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Steven Seagal declara apoio a Vladimir Putin: “Sou um milhão por cento russo”
O ator Steven Seagal (“A Força em Alerta”) recebeu uma medalha da Ordem da Amizade por conta do se apoio ao presidente russo Vladimir Putin, mesmo após a invasão da Ucrânia. A cerimônia de premiação aconteceu durante evento realizado pelo Movimento Internacional dos Russos em Moscou, que contou com cobertura do jornal The Independent. Em seu discurso, Seagal acusou o governo dos Estados Unidos de gastar “bilhões de dólares em desinformação, mentiras” na mídia com o intuito de “tentar desacreditar, desmoralizar e destruir a moral emergente da Rússia”. Ainda assim, ele afirmou que tais “esforços de desinformação” não funcionaram. “Mais da metade das pessoas na América realmente amam a Rússia e amam os russos e sabem que estão ouvindo mentiras”, disse ele. “Meu pai era russo puro e fui criado em uma família russa pura, porque minha mãe estava completamente imersa na cultura russa e não tinha pais. Então eu cresci com a cultura russa.” Seagal, que nasceu no estado americano do Michigan, disse ainda que “eu cresci amando a Rússia e amando tudo o que aprendi sobre o país desde muito jovem. E para mim, sou um milhão por cento russófilo e um milhão por cento russo”. Essa não é a primeira homenagem que Seagal recebe da Rússia. Em 2018, o ator foi nomeado representante especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para as relações humanitárias russo-americanas. Segundo o presidente Putin, a medalha da Ordem da Amizade deste ano foi entregue para celebrar a “grande contribuição de Seagal para o desenvolvimento da cooperação cultural e humanitária internacional”. Em 2020, Seagal gravou uma mensagem de aniversário para Putin, dizendo: “Hoje é o aniversário do presidente Putin. Só acho que agora estamos vivendo em tempos muito, muito difíceis. Ele é um dos maiores líderes mundiais e um dos maiores presidentes do mundo. E eu realmente espero e rezo para que ele receba o apoio, o amor e o respeito de que precisa. E que todas as tribulações que estão acontecendo agora terminarão em breve, e estaremos vivendo em um mundo de paz”. Seagal também mencionou a suposta manipulação russa nas eleições dos EUA, que resultaram na eleição de Donald Trump. “Alguém pensar que Vladimir Putin teve algo a ver com a manipulação das eleições, ou mesmo que os russos têm esse tipo de tecnologia, é estúpido”, disse ele. “E esse tipo de propaganda é realmente uma distração… para que as pessoas nos Estados Unidos da América não vejam realmente o que está acontecendo”.
“A Força em Alerta” vai ganhar nova versão na HBO Max
A HBO Max está desenvolvendo uma nova versão de “A Força em Alerta” (Under Siege), filme de ação mais bem-sucedido da carreira de Steven Seagal. A refilmagem do longa de 1992 está sendo escrita por Umair Aleem, que assinou “Kate” na Netflix, e será dirigida pelo indonésio Timo Tjahjanto, do thriller “A Noite Nos Persegue” e de vários filmes de terror. Ele está atualmente contratado para dirigir outro remake, o sucesso sul-coreano “Invasão Zumbi” (Train to Busan), enquanto Umair Aleem ainda desenvolve a adaptação dos quadrinhos de “Danger Girl”. “A Força em Alerta” original girava em torno de Casey Ryback, um ex-Navy Seal que trabalhava como cozinheiro quando um grupo de terroristas tenta assumir o controle de um navio de guerra dos EUA, e se torna a única esperança contra o sequestro. Dirigido por Andrew Davis, o filme arrecadou mais de US$ 156 milhões e gerou uma sequência em 1995. Além de Seagal, Tommy Lee Jones, Gary Busey e Erika Eleniak estrelaram o primeiro filme. Veja o trailer original abaixo.
Brian Cox critica Johnny Depp “superestimado” e Tarantino “superficial” em autobiografia
Brian Cox incorporou a acidez de Logan Roy, seu personagem em “Succession”, para escrever sua autobiografia, cheia de críticas a seus colegas de Hollywood. Intitulado em inglês “Putting the Rabbit in the Hat”, o livro só sai em janeiro, mas os jornais USA Today e Big Issue anteciparam trechos da obra, em que Cox alfineta estrelas como Johnny Depp, Quentin Tarantino e Steven Seagal. O ator lembra que recusou um papel na franquia “Piratas do Caribe” porque a considerava “um show solo de Johnny Depp como Jack Sparrow” e ele não suportava o colega, a quem definiu como “muito exagerado e muito superestimado”. “Veja-se ‘Edward Mãos de Tesoura’. Vamos ser sinceros: se você chega no set com aquelas próteses nas mãos, e a maquiagem cheia de cicatrizes no rosto, não precisa fazer mais nada. E ele não fez. Subsequentemente, fez menos ainda”, escreveu Cox. “Mesmo assim, as pessoas o amam. Ou costumavam amá-lo”. Sobre Tarantino, disse que considera os filmes do diretor superficiais. “É tudo superfície. Ele usa mecânicas de plot como substitutas para profundidade. Fui embora de ‘Pulp Fiction’ no meio da minha sessão”, contou. Apesar disso, admitiu que participaria de um filme do diretor “se o telefone tocasse com uma proposta”. E explica o motivo: “‘Era Uma Vez em Hollywood’, o último filme dele, não foi tão ruim quanto eu esperava, mas também não foi bom o bastante para me converter totalmente”, disse. Para completar, mirou Steven Seagal, com quem trabalhou no filme “Glimmer Man: O Homem das Sombras” (1996). “Ele sofre daquela síndrome de Donald Trump, de achar que é mais capaz e talentoso do que realmente é, e parece não notar o exército de pessoas que é necessário para que essa ilusão seja mantida”, escreveu o ator escocês. Menos feroz, ele ainda cita o falecido David Bowie, com quem contracenou na série “Redcap” dos anos 1960: “Um garoto magro e um ator particularmente fraco. Ele foi uma estrela pop muito melhor, disso eu tenho certeza”. Alfinetou ainda o lendário ator Michael Caine: “Eu não descreveria Michael como meu favorito, mas ele é Michael Caine. Uma instituição. E ser uma instituição sempre será melhor do que ter talento”. E disse o seguinte de seu colega de “A Última Noite”, Edward Norton: “Um bom rapaz, mas um pouco chato porque se imagina como um escritor-diretor”. Em contrapartida, o trecho do livro revelado tem também elogios. Ele descreveu Spike Lee como “simplesmente um dos melhores diretores com quem já trabalhei”, e o falecido ator Alan Rickman como “um dos homens mais doces, gentis, legais e inteligentes que já conheci”. Justificando o tom ácido do livro ao jornal The Scotsman, Cox disse que não fazer média “foi catártico, e necessário”. “Cheguei em uma idade na qual queria olhar para as coisas sob a luz da experiência, e ser o mais honesto possível”, declarou.
Steven Seagal presenteia Nicolás Maduro com espada samurai “da Rússia”
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu uma espada de samurai de presente do ator Steven Seagal. E o detalhe mais inusitado é que a entrega da lâmina japonesa aconteceu durante uma visita do ator americano ao país sul-americano como representante da Rússia! Ao receber o presente, Maduro fez poses com a espada enquanto Seagal assentiu com a cabeça. As imagens do encontro foram transmitidas do palácio presidencial Miraflores, em Caracas, e descritas pelo narrador da TV estatal como um “símbolo de liderança”. Numa troca de gentilezas, o presidente da Venezuela deu ao ator um violão, que brincou tocar, entre gargalhadas. Ambos os vídeos foram postados por Maduro em sua conta oficial no Instagram. Veja abaixo. Seagal é um admirador público de longa data do presidente russo Vladimir Putin, que é fã de artes marciais. Em 2016, Putin concedeu cidadania russa a Seagal e o presenteou com um passaporte, e em 2018 a Rússia o encarregou de ajudar a melhorar os laços entre Moscou e Washington. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia comparou o novo papel de Seagal ao de um embaixador da boa vontade da ONU. Maduro é rotulado como ditador pelos Estados Unidos e muitas outras nações da ONU, que o acusam de violar direitos humanos e de ter fraudado sua reeleição de 2018. Ele se mantém no poder graças ao apoio contínuo da Rússia, além de alguns políticos sul-americanos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Nicolás Maduro (@nicolasmaduro) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Nicolás Maduro (@nicolasmaduro)
DMX (1970–2021)
O rapper DMX morreu nesta sexta-feira (9/4) aos 50 anos em Nova York, após passar uma semana internado numa UTI devido a uma parada cardíaca. Um dos mais bem-sucedidos e influente rappers dos EUA, DMX lutou contra o uso de abusos de drogas durante vários anos e já tinha passado por algumas internações para reabilitação. Nascido Earl Simmons, no interior de Nova York, ele virou DMX nos anos 1990, com letras sobre a violência das ruas e dois álbuns de enorme sucesso, “It’s Dark and Hell Is Hot” e “… And Then There Was X”, que chegaram ao topo da parada de sucessos. Ao todo, ele lançou sete álbuns de estúdio, além de aparecer em vários filmes, incluindo “Barra Pesada” (1998), “Romeu Tem que Morrer” (2000) e “Contra o Tempo” (2003). Nos dois últimos, foi dirigido pelo polonês Andrzej Bartkowiak e formou parceria com o astro do cinema marcial chinês Jet Li. “Romeu Tem que Morrer” (2000) acabou se tornando cultuado, por trazer também uma das últimas performances da cantora Aaliyah, que morreu num acidente de avião logo após seu lançamento. DMX ainda contracenou com o fortão Steven Seagal em “Rede de Corrupção” (2001), novamente sob direção de Bartkowiak, e no mais recente “Beyond the Law” (2019). E chegou a interpretar a si mesmo na bem-sucedida comédia “No Auge da Fama” (2014), de Chris Rock. Mas sua vida e carreira foram prejudicadas pelo abuso de drogas e problemas com a lei, que o levaram a cumprir várias penas consecutivas na prisão e encurtaram sua fase de sucesso. As prisões começaram em 2011, com 11 meses por violação de condicional. Mal saiu, ele voltou a ser detido em 2013 por posse de maconha. Em 2015, foi condenado a outros seis meses de detenção por não pagar US$ 400 mil de pensão alimentícia. E finalmente, em 2018, foi preso após ser flagrado em um exame toxicológico obrigatório, testando positivo para opiáceos, cocaína e oxicodona. Quando foi detido desta última vez, DMX estava em liberdade condicional por sonegação fiscal. Ele devia US$ 1,7 milhão em impostos. A causa da morte não foi confirmada oficialmente. Entretanto, o site TMZ afirma que o cérebro de DMX teria ficado privado de oxigênio por cerca de 30 minutos durante uma overdose. Lembre abaixo cinco sucessos do rapper.
Steven Seagal abandona entrevista ao vivo ao ser questionado sobre acusações de assédio sexual
O ator Steven Seagal abandonou uma entrevista via satélite para a BBC nesta quinta-feira (4/10) após ser questionado sobre as acusações de assédio sexual que sofreu nos Estados Unidos. “Sobre sua vida nos Estados Unidos, você foi registrado em alegações de assédio sexual. Você tem uma acusação de estupro e fico imaginando como você lida com tudo isso”, questionou a apresentadora Kirsty Wark. Antes mesmo dela terminar a pergunta, o ator tirou seu retorno no ouvido, levantou-se da cadeira e saiu da frente das câmeras. Veja abaixo. Seagal foi acusado por cerca de 10 mulheres de abuso sexual, mas a promotoria de Los Angeles não conseguiu transformar as acusações em processo, porque a maioria das denúncias prescreveu. Regina Simons, uma das denunciantes, disse que sofreu abuso há 25 anos, quando ainda era menor de idade. Ela relatou que Seagal a convidou para uma festa em sua casa, que deveria ter outras pessoas, mas não havia mais ninguém, e então a estuprou. A mulher afirmou que nunca tinha ficado nua na frente de um homem antes dessa agressão. Já Faviola alega que Seagal beliscou seus mamilos e agarrou sua vagina durante um teste para filme em 2002. “Depois, ele se sentou calmo, como se nada tivesse acontecido. O segurança pessoal de Steven ficou bloqueando a porta e apenas se moveu quando Steven pediu. Eu saí do quarto me sentindo horrível e violentada”, contou. Mais conhecida, a atriz e apresentadora Lisa Guerrero revelou que sofreu o abuso quando disputava um papel no longa “Ameaça Subterrânea”. Ela contou que Seagal pediu que ela fosse a sua casa para uma “audição particular”. Desconfortável, ela foi ao local acompanhada de sua empresária. Lá, o ator as recebeu usando apenas um robe de seda. Mais tarde, a atriz recebeu outra ligação, informando que Segal gostaria de oferecer a ela o papel, mas que ela teria que voltar à casa dele para um “ensaio particular” na mesma noite. Guerrero declinou. Atrizes famosas como Julianna Margulies e Portia de Rossi também acusaram o ator de tentar abusá-las. “Meu teste final para um filme de Steven Seagal aconteceu em seu escritório”, denunciou Portia de Rossi no Twitter. “Ele me disse o quão importante era a química entre os atores fora das telas enquanto me fez sentar e foi descendo o zíper das suas calças de couro. Eu corri e chamei minha agente. Sem se incomodar, ela disse, ‘Bem, eu não sabia se ele era o seu tipo'”, escreveu a atriz da série “Arrested Development”, que se assumiu lésbica e é casada com a apresentadora Elle DeGeneres desde 2008. Já a estrela de “The Good Wife” contou que foi convencida por uma diretora de elenco a se encontrar com Seagal num quarto de hotel em 1990. Mas, ao chegar no hotel, não havia sinal da mulher, e o ator abriu a porta armado: “Ele fez questão que eu visse a arma. Eu nunca tinha visto uma arma na vida”, contou a atriz, que tinha tinha 23 anos na época. Ela não entrou em detalhes sobre o que aconteceu no quarto, mas disse ter saído “incólume”. “Não sei com saí de lá, mas não fui machucada, não fui estuprada”. Depois disso, a atriz disse que nunca mais foi a reuniões com homens da indústria sozinha. Steven Seagal nega todas as acusações. This is the moment Steven Seagal walks out on a #newsnight interview over questioning about #metoo allegations, which he denies.@sseagalofficial | @KirstyWark | @BBCTwo | #newsnight pic.twitter.com/Lr6mE3th4F — BBC Newsnight (@BBCNewsnight) October 4, 2018
Promotoria de Los Angeles investiga novas denúncias contra Harvey Weinstein, Steven Seagal e Anthony Anderson
A promotoria de Los Angeles informou na quinta-feira (9/8) que está investigando novos casos de agressão sexual envolvendo três celebridades: o produtor Harvey Weinstein, o astro de filmes de ação Steven Seagal e o ator Anthony Anderson, da série “Black-ish”. O porta-voz da promotoria não deu detalhes das alegações ou quando as supostas agressões ocorreram. A denúncia ou denúncias contra Weinstein complicam ainda mais a situação do produtor, que atualmente enfrenta julgamento por estupro e abuso sexual em Nova York. Segal, por sua vez, é alvo de uma segunda denúncia. A primeira está sendo analisada pelas autoridades desde fevereiro. Embora a polícia não tenha confirmado o nome das vítimas, a ex-atriz Regina Simons e a modelo Faviola Davis informaram que tinham entrado na Justiça contra o ator. Simons alega que foi estuprada pelo astro das artes marciais em sua casa, em 1993, e Davis diz que ele agarrou suas partes íntimas em uma audição. Além delas, mais de uma dúzia de mulheres acusaram Seagal de violência sexual nos últimos meses. O ator de 66 anos negou todas alegações, dizendo que as supostas vítimas “mentiram e são pagas para mentir sem qualquer prova ou testemunha”. O caso de Anthony Anderson tem menos volume. Ele foi acusado apenas por uma mulher, a quem teria agredido sexualmente após uma festa em 2017. Um porta-voz do ator negou as acusações, que surgiram em julho, e lamentou que “qualquer um pode entrar com um processo independente se for verdade ou mentira”. Entretanto, esta não é a primeira vez que o ator é acusado de violência sexual. Ele e um assistente de direção foram acusados de estuprar uma atriz aspirante nos bastidores do filme “Ritmo de Um Sonho” (2005). O caso não chegou a ser investigado, porque as acusações foram retiradas em seguida.
Investigado por estupro, Steven Seagal vira representante especial da Rússia para “relações humanitárias” com os EUA
Processado por abuso sexual e estupro por duas mulheres na Califórnia, o ator Steven Seagal foi escolhido pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia como seu representante especial para “relações humanitárias” entre a Rússia e os Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia comparou o novo papel de Seagal ao de um embaixador da boa vontade da ONU. “É um caso de diplomacia popular cruzando com a diplomacia tradicional”, afirmou o Ministério, em comunicado. “Sempre tive um desejo muito forte de fazer tudo o que puder para ajudar a melhorar as relações entre a Rússia e os EUA”, disse Seagal, segundo a emissora de TV estatal russsa RT. “Eu trabalhei incansavelmente nesta direção por muitos anos não oficialmente e agora estou muito grato pela oportunidade de fazer a mesma coisa oficialmente.” Por mais de uma década, Seagal tem sido um visitante regular da Rússia, onde seus filmes ainda são populares. O presidente Putin é um de seus fãs e deu um passaporte russo de presente ao ator em 2016, dizendo que esperava que isso servisse para simbolizar como os laços entre Moscou e Washington estão começando a melhorar. Desde então, contudo, as relações entre EUA e Rússia só pioraram, com as agências de inteligência norte-americanas acusando o governo russo de interferir na gestão da Casa Branca de Donald Trump, uma alegação que a Rússia nega. Os dois países também estão em conflito sobre intervenções militares na Síria e na Ucrânia. Caso Sylvester Stallone tivesse aceitado o convite de Donald Trump para comandar os programas de Cultura dos EUA, os dois poderiam discutir diplomacia, enquanto explodissem os dois países em uma nova produção de Hollywood. Atualmente investigado pela polícia de Los Angeles, Steven Seagal pode ser condenado de 10 anos a prisão perpétua se o caso chegar ao tribunal da Califórnia. O processo corre em segredo de justiça, mas as denúncias são conhecidas. Nos últimos meses, Seagal foi acusado de abuso e assédio sexual por várias mulheres, algumas delas conhecidas, como Eva LaRue, que estrelou a série “CSI: Miami” por oito temporadas. Ela disse ao site Deadline que o ator a trancou em uma sala durante um teste em sua casa em 1990 e depois abriu seu quimono, ficando de pé diante dela, apenas de cueca. E Portia de Rossi, da série “Arrested Development” e casada com a apresentadora Ellen DeGeneres, relatou no Twitter que, durante outro suposto teste, Seagal desceu o zíper da sua calça de couro, o que a fez sair correndo. Outras atrizes que revelaram assédios de Seagal foram Julianna Margulies, Jenny McCarthy e Katherine Heigl.
Sindicato dos Atores proíbe testes de Hollywood em hotéis e residências
O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos, conhecido pela sigla SAG-AFTRA, resolveu proibir testes de elenco em quartos de hotel e residências particulares após as inúmeras denúncias de assédio sexual em Hollywood. O fim do atalho para o teste do sofá consta de um Código de Conduta publicado pela entidade nesta quinta (12/4). “O SAG-AFTRA se opõe que audições, entrevistas e reuniões profissionais similares sejam realizadas em quartos de hotel ou residências privadas”, diz o texto, publicado no site do sindicato. “Exortamos que produtores e outros responsáveis na tomada de decisões, com influência e controle da carreira profissional de outros, PAREM de ter essas reuniões profissionais nesses locais de alto risco e busquem alternativas de locais mais apropriados.” O sindicato também pediu para os agentes de talentos que tampouco marquem esse tipo de reunião para seus clientes, e recomendou aos atores que, caso seja impossível mudar o local, compareçam às reuniões acompanhados de uma pessoa de confiança. A proibição é uma forma de evitar a repetição de casos como o de Harvey Weinstein, que usava hotéis para abordar sexualmente jovens atrizes. A maioria das denúncias contra o produtor revelou que ele convidava atrizees para seu quarto de hotel com a desculpa de falar de trabalho e tirava a roupa, oferecia massagens, ou pedia que elas o vissem se masturbar, tudo com promessas de fama, ou ameaças de arruinar suas carreiras. Há também acusações sobre testes em residências, como as denúncias contra Steven Seagal, entre outros. “Estamos comprometidos a enfrentar o cenário que permitiu que predadores explorassem a portas fechadas várias atrizes sob a aparência de uma reunião profissional”, declarou Gabrielle Carteris, presidente do SAG-AFTRA, que representa 160 mil atores e outros profissionais do entretenimento e da mídia.
Mulheres prestam queixa criminal contra Steven Seagal por estupro e agressão sexual
Duas mulheres que anteriormente acusaram Steven Seagal de estupro e agressão sexual ofereceram relatos mais detalhados dos alegados abusos do ator, durante uma entrevista coletiva organizada pela advogada Lisa Bloom. As acusadoras prestaram queixa criminal e também vão processar o ator em busca de uma indenização financeira. “Steven Seagal pode ser uma grande estrela de ação”, introduziu Bloom. “Mas são Faviola e Regina que estão abrindo uma ação agora”, completou a advogada, referindo-se à modelo holandesa Faviola Dadis e a ex-aspirante a atriz Regina Simons. Simons relatou que tinha acabado de trabalhar como figurante no filme de Seagal “Em Terreno Selvagem” (1994), quando o ator a convidou para uma festa em sua casa. Quando ela chegou, ninguém mais estava lá. Ele a conduziu a um quarto com o pretexto de lhe mostrar algo e, segundo seu relato, a estuprou. “Fui apanhada de surpresa. Seagal era mais do dobro do meu tamanho e duas vezes mais velho. Eu não era sexualmente ativa, nem eu nunca estive nua na frente de um homem antes. Eu congelei”, disse Simons, que tinha 18 anos na época. “Lembro dele abrir o robe e a próxima coisa que percebi que ele já estava dentro de mim. Não houve nada consensual nisso.” Ela relatou que saiu correndo e dirigiu de volta para casa em lágrimas. “Isso mudou completamente a trajetória da minha vida”, disse ela. “Eu achei difícil comer ou dormir. Eu me esforcei para formar relacionamentos saudáveis”, acrescentando ter se sentido encorajada pelo movimento #MeToo para apresentar sua história. “Pela primeira vez em 25 anos, isso me permitiu processar o que aconteceu e trabalhar com a dor”, disse Simons, lutando contra as lágrimas diante da imprensa. “Rezo para que meu agressor também possa se curar. Eu quero que ele esteja ciente, eu quero que ele reconheça o que aconteceu e peça desculpas “. Dadis, por sua vez, contou que ela era um modelo de 17 anos quando deixou a Holanda em 2002 para buscar uma carreira de atriz em Los Angeles. Um produtor de música a apresentou à Seagal, que a convidou para um teste para um papel num filme sobre Genghis Khan. Ela disse que os dois se compartilhavam interesses comuns pelo budismo e as artes marciais, o que os fez compartilhar mensagens de texto e telefonemas. Até que Seagal solicitou uma audição “privada” num hotel em Beverly Hills, onde ele poderia “avaliar minha figura para ver se eu seria adequada para o papel”. Um assistente instruiu-a a chegar de biquíni ou sutiã e calcinha sob da roupa, um pedido que ela concordou, observando que era “bastante padrão” no negócio de modelagem. Um assistente escoltou Dadis para o encontro noturno com Seagal, depois a deixou sozinha com o ator e seu guarda-costas pessoal. “Steven me pediu para tirar minhas roupas, o que eu fiz, embora estivesse nervosa, considerando que não havia outros indivíduos presentes, e desfilar pela sala para ele”, disse Dadis. Seagal se aproximou dela sugerindo que eles representam uma “cena romântica” para testar sua química. “Eu me senti desconfortável porque estava de biquíni, e eu expressava timidamente isso”, disse Dadis. “No entanto, em vez de respeitar os meus limites, Seven deslizou a mão sob a parte parte superior do biquíni e começou a beliscar os mamilos e, ao mesmo tempo, deslizou a mão na minha área vaginal”. Dadis interrompeu o ator, juntou suas roupas e saiu. Ela não retornou suas chamadas telefônicas subsequentes e não falou a ninguém sobre o que aconteceu até que amigos e familiares notaram uma mudança em seu comportamento. “Ele achou que eu deveria saber o que significava fazer um teste tarde da noite”, disse Dadis. “Por isso, demorei a perceber que não era minha culpa. Eu tinha sido aproveitado por alguém com muito poder”, ela compeltou
Steven Seagal diz que acusação de estupro é mentira financiada por uma conspiração mundial
O ator Steven Seagal diz que a mulher que o acusa de estupro é mentirosa e foi paga para mentir, sugerindo existir uma conspiração mundial por trás da onda de denúncias de assédio sexual. “Ela mentiu e foi paga para mentir sobre mim, sem evidências, provas ou testemunhas”, disse Seagal em entrevista em vídeo ao podcast de extrema-direita InfoWars. “Isso é uma tragédia. Não só para mim, como para centenas de pessoas ao redor do mundo”, continuou o ator, acrescentando que “muitas dessas pessoas [acusadas de assédio e estupro] são inocentes. As pessoas estão sendo pagas para mentir e as pessoas que estão pagando os mentirosos serão expostas”. Veja a íntegra da entrevista abaixo. Na semana passada, Regina Simons denunciou Seagal por estupro em 1993, quando tinha 18 anos de idade. Hoje com 43 anos e mãe de dois filhos, ela relatou ao site The Wrap que foi figurante do filme “Em Terreno Selvagem” e, algumas semanas depois, recebeu um telefonema convidando-a para uma festa de encerramento das filmagens na casa de Seagal. Quando chegou, o lugar estava vazio e sem sinais de que aconteceria uma celebração. “Eu perguntei a ele onde estava todo mundo e ele falou que todos já tinham ido embora”, lembrou a mulher. Ela conta que em seguida o ator a levou até seu quarto “e então começou a me beijar”. “Ele tirou minhas roupas e antes que eu percebesse estava em cima de mim, me estuprando… eu ainda não era ativa sexualmente na época”, contou. “A única forma que consigo descrever a situação é que eu literalmente senti que eu deixei meu corpo. Eu estava completamente indefesa. Lágrimas desciam do meu rosto e sei que doeu, ele era três vezes maior que eu”. Simmons ainda disse ao The Wrap que não denunciou o ator e nem falou nada para ninguém, porque sua família “não permitia nem que eu namorasse, então para mim era uma situação vergonhosa”. “Eu pensava, ‘meu Deus, como isso aconteceu?’, então acabei me culpando e fingindo que nada tinha acontecido”. Ela aponta que o trauma a afastou da atuação. Ela trabalha agora como advogada para famílias nativas norte-americanas. Após a denúncia, a polícia de Los Angeles abriu uma investigação criminal contra o ator. Essa é a primeira vez que Steven Seagal é acusado de estupro, mas o astro já foi alvo de mais de uma dúzia de denúncias de assédio sexual. Algumas das acusadoras são atrizes conhecidas. Eva LaRue, que estrelou a série “CSI: Miami” por oito temporadas, disse ao site Deadline que o ator a trancou em uma sala durante um teste em sua casa em 1990 e depois abriu seu quimono, ficando de pé diante dela, apenas de cueca. E Portia de Rossi, da série “Arrested Development” e casada com a apresentadora Ellen DeGeneres, relatou no Twitter que, durante outro suposto teste, Seagal desceu o zíper da sua calça de couro, o que a fez sair correndo.









