Série sci-fi de Keanu Reeves em São Paulo vira golpe na Netflix
Diretor Carl Rinsch foi preso e indiciado por fraude e pode pegar mais de 60 anos de cadeia nos Estados Unidos
Francis Ford Coppola vem ao Brasil para lançar “Megalópolis”
Diretor visita São Paulo no fim de outubro para promover seu novo filme, financiado por ele próprio
Forum Spcine revela importância do setor audiovisual para a economia
A Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo apresenta entre esta terça (10/5) e quinta (11/5) o Forum Spcine, evento que reúne representantes do setor audiovisual da América Latina para discutir a agenda de retomada do audiovisual no pós-pandemia, mas principalmente apresentar dados financeiros do setor, num balanço do impacto econômico gerado pelos seis anos de funcionamento da agência paulistana de fomento. Os dados do retorno da Spcine são impressionantes. O levantamento contábil da agência indica que cada R$ 1 investido pela prefeitura paulistana na produção de um filme ou série na cidade gerou mais de R$ 20 para a economia municipal. A Spcine também pesquisou o retorno financeiro do fomento nacional para revelar que cada real investido por mecanismos como as leis de incentivo federal e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) retornam aos cofres públicos R$ 15 em impostos. O que torna mais difícil para o governo Bolsonaro defender veto, congelar ou desmontar iniciativas que visam estimular o crescimento do setor. Outra informação para desmontar argumentos de quem não consegue ver importância econômica na Cultura: estimativas da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, apontam que o setor audiovisual brasileiro movimentou em 2018, último ano antes do estrago causado por Bolsonaro, um valor maior do que as indústrias têxtil e farmacêutica, estimulando também empresas prestadoras de serviços como hotelaria, alimentação e transporte para as equipes – serviços que estão entre os mais afetados pela pandemia. “A sociedade conhece pouco os dados do setor audiovisual. Não tem como a gente debater políticas para o setor sem entender quão estratégico ele é”, afirma Viviane Ferreira, presidente da Spcine, comentando os valores para o jornal Folha de S. Paulo. Para ela, os dados obtidos pelo serviço de inteligência da agência junto à Secretaria Municipal da Fazenda, o IBGE e a Ancine “mostram para a gente que a economia criativa faz sentido.” O levantamento indica ainda que a produção audiovisual emprega anualmente cerca de 210 mil pessoas apenas na cidade de São Paulo, além de outras 290 mil de forma indireta, por meio da rede de serviços que estimula, movimentando R$ 5 bilhões no próprio setor audiovisual e outros R$ 6 bilhões em áreas relacionadas. Apesar disso, a Ancine congelou sua política de incentivo durante o governo Bolsonaro, com uma paralisação no repasse da verba do FSA que atrasou centenas de produções de cinema e televisão no país e causou preocupação no setor. Um montante de R$ 5 milhões do FSA seria destinado a 52 projetos de editais da Spcine, que ainda não foram liberados aos realizadores. Tão importante quanto as revelações feitas por estes dados é o próprio sucesso da Spcine. Embora o Brasil esteja acostumado com as destruições de iniciativas bem-sucedidas a cada mudança de governo, como Bolsonaro fez com o Bolsa Família, a Spcine demonstra que progresso é seguir em frente e não parar para recomeçar sempre. Afinal, a agência foi uma boa ideia de um governo petista, iniciada na gestão do prefeito Fernando Haddad, que foi encapada e fortalecida por um rival, o falecido prefeito tucano Bruno Covas, que ampliou seu alcance para meios digitais e lhe destinou maior investimento. Agora, o atual prefeito Ricardo Nunes incluiu estudos da Spcine na legislação municipal, ao assinar nesta terça (10/5), durante a abertura do Forum, decreto que estabelece normas e viabiliza filmagens em ZER (Zonas Exclusivamente Residenciais) na capital paulista. “Isso diminui a dificuldade do diálogo para se fazer filmagens nos bairros da cidade. Isso é um grande avanço”, afirmou a secretária municipal de Cultura, Aline Torres. Não há melhor exemplo de como a continuidade de políticas públicas é fundamental para o crescimento do país.
Associação Paulista de Cineastas quer cotas de raça e gênero em editais audiovisuais
A Associação Paulista de Cineastas (Apaci) aprovou uma proposta de cotas raciais e de gênero para editais de roteiro e produção de longas-metragens no estado de São Paulo. Aprovada nesta semana, a proposta sugere que os editais estaduais de audiovisual destinem metade de seus recursos para homens e metade para mulheres, e, dentro dessas categorias, reservem no mínimo um terço de projetos para pretos, pardos, indígenas e pessoas LGBTQIAP+. O projeto será enviado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo e à SPCine, que fomenta a produção cinematográfica na capital paulista.
Bolsonarista tenta censurar festival de São Paulo contra censura
A vereadora bolsonarista Sonaira Fernandes, ex-funcionária de gabinete de Eduardo Bolsonaro, tentou impedir a realização do festival São Paulo Sem Censura, que será promovido pela Prefeitura da capital paulista nesta semana, entre 3 e 6 de junho. Ela protocolou uma ação popular na 14ª Vara da Fazenda Pública argumentando que se trata de um evento político, que visa “disseminar ódio e repúdio” ao governo federal, e não cultural. Mas na decisão proferida nesta terça-feira (1/6), o juiz José Eduardo Cordeiro Rocha apontou que, na verdade, a vereadora estava incorrendo em tentativa de censura ao buscar impedir uma manifestação contra censura. Ele indeferiu o pedido de liminar. “O acolhimento liminar da pretensão da autora é que seria temerário e poderia representar indevida ingerência do Judiciário em critérios discricionários de escolha da programação do evento cultural pelo Executivo ou ainda, o que seria pior, levar indiretamente à censura prévia do conteúdo da produção artística e à livre manifestação do pensamento, o que é vedado pela Constituição Federal”, escreveu o magistrado. Em sua primeira edição, no ano passado, o festival foi chamado de Verão Sem Censura e abrigou peças teatrais, exposições e outros eventos que sofreram represálias ou censura do governo federal. Um dos maiores entusiastas era o então prefeito Bruno Covas (PSDB), que morreu em decorrência de um câncer em maio. A nova edição, rebatizada de São Paulo Sem Censura, será um dos primeiros eventos de grande porte na cidade com Ricardo Nunes (MDB) como prefeito. Neste ano, o festival concebido pelo secretário da Cultura Alê Youssef será dividido em quatro eixos: Excluídos da Fundação Palmares, Censura Prévia na Lei Rouanet e Ancine, Liberdade de Imprensa e de Expressão e Políticas de Silenciamento. A programação terá atividades sediadas por equipamentos culturais da cidade, como o Theatro Municipal – que terá uma leitura dramatúrgica de “Santo Inquérito”, uma das mais importantes peças modernas do teatro brasileiro, com direção de Bete Coelho – , o Centro Cultural São Paulo (CCSP), o Centro Cultural da Juventude (CCJ), além de ações em ruas e avenidas, da Paulista até Itaquera. Adaptada aos protocolos de distanciamento social, o evento também prevê mostras de filmes na plataforma digital da SPCine, empresa municipal de fomento a cinema. A seleção destaca o trabalho de quatro coletivos independentes de cinema, Babado Periférico, Astúcia, Mbyá-Guarani de Cinema e Surto & Deslumbramento, com exibição de curtas, médias-metragens e webséries, além de debates transmitidos via redes sociais.
Paulo Gustavo vira nome de cinema em São Paulo
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, prestou homenagem ao ator Paulo Gustavo, falecido na terça (4/5) por complicações decorrentes de covid-19, batizando uma das principais salas de cinema do circuito SPCine com seu nome. Um decreto publicado na sexta-feira (7/5) no Diário Oficial do Município renomeou a Sala Cine Olido, atual versão de um dos cinemas mais tradicionais de São Paulo, localizado no centro da cidade, como “Sala Paulo Gustavo”. Atualmente em reforma, a sala será reinaugurada com nova infraestrutura, novo nome e uma mostra de filmes de Paulo Gustavo quando as obras na Galeria Olido, que virou espaço cultural, forem concluídas. A previsão é que isso ocorra em julho. “Além da sua marcante contribuição à cultura brasileira por meio do Teatro e do Cinema, Paulo Gustavo foi um homem ativo na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e tolerante, e teve sua vida interrompida, ainda muito jovem, aos 42 anos, pela Covid-19”, diz o texto do Decreto. A sala já tinha passada por ampla reforma em 2016, quando foi totalmente digitalizada. Veja abaixo uma foto do espaço, que possui 236 lugares.
Cineasta Viviane Ferreira é a nova presidente da SPCine
A cineasta e advogada Viviane Ferreira (“Um Dia Com Jerusa”) é a nova diretora-presidente da SPCine, agência paulistana de fomento ao cinema. Ela entra no lugar da cineasta Laís Bodanzky (“Como Nossos Pais”), que estava no cargo desde fevereiro de 2019. Em comunicado postado nas redes sociais, o secretário de Cultura Municipal de São Paulo, Alê Youssef, explicou que Bodanzky havia se comprometido a ocupar o cargo por somente dois anos. “Desde que Laís Bodanzky aceitou nosso convite para assumir a Presidência da SPCine, ela deixou clara sua disposição de se dedicar por dois anos à estruturação e valorização da empresa municipal e do setor audiovisual na cidade. Abrindo mão temporariamente de sua celebrada e premiada carreira, Laís posicionou São Paulo no topo do audiovisual brasileiro e foi certamente a melhor presidente que a SPCine já teve. Que grande honra tê-la ao meu lado como uma das figuras públicas dessa linda equipe que montamos. Muito obrigado, Laís”, elogiou Youssef. Ele também afirmou que a substituição tem como parâmetro uma política de “continuidade” do que foi feito na gestão de Bodanzky. “Com orientação do prefeito Bruno Covas, iniciamos junto com a Laís um período de transição para uma nova gestão onde a palavra de ordem é continuidade”, ele escreveu. Viviane Ferreira, a nova diretora-presidente da Spcine, também recebeu elogios e as boas-vindas no cargo. Em sua carreira como cineasta, ela dirigiu o longa-metragem “Um Dia Com Jerusa” (2020) e um dos segmentos do documentário “Pessoas: Contar Para Viver” (2019). Seu curta “O Dia de Jerusa” (2014) esteve na seleção de festivais internacionais como de Cannes e de Roterdã. E Youssef complementou sua lista de realizações em seu comunicado. “Viviane é uma grande referência do setor audiovisual brasileiro. Especialista em políticas públicas para o audiovisual, advogada e cineasta, é Presidente e uma das fundadoras da APAN – Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro. Presidiu também o Comitê de Seleção do Oscar 2021, responsável por indicar o representante brasileiro para a Academia de Cinema americana”, enumerou o secretário de Cultura. “Tenho certeza de que com todo seu conhecimento, capacidade de articulação e ativismo, Viviane vai continuar a fazer a SPCine crescer, participar do nosso trabalho de posicionamento da Cultura na centralidade do desenvolvimento econômico e social da cidade e agregar muito na luta coletiva de amparo, defesa e valorização da nossa Cultura nesse período tão difícil. Bem vinda, Viviane!”, concluiu. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Alê Youssef (@aleyoussef)
Novo drive-in de São Paulo vai exibir filmes nacionais em sessões gratuitas
São Paulo vai ganhar mais um drive-in em agosto. Mas não será mais um espaço a cobrar ingresso caro para o público assistir filmes disponíveis em streaming. O Projeto Paradiso, iniciativa filantrópica do Instituto Olga Rabinovich, fechou parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, a Spcine e o Cine Autorama – e conta com apoio da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) – para oferecer sessões gratuitas exclusivamente de filmes brasileiros. O novo cinema ao ar livre Drive-In Paradiso será instalado no estacionamento da Alesp, no Ibirapuera, e funcionará de 1 a 23 de agosto com uma programação realmente diferenciada, com curadoria da cineasta e cinéfila Marina Person (“Califórnia”). Para marcar o lançamento do projeto, o premiado “Meu Nome É Bagdá”, de Caru Alves de Souza, será exibido na estreia, no dia 1º de agosto. Inédito em circuito comercial, o drama de ficção sobre skatistas paulistas foi premiado no Festival de Berlim, no começo do ano. “Meu Nome É Bagdá” será exibido entre “Café com Canela”, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, premiado no 50º Festival de Brasília, e o icônico “Central do Brasil”, de Walter Salles, que integra uma homenagem aos grandes clássicos brasileiros na programação do drive-in. As sessões serão realizadas apenas aos sábados e domingos, às 17h, 20h e 23h. No primeiro domingo de programação, estão previstos o infantil “As Aventuras do Avião Vermelho”, a biografia musical “Elis” e a comédia blockbuster “De Pernas pro Ar 3”. Nos próximos dias, serão realizadas exibições de “Bacurau” – em sessão dupla com filme surpresa escolhido pelo diretor Kleber Mendonça Filho – e “Pacarrete”, de Allan Deberton, grande vencedor do Festival de Gramado do ano passado e também inédito em circuito comercial de cinema. Antes dos longas, ainda haverá a exibição de curtas-metragens produzidos por cineastas das periferias de São Paulo, que integram o projeto Curta em Casa – desenvolvido durante a pandemia pelo Projeto Paradiso em parceria com o Instituto Criar e a Spcine.
Prefeitura autoriza retomada de filmagens nas ruas de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo autorizou, por meio da Spcine e da São Paulo Film Commission, a retomada de filmagens nos espaços públicos da cidade. As produções deverão seguir rigorosamente três protocolos criados para garantir a segurança dos profissionais durante os trabalhos. São eles o Protocolo Geral de Reabertura, o Protocolo de Segurança e Saúde no Trabalho Audiovisual e o Protocolo de Filmagens e Gravações em Espaços Públicos, que podem ser acessados no site da Spcine. Entre outras coisas, os protocolos determinam a manutenção do distanciamento social, a higienização diária dos sets e proíbe preparação de alimentos nos locais de filmagem, permitindo apenas alimentos para consumo imediato cujas embalagens tenham sido devidamente higienizadas (pratos, talheres e copos devem ser descartáveis e de uso individual). “O setor audiovisual é maduro e acredito que vai incorporar com eficácia estes novos hábitos, tanto por profissionais e artistas quanto pelas produtoras que coordenam as ações”, disse a cineasta Laís Bodanzky, diretora-presidente da Spcine, ao jornal O Globo. “É muito importante retomar as atividades sem ansiedade, para que o setor adquira as novas práticas com propriedade. A Spcine e a São Paulo Film Commission estão otimistas quanto à retomada das filmagens com toda cautela e respeito necessários, contando com a já conhecida organização do setor”.
Variety elogia projeto da Spcine para incentivar filmagens internacionais em São Paulo
A Spcine, empresa municipal de cinema que estimula a produção de audiovisual na capital paulista, está lançando nesta semana uma consulta pública de edital para Atração de Filmagens em São Paulo, em que oferece descontos/reembolsos (cash rebate) de 20% em despesas para produções estrangeiras que se comprometerem a gastar no mínimo R$ 2 milhões na região. A iniciativa é inédita no Brasil, mas já é utilizada em outras 97 cidades, como Londres, Nova York e Madri. Entretanto, o projeto tem pioneirismo mundial em outras áreas, a ponto de ter chamado a atenção do site da revista americana Variety, que conversou com a presidente da entidade, a cineasta Laís Bodanzky, e o diretor Luiz Toledo, elogiando a iniciativa e colocando-a em destaque para interessados dos EUA. Além de propiciar geração de emprego e incentivar a profissionalização de técnicos brasileiros que poderão trabalhar em mais projetos, a Spcine também promoverá ação afirmativa, ao premiar maior participação de minorias, estabelecendo maiores retornos (de até 30%) para produções encabeçadas por artistas negros ou mulheres em cargos de criação, elenco principal ou chefia de equipe. Mas tem mais. A Spcine ainda oferecerá pontos extras de porcentagem de descontos para produções que praticarem gerenciamento de resíduos, reciclagem e outras iniciativas pró-ambientais. Esse incentivos também se estenderão a outros tipos de produções elegíveis, como séries nacionais de potencial internacional – devido à distribuição em streaming – , além de comerciais de marcas multinacionais realizados na cidade. Em outra linha de incentivo, a Spcine premiará pelo menos dois roteiros de produções internacionais que incluírem a cidade ou um personagem de São Paulo em sua narrativa, sem necessariamente serem filmados ou produzidos na capital. Luiz Toledo ainda indicou que os projetos contarão com uma “cláusula de pandemia”, em que a Spcine se comprometerá a pagar salários mínimos para funcionários de filmagens que forem impedidos de trabalhar devido a um lockdown súbito, em meio à pandemia. As propostas que forem beneficiadas pelo edital, claro, deverão cumprir todas as recomendações dos órgãos de saúde pública, especialmente da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O edital estará aberto para consulta e comentários públicos de 10 de junho a 24 de julho. Ao final deste período, a presidente da Spcine acredita que a cidade já poderá ser utilizada para filmagens, que no momento estão proibidas pela crise sanitária. “Acredito que seremos capazes de retomar as sessões de filmagens em algumas semanas, ou no segundo semestre de 2020, quando os descontos entrarem em vigor”, disse Bodanzky à Variety. Além de movimentar a economia de São Paulo num momento de crise econômica, a publicação americana também avaliou que o projeto pode representar uma alternativa importante contra o desmonte cultural praticado pelo desgoverno federal, notando que o setor audiovisual está “praticamente congelado desde que Bolsonaro chegou ao poder em janeiro de 2019”. Em tom quase eleitoral, a Variety chega a destacar a importância do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na renovação da política brasileira, por sua postura pró-ativa em questões sociais, citando um programa que captura emissões de gases dos dois principais aterros da cidade para gerar eletricidade.
Spcine Play estende gratuidade de todo seu catálogo até o fim de 2020
O acervo da plataforma Spcine Play vai ficar liberado para acesso gratuito até o final de 2020. Originalmente, o conteúdo ficaria disponível por apenas 30 dias. Mas como a pandemia de covid-19 não dá sinais de amenizar, a prefeitura de São Paulo decidiu estender o prazo, oferecendo uma alternativa de entretenimento gratuito e de qualidade para a população, durante este período de isolamento social. Especializada em filmes brasileiros e cinema de arte, a plataforma paulistana disponibiliza diversas mostras cinematográficas temáticas, como retrospectivas dos diretores Andrea Tonacci, Hector Babenco e José Mojica Marins, uma seleção de obras de cineastas femininas, com destaque para Lucia Murat, Tata Amaral e Helena Ignez, uma Mostra do Audiovisual Negro e um festival de filmes musicais, além de manter em seu catálogo títulos da Mostra de São Paulo, e dos festivais de documentários É Tudo Verdade e In-Edit, entrevistas com artistas e várias opções infantis. Apesar de ser uma iniciativa da cidade de São Paulo, os filmes podem ser assistidos em qualquer lugar do Brasil e sem necessidade de assinatura, via site: www.spcineplay.com.br.
Festival É Tudo Verdade começa sua primeira edição digital
Ao completar 25 anos, o maior festival de documentários do país, o É Tudo Verdade, deu início nesta quinta (26/3) à sua primeira edição digital. Em comunicado, a produção do evento afirmou que o festival “reformulou seu programa original, diante das restrições radicais de mobilidade e do fechamento das salas de cinema e centros culturais em suas sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro”. Com isso, o É Tudo Verdade foi dividido em duas etapas. Na primeira fase, os documentários ficarão disponíveis em um festival digital até o dia 5 de abril nos sites do Itaú Cultural, Canal Brasil Play e Spcine Play. “Em setembro, a segunda fase apresentará a vigorosa produção inédita selecionada para as mostras competitivas brasileira e internacional e programas fora de concurso”, informa o evento. Dos 83 longas, médias e curtas-metragens previstos para a programação oficial, 30 poderão ser acessados pela internet. O Itaú Cultural, por exemplo, disponibiliza a série “A Herança da Coruja”, do francês Chris Marker, o ciclo A Situação Cinema, com cinco longas brasileiros sobre o setor audiovisual, e quatro obras (três longas e um curta) da mostra Os Primeiros Premiados, que relembra a primeira edição do festival. O Spcine Play vai abrigar a mostra As Diretoras no É Tudo Verdade, com dez longas dirigidos por mulheres, já exibidos em edições passadas do evento, além de oito títulos (três longas e cinco curtas) da seção Ano 1, que relembra a edição inaugural de 1996, e dois documentários sobre José Mojica Marins, o Zé do Caixão, morto no mês passado. Para completar, o Canal Brasil Play programou as duas temporadas da série “Cineastas do Real”, que reúne 26 entrevistas com documentaristas brasileiros realizadas por Amir Labaki, fundador do É Tudo Verdade. O acesso a todos os conteúdos é gratuito.











