Vinícius revela ser bissexual em conversa no BBB 25: “Nunca tive coragem de falar isso pros meus pais”
Desabafo ocorreu durante madrugada de festa e emocionou aliados, que prestaram apoio ao brother
Claudia Raia é denunciada à polícia após fala sobre vibrador para filha
Deputado estadual do PL acusa a atriz de expor conteúdo inadequado a menores e pede investigação baseada no ECA
Chloë Moretz se assume “mulher gay” em apoio a Kamala Harris nas eleições dos EUA
Atriz incentiva seguidores a votar e defende direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+
Billie Eilish lança clipe da música queer e dançante “Lunch”
Hit fala de desejo por outra garota e traz a cantora assumindo sua sexualidade pela primeira vez
Filho de Bolsonaro tem mensagem íntima para ex-assessor exposta por Leo Dias
Jair Renan, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, abordou temas polêmicos em entrevista ao jornalista Leo Dias, publicada no YouTube na noite de domingo (8/10). Entre os assuntos, destacou-se a relação com o ex-assessor Diego Pupe, que alega ter sido seu namorado. Renan negou a suposta homossexualidade e atribuiu mensagens comprometedoras a uma ação do próprio Pupe. Relação com ex-assessor “É uma fake news. Ele era meu amigo, começou a andar comigo no final de novembro de 2021 para começo de dezembro de 2021. E acabou meio que a amizade, essa parceria que a gente fazia de mídia social, até final de junho de 2022. Era meu amigo, não tenho essa questão de preconceito nem nada, é ser humano. Se você for ou não for [gay], problema seu. Eu não tenho essa questão de me meter na sua vida pessoal”, afirmou Jair Renan. Uma rapidinha antes da mãe acordar Leo Dias então apresentou um print de uma conversa entre Renan e Diego, lavrado em cartório e com veracidade confirmada. Nas mensagens, Jair Renan escreveu: “Eu te amo, cara. Mas não termina comigo por conta disso. Já não quer transar comigo, agora vem querer terminar, porr*? A Vivian tá dormindo, vamos dar uma rapidinha antes de a minha mãe acordar. Vem aqui no meu quarto! Para de show, por favor”. Sobre o conteúdo das mensagens, Renan alegou que Diego teria usado seu celular para enviar as mensagens a si mesmo. “Nesse dia específico, eu estava bebendo, tomei um porre, me deram um banho. Me deram o banho e em seguida me jogaram na cama, e foi ali que eu dormi. Não sei. Provavelmente pegou o meu telefone, não tinha senha, fez o que fez, mandou a mensagem. No dia seguinte, meu telefone não tinha essas mensagens.” A culpa é do PT Jair Renan ainda levantou a possibilidade de envolvimento do PT na história. “Ele era meu amigo. Não sei por que ele está fazendo isso tudo, se é por conta de like, de ficar famoso ou algo do tipo. Porque tem um áudio que ele mandou para um conhecido meu em que ele fala que trabalha atualmente no governo Lula. Talvez esteja fazendo isso a mando do outro lado, direita e esquerda, o Brasil inteiro sabe o que está acontecendo.” O filho de Bolsonaro ainda reforçou: “Eu sou hétero, eu gosto de mulher. Eu sabia que ele era bi, vi ele ficando com mulher, não tenho problema nenhum”. À procura de mulher Ele concluiu o assunto: “Meu sonho é casar e formar família, estou à procura de uma noiva, de uma namorada, pra construir família.”
Demi Lovato assumiu sexualidade para os pais aos 25 anos
Demi Lovato revelou ter assumido sua sexualidade para os pais somente aos 25 anos de idade. Durante uma entrevista à rádio americana SiriusXM, a cantora se abriu sobre os motivos que a levaram a evitar ter essa conversa. Hoje, aos 30 anos, Demi é bastante aberta sobre sua identificação na comunidade LGBTQIAPN+. “Demorou até eu ter 25 anos para me assumir para minha mãe”, confessou. “Na época, eu era bissexual e depois percebi que era pansexual. Levei um tempo”. Atualmente, a cantora utiliza os pronomes ela/dela e eles/deles. Ela detalhou que cresceu em um ambiente cristão e decidiu não se abrir com as pessoas até se sentir confortável com isso. Em 2015, quando lançou a faixa “Cool for the Summer”, a cantora cantou um trecho sugestivo que dava a entender que ela também gostava de se relacionar com mulheres. “Me diga o que você quer / O que você gosta, está tudo bem / Eu estou um pouco curiosa também / Me diga se isso é errado / Se é certo, eu não me importo / Eu consigo guardar um segredo, e você?”, canta. Ao longo da letra, ela ainda diz a frase “gostei do sabor da cereja, só preciso dar uma mordida”. Diante disso, ela tomou coragem para ter uma primeira conversa sobre sua sexualidade com seu padrasto. “Eu disse: ‘Ei, preciso te contar algo.'”, conta. “Eu disse: ‘Também gosto de garotas’, e ele respondeu: ‘Sim, eu sei. Você lançou ‘Cool for the Summer'”. Já com sua mãe, o tom de aceitação também foi demonstrado de primeira. “Ela quase começou a chorar e disse: ‘Eu só quero que você seja feliz'”. A cantora destacou que a reação da mãe foi “muito valiosa e gratificante” porque “há tantos pais que não reagem dessa forma” e “isso parte o meu coração”. Desistiu do pronome neutro Após o lançamento de “Cool for the Summer”, a cantora recebeu diversos questionamentos sobre sua sexualidade. “Eu não confirmo e eu definitivamente não nego. Todas as minhas músicas são baseadas em experiências pessoais. Não acho que tenha nada de errado em experimentar”, ela disse em uma entrevista ao programa Alan Carr’s Chaty Man na época. Foi somente em 2017 que Demi se assumiu oficialmente para o público. A revelação foi feita pela cantora durante o seu documentário “Simply Complicated”, lançado no Youtube. “Eu saio tanto com homens quanto mulheres. Eu sou aberta à conexão humana. Para mim, não importa se é com um homem ou uma mulher”, confessou em uma das cenas. Em 2021, ela declarou que se enxergava como uma pessoa não binária, ou seja, alguém que não se identifica totalmente com os gêneros feminino ou masculino – adotando os pronomes neutros. Entretanto, no último mês de junho a cantora explicou que voltou a usar o pronome feminino. “Eu sempre tive que educar as pessoas e explicar por que me identificava com esses pronomes. Tem sido absolutamente exaustivo”, confessou em entrevista a GQ Hype Spain. “Simplesmente cansei”, disse, aceitando ser chamada de “ela” como foi durante toda a vida. Mas ressaltou “Sei que é importante continuar divulgando”.
Sue Johanson, do programa “Falando de Sexo”, morre aos 93 anos
Sue Johanson, famosa educadora sexual canadense, faleceu nesta quinta-feira (29/6) aos 93 anos. Ela ficou conhecida por apresentar diversos programas televisivos com quadros de conselhos sexuais. De acordo com a CBC News, Johanson morreu em uma casa de repouso em Ontário, no Canadá, onde estava cercada por sua família. A notícia foi confirmada pelo representante da apresentadora. Na televisão, ela ganhou popularidade pela forma direta como falava abertamente sobre sexo para jovens e adultos. Seu programa de maior destaque era o “Talk Sex”, que foi exibido no Brasil pela GNT nos anos 2000. Transmitido originalmente entre 2002 e 2008, o programa permitiu que um público global pudesse se beneficiar de seus conselhos esclarecedores. Sucesso no Brasil Em 2005, Sue visitou o Brasil para conferir o sucesso de seu programa no país – rebatizado de “Falando de Sexo” no GNT. Aprovando a fama de ser “a vovó que fala de sexo na TV”, ela disse, em entrevista ao jornal O Globo, que somente passou a abordar o tema do sexo sem tabu depois dos 50 anos de idade. “Só na década de 1980, quando passei a trabalhar numa clínica para adolescentes e a responder às dúvidas dos jovens, decidi me especializar em sexo. Achei que se os esclarecesse do meu jeito, com humor, seria melhor. Ninguém reclamou, e continuei.” Desmistificando tabus sexuais Nascida em Toronto, no Canadá, ela começou sua trajetória profissional como enfermeira. Nos anos 1980, ela criou uma clínica de controle de natalidade na escola de sua filha, onde oferecia suporte aos jovens da instituição. Depois, ganhou destaque ao apresentar o programa “Sunday Night Sex Show”, transmitido ao vivo na rádio Toronto a partir de 1984. Devido à popularidade da atração, o programa acabou ganhando uma versão televisiva, também ao vivo, que foi ao ar entre 1996 e 2005. E o sucesso gerou novas produções e uma fama de escala mundial. Conquistando fãs ao redor do mundo, a apresentadora chamava atenção ao não hesitar em abordar assuntos considerados tabus ou polêmicos, colocando sua missão de educar e desmistificar temas sem julgamento em primeiro lugar. Ao longo dos anos, ela colaborou de forma carismática em quebrar barreiras e promover uma conversa aberta sobre sexualidade.
Gilberto Gil admite relações com homens: “Somos todos bissexuais”
O cantor Gilberto Gil revelou que já teve relações sexuais com outros homens na época da sua juventude. Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (2/6), o artista afirmou que, apesar dos relacionamentos homoafetivos, nunca sentiu atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Desde 1998, o cantor de 80 anos é casado com Flora Gil. Durante a conversa, ele declarou acreditar que todos somos bissexuais por uma questão genética. “Somos todos filhos de um pai e de uma mãe, resultado da combinação dos genes de ambos. Portanto, somos todos bissexuais”, argumentou. Embora tenha se relacionado com homens, ele reafirmou que seu interesse pelo gênero feminino é predominante. “Apesar de ter me sentido atraído por mulheres, nunca senti atração por homens. No entanto, por questões de delicadeza natural, educação e afinidade, já estive próximo da sexualidade de outros homens”, revelou. Ele também detalhou que essas experiências ocorreram em um período em que a “sexualidade era algo mais intenso” para ele. “Houve momentos em que me aproximei de outros homens nesse sentido, mas nunca da mesma forma como com as mulheres. Para mim, essas experiências nunca foram equivalentes”, esclareceu. “Atraído como tenho sido pelas mulheres, nunca. Nunca tive tesão num homem, como se diz”, completou. Ao longo da carreira, iniciada no fim dos anos 1950, o artista foi alvo de rumores sobre um suposto envolvimento amoroso com o cantor Caetano Veloso. O veterano negou essas especulações e destacou que sempre encarou os boatos com naturalidade. “Eu encarava essas especulações como uma consequência da nossa proximidade, dos nossos gostos e do encantamento mútuo”, revelou. Ele também ressaltou que essas suposições poderiam ter despertado fantasias a respeito do que poderiam ser possíveis desdobramentos da sexualidade entre eles. “Mas tudo isso não passava de fantasias”, concluiu o artista. Com o passar dos anos, o cantor deu beijos abertamente em colegas da música, como Lulu Santos. Em 2022, os dois publicaram uma foto no Instagram dando um selinho nos bastidores do festival Rock The Mountain. “Um encontro de gente fina, elegante e sincera nos bastidores do Rock The Mountain”, escreveu na legenda. Questionado sobre sua sexualidade há anos, o cantor já havia falado sobre o assunto no século passado. Em 1987, durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, ele respondeu uma pergunta sobre seu jeito “afeminado” durante os shows. “Eu não me acho nada afeminado, no sentido de que eu tente mimetizar, digamos assim, os trejeitos de um personagem feminino”, declarou. Na entrevista de mais de 30 anos atrás, ele deu uma resposta similar a esta declaração mais recente. “Eu acho que tenho em mim um equilíbrio muito natural, muito visível, entre o homem e a mulher dos quais eu sou filho. Acho que comtemplo tanto a minha mãe quanto o meu pai. E eu não posso negar que a minha mãe é uma mulher”, justificou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Gilberto Gil (@gilbertogil)
Atriz de “Retrato de Uma Jovem em Chamas” será a nova Emmanuelle
A atriz Noémie Merlant, conhecida por seu papel em “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (2019), será a nova Emmanuelle do cinema. Ela vai substituir a atriz Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”), anteriormente escalada para o papel. Merlant não é estranha a histórias de cunho sexual. Além de “Retrato de Uma Jovem em Chamas”, sobre uma pintora e uma modelo que se apaixonam em uma ilha isolada no final do século 18, ela também estrelou o drama “Curiosa” (2019), uma história sobre liberdade sexual, e “Jumbo” (2019), que mostra uma jovem tímida que trabalha em um parque de diversões e se apaixona por um dos brinquedos – chegando a fazer sexo com a máquina. Mais recentemente, ela foi vista na comédia “L’innocent” (2022) e no drama “Tár” (2022). “Ela é uma escolha artística pura, óbvia, como foi Anamaria Vartolomei em meu filme anterior”, disse a diretora Audrey Diwan, que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza por “O Acontecimento” (2021), um filme sobre aborto passado nos anos 1960. “Eu amo Léa Seydoux, quero fazer um filme com ela um dia. Mas para mim, ela não era a personagem que eu imaginava. De ‘Retrato de uma Jovem em Chamas’ a ‘Tár’, nunca deixei de me deixar seduzir pela força da atuação de Noémie. Ela abraça a ideia da personagem, capaz de desempenhar ao mesmo tempo a autoridade e a sedução. Noémie redefine a mulher francesa. Sua atitude, seu sorriso, aquela pitada de insolência que sempre vem à tona. Também sou sensível à ideia de encontrar na minha atriz uma parceira intelectual, aquela com quem crio a personagem. O filme requer um enorme envolvimento, confiança mútua. E eu sei que encontrei a pessoa certa”. Como diretora, Diwan explicou que pretende priorizar o ponto de vista feminino da trama. “Adoro histórias contadas por meio do corpo”, disse Diwan ao site Deadline. “Com ‘O Acontecimento’, passei os últimos anos explorando a ideia da dor. Então, eu diria que ‘naturalmente’ eu queria explorar o prazer. Gostaria de devolver-lhe as suas cartas de nobreza, gosto de filmar o corpo olhando-o com atenção mas não de forma provocativa. E quero abraçar uma gramática própria da noção de erotismo. O erotismo se baseia tanto no que mostramos quanto no que escondemos. É daí que vem a emoção.” Além de dirigir, Diwan também escreveu o roteiro da nova versão, ao lado de Rebecca Zlotowski (“A Prima Sofia”). “Inicialmente, quando escrevo, sempre sinto a necessidade de buscar uma conexão íntima com a história”, disse a diretora. “Então meu filme vai se passar nos dias de hoje, e Emmanuelle é uma mulher que tem quase a minha idade. Quis explorar a busca dela por prazer, o que ela representa quando você já abriu um caminho na vida. Quando não estamos em descoberta, mas em pesquisa. Com minha co-roteirista Rebecca Zlotowski, imaginamos uma mulher que tem poder, que lutou para escapar, escalou sua montanha e também construiu uma armadura para si mesma. Ela se sente sozinha. Mas como sair da solidão? ‘Emmanuelle’ é a história de uma mulher tentando se deixar ir. Todo o filme é sobre traçar um caminho para o outro.” Em relação à trama, Diwan explicou que a história vai se passar num hotel de luxo em Hong Kong, onde a protagonista trabalha. “Gosto da ideia dos corredores onde meus personagens se tocam, se encontram, se procuram”, contou ela. “Além da questão dos corpos, quero explorar a idea de um mundo que formata qualquer forma de relacionamento, buscar como esse sistema pode dar errado, como nos conectamos com os outros, como tocamos nossa própria vulnerabilidade. O que tecem entre eles laços cada vez mais profundos. Com um estranho em particular, um cliente do hotel. Mas não direi mais por enquanto. Este é o princípio, o que mostramos e o que escondemos.” Clássico do cinema erótico, o filme original chegou a ser proibido no Brasil pela ditadura militar e só foi liberado no começo da abertura política, seis anos depois de escandalizar o mundo. A produção de 1974 do diretor Just Jaeckin transformou a holandesa Sylvia Kristel na maior símbolo sexual da década pela quantidade de aventuras que protagonizou, tanto com homens quanto com mulheres, durante férias na Tailândia. O repertório era um verdadeiro manual de sexo, começando pelo seleto “mile high club” (sexo em avião). Silvia Kristel ficou tão famosa que até trabalhou em novela da Globo (“Espelho Mágico”) no período em que o público estava impedido de ver o filme no país. A trama, por sua vez, é baseada no livro “Joys of Woman”, escrito por Marayat Rollet-Andriane em 1959 e publicado com o pseudônimo Emmanuelle Arsan em 1967 – e rebatizado de “Emmanuelle” em seu lançamento no Brasil. Hoje, claro, o filme original perdeu a capacidade de escandalizar, mas suas cenas ainda continuam superando a trilogia “Cinquenta Tons de Cinza”. A expectativa é que a nova versão seja ainda mais picante, além de assumir em linhas mais claras a “subtrama” de empoderamento de Emmanuelle, a esposa entediada que descobre a liberdade sexual. A nova “Emmanuelle” ainda não tem data para chegar aos cinemas. Veja abaixo o trailer não explícito do filme original.
Ex-Malhação muda de nome e revela ser uma pessoa trans não-binária
A atriz Nila, anteriormente conhecida como Pedro Vinicius, declarou que é uma pessoa trans não-binária. A artista é muito lembrada por ter protagonizado o primeiro beijo entre personagens masculinos na extinta “Malhação”. Mas agora se define como atriz. Através de suas redes sociais, ela contou que se identifica com os pronomes ela/dela e deu maiores detalhes sobre seu processo de transição: “Quando eu me aproprio do termo transição para falar de não-binariedade, estou essencialmente falando para mim mesma que o meu processo de entendimento é infinito”, afirmou Nila. “Isso porque eu estou sempre descobrindo coisas novas em relação à minha vivência de gênero.” Uma pessoa não-binária é aquela que compreende sua identidade de gênero para além das definições do que é o masculino e o feminino. São pessoas que não se identificam nem como homem nem como mulher. Nila afirmou que antes de declarar seu novo nome, que já foi retificado em seu RG, ela teve receio do impacto que a mudança traria em sua carreira artística. “Apesar de eu ter personagens de grande destaque, eu faço pouquíssimos testes. Existem pouquíssimas personagens escritas para pessoas como eu”, argumentou. Até aqui, seu papel de maior destaque foi mesmo Michael em “Malhação: Vidas Brasileiras” (2018 – 2019). Logo em seguida, trabalhou ao lado de Maísa no seriado “De Volta aos 15” (2022), no qual interpreta a versão adolescente de uma personagem que se assume uma mulher trans na vida adulta. “Não estou abdicando do meu nome anterior porque eu não gosto dele”, afirmou. “No meu caso, estou abdicando dele porque ele não dá mais conta da pessoa que eu sou. Sugiro que se você tem o meu número, você mude o meu nome na sua agenda porque isso vai te ajudar a não cometer deslizes e a te lembrar que hoje eu já não me chamo daquele outro nome”, afirmou a atriz. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por NILA (@pedroviniciusmb)
Léa Seydoux será a nova Emmanuelle do cinema
A atriz Léa Seydoux, que escandalizou puritanos com “Azul É a Cor mais Quente”, antes de seduzir James Bond, será a nova Emmanuelle do cinema. Clássico do cinema erótico, o filme original chegou a ser proibido no Brasil pela ditadura militar e só foi liberado no começo da abertura política, seis anos depois de escandalizar o mundo. Produção de 1974 do diretor Just Jaeckin, o filme transformou a holandesa Sylvia Kristel na maior símbolo sexual da década pela quantidade de aventuras que protagonizou, tanto com homens quanto com mulheres, durante férias na Tailândia. O repertório era um verdadeiro manual de sexo, começando pelo seleto “mile high club” (sexo em avião). Silvia Kristel ficou tão famosa que até trabalhou em novela da Globo (“Espelho Mágico”) no período em que o público estava impedido de ver o filme no país. A trama, por sua vez, é baseada no livro “Joys of Woman”, escrito por Marayat Rollet-Andriane em 1959 e publicado com o pseudônimo Emmanuelle Arsan em 1967 – e rebatizado de “Emmanuelle” em seu lançamento no Brasil. Hoje, claro, o filme original perdeu a capacidade de escandalizar, mas algumas cenas ainda continuam superando a trilogia “Cinquenta Tons de Cinza”. A expectativa é que uma nova versão seja ainda mais picantes, além de assumir em linhas mais claras a “subtrama” de empoderamento de Emmanuelle, a esposa entediada que descobre a liberdade sexual. A nova produção será dirigida por uma mulher, o que tende a priorizar o ponto de vista feminino da trama. A direção está a cargo da cineasta Audrey Diwan, que ganhou o Leão de Ouro do último Festival de Veneza por “L’événement”, um filme sobre aborto passado nos anos 1960. Segundo o site The Hollywood Reporter, o projeto do filme será apresentado ao mercado pela produtora francesa Wild Bunch International e a agência de talentos CAA durante o Festival de Cinema de Cannes, que começa nesta terça (17/5), com o objetivo de fechar parcerias e antecipar vendas internacionais. Veja abaixo o trailer não explícito do filme original.
A Prima Sofia explora liberdade feminina com atriz que viveu escândalo sexual
Alguns filmes que envolvem o público pela trama acabam por se tornar ainda mais interessantes por detalhes de seus bastidores. É o caso da escalação de Zahia Dehar em “A Prima Sofia”, novo drama de Rebecca Zlotowski, diretora do charmoso e torto “Além da Ilusão” (2016). A hiper-sexualização da personagem de Dehar, beirando o vulgar, é o elemento principal da forma como o filme registra a liberdade sexual feminina, a falta de pudor e a vontade amoral de se entregar aos prazeres. Ela escandaliza e mexe frontalmente com o machismo do público. Nisto lembra um filme de algumas décadas atrás, “A Mulher Pública” (1984), de Andrzej Zulawski. Mas a polêmica em torno do filme, ao menos na França, deu-se principalmente por Dehar ter se tornado bastante conhecida no país como garota de programa. Ela virou notícia em 2010 durante os escândalos que envolveram dois jogadores da seleção francesa de futebol, Franck Ribéry e Karim Benzema, que foram acusados de pagá-la por serviços sexuais quando ela ainda tinha 17 anos. Os jogadores se livraram de condenação por afirmar que não sabiam que ela era menor de idade. Mas ela não lamenta a exposição, que acabou ajudando sua carreira, transformando-a em modelo, designer e agora atriz no filme de Zlotowski. Seu papel em “A Prima Sofia” guarda muita similaridade com as páginas do noticiário de sua vida real, trazendo referências que são mais bem apreciadas por quem conhece os bastidores do caso. No filme, ela vive a prima do título, que surge na cidade de Cannes de surpresa para visitar a jovem Naïma (a estreante Mina Farid), de 16 anos, que a recebe com muita alegria e entusiasmo. Há algo nessa prima que veio de Paris que fascina Naïma, como seu sex appeal, sua tranquilidade em se expor de topless e também seu ar de liberdade, que ela expressa o tempo todo em seu desejo de aproveitar a vida – uma vontade tatuada acima do bumbum, com a frase em latim “Carpe diem”. Num determinado momento, quando as duas estão tomando sol na praia, dois rapazes surgem atraídos pelo corpo exuberante de Sofia. E a garota não se importa com a admiração. Ao contrário: chega a deixá-los desconfortáveis com sua sexualização, ao aproximar a mão de um deles de seu seios e falar como sua pele é macia, especialmente em outra parte de seu corpo. O comportamento da prima deixa Naïma escandalizada, mas aos poucos a jovem começa a olhá-la como um exemplo de vida. A prima Sofia é uma típica bad girl – em entrevista, Zahia Dehar disse adorar as bad girls, por serem mais fortes e mais livres que qualquer mulher – e a percepção da rejeição social a seu comportamento é muito clara no filme. Isto se manifesta em olhares e comentários toda vez que Sofia passa com seus trajes provocantes, seja um vestido totalmente transparente para a noite, seja um vestido leve e florido, como o que ela usa para ir a um palacete na Itália, com os rapazes que ela conhece. As cenas na Itália são deliciosas por lidarem com a questão do julgamento social – o preconceito. Em determinado momento, Sofia decide se manifestar num roda de pessoas ricas, dizendo que aquele lugar lhe fazia lembrar Marguerite Duras. Uma das mulheres (Clotilde Courau) ri e desconfia que aquela garota com jeito de prostituta não sabe nada da escritora, e decide perguntar quais seus livros preferidos de Duras. Mas o que enriquece a cena é outro detalhe de bastidores, já que Courau é casada com o Príncipe de Veneza e uma integrante real da elite italiana, em mais um acerto de casting de Zlotowski. “A Prima Sofia” é também um conto sobre a brutalidade masculina, ainda que narre isso de maneira relativamente leve – em comparação, por exemplo, a “20 Anos”, de Fernando Di Leo, que mostra a violência despertada pela liberdade sexual feminina de maneira infinitamente mais impactante. Entretanto, por mais que Sofia atraia as atenções, o filme é na verdade sobre Naïma, do quanto ela aprende naquele breve período de férias de verão, que aproveitará para sua vida, para o seu futuro. Nisto, encontram-se semelhanças com o clássico “A Colecionadora” (1967), de Éric Rohmer, que tem sido citado em algumas críticas. E tem mesmo tudo a ver.











