Runaways: Quadrinhos da Marvel vão virar série dos criadores de Gossip Girl
O serviço de streaming Hulu vai produzir sua primeira série de super-heróis. Trata-se de “Runaways”, adaptação dos quadrinhos da Marvel criados por Brian K. Vaughan (que também criou a série “Under the Dome”). Publicados no Brasil como “Fugitivos”, os quadrinhos contam a história de seis adolescentes que descobrem que seus pais são, na verdade, membros de uma sociedade secreta de supervilões, conhecida como Orgulho. Perturbados com a descoberta, eles fogem de casa e decidem usar seus poderes para impedir os planos malignos de suas famílias. Originalmente, a Marvel chegou a considerar transformar a história num filme. Em 2010, a produção chegou a ter um roteiro desenvolvido por Vaughan em parceria com Peter Sollet (“Nick e Norah – Uma Noite de Amor e Música”), que também seria responsável pela direção. Mas o projeto nunca saiu do papel. A nova adaptação, agora como série, é assinada por Josh Schwartz e Stephanie Savage, dupla responsável pelos sucessos adolescentes “Gossip Girl” e “The O.C.”. Recentemente, o Hulu tem buscado aumentar sua produção de séries para se posicionar como alternativa ao Netflix, que, por sinal, encontrou bastante sucesso em atrações baseadas nos quadrinhos da Marvel, como “Demolidor” e “Jessica Jones”.
Esquadrão Suicida sofre forte queda de arrecadação, mas mantém 1º lugar nos EUA
“Esquadrão Suicida” manteve a liderança das bilheterias norte-americanas em seu segundo fim de semana. Mas os rendimentos de US$ 43,7 milhões representam uma queda de 67% em relação à arrecadação da semana passada. Trata-se de um dos maiores declínios já registrados por uma adaptação de quadrinhos nos cinemas dos EUA e do Canadá, repetindo a trajetória de “Batman vs. Superman”, que caiu 69% em seu segundo fim de semana. Por outro lado, o filme dos supervilões ultrapassou os US$ 220 milhões no mercado doméstico em dez dias, chegando a US$ 465,3 milhões em todo o mundo. Isto representa o dobro da arrecadação de outras superproduções atualmente no Top 10 americano, como “Jason Bourne” e “Star Trek: Sem Fronteiras”, em cartaz há mais tempo. O novo “Star Trek”, por sinal, ameaça dar grande prejuízo, se seu lançamento internacional não decolar em setembro. Para o “Esquadrão” evitar o suicídio da franquia, basta dobrar os valores atuais. Não é tarefa tão difícil quanto a enfrentada por Jason Bourne e a tripulação da nave Enterprise, que podem ter chegado numa encruzilhada em relação a novas continuações. Entre as estreias da semana, a animação adulta “Festa da Salsicha” surpreendeu pelo desempenho acima do esperado, com US$ 33,6 milhões em seus primeiros três dias. A Sony assegura que a produção custou apenas US$ 19 milhões, o que significa grande lucro à vista. Com uma premissa inusitada, o desenho acumula piadas sexuais de duplo sentido, centrando sua história num grupo de salsichas que descobre o destino das comidas após saírem dos supermercados: serem devoradas por humanos carnívoros. Escrita e produzida por Seth Rogen (“Vizinhos”) e com participação de vários comediantes famosos na dublagem, a animação chega aos cinemas brasileiros só daqui a um mês, em 15 de setembro, e nem sequer começou a ser oficialmente divulgada pela Sony Pictures do Brasil. Completando o Top 3, a fantasia da Disney “Meu Amigo, Dragão” ficou abaixo da expectativa do estúdio, com apenas US$ 21,52 milhões em seu primeiro fim de semana. Remake de um clássico infantil de 1977, o filme agradou à crítica (86% de aprovação no Rotten Tomatoes), mas não conseguiu mobilizar o público, apesar da falta de lançamentos com censura livre desde julho nos EUA. Em compensação, seu orçamento foi relativamente baixo, em comparação com as demais fantasias do estúdio lançadas nos últimos anos. Realizado por US$ 65 milhões, o filme tende a se pagar no mercado internacional. A estreia no Brasil está marcada para 29 de setembro. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Esquadrão Suicida Fim de semana: US$ 43,7 milhões Total EUA: US$ 222,8 milhões Total Mundo: US$ 465,3 milhões 2. Festa da Salsicha Fim de semana: US$ 33,6 milhões Total EUA: US$ 33,6 milhões Total Mundo: US$ 36,2 milhões 3. Meu Amigo, O Dragão Fim de semana: US$ 21,52 milhões Total EUA: US$ 21,5 milhões Total Mundo: US$ 26,6 milhões 4. Jason Bourne Fim de semana: US$ 13,6 milhões Total EUA: US$ 126,7 milhões Total Mundo: US$ 246,1 milhões 5. Perfeita É a Mãe! Fim de semana: US$ 11,4 milhões Total EUA: US$ 71,4 milhões Total Mundo: US$ 85 milhões 6. Pets – A Vida Secreta dos Bichos Fim de semana: US$ 8,8 milhões Total EUA: US$ 335,9 milhões Total Mundo: US$ 592,6 milhões 7. Star Trek: Sem Fronteiras Fim de semana: US$ 6,8 milhões Total EUA: US$ 139,6 milhões Total Mundo: US$ 211,2 milhões 8. Florence – Quem É Esta Mulher? Fim de semana: US$ 6,5 milhões Total EUA: US$ 6,5 milhões Total Mundo: US$ 7 milhões 9. Virei um Gato Fim de semana: US$ 3,5 milhões Total EUA: US$ 13,5 milhões Total Mundo: US$ 14 milhões 10. Quando as Luzes se Apagam Fim de semana: US$ 3,2 milhões Total EUA: US$ 61,1 milhões Total Mundo: US$ 98 milhões
The Flash: Ator de Percy Jackson viverá o vilão Mestre dos Espelhos
Apesar de insistir nos vilões velocistas, os produtores de “The Flash” vão finalmente introduzir um dos mais populares integrantes da galeria de inimigos do personagem nos quadrinhos. O ator Grey Damon (série “Aquarius” e “Percy Jackson e o Mar de Monstros”) foi contratado para viver o Mestre dos Espelhos na 3ª temporada da atração. A versão televisiva manterá as características de Sam Scudder, um criminoso com um grande ego, que foi o Mestre dos Espelhos original dos quadrinhos. “Ao descobrir que agora possui o poder de viajar através de qualquer superfície reflexiva, Scudder embarca em uma massiva onda de crimes a fim de provar que é o maior ladrão já visto em Central City”, diz a descrição oficial do personagem divulgada pela rede CW. Sua aparição acontecerá no quarto episódio do novo ciclo, com exibição marcada para 25 de outubro nos EUA. No Brasil, “The Flash” é exibido pelo canal pago Warner.
The Flash: Identificado o novo vilão da série
Um mês após o vazamento de uma foto do set da 3ª temporada de “The Flash” mostrar o possível novo vilão da série, a rede CW revelou sua identidade. Ao contrário do especulado, trata-se de Savitar. O personagem original dos quadrinhos, que é um musculoso descamisado, não parece nada com a personagem da série, por isso os leitores dos gibis não conseguiram identificá-lo. Criado em 1995 por Mark Waid e Oscar Jimenez, Savitar era um piloto de jato supersônico de uma nação do Terceiro Mundo, que, ao ser abatido em plena Guerra Fria, descobre que o acidente lhe deu supervelocidade. Ele se torna, então, obcecado pela Força da Aceleração e tenta roubar a velocidade dos demais velocistas do universo DC. Ou seja, Zoom.2. Seu intérprete teria sido identificado por fãs como Todd Lasance, o vampiro Julian de “The Vampire Diaries”. O ator tampouco se parece com o personagem dos quadrinhos. Não só pela falta dos músculos, mas pelos traços étnicos de Savitar, que aparenta ser indiano. Ele adotou o nome de uma divindade hindu como nova identidade. E eis aí mais um instantâneo da falácia da diversidade nas séries, cujos produtores preferem transformar em negros personagens que são brancos nos quadrinhos, mas ignoram as etnias quando querem incluir um novo ator branco no elenco. De todo modo, a introdução de Savitar abre o caminho para a chegada do Flash Negro, já que o destino final do vilão está interligado com a criatura fantasmagórica. Ao contrário dos quadrinhos, onde Barry Allen foi consumido pela Força da Aceleração, quem pode aparecer como Flash Negro é o próprio Zoom, considerando o destino do vilão no final da 2ª temporada. A estreia dos novos capítulos está marcada para 4 de outubro na rede americana CW. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Warner.
Esquadrão Suicida: Diretor confirma que filme teve “seis ou sete” montagens diferentes
O diretor David Ayer confirmou, em entrevista à revista Empire, que foram realizadas múltiplas versões de “Esquadrão Suicida”. O filme realmente passou por várias montagens diferentes, desde a primeira apresentação para públicos-teste. “Honestamente, foram feitas seis ou sete versões diferentes do filme”, ele contou, ressaltando que nenhuma delas com censura para maiores. “Você pode fazer um filme ter censura R (para maiores de 17 anos) facilmente. Basta colocar alguns palavrões e alguém fumando um cigarro, mas não acredito que seja isso que os fãs querem ver, quando falam em versão para maiores. Sempre foi PG-13 (maiores de 13). Esta é uma decisão que se toma antes do inicio das filmagens.” Ele detalhou as primeiras versões testadas e reprovadas do filme. “Anteriormente, tínhamos uma versão linear do começo ao fim. Começávamos com June na caverna, e depois contávamos a história de cada um dos vilões e suas prisões”, contou. “Depois, tivemos uma versão em que eles estão sentados em suas celas e se lembram do passado, de tudo o que aconteceu com eles. Mas essas versões confundiam um pouco o público-teste, que ficou desorientado, sem saber quem acompanhar e em que prestar atenção”. “Foi aí que bolamos a montagem que você vê no filme, com Amanda Waller apresentando o dossiê de cada um dos personagens”, concluiu, apelidando a versão exibida como a “Versão Dossiê”. Depois de Jared Leto dizer que o material cortado daria um filme solo do Coringa, o diretor jogou água fria nos que gostariam de ver uma edição alternativa do filme, garantindo que a montagem exibida é a sua versão e não teria sentido fazer uma nova “versão do diretor”. Ou seja, ele compartilhou e aceitou cada sugestão de modificação feita em conjunto com os produtores e o estúdio – inclusive a montagem realizada pela equipe que criou o trailer. Ayer não contou se a questão da censura chegou a ser considerada, tendo em vista que “Esquadrão Suicida” foi filmado após o sucesso de “Deadpool”, lançado com censura R, e após a produção de “Wolverine 3” informar que também visaria um público mais velho. Além disso, a própria Warner lançou uma versão R de “Batman vs. Superman” em Blu-ray, e o resultado agradou muito mais que a edição cinematográfica.
Esquadrão Suicida: Diretor revela que Robin foi assassinado pelo Coringa
O diretor David Ayer acabou com a especulação sobre um detalhe de “Esquadrão Suicida” tão relevante quanto o papel de Jena Malone em “Batman vs. Superman”. Afinal, quem matou Robin? Assim como na saga em quadrinhos “Morte em Família”, o assassino foi mesmo o Coringa. Fãs tinha concluído, por conta própria, que o personagem, que não apareceu em nenhum filme do universo compartilhado da DC, teria sido morto pela Arlequina – graças a um rápido vislumbre na ficha corrida da criminosa, em “Esquadrão Suicida”. Mas não foi nada disso. O diretor chegou até a revelar que, após o assassinato, Batman basicamente arrebentou a cara do Coringa e o jogou no Asilo Arkham. E foi lá que o vilão teria feito a tatuagem de “estragado” (damaged) na testa, como uma forma de dizer que ele “era bonito antes, mas o Batman estragou minha cara”, explicou Ayer, em entrevista para a revista Empire, sobre a história pregressa criada para os personagens. Agora, com as respostas, os fãs podem especular se o Robin morto é Jason Todd, como nos quadrinhos, ou Dick Grayson, o herói original, ou até mesmo algum outro substituto. Nada disso sequer foi escrito no roteiro de “Esquadrão Suicida”, filme que teve “seis ou sete montagens diferentes” e dezenas de cenas cortadas. Atualmente em cartaz nos cinemas, “Esquadrão Suicida” também teve a cara quebrada pela crítica internacional, mas conseguiu estrear no topo das bilheterias, tanto nos EUA quanto no Brasil.
Zack Snyder dirigiu cena importante de Esquadrão Suicida
Muitos fãs esperavam que “Esquadrão Suicida” fosse capaz de inaugurar uma nova etapa nos filmes baseados nos quadrinhos da DC Comics. Afinal, ao contrário de “Batman vs. Superman” e o anterior “O Homem de Aço”, ele tinha a distinção de ser o primeiro sem a direção de Zack Snyder, desde que a Warner lançou seu projeto de universo compartilhado em 2013. Mas agora vem a notícia de que nem isso era inteiramente verdade. Em entrevista ao site Collider, o diretor David Ayer admitiu que Zack Snyder dirigiu uma cena importante do filme. Trata-se da participação do Flash. A sequência em que o herói prende o vilão Capitão Bumerangue (Jai Courtney) nem sequer foi filmada nos EUA, como o resto do “Esquadrão Suicida”. Ela foi rodada no set da “Liga da Justiça”, na Inglaterra, quando “Esquadrão Suicida” já tinha encerrado sua fotografia principal e estava em pós-produção. Snyder filmou Ezra Miller como Flash, aproveitando um intervalo entre as filmagens da “Liga da Justiça”. “Flash sempre esteve no filme, mas fomos sortudos porque ‘Liga da Justiça’ estava sendo filmado e eles tinham o uniforme, tinham tudo pronto, então conseguimos filmar esta sequência”, contou Ayer. Muita coisa aconteceu no filme na pós-produção, especialmente na montagem, que cortou diversas cenas – segundo Jared Leto, o suficiente para um filme solo do Coringa – , e divergiu bastante do roteiro original do diretor, por pressão dos executivos da Warner Bros., após o mau desempenho de “Batman vs. Superman” junto à crítica. O resultado foi uma estreia ainda maisvilipendiada pela crítica, que deu a “Esquadrão Suicida” uma avaliação inferior (26% de aprovação) à já péssima cotação de “Batman vs. Superman” (27%). Mesmo assim, o longa de David Ayer abriu em 1º lugar em vários países, como os EUA e o Brasil, no fim de semana passado.
Esquadrão Suicida: Jared Leto diz que as cenas cortadas dariam um filme solo do Coringa
A montagem final do filme “Esquadrão Suicida” continua dando o que falar. Depois da revista The Hollywood Reporter apurar que a empresa que fez o trailer editou o longa-metragem, dando um tom diferente – mais alegre, colorido e superficial – para o roteiro e a filmagem do diretor David Ayer, o ator Jared Leto confirmou que seu trabalho de incorporação do Coringa foi desperdiçado. Leto demonstrou descontentamento ao falar sobre a quantidade de material que foi cortado em duas entrevistas diferentes. “Teve alguma cena que não foi cortada?”, chegou a ironizar, ao comentar a montagem para o site IGN. “Foram tantas cenas cortadas do filme, que não sei nem por onde começar”, lamentou. “Fizemos várias experimentações no set, nós exploramos muito. Há tanta coisa que nós filmamos que não está no filme. Se eu acabar morrendo em breve, é bem provável que esse material vai surgir em algum lugar. A boa notícia sobre a morte de um ator é que tudo isso acaba aparecendo”, disse, de forma mórbida. De fato, só nos trailers divulgados há duas cenas do Coringa não mostradas nos cinemas. Questionado pela BBC Radio 1 sobre o que teria motivado tantos cortes, Leto respondeu: “Acho que eu levei tanta coisa para cada cena que provavelmente foi preciso filtrar toda a loucura. Como eu queria dar várias opções, acho que provavelmente há metragem suficiente para montar um filme do Coringa. Se eu morrer amanhã, talvez o estúdio edite uma versão”, disse, retomando o tom mórbido. O ator também lamentou que a Warner não tenha lançado o filme com uma classificação etária mais alta: “Se tem um filme que deveria ter classificação adulta, deveria ser o filme sobre os vilões”. E encerrou comentando sua participação em futuras produções da DC Comics. “Isso dependerá inteiramente da resposta do público. Se eles responderem positivamente a este Coringa, eu posso imaginar o Coringa voltando, mas se não responderem bem, certamente não vou querer prolongar minha permanência no papel”.
Esquadrão Suicida estreia em 1º lugar no Brasil, mas não supera Batman vs. Superman
O filme do “Esquadrão Suicida” foi lançado em número recorde de salas no Brasil – 1.405 salas, incluindo 912 telas 3D e todas as 12 de IMAX no país. Ou seja, seu lançamento representou uma das raras vezes em que quase metade de todo o parque exibidor do país exibiu o mesmo filme, com destaque para as salas com ingressos mais caros. Este monopólio, como esperado, garantiu-lhe o 1º lugar nas bilheterias, com R$ 35,3 milhões de arrecadação e 2 milhões de ingressos vendidos no fim de semana estendido. Considerando as premières pagas de quarta-feira (3/8) na conta, o valor chega até R$ 38,7 milhões e 2,2 milhões de ingressos, segundo os dados computados pela empresa de consultoria ComScore. Mas, mesmo assim, a arrecadação não superou as estreias de “Capitão América: Guerra Civil” (2,6 milhões de ingressos e R$ 43,9 milhões) e “Batman vs Superman” (2,4 milhões de ingressos e R$ 39 milhões – ou R$ 44 milhões contando a pré-estreia), para citar dois blockbusters deste ano, que tiveram lançamentos “menores”. Como consolo, o filme registrou alguns recordes pontuais no país, como a maior abertura de um filme lançado no mês de agosto ou protagonizado por Will Smith no Brasil. O recorde anterior era de “MIB³ – Homens de Preto 3” (2012). No mercado norte-americano, “Esquadrão Suicida” também dominou o fim de semana e bateu o recorde para uma estreia no mês de agosto, com US$ 135,1 milhões, bem acima dos US$ 94,3 milhões registrados por “Guardiões da Galáxia” em 2014. Segundo estimativas, o filme deve somar US$ 267,1 milhões em todo mundo em sua estreia, na contramão das críticas negativas que recebeu. Mas é esperada uma grande queda para a próxima semana.
Esquadrão Suicida estreia em 1º lugar nos EUA, apesar das críticas negativas
A estreia de “Esquadrão Suicida” seguiu o roteiro imaginado pela Warner Bros, com US$ 135,1 milhões arrecadados em seu primeiro fim de semana nos EUA e praticamente a mesma quantia no mercado internacional, para atingir um total de US$ 267,1 milhões. Mas podia ter sido muito melhor. Projeções do começo da semana apontavam um lançamento na casa dos US$ 150 milhões. A diferença pode ser creditada na conta das críticas negativas. Um dos filmes mais aguardados do ano, “Esquadrão Suicida” surpreendeu com críticas inesperadamente negativas. Muito negativas, na verdade, fazendo a média calculada pelo site Rotten Tomatoes cair dia a dia, até a chegada aos cinemas. Com 30% de aprovação no começo da semana, o filme desabou para 26% no domingo (7/8), atingindo queda ainda mais dramática entre os chamados “críticos top”, onde registou apenas 19% de aprovação. Isto é pior até que a péssima recepção de “Batman vs. Superman”, que levou 27% e 23% na avaliação final das duas categorias de críticos do Rotten Tomatoes. Para completar, o filme anterior da Warner teve uma arrecadação inicial bem mais espetacular – US$ 170,1 milhões nos EUA e US$ 424,1 milhões mundiais em seu primeiro fim de semana. Mesmo assim, “Esquadrão Suicida” registrou um recorde, superando “Guardiões da Galáxia” (US$ 94,3 milhões) como maior lançamento já registrado nos EUA no mês de agosto. Agora, terá que mostrar resistência para se manter entre as grandes bilheterias mundiais, porque um orçamento de US$ 175 milhões não é para os fracos. Considerando o investimento em mídia que acompanhou sua estreia, o filme terá que fazer pelo menos tanto quanto “Batman vs. Superman” (US$ 872,6 milhões) para não dar prejuízo. O detalhe que piora esta expectativa: o governo da China não autorizou sua distribuição no país. Nas próximas semanas, a Warner dever reavaliar seus projetos baseados em filmes de super-heróis da DC Comics, diante da dificuldade em conseguir criar produções bem vistas e lucrativas. As consequências vão depender do desempenho do “Esquadrão Suicida” em seus primeiros 10 dias em cartaz, mas pelo menos “Mulher-Maravilha”, já filmado, e “Liga da Justiça”, em produção, têm suas estreias garantidas. O resto do ranking da semana não trouxe muitas novidades. Líder na semana passada, “Jason Bourne” caiu para o 2º lugar com US$ 22,7 milhões, enquanto a comédia “Perfeita é a Mãe” completou o pódio com US$ 14,2 milhões. “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” continua faturando bem nos EUA e ficou no 4º lugar. Vale registrar que o filme superou duas marcas importantes, passando os US$ 300 milhões em arrecadação doméstica e os US$ 500 milhões em bilheteria mundial antes de estrear no Brasil, onde chega apenas em 25 de agosto. “Star Trek – Além das Fronteiras” caiu para o 5º lugar com US$ 10,2 milhões, mas ainda tem muito espaço para cobrir, já que só chega em setembro em inúmeros países, como a China e novamente o Brasil. Assim, a outra estreia da semana, “Virei um Gato”, abriu apenas em 6º lugar, com modestos US$ 6,5 milhões. Nem mesmo a presença de Kevin Spacey (série “House of Cars”) como o executivo atarefado que vira gato atraiu o público. A versão felina de “Lembranças de Outra Vida” (1995) e “Soltando os Cachorros” (2006) não fez tanto sucesso quanto os similares caninos. A aprovação no Rotten Tomatoes foi desmoralizante: apenas 4% da crítica gostou do filme. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Esquadrão Suicida Fim de semana: US$ 135,1 milhões Total EUA: US$ 135,1 milhões Total Mundo: US$ 267,1 milhões 2. Jason Bourne Fim de semana: US$ 22,7 milhões Total EUA: US$ 103,4 milhões Total Mundo: US$ 195,3 milhões 3. Perfeita É a Mãe! Fim de semana: US$ 14,2 milhões Total EUA: US$ 51 milhões Total Mundo: US$ 56,5 milhões 4. Pets – A Vida Secreta dos Bichos Fim de semana: US$ 11,5 milhões Total EUA: US$ 319,5 milhões Total Mundo: US$ 502,1 milhões 5. Star Trek: Sem Fronteiras Fim de semana: US$ 10,2 milhões Total EUA: US$ 127,9 milhões Total Mundo: US$ 194,4 milhões 6. Virei um Gato Fim de semana: US$ 6,5 milhões Total EUA: US$ 6,5 milhões Total Mundo: US$ 6,5 milhões 7. Quando as Luzes se Apagam Fim de semana: US$ 6 milhões Total EUA: US$ 54,7 milhões Total Mundo: US$ 85,7 milhões 8. Nerve – Um Jogo Sem Regras Fim de semana: US$ 4,9 milhões Total EUA: US$ 26,8 milhões Total Mundo: US$ 27,6 milhões 9. Caça-Fantasmas Fim de semana: US$ 4,8 milhões Total EUA: US$ 116,7 milhões Total Mundo: US$ 179,5 milhões 10. A Era do Gelo: O Big Bang Fim de semana: US$ 4,3 milhões Total EUA: US$ 53,5 milhões Total Mundo: US$ 288,1 milhões
Esquadrão Suicida não entrega o que promete
Após o banho de água fria provocado por “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, “Esquadrão Suicida” prometia um tom diferente para o universo que a DC está construindo nos cinemas, uma espécie de resposta à concorrência já consolidada da Marvel. Mas, lamentavelmente, a tentativa não rendeu o esperado na tela. Espécie de sequência direta dos eventos trágicos envolvendo a figura do Superman (Henry Cavill), “Esquadrão Suicida” inicia com a exposição dos planos da implacável Amanda Waller (Viola Davis), oficial da CIA que recomenda ao presidente a escalação de um time composto pelos maiores criminosos do país para combater uma entidade que pretende cobrir o mundo com trevas e converter humanos em soldados monstruosos. O time? Floyd Lawton (Will Smith), conhecido como Pistoleiro, um matador de aluguel com uma filha de 11 anos; Harleen Quinzel (Margot Robbie), que adotou o nome Arlequina ao se tornar a companheira de Coringa (Jared Leto); George Harkness (Jai Courtney), o Capitão Bumerangue, Waylon Jones (Adewale Akinnuoye-Agbaje), o Crocodilo; Chato Santana (Jay Hernandez), apelidado de El Diablo e com habilidades em incendiar tudo ao redor; e Christopher Weiss (Adam Beach), também chamado de Amarra. Ainda que Weller tenha implantado um chip capaz de causar a morte instantânea com o comando em um aplicativo sob o seu controle, é necessário trazer a bordo um líder capaz de supervisionar o temperamento de figuras que podem a qualquer momento trair o acordo de salvar o dia por uma redução de pena. Para isso, é escalado o soldado Rick Flag (Joel Kinnaman), namorado da arqueóloga June Moone (Cara Delevingne), possuída por um espírito milenar que cumpre um papel importante na ação. Outra adição que possui um bom caráter é Katana (Karen Fukuhara), japonesa extremamente habilidosa com espadas. Com a leva inesgotável de mutantes e justiceiros zelando pela sobrevivência da humanidade, “Esquadrão Suicida” trazia como possibilidade uma visão ainda pouco explorada nas adaptações de quadrinhos, na qual a moralidade surge distorcida, quando a prática do bem não parece uma alternativa clara para reverter a arquitetura do caos. Algo recentemente testado com sucesso em “Deadpool”, que tinha um anti-herói como protagonista. O passo de “Esquadrão Suicida” sugeria ser o mais largo, com um material promocional regado na piração e com um diretor, David Ayer, que entende a linguagem dos personagens marginalizados, das escórias da sociedade, como já demonstrou em seu roteiros de “Dia de Treinamento” (2001), “Tempos de Violência” (2005) e “Marcados para Morrer” (2012). Porém, o peso da insanidade parece ter recaído somente sobre os ombros de Margot Robbie, que supera todas as expectativas como uma delinquente que desejava apenas ter uma vida de comercial de margarina com o seu amado de sorriso nefasto – o Coringa, aliás, deve ter ficado com a maior parte de sua participação perdida na ilha de edição, ao julgar por suas intervenções de caráter quase figurativo. Além de uma encenação branda da violência, “Esquadrão Suicida” não é competente nem ao introduzir os seus personagens para o público. Confuso, o primeiro ato acredita que uma playlist de rock e cartilhas ininteligíveis dão conta de carregar todo o histórico de cada um. Igualmente mal resolvido é o desejo da Warner de fazer um “Os Vingadores” dos vilões, forçando um sentimento de amizade e companheirismo que definitivamente inexiste entre os personagens. Ao final, o efeito provocado por “Esquadrão Suicida” é como uma promessa de embriaguez épica, que só no primeiro gole revela ser patrocinada por cerveja sem álcool.
Esquadrão Suicida estreia em número recorde de salas no Brasil
O lançamento de “Esquadrão Suicida” vai ocupar o maior número de salas de um lançamento no Brasil neste ano. O longa, que teve uma “pré-estreia” paga em mais de 800 salas na quarta (3/8), entra agora em seu circuito completo: 1.405 salas, incluindo um total de 912 telas 3D e todas as 12 de IMAX no país. O recorde pertence a “Star Wars: O Despertar da Força”, lançado em dezembro passado em 1.504 salas. Vale lembrar que quando “Jogos Vorazes: Em Chamas” foi lançado em 1310 salas em 2014, o impacto no circuito gerou reuniões, deliberações e ameaças da Ancine, que renderam um compromisso nunca levado a sério para impedir que isso voltasse a se repetir. Neste ano, “Batman vs. Superman”, também da Warner, já tinha sido lançado em 1331 salas. A tática da Warner é a mesma do filme anterior: tentar conquistar a maior bilheteria possível na arrancada, de preferência com algum recorde, já que a crítica odiou o filme. Apesar da antecipação alimentada por alguns dos melhores trailers do ano, “Esquadrão Suicida”, infelizmente, é uma grande decepção, que só atingiu 31% de aprovação no site Rotten Tomatoes (22% se considerar apenas as publicações relevantes, isto é, sem a opinião dos blogueiros geeks). Com os desastres se acumulando, não será surpresa se vier uma intervenção pesada nas produções de super-heróis do estúdio. Com quase 50% das salas do país inteiro ocupadas por um único filme, o segundo maior lançamento da semana chegará em apenas 85 telas. Trata-se de “Negócio das Arábias”, novo drama estrelado por Tom Hanks (“Ponte dos Espiões”). Com 70% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme segue um empresário à beira da falência, que viaja até a Arábia Saudita em busca de um último negócio que pode salvar sua carreira. Outro filme americano escanteado, a comédia “A Intrometida” traz Susan Sarandon em 20 salas, como uma mãe inconveniente que quer voltar a conviver com a filha (Rose Byrne, de “Os Vizinhos”), fazendo de tudo para encontrar-lhe um marido e sufocando-a com amor maternal. Os críticos americanos adoraram, com 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. O circuito limitado também espreme três produções nacionais. Em 29 salas, “Vidas Partidas” aborda a violência doméstica em estilo televisivo, na estreia do diretor Marcos Schechtman. 11 salas passam “Fome”, de Cristiano Burlan (“Mataram Meu Irmão”), que acompanha um sem-teto (o cineasta Jean-Claude Bernardet) pelas ruas de São Paulo. E 5 mostram “A Loucura Entre Nós”, documentário que explora as fronteiras entre a sanidade e a loucura. A programação inclui ainda duas produções europeias. A comédia francesa “Um Amor à Altura”, do especialista no gênero Laurent Tirard (“As Férias do Pequeno Nicolau”), mostra em 25 salas como o baixinho Jean DuJardin (“O Artista”) se apaixona por uma mulher alta. Já o filme belga “Os Cavaleiros Brancos” dramatiza um caso real polêmico, ao acompanhar um grupo de “salvadores” brancos que contrabandeia ilegalmente crianças órfãs africanas para lares adotivos da França. Segundo melhor filme da semana, rendeu o prêmio de Melhor Direção para Joachim Lafosse (“Perder a Razão”) no Festival de San Sebastian e será exibido apenas em duas salas de São Paulo. Por fim, o melhor filme da semana é uma produção mexicana, que chega em sete salas (pulverizado entre São Paulo, Rio, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte). “O Monstro de Mil Cabeças” rendeu diversos prêmios ao diretor Rodrigo Plá (“Zona do Crime”) e à atriz Jana Raluy (“Despedida de Amor”), em festivais como Varsóvia, Havana e Biaritz, além de ter vencido o troféu Ariel (o Oscar mexicano) de Melhor Roteiro de 2016. A trama gira em torno de uma mulher (Raluy), que tenta garantir o melhor tratamento ao marido doente, em estado terminal. Quando a companhia de seguros dificulta o atendimento, ela resolve confrontá-los violentamente. Com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes, este é o verdadeiro filme de supervilões da semana, mostrando médicos, farmaceutas e burocratas estimulados a rejeitar pacientes para que os planos de saúde rendam lucro, em vez de tratamentos. O pior crime, cometido por verdadeiros monstros contra os mais fracos e inocentes.










