Warner teria desistido da fusão total entre Discovery+ e HBO Max
A Warner Bros Discovery abandonou os planos originais de transformar os serviços de streaming HBO Max e Discovery+ em um só. Em vez disso, a empresa continuará oferecendo a Discovery+ como um produto separado, mesmo depois de lançar um serviço mais abrangente, contendo os catálogos da HBO Max e da Discovery+. A apuração é do Wall Street Journal, que disse que a decisão foi motivada pela ideia de que os assinantes da Discovery+ poderiam se recusar a pagar um preço mais alto por um serviço combinado com a HBO Max. Nos EUA, a HBO Max custa US$ 16 por mês (e US$ 10 no plano com anúncios), enquanto a Discovery+ custa US$ 7 e US$ 5. Nos últimos meses, os executivos da WBD falaram frequentemente sobre combinar os dois serviços em uma única oferta. Agora, o plano mudou. A empresa vai manter o Discovery+ disponível para agradar a clientela acostumada a pagar o valor mais baixo pela assinatura. Ainda assim, a Warner Bros Discovery segue adiante com seu plano de combinar os dois catálogos em um novo serviço, que deve ser lançado no segundo trimestre do ano. Ou seja, a HBO Max deve sumir, para se transformar nesse serviço combinado, mas a Discovery+ vai continuar operando sozinha – além de ter o seu catálogo presente na nova plataforma. Embora não tenha sido confirmado, boatos apontam que o novo serviço deve se chamar apenas Max, numa proposta para refletir o catálogo mais amplo da plataforma de streaming e se afastar da emissora paga que a originou. Ao mesmo tempo em que a WBD também planeja investir no mercado de streaming gratuito e com anúncios. A empresa recentemente fechou um acordo com a Roku e a Tubi para licenciar várias séries da Warner Bros Television e da HBO, e planeja lançar canais FAST (Free Ad-supported Streaming – streaming gratuito com anúncios) ainda neste ano. A WarnerMedia, que lançou o HBO Max em 2020, fechou sua fusão com o Discovery em abril do ano passado pelo valor de US$ 43 bilhões. Agora, o conglomerado precisa administrar o declínio do negócio de TV linear e a incerteza em torno dos modelos de streaming. Desde a conclusão da fusão, a empresa não detalhou o número de assinantes do Discovery+, lançado no início de 2021. Em vez disso, ela os transformou em um número geral de assinantes, que inclui também os assinantes da HBO. Com isso, foi divulgado, em 30 de setembro do ano passado, que o WBD tinha um total de 94,9 milhões de assinantes. A empresa estabeleceu uma meta de chegar a 130 milhões até 2025.
Após enquete com seguidores, Elon Musk anuncia que deixará cargo de CEO do Twitter
O bilionário Elon Musk, dono do Twitter, anunciou na noite de terça (20/12) que deixará o cargo de CEO da rede social assim que encontrar alguém para substituí-lo. “Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo! Depois disso, apenas executarei as equipes de software e servidores”, escreveu Musk no próprio Twitter. O anúncio foi feito após Musk publicar uma enquete questionando ao seguidores se ele devia deixar a chefia do Twitter. Foram computados mais de 17 milhões de votos, e 57,5% responderam “sim” à pergunta. No mês passado, Musk disse a um tribunal de Delaware que reduziria seu tempo no Twitter e eventualmente encontraria um novo líder para administrar a empresa de mídia social. A pesquisa ocorreu após Musk suspender perfis de jornalistas que o criticavam e proibir a promoção de outras empresas de mídia social e conteúdos que contenham links para concorrentes no Twitter. As duas decisões causaram muitas reclamações, e para completar o Twitter ainda corre o risco de receber sanções na Europa por atentar contra a liberdade de imprensa. A vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, classificou as decisões do magnata como “preocupantes”, e lembrou em um tuite que há “linhas vermelhas” que não podem ser ultrapassadas. Foi além: ameaçou Musk “com sanções, em breve”. Sanções na União Europeia podem gerar enorme prejuízo para Musk e se estender a outros negócios do magnata, que negocia acordos comerciais com diversos países para seu programa espacial Space X. I will resign as CEO as soon as I find someone foolish enough to take the job! After that, I will just run the software & servers teams. — Elon Musk (@elonmusk) December 21, 2022
Elon Musk censura jornalistas e Twitter pode sofrer sanções
Elon Musk deixou mais claro seu plano para devolver a “liberdade de expressão” ao Twitter ao suspender nas últimas horas as contas de jornalistas renomados que o criticaram. A lista inclui jornalistas do New York Times, Washington Post e da rede CNN. O fator que motivou a suspensão destas contas não foi imediatamente divulgado, mas todos os repórteres suspensos escreveram nos últimos meses sobre o dono do Twitter e as mudanças negativas vistas na plataforma desde que ele a comprou. Diante da repercussão, Musk posteriormente justificou as suspensões citando novas regras de doxxing (revelação de dados) do Twitter. Ele alegou que os jornalistas compartilharam um bot que apontava o paradeiro de seu avião. Na quinta-feira (15/12), o Twitter suspendeu a conta que rastreava o jato particular de Musk em tempo real, um mês depois que o bilionário disse que seu compromisso com a liberdade de expressão se estendia a não banir essa conta. As novas punições acontecem logo após o Twitter suspender, no domingo passado (18/12), a conta de um usuário que divulgou um vídeo com vaias à Musk durante sua aparição surpresa num show de comédia. Por outro lado, Musk tem usado o discurso da defesa intransigente da liberdade de expressão para restaurar contas de extremistas que foram excluídas por ameaças à ordem pública e incitação ao ódio, como o ex-presidente dos EUA Donald Trump e o cantor Kanye West, que comemorou sua segunda chance postando uma suástica nazista no Twitter. O bilionário também proibiu que posts com desinformações fossem marcados, incluindo os que possam causar mal às pessoas, como os que divulgam mentiras sobre a covid-19. Essa linha que sugere comportamento fascista foi condenada pela maior parte da imprensa dos EUA nesta sexta (16/12), com a CNN ameaçando boicotar a rede social. Mas as críticas não partiram apenas de jornalistas. A vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, classificou as decisões do magnata como “preocupantes”, e lembrou em um tuite que há “linhas vermelhas” que não podem ser ultrapassadas. Foi além: ameaçou Musk “com sanções, em breve”. Ela foi ecoada pelo ministério das Relações Exteriores da Alemanha, que tuitou: “A liberdade de imprensa não deve ser ligada e desligada à vontade. É por isso que temos um problema com o Twitter”. O ministro francês da Transição Digital, Jean-Noël Barrot, acrescentou que estava “angustiado com a guinada a que Elon Musk está precipitando o Twitter”. “A liberdade de imprensa está na mesma base da democracia, é um ataque contra o outro”, defendeu. Sanções na União Europeia podem gerar enorme prejuízo para Musk e se estender a outros negócios do magnata, que negocia acordos comerciais com diversos países para seu programa espacial Space X.
Defensor da “liberdade de expressão”, Elon Musk censura críticos no Twitter
O bilionário Elon Musk não reagiu bem às vaias que recebeu durante uma aparição no show de stand-up do comediante Dave Chappelle, que aconteceu em São Francisco, EUA, no domingo (11/12). A usuária CleoPat4893885, que postou o vídeo da reação do público, teve sua conta de Twitter suspensa ou removida nesta segunda (12/12). “Este tuite é de uma conta que não existe mais”, informa a plataforma. A censura causou uma reação instantânea. “Elon Musk está excluindo contas que postam este vídeo dele sendo vaiado por 10 minutos ontem à noite em um show de Dave Chapelle. Ele não pode deletar todos nós. Retuite enquanto ainda pode”, disse um usuário, em resposta à repressão na plataforma. Não é a primeira vez que o defensor da “liberdade de expressão” é acusado de censurar críticas no Twitter, mostrando-se mais tolerante com fake news que com registros de fatos, especialmente se estes fatos não o mostram de forma positiva. O vídeo censurado mostra que Chappelle introduziu o CEO do Twitter no fim de sua apresentação de domingo como um convidado especial e o público não gostou nem um pouco da surpresa, vaiando Musk sem dó. “Você não estava esperando por isso, estava?”, o bilionário perguntou ao humorista. Em resposta, Chappelle brincou: “Parece que algumas das pessoas que você demitiu estão na plateia”. A piada foi uma referência às massivas demissões que aconteceram depois que Musk comprou Twitter. O comediante ainda criticou as vaias, dizendo que “há maneiras melhores de expressar seus protestos contra o homem”. E, no fim, pediu a Musk que gritasse a frase de encerramento do seu show, ao que Musk respondeu: “Sou rico, vadia”, recebendo mais vaias. Depois disso, Musk começou o dia atacando o politicamente correto, que nos EUA é chamado de “woke”, por identificar as vaias como críticas à sua defesa intransigente do politicamente incorreto. “O vírus da mente woke será derrotado ou nada mais importa”, ele tuitou, em tom de raiva. Na mesma medida em que restabeleceu contas de extrema direita que violaram as regras do Twitter no passado, estimulando um aumento sensível de conteúdo neonazista na plataforma, uma reportagem do site americano The Intercept revelou que Musk suspendeu várias contas notáveis de esquerda. Entre seus alvos, estão pesquisadores e organizadores antifascistas que se concentravam em documentar e denunciar atividades de extremistas violentos. Segundo o Intercept, Musk teria convidado o escritor de extrema-direita Andy Ngo, com quem frequentemente interage no Twitter, “para denunciar ‘contas Antifa’ [antifascistas] que deveriam ser suspensas”. Mas também há outros exemplos intrigantes de suspensão de contas – algumas, inclusive, são misteriosamente restabelecidas mais tarde – sem nenhuma razão que possa ser explicada pelos termos de serviço do Twitter. Na semana passada, duas dessas contas tinham em comum o mesmo “problema” da vítima desta segunda: zombaram de Musk.
Elton John abandona Twitter: “Desinformação sem controle”
O cantor Elton John anunciou que abandonou o Twitter após a compra da rede social pelo bilionário Elon Musk, que estimulou o crescimento da desinformação e de discursos de ódio disfarçados de “liberdade de expressão”. “Durante toda a minha vida eu tentei usar a música para aproximar as pessoas. No entanto, me entristece ver como a desinformação está sendo usada para dividir nosso mundo”, tuitou John nessa sexta-feira (9/12). “Decidi não usar mais o Twitter, devido à recente mudança na política que permitirá que a desinformação floresça sem controle”, completou ele. John não deu mais detalhes sobre quais mudanças de política o levaram a essa decisão. Mas não faltam opções. Em uma atualização de novembro, por exemplo, o Twitter anunciou que a plataforma não aplicaria mais sua política contra informações enganosas a respeito da covid-19. Da mesma maneira, relatórios recentes apontam um crescimento exponencial nos discursos de ódio dentro da plataforma, incluindo alusões nazistas. Depois de ver o tuite do artista anunciando sua saída, Musk tentou interagir: “Eu amo sua música. Espero que você volte. Existe alguma desinformação em particular que o preocupa?”. O cantor não respondeu, cumprindo a promessa de largar a plataforma. Elton John criou sua conta no Twitter em 2010 e tinha mais de 1 milhão de seguidores. Agora, ele se junta à crescente lista de celebridades que disseram ter largado o Twitter, incluindo a cantora Sara Bareilles, e os produtores televisivos Ken Olin (“This Is Us”), Brian Koppelman (“Billions”) e Shonda Rhimes (“Grey’s Anatomy”). Enquanto alguns usuários apagaram completamente seus perfis na rede social, outras estrelas parecem simplesmente ter parado de tuitar e de usar suas contas. O estrategista digital e podcaster Wynter Mitchell Rohrbaugh disse, no mês passado ao site The Hollywood Reporter, que está recomendando aos clientes que mantenham suas contas e apenas não as usem. “Você pode dizer que vai desativar ou não postar mais depois de uma data específica, mas não recomendo excluir totalmente [o perfil] porque você nunca terá esse público de volta”, explicou ele. “Estou dizendo a todos para ficarem quietos e aguardarem – por enquanto”. Desde que assumiu o Twitter no final de outubro, Musk enfrenta críticas por sua maneira de lidar com a plataforma de mídia social, incluindo mudanças de política e demissões em massa de funcionários. Isso também fez com que os anunciantes recuassem da plataforma. Musk sempre foi aberto a respeito daquilo que ele defende como sendo liberdade de expressão e disse que esse será o seu foco para a plataforma. Ele afirmou, inclusive, que restabeleceria as contas de usuários banidos anteriormente, como a do ex-presidente Donald Trump e Kanye West. Mas após liberar a volta de Kanye, o rapper postou uma suástica.
Hacker invade Koo de Felipe Neto: “Será processado”
Um dos incentivadores da troca do Twitter pelo Koo, o influenciador Felipe Neto teve seu perfil na plataforma indiana invadido por um hacker. “Sim, galera. Invadiram o meu Koo. Algum ‘hackerzinho’ quis fazer graça e deixou todos os rastros e, por isso, será processado criminalmente pelo que fez”, informou Felipe na própria plataforma. Na sequência, o influencer contou que entrou em contato com a equipe do Koo, que informou trabalhar para resolver o problema. “Até lá, pode ser que o hacker poste alguma coisa por aqui. Não se preocupem, vai ter justiça sendo feita”, completou Felipe Neto. A plataforma indiana também se posicionou em relação ao caso. “Nossa equipe relaxou um pouco a segurança e o hacker usou essa falha”, explicou. Após pedir desculpas pelo ocorrido, a página oficial do Koo no Twitter também garantiu que todos os dados estão seguros na plataforma. O app indiano está passado por uma grande atualização após atrair o interesse dos brasileiros, que estão abrindo milhares de perfis na rede após boatos do fim do Twitter. O público nacional adorou o nome do Koo, fazendo intermináveis trocadilhos. Neste sábado (19), o Koo passou a ser o app gratuito mais baixado nas duas principais lojas de aplicativo do Brasil, a Play Store (do sistema Android, do Google) e a App Store (do iOS, da Apple). Para atender a invasão brasileira, a plataforma fez uma postagem anunciando que a rede social ganhará uma versão em português nos próximos dias, permitindo que “brasileiros publiquem em sua língua e em inglês em uma só tela”.
Morte do Twitter viraliza após boatos de demissão em massa motivados por Elon Musk
O Twitter “viralizou” nas últimas 24 horas, quando hashtags sobre sua morte entraram nos tópicos mais comentados da rede social. O tumulto começou dentro da própria empresa, após o acesso por crachá dos funcionários aos escritórios ser suspenso na quinta (17/11) até a próxima segunda-feira (21/11). Os profissionais souberam dessa informação por um e-mail não assinado. A mensagem foi disparada após uma reunião feita por Elon Musk, o novo dono do Twitter, com um grupo sênior de engenheiros que planejava sair da empresa, após o bilionário dar um ultimato que teve efeito inesperado. O fechamento temporário de escritórios teria sido uma reação aos rumores sobre pedidos de demissão em massa. Um dia antes, Musk enviou um e-mail aos funcionários exigindo um “comprometimento hardcore” com o “Twitter 2.0”. Nele, indicava o fim do home office e o aumento de jornadas de trabalho para todos. E quem não concordasse a se dedicar ao projeto dessa forma deveria pedir demissão. Disparada na quarta-feira (16/11), a mensagem de Musk direcionava os funcionários para um formulário online que deveria ser preenchido até o dia seguinte. “Se você tem certeza de que quer fazer parte do novo Twitter, clique sim no link abaixo”, dizia o e-mail, que foi visto pelo Washington Post. A maioria teria optado por clicar não. Isto aconteceu após o bilionário, que adquiriu o Twitter no final de outubro, ter demitido mais de 7,5 mil funcionários da empresa, diminuindo pela metade o staff e derrubando, inclusive, a diretoria. Após o ultimato, boatos sugerem que 75% dos funcionários remanescentes optaram pela demissão. Isso tornaria a manutenção do Twitter precária, para não dizer inviável. Graças a esse caos, os usuários estão preocupados com o fim do Twitter e buscam alternativas para substitui-lo. Dentre as sugestões, muitos parecem migrar para o “Mastodon”, criado por ex-funcionários do Twitter, que oferece um serviço semelhante. Outra alternativa adotada pelos brasileiros tem sido o Koo, que entretanto não teria servidor potente o suficiente para assumir tantos novos usuários – mas pretende atualizar a plataforma o mais rápido possível. Até o momento, Musk não parece se importar com a rede social e já disparou inúmeras piadas acerca da falência. “Acabamos de atingir outro recorde histórico no uso do Twitter [risos]”, ironizou, sobre as hashtags que informa o fim da rede social. Além de zoar o fato de ter supostamente matado o Twitter, ele tentou controlar os dados. “As melhores pessoas vão ficar, então não estou super preocupado”, publicou o bilionário em seu perfil. Mas em seguida apagou esse texto! pic.twitter.com/rbwbsLA1ZG — Elon Musk (@elonmusk) November 18, 2022 And … we just hit another all-time high in Twitter usage lol — Elon Musk (@elonmusk) November 18, 2022
Disney supera Netflix com 235 milhões de assinantes no streaming
A Disney atingiu o número de 235 milhões assinantes nos seus serviços de streaming, que incluem Disney+, Hulu/Star+ e ESPN+. Com isso, o conglomerado abriu distância para a Netflix, que contabilizou 223,1 milhões de assinantes no trimestre passado. O carro-chefe da empresa, a Disney+, superou as expectativas de Wall Street, adicionando 12,1 milhões de assinantes e totalizando 164,2 milhões no último trimestre. Os números do Disney+ são impressionantes quando comparados aos do Hulu (que adicionou apenas 1 milhão de inscritos) e do ESPN+ (com mais 1,5 milhão). Mas a contabilidade não menciona os números da Star+ na América Latina. E vale apontar que na Europa o conteúdo de Hulu/Star+ é oferecido dentro da plataforma Disney+. Apesar do crescente número de assinaturas, as perdas financeiras, ligadas ao custo do streaming, também continuam a crescer, quase dobrando em relação ao ano passado. Nesse momento, a Disney já soma um prejuízo de US$ 1,47 bilhão entre despesas de produção de conteúdo, operação e ampliação de suas plataformas. Em um comunicado sobre a projeção de ganhos para o quarto trimestre fiscal da empresa, o CEO da Disney, Bob Chapek, sugeriu que as perdas no streaming atingiram o seu pico e que a empresa está caminhando em direção à lucratividade já a partir do ano fiscal de 2024. “O rápido crescimento do Disney+ em apenas três anos desde o lançamento é um resultado direto da nossa decisão estratégica de investir fortemente na criação de conteúdo incrível e lançar o serviço internacionalmente, e esperamos que nossas perdas operacionais diminuam no futuro e que a Disney+ ainda possa alcançar lucratividade no ano fiscal de 2024, supondo que não vejamos uma mudança significativa no clima econômico”, disse Chapek. Caso isso aconteça, a Disney será apenas a segunda empresa a atingir lucro com o streaming. Atualmente, apenas a Netflix contabiliza receitas positivas nesse mercado, após mais de uma década de prejuízo. Durante o seu comunicado com acionistas, Chapek disse que as perdas de streaming entraram num “ponto de virada” e delineou um plano de três frentes para atingir lucratividade: aumento no preço das assinaturas e plano com anúncios, “racionalização significativa” dos gastos com marketing, e conteúdo mais eficiente. Chapek enfatizou o modelo de assinatura com anúncios nessa estratégia. “Ao realinhar nossos custos e perceber os benefícios dos aumentos de preços e nosso plano com anúncios do Disney+ em 8 de dezembro, acreditamos que estamos no caminho para alcançar um negócio de streaming lucrativo que impulsionará o crescimento contínuo e gerará valor para os acionistas no futuro.” Segundo o CEO, a empresa já tem contratos com mais de 100 anunciantes para o seu plano de assinatura com anúncios. Por conta disso e dos relatórios dos rivais, Wall Street já está começando a prever a lucratividade no streaming, apontando que a guerra por assinantes estaria se aproximando do fim. A receita geral da Disney foi de US$ 20,1 bilhões no trimestre, abaixo das expectativas de Wall Street, com lucro operacional de US$ 1,6 bilhão. No segmento de mídia, a receita direta ao consumidor foi de US$ 4,9 bilhões no trimestre, representando um aumento de 8% ano a ano, enquanto a receita de redes lineares (TV aberta e paga) foi de US$ 6,3 bilhões, numa queda de 5% ano a ano. A receita operacional, no entanto, aumentou 6% nas redes lineares, refletindo melhores resultados na TV por assinatura e ganhos “modestos” no segmento de transmissão aberta. A empresa também comunicou que sua divisão de Parques, Experiências e Produtos teve seu melhor ano de todos os tempos, com US$ 7,4 bilhões em receita no trimestre e US$ 28,7 bilhões no ano fiscal de 2022.
Astro da Marvel enfrenta Elon Musk no Twitter
O plano de domínio mundial de Elon Musk encontrou pela frente um incrível Hulk. O ator Mark Ruffalo se juntou a outras celebridades que acharam absurdo ter que pagar uma mensalidade (US$ 8 nos EUA) para ter um selo azul de verificado no Twitter. A discussão começou quando a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez apontou que pagar pelo Twitter não promovia a liberdade de expressão, que Musk escolheu como bandeira ao comprar a rede social. “Morrendo de rir que um bilionário tenta seriamente vender às pessoas a ideia de que ‘liberdade de expressão’ é na verdade um plano de assinatura de US$ 8 mensais”, escreveu Ocasio-Cortez na quarta-feira (2/11). Musk respondeu a ela: “Seu comentário é apreciado, agora pague US$ 8”. Depois disso, Alexandria Ocasio-Cortez acusou Musk de bloquear sua conta. Ruffalo entrou na briga escrevendo: “Elon. Por favor, pelo amor da decência, saia do Twitter, entregue as chaves para alguém que faça isso como um trabalho real e continue gerenciando a Tesla e a SpaceX.” E ainda acrescentou: “Você está destruindo sua credibilidade. Não é uma boa aparência.” Musk retrucou no sábado. “Provocação: Nem tudo que a AOC diz é preciso.” Ruffalo respondeu. “Talvez sim. É por isso que ter filtros robustos para desinformação e usuários verificados confiáveis têm sido um recurso popular para pessoas e anunciantes. Precisamos dessas proteções para garantir que as informações sejam precisas, ou o aplicativo perderá credibilidade, assim como você. E as pessoas irão embora.” O bilionário afirmou que o Twitter pode perder centenas de milhões de dólares sem essa e outras mudanças. O modelo de assinatura para verificados é uma parte de seu plano para reduzir o prejuízo, que também incluiu uma demissão de cerca de 3.700 funcionários da empresa em todo o mundo no final da semana passada. Ruffalo insistiu: “Este não é o momento para mesquinhez, mas grandeza. Use seus dons e esta plataforma para promover boas informações, não desinformação e crueldade. Você está sendo convocado pelas crianças do mundo. O que tornou Tony Stark grande foi abandonar seu egoísmo para o bem da humanidade. Seja esse cara”. Elon. Please—for the love of decency—get off Twitter, hand the keys over to someone who does this as an actual job, and get on with running Tesla and SpaceX. You are destroying your credibility. It’s just not a good look. https://t.co/34aMtU5h62 — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) November 4, 2022 This isn’t the time for pettiness but greatness. Use your gifts & this platform for good information, not misinformation & cruelty. You’re being called by the children of the world. What made Tony Stark great was his turning selfishness to the betterment of mankind. Be that guy. — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) November 4, 2022
Elon Musk compra Twitter e demite diretoria
O bilionário Elon Musk completou a aquisição do Twitter na quinta-feira (27/10) por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 235 bilhões), de acordo com vários veículos da imprensa internacional. E a primeira decisão que tomou ao assumir o negócio foi demitir imediatamente a cúpula da rede social: entre outros executivos, o diretor executivo do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e a encarregada de assuntos jurídicos do Twitter, Vijaya Gadde. A conclusão da compra ocorreu depois de uma saga judiciária, que envolveu a Justiça dos EUA, após Musk se arrepender da oferta feita em abril e ficar, desde então, tentando desfazer o negócio. Musk tinha até esta sexta-feira (28/10) para fechar a compra, caso contrário um julgamento seria realizado em novembro. Na noite de quinta, Musk mudou sua identificação no Twitter para “Chief Twit”, e pouco depois da meia-noite (horário de Brasília) escreveu na rede social que “o passarinho está livre”, aludindo ao pássaro que é símbolo do aplicativo. O empresário, dono da Tesla e da Space X, também usou o Twitter ao longo do dia para explicar que seu objetivo ao comprar a plataforma não era ganhar dinheiro e sim ajudar a humanidade, fazendo com que a civilização tenha “uma praça digital comum”, em vez de plataformas separadas para públicos de esquerda e de direita. “O Twitter obviamente não pode se tornar um inferno livre para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências!”, continuou Musk. “Além de cumprir as leis do país, nossa plataforma deve ser calorosa e acolhedora para todos, onde você pode escolher a experiência desejada de acordo com suas preferências, assim como pode escolher, por exemplo, ver filmes ou jogar videogame variando de todas as idades até a maturidade.” Ele pretende, claramente, transformar a plataforma, e o comentário sugere uma mudança nas características de fórum de discussões e propagador de notícias em favor de serviços de entretenimento. Musk já disse que seus planos incluem fazer do Twitter “um aplicativo para tudo”. Na prática, este aplicativo já existe. Chama-se WeChat, uma espécie de “superaplicativo” que incorpora diferentes serviços, incluindo mensagens, mídia social, pagamentos e pedidos de comida. E não tem um terço da popularidade do Twitter. De todo modo, especialistas no mercado de ações acreditam que Musk está supervalorizando o Twitter, pagando muito mais do que a plataforma vale. Atualmente em crise, o Twitter teve prejuízo de US$ 270 milhões no último trimestre. the bird is freed — Elon Musk (@elonmusk) October 28, 2022
CEO diz que aumento no preço da Apple TV+ é reflexo de mais conteúdo
O CEO da Apple, Tim Cook, falou sobre o recente aumento das assinaturas do serviço de streaming da empresa, o Apple TV+. Segundo ele, o reajuste é resultado do aumento na quantidade de produtos oferecidos pelo serviço. “Se você olhar quando nós precificamos pela primeira vez, nós tínhamos apenas algumas séries. Estávamos no início. Estávamos muito focados apenas nos originais e, portanto, tivemos quatro ou cinco séries e o preço era bastante baixo ”, disse Cook numa videochamada com os acionistas. “Agora temos muito conteúdo e estamos lançando mais a cada mês. E assim aumentamos o preço para representar o valor do serviço.” A assinatura da Apple TV+ vai passar de US$ 4,99 para US$ 6,99 por mês nos EUA, num aumento de 40% em relação ao valor original. No Brasil, o valor passou de R$ 9,90 para R$ 14,90. A Apple TV+ teve seu conteúdo valorizado neste ano com a vitória no Oscar de “No Ritmo do Coração” – filme que só foi exclusivo do serviço do streaming nos EUA – , e com a segunda conquista consecutiva de “Ted Lasso” como Melhor Série de Comédia no Emmy. Cook também observou o “entusiasmo e forte engajamento” dos assinantes do serviço. Segundo ele, “sucessos da Apple TV+ como ‘Ruptura’, ‘Bad Sisters’ e ‘Black Bird’ ocuparam o centro das telas ao redor do mundo. E os fãs de beisebol ficaram grudados em seus assentos nesta temporada assistindo ‘Friday Night Baseball’.” Além disso, o diretor financeiro da empresa, Luca Maestri, destacou as parcerias globais da Apple com as principais ligas de futebol. A partir da próxima temporada, os torcedores poderão transmitir todas as partidas da Major League Soccer, a liga de futebol dos EUA, por meio do aplicativo Apple TV. A Apple não divulga números de assinatura para nenhum de seus serviços, que incluem armazenamento em nuvem, pagamentos e outros negócios. Mas Maestri disse que o número total é maior do que 900 milhões – um aumento de 155 milhões nos últimos 12 meses e o dobro de três anos atrás. O Apple TV+ teria entre 20 e 40 milhões de assinantes. Vale destacar que não é só o Apple TV+ que vai aumentar os preços. Outros serviços da empresa, como Apple Music e Apple One, também sofrerão reajustes. “O custo do licenciamento aumentou e por isso estamos pagando mais pela música. O bom disso é que os artistas também receberão mais dinheiro por suas músicas que são curtidas em streaming”, justificou Cook. Ao todo, os serviços da Apple tiveram receita de US$ 19,1 bilhões no quarto trimestre e de US$ 78,1 bilhões no ano. Produtos como iPhone, Mac, iPad, entre outros, geraram US$ 71 bilhões em vendas no trimestre e US$ 316 bilhões no ano. Por isso, ao contrário das big techs concorrentes, a empresa comemorou um bom lucro no trimestre.
CNN Brasil passa a ser transmitida pela plataforma Prime Video, da Amazon
A CNN Brasil e a Amazon fecharam um acordo de parceria nesta terça-feira (25/10) para a inclusão do canal de notícias na plataforma Prime Video. Com isso, a CNN Brasil será o primeiro canal linear com transmissão 24 horas ao vivo do serviço. O contrato é de longo prazo e não acarreta custo adicional para os assinantes interessados em acessar a novidade. Ou seja, a CNN Brasil está dentro do preço básico do Prime Vide, em vez de integrar o serviço extra Prime Channels, que disponibiliza streamings como o Discovery+, Paramount+, Lionsgate+ e o Première, serviço de pay-per-view esportivo da Globo, com custos adicionais. A negociação foi rápida e teria começado no mês passado. Essa agilidade também se estende à disponibilização do sinal, que já entrou no ar na Prime Video, aproveitando o interesse do público em notícias das eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que acontece no domingo (30/10). A inclusão do canal de notícia reflete uma busca por mais conteúdo ao vivo para a plataforma de streaming, que neste ano adquiriu os direitos da Copa do Brasil em licenciamento com a Globo – e negocia a renovação para 2023 – , além de possuir um pacote de jogos de basquete da NBA (Associação Nacional de Basquete, em inglês). Um detalhe curioso do negócio é que o acordo não afeta a transmissão dos principais programas da CNN Brasil pelo YouTube.








