este é um passo em direção ao seu bem-estar geral”. Hammer teria se internado assim que deixou as Ilhas Cayman, onde estava isolado desde março, dois meses após virem à tona mensagens privadas em que se confessava canibal, e na esteira de um processo de uma ex-namorada por estupro e violência sexual, com elementos de tortura. “Ele nunca comeu carne humana, nunca bebeu sangue, nunca cortou um dedo do pé, nunca trancou ninguém em uma gaiola ou o que quer que esteja nessas mensagens malucas. Essas mensagens definitivamente não devem ser interpretadas literalmente, mesmo que ele as tenha enviado”, disse outra fonte amiga, sob anonimato, à revista Variety. Mas em meio a este escândalo, outras mulheres reiteraram diálogos com o ator de 34 anos sobre fetiches envolvendo canibalismo, abuso e estupro. Em entrevista ao Page Six, Courtney Vucekovich, que ficou com o ator por alguns meses do ano passado, disse que conviver com Hammer era como namorar Hannibal Lecter — o famoso personagem canibal de “O Silêncio dos Inocentes” e da série “Hannibal”. Desde o escândalo, a carreira de Armie Hammer implodiu. Ele foi afastado de várias produções, como os filmes “Shotgun Wedding” e “Billion Dollar Spy”, e a série “The Offer”, sobre os bastidores de “O Poderoso Chefão”. Sua agência também o dispensou. Em sua única manifestação durante as acusações, o ator só se manifestou uma única vez, logo que saiu de “Shotgun Wedding”, para qualificar as denúncias como “alegações de m*rda”.
Armie Hammer perde terceiro projeto após denúncias de violência sexual
O ator Armie Hammer (“Me Chame pelo seu Nome”) perdeu mais um projeto após mensagens privadas de violência sexual virem à tona. As acusações escalaram para uma denúncia de estupro há duas semanas. Hammer deveria estrelar “Billion Dollar Spy” ao lado do dinamarquês Mads Mikkelsen (“Druk – Mais uma Rodada”), mas não faz mais parte do elenco. A diretora Amma Asante e a produtora Walden Media não comentaram a mudança, que foi noticiada pela revista Variety. Antes de perder este papel, Hammer também alegou ter pedido afastamento do elenco de “Shotgun Wedding”, em que ele contracenaria com Jennifer Lopez, e foi dispensado da série “The Offer”, produção da Paramount Plus sobre os bastidores do filme “O Poderoso Chefão”. Ele também foi dispensado por sua agência de talentos e não tem nenhum projeto profissional agendado, mas completou dois filmes da ex-Fox/Disney antes do escândalo. São eles a superprodução “Morte no Nilo”, continuação do suspense “Assassinato no Expresso do Oriente”, que reúne o ator-diretor Kenneth Brannagh com um grande elenco, e a comédia “Next Goal Wins”, dirigida por Taika Waititi (“Jojo Rabbit”). A Disney já anunciou o adiamento da estreia de “Morte no Nilo” para o ano que vem.
Armie Hammer é acusado de estupro e agressão
Não foram apenas acusações de comportamento abusivo e conversas sadomasoquistas nas redes sociais. Armie Hammer está sendo acusado de estupro por uma mulher identificada como Effie, que seria a dona da conta House of Effie no Instagram, responsável pela exposição de mensagens violentas que supostamente seriam do ator. Quando expôs as mensagens, a dona do perfil alegou que viveu um relacionamento abusivo com Hammer enquanto ele era casado com Elizabeth Chambers. Além de prints de mensagens, ela também publicou fotos de machucados supostamente causados pelo ator de “Me Chame pelo Seu Nome”. A situação se tornou mais séria nesta quinta (18/3), quando a famosa advogada americana Gloria Allred anunciou ter entrado com uma queixa-crime contra Armie Hammer em nome de Effie. O Departamento de Polícia de Los Angeles confirmou ao site The Hollywood Reporter que o ator já está sendo investigado por uma denúncia de agressão sexual desde 3 de fevereiro. Allred e Effie deram uma entrevista coletiva para a imprensa americana, onde detalharam a acusação. “Em 24 de abril de 2017, Armie Hammer me estuprou violentamente por mais de quatro horas em Los Angeles”, disse Effie, que não revelou seu nome completo, mas foi descrita por Allred como uma “mulher de 24 anos que mora na Europa”. Durante o período do alegado estupro, Effie disse que Hammer bateu repetidamente sua cabeça contra a parede, resultando em hematomas em seu rosto, e “cometeu outros atos de violência contra mim, com os quais não concordei”. Ela descreveu que ele chicoteou seus pés. “Durante essas quatro horas, tentei fugir, mas ele não deixou. Achei que ele fosse me matar. Aí [ele] foi embora sem se preocupar com o meu bem-estar”, disse Effie. A mulher diz que conheceu Hammer no Facebook em 2016, quando tinha 20 anos, e entrou em um relacionamento intermitente com ele entre 2016 e 2020. “Ele abusou de mim mentalmente, emocionalmente e sexualmente”, disse Effie sobre o relacionamento. Ela afirma que teve pensamentos suicidas depois do alegado estupro, mas também tentou se convencer de que estava tudo bem: “Eu tentei tanto justificar suas ações, até o ponto de responder a ele de uma forma que não refletisse meus verdadeiros sentimentos”. E concluiu: “Ao falar sobre isso hoje, espero evitar que outras pessoas sejam vítimas dele no futuro”. “Mesmo que um parceiro sexual concorde com as atividades sexuais, ela tem o direito de, a qualquer momento, retirar seu consentimento”, acrescentou Allred na entrevista coletiva. Hammer nega as afirmações. Depois da coletiva, o advogado do ator, Andrew Brettler, emitiu um comunicado em que afirma que a “correspondência da própria Effie com o Sr. Hammer mina e refuta suas acusações ultrajantes. Recentemente, em 18 de julho de 2020, [Effie] enviou textos gráficos para o Sr. Hammer dizendo a ele o que ela queria que ele fizesse com ela. O Sr. Hammer respondeu deixando claro que não queria manter esse tipo de relacionamento com ela. ” Em resposta, Allred informou por comunicado que Effie forneceu evidências do alegado abuso sexual de Hammer para a polícia, observando que existem fotos de seus “ferimentos visíveis”. E desafiou a defesa de Hammer a “apresentar todas, não algumas, das suas comunicações com Effie ao Departamento de Polícia de Los Angeles e responder a todas as perguntas diretamente, em vez de por meio de seus advogados”. A campanha da conta House of Effie contra Hammer começou no início de janeiro, quando vários comentários e conversas perturbadores atribuídos ao ator surgiram nas redes sociais, descrevendo desejos canibais e predileção por violência sexual. As revelações foram repercutidas por comentários de ex-namoradas do ator, que confirmaram suas tendências sadomasoquistas. Paige Lorenze chegou a acusar o ator de forçá-la a um relacionamento sexual agressivo que a deixou com hematomas e mutilações. O advogado de Hammer rebate as acusações, afirmando que “essas afirmações sobre o Sr. Hammer são patentemente falsas. Todas as interações com essa pessoa, ou qualquer parceiro seu, foram completamente consensuais, pois foram totalmente discutidas, acordadas antecipadamente e mutuamente participativas. ” Os estúdios de Hollywood já se afastaram do ator, que saiu do filme “Shotgun Wedding”, com Jennifer Lopez, e foi cortado da série “The Offer”, sobre os bastidores das filmagens de “O Poderoso Chefão”, que estava em desenvolvimento na Paramont+. Ele também foi dispensado por sua agência de talentos e não tem nenhum projeto profissional agendado, mas completou dois filmes da ex-Fox/Disney antes do escândalo. São eles a superprodução “Morte no Nilo”, continuação do suspense “Assassinato no Expresso do Oriente”, que reúne o ator-diretor Kenneth Brannagh com um grande elenco, e a comédia “Next Goal Wins”, dirigida por Taika Waititi (“Jojo Rabbit”). A Disney ainda não revelou o que vai fazer com os dois lançamentos após a denúncia.
Armie Hammer é dispensado por sua agência
O ator Armie Hammer foi dispensado por sua agência, WME, que representava seus negócios artísticos, cuidando de seus contratos e negociações para novos papéis. Ele vive um pesadelo de relações públicas após supostas mensagens privadas virem à tona, em que o astro de “Me Chame pelo Seu Nome” se confessa canibal e com desejos típicos de um serial killer. As mensagens foram publicadas por uma conta de Instagram administrada por uma mulher não identificada, que afirma ter vivido um caso com o ator. Desde então, várias outras mulheres disseram ter recebido mensagens ou ter ouvido conversas semelhantes de Hammer, que nega as acusações. Por conta do escândalo, ele perdeu dois papéis recentes. Hammer teria tomado a iniciativa e se afastado da comédia “Shotgun Wedding”, que estrelaria ao lado de Jennifer Lopez, e sido demitido da minissérie “The Offer”, sobre os bastidores da produção de “O Poderoso Chefão” (1972), na qual desempenharia o papel principal, como o produtor Al Ruddy. A única referência pública que ele fez sobre a polêmica foi um comunicado à época de seu distanciamento de “Shotgun Wedding”, em que afirmou: “Não estou respondendo a essas alegações de m*rda, mas à luz dos ataques online viciosos e espúrios contra mim, não posso, em sã consciência, deixar meus filhos por quatro meses para fazer um filme na República Dominicana. A Lionsgate está me apoiando nisso e sou grato a eles por isso”.
Paramount+ será ampliada com conteúdo da CBS All Access e Showtime no Brasil
A ViacomCBS revelou seus planos para o lançamento internacional da plataforma de streaming CBS All Access. Para começar o serviço será rebatizado de Paramount+ a partir de 2021, buscando se projetar com uma marca estabelecida há 100 anos. O detalhe é que a Paramount+ já existe no Brasil, onde oferece streaming de séries como “Yellowstone”, “The Handmaid’s Tale” e “For Life”, disponíveis no canal pago Paramount. Além do Brasil, uma plataforma com este nome também está em operação em outros países da América Latina e da Escandinávia. A ViacomCBS pretende reformular esses serviços existentes incorporando mais atrações, incluindo as séries da CBS All Access, como “Star Trek: Discovery” e “The Good Fight”, a livraria de filmes da Paramount e o portfolio dos canais da ViacomCBS, como BET, Comedy Central, MTV e Nickelodeon. Mas tem mais. A versão internacional da plataforma ainda terá um bônus em relação à oferta americana. Vai trazer as atrações do canal pago Showtime, como “Shameless”, “Billions” e a vindoura “The Good Lord Bird” – que, nos EUA, continuarão independentes da Paramount+. “Paramount é uma marca icônica e célebre, amada por consumidores em todo o mundo e é sinônimo de qualidade, integridade e narrativa de classe mundial”, disse o CEO da ViacomCBS, Bob Bakish, em um comunicado. “Com a Paramount+, estamos empolgados em estabelecer uma marca global de streaming no segmento de assinatura que se baseará na amplitude e profundidade do portfólio da ViacomCBS para oferecer uma coleção extraordinária de conteúdo para todos os gostos.” A evolução da CBS All Access, lançada em 2014, para a Paramount+ em 2021 será acompanhada por um aumento sensível de conteúdo, chegando a mais de 30 mil títulos, entre séries e filmes. Além disso, novas atrações já estão em produção para a estreia da nova fase. A lista de atrações recém-encomendadas para a plataforma incluem uma versão “true crime” de “Criminal Minds”, batizada de “The Real Criminal Minds”, com episódios documentais sobre casos que inspiraram a série da CBS, uma reinvenção do programa “Behind the Music”, da MTV, que mostrará os 40 maiores artistas dos últimos 40 anos, um revival da sitcom “The Game”, de Mara Brock Akil, que durou nove temporadas na rede CW e no canal BET, uma série de espionagem de Taylor Sheridan (criador de “Yellowstone”), chamada “Lioness”, sobre um jovem fuzileiro naval recrutado para fazer amizade com a filha de um terrorista a fim de derrubar sua organização, e uma minissérie baseada em “O Poderoso Chefão”, “The Offer”, desenvolvida pelo produtor-roteirista Michael Tolkin (“Escape at Dannemora”), que dramatizará a experiência de Al Ruddy na produção do famoso e premiado filme de Francis Ford Coppola. Esses projetos se juntam à série infantil “Kamp Koral”, anteriormente anunciada, que será ambientada no mundo do Bob Esponja, um dos personagens mais populares da Nickelodeon. “Com o lançamento global da Paramount+, estamos prontos para nos tornarmos uma empresa tão poderosa em streaming quanto somos na TV”, disse David Lynn, presidente e CEO da ViacomCBS Networks International (VCNI). “Aproveitando a marca icônica da Paramount, a infraestrutura de ponta da ViacomCBS junto com um produção incrível e superdimensionada de conteúdo imperdível, a Paramount+ oferecerá ao consumidor uma experiência excepcional de entretenimento que vai agitar significativamente a indústria de streaming.”





