Antlers: Terror produzido por Guillermo del Toro novo ganha trailer tenso
A Fox Searchlight divulgou um novo trailer de “Antlers”, terror dirigido por Scott Cooper (“Aliança do Crime”) e produzido pelo vencedor do Oscar Guillermo del Toro (“A Forma da Água”). A prévia explora com tensão crescente a relação de um menino e uma criatura que vive em sua casa, que ele alimenta de animais mortos. Até que o monstro escapa, deixando um rastro de mortes sangrentas para a polícia investigar. Baseado no conto “The Quiet Boy”, de Nick Antosca (criador de “Channel Zero”), o filme traz no elenco Keri Russell (“The Americans”), Jesse Plemons (“El Camino”) e o menino Jeremy T. Thomas (“The Righteous Gemstones”). A estreia está marcada para 16 de abril no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Antlers: Terror produzido por Guillermo del Toro ganha trailer tenso
A Fox Searchlight divulgou o pôster e o trailer de “Antlers”, terror dirigido por Scott Cooper (“Aliança do Crime”) e produzido pelo vencedor do Oscar Guillermo del Toro (“A Forma da Água”). A prévia, que não tem diálogos, explora com tensão crescente a relação de um menino e uma criatura que vive em sua casa, que ele alimenta de animais mortos e chama de “pai” (única palavra do trailer inteiro). Até que o monstro escapa, deixando um rastro de mortes sangrentas para a polícia investigar. Baseado no conto “The Quiet Boy”, de Nick Antosca (criador de “Channel Zero”), o filme traz no elenco Keri Russell (“The Americans”), Jesse Plemons (“El Camino”) e o menino Jeremy T. Thomas (“The Righteous Gemstones”). A estreia está marcada para 17 de abril nos Estados Unidos e ainda não há previsão de data para o lançamento no Brasil.
Scott Wilson (1942 – 2018)
Morreu o ator Scott Wilson, que interpretou o personagem Hershel Greene na série “The Walking Dead”. Ele tinha leucemia e faleceu em sua residência no sábado (6/10), em Los Angeles, aos 76 anos. Embora seja mais lembrado pela série de zumbis, Wilson teve uma longa carreira cinematográfica, iniciada em 1967 como coadjuvante no clássico “No Calor da Noite” (1967), que venceu o Oscar de Melhor Filme. E já em segundo trabalho se tornou protagonista, interpretando o assassino Dick Hickock em “A Sangue Frio” (1967), adaptação da famosa obra de Truman Capote, baseada em fatos reais. O diretor Richard Brooks apostou no desconhecido jovem ator de 24 anos porque ele era fisicamente semelhante com Hickock. “Todos os atores de Hollywood queriam esses papéis, incluindo [Paul] Newman e [Steve] McQueen”, Wilson recordou em uma entrevista em 1996 ao Los Angeles Times. “Brooks contratou dois ‘desconhecidos’ [o outro foi Robert Blake, o futuro ‘Baretta’], e ele queria que fossem ‘assassinos’ que ele, de alguma forma, encontrou.” Brooks montou uma exibição privada para Wilson e Blake depois que as filmagens foram concluídas, e “depois de ver o filme, eu fui ao banheiro e vomitei”, ele disse em uma entrevista de 2017. “Percebi o que acabara de ver. Fiz parte de algo que resistiria por um período de tempo, um clássico.” Este começo empolgante de carreira o levou a trabalhar com vários cineastas importantes, como Sydney Pollack (“A Defesa do Castelo”, 1969), John Frankenheimer (“Os Paraquedistas Estão Chegando”, 1969), Robert Aldrich (“Resgate de uma Vida”, 1971), Richard Fleischer (“Os Novos Centuriões”, 1972), Richard C. Sarafian (“Quando o Ódio Explode”, 1973), etc., além de levá-lo à primeira versão de “O Grande Gatsby” (1974), estrelada por Robert Redford. Entretanto, seu talento demorou a ser reconhecido, o que só aconteceu no terror “A Nona Configuração” (1980), de William Peter Blatty (o autor de “O Exorcista”), pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante. Wilson ainda apareceu em “Os Eleitos: Onde o Futuro Começa” (1983), de Philip Kauffman, no thriller “Um Rosto sem Passado” (1989), de Walter Hill, e no western “Jovem Demais para Morrer” (1990), de Geoff Murphy, antes de voltar a se reunir com Blatty em “O Exorcista III” (1990). A variedade de sua filmografia também incluiu os dramas “Os Últimos Passos de um Homem” (1995), de Tim Robbins, “Até o Limite da Honra” (1997), de Ridley Scott, e as estreias de três cineastas importantes: Christopher McQuarrie (“A Sangue Frio”, 2000), Patty Jenkins (“Monster: Desejo Assassino”, 2003) e o sul-coreano Bong Joon Ho (“O Hospedeiro”, 2006). Seu envolvimento com a televisão começou com um papel recorrente em “CSI”, que o fez aparecer em nove episódios da série, entre 2001 e 2006, mas foi seu desempenho como o fazendeiro Hershel Greene, ao longo de três temporadas de “The Walking Dead”, que conquistou a maior quantidade de fãs de sua carreira. O mais curioso é que o ator nunca fez teste para o papel. “Meu empresário ligou e disse que queriam que eu fizesse dois ou três episódios”, ele contou à revista The Hollywood Reporter. “Eu perguntei do que se tratava e ele disse zumbis. Eu respondi: ‘Me dê uma boa notícia’.” Depois de assistir a 1ª temporada, Wilson acabou topando. “Eu ainda não tinha feito muita TV na época, só ‘CSI’, como o pai de Marg Helgenberger, e achei muito interessante trabalhar em ‘The Walking Dead’, porque nunca tinha interpretado o mesmo personagem por tanto tempo, o que é muito diferente de fazer uma peça ou filme”. Um dos principais aliados do protagonista Rick Grimes (Andrew Lincoln) na série de zumbis, Hershel foi apresentado aos telespectadores na 2ª temporada, como o fazendeiro que salva a vida do jovem Carl (Chandler Riggs) e acolhe os sobreviventes originais em sua propriedade. Pai das personagens Maggie (Lauren Cohan) e Beth (Emily Kinney), Hershel seria eliminado logo em seguida, mas o personagem agradou e logo se estabeleceu como a voz da sabedoria que guiava a série. Ele acabou sobrevivendo por três temporadas, mas sua despedida chocou o público no quarto ano da produção, quando foi brutalmente assassinado pelo Governador (David Morrissey), um dos grandes vilões de “The Walking Dead”. Após o sucesso de sua passagem pelo apocalipse zumbi, Wilson integrou novas séries: “Bosch”, “Damien” e “The OA”. E ainda voltou ao cinema, integrando o western “Hostis” (2017), de Scott Cooper, ao lado de Christian Bale. Durante a New York Comic Con neste fim de semana, a showrunner de “The Walking Dead” Angela Kang revelou que o ator ainda poderá ser visto pelos fãs na série. Ele deixou gravadas suas últimas cenas na 9ª temporada, em que personagens do passado retornam para a despedida de Rick. A participação também foi a despedida de sua carreira.
Guillermo Del Toro vai lançar selo de filmes de terror com a Fox Seachlight
O cineasta Guillermo del Toro, vencedor do Oscar 2018 de Melhor Filme e Direção, assinou um contrato de exclusividade com a Fox Searchlight, produtora do premiado “A Forma da Água”. A parceria vai render novos filmes dirigidos e/ou produzidos por Del Toro, além de gerar um selo especializado, focado em atrações do gênero fantástico – terror, sci-fi e fantasia – , que terá o diretor como curador. “Por muito tempo esperei encontrar um ambiente em que eu pudesse distribuir, nutrir e produzir novas vozes em filmes de gênero inteligentes, inventivos e canalizar a minha própria voze. Na Fox Searchlight, eu encontrei um lar real para a produção de filmes – uma parceria baseada em trabalho, entendimento entre as partes e, acima de tudo, fé. Após a incrível experiência que tive na Fox Searchlight com ‘A Forma da Água’, estou honrado de ter a oportunidade de continuar esse relacionamento”, afirmou del Toro, em comunicado. O primeiro projeto do diretor a ser lançado após o acordo será “Antlers”, sobre um professor de Ensino Básico que recebe um novo aluno com problemas misteriosos em sua classe. Del Toro assinará apenas a produção. A direção de “Antlers” está a cargo de Scott Cooper (“Aliança do Crime), que também escreveu o longa, em parceria com Nick Antosca (criador de “Channel Zero”).
Christian Bale enfrenta índios no trailer do western Hostiles
O western indie “Hostiles”, estrelado por Christian Bale (“A Grande Aposta”), teve seu trailer divulgado. A prévia é tensa, com diálogos sussurrados e muita violência, refletindo a jornada do capitão da cavaleira vivido pelo ator, que enfrenta ataques indígenas enquanto atravessa território hostil. Ambientado em 1892, o filme acompanha uma destacamento militar que tem a missão de escoltar um líder indígena pacifista e sua família de volta para suas terras. Mas o longo percurso, do Novo México até Montana, é interrompido pela violência de tribos Comanches rebeladas, que exterminam a família de Rosamund Pike (“Garota Exemplar”) e perseguem os soldados ao longo de sua jornada. O filme marca o reencontro de Bale com o diretor Scott Cooper, após trabalharem juntos no thriller “Tudo por Justiça” (2013). O bom elenco também inclui Ben Foster (“A Qualquer Custo”), Stephen Lang (“O Homem nas Trevas”), Jesse Plemons (série “Fargo”), Timothée Chalamet (“Interestelar”), Adam Beach (“Esquadrão Suicida”), Wes Studi (série “Penny Dreadful”), Paul Anderson (“O Regresso”), Peter Mullan (série “Ozark”) e Rory Cochrane (“Aliança do Crime”). A première aconteceu no Festival de Toronto e a estreia está marcada para 22 de dezembro nos Estados Unidos. Ainda não há previsão para o lançamento no Brasil.
Christian Bale é oficial da cavalaria em primeira foto de western
O western “Hostiles”, estrelado por Christian Bale (“A Grande Aposta”), teve sua primeira foto divulgada. Ela traz o ator com o uniforme de capitão da cavalaria. O filme marca o reencontro do ator com o diretor Scott Cooper, após trabalharem juntos no thriller “Tudo por Justiça” (2013). Ambientado em 1892, “Hostiles” acompanha o personagem de Bale, um oficial que lidera a escolta de um líder indígena e sua família de volta para suas terras. No meio da jornada, do Novo México até Montana, o grupo terá que enfrentar ataques de tribos Comanches. O bom elenco também inclui Rosamund Pike (“Garota Exemplar”), Ben Foster (“A Qualquer Custo”), Stephen Lang (“O Homem nas Trevas”), Jesse Plemons (série “Fargo”), Timothée Chalamet (“Interestelar”), Adam Beach (“Esquadrão Suicida”), Wes Studi (série “Penny Dreadful”), Paul Anderson (“O Regresso”), Peter Mullan (série “Ozark”) e Rory Cochrane (“Aliança do Crime”). A première vai acontecer no Festival de Toronto e ainda não há previsão para estreia no circuito comercial.
Festival de Toronto anuncia sua seleção com filmes de George Clooney e Angelina Jolie
Considerado o evento de cinema mais importante da América do Norte, o Festival de Toronto anunciou parte da programação de sua 42ª edição. E, como sempre, a seleção está cheia de filmes com potencial para disputar o Oscar. Entre os selecionados, estão os novos longas-metragem de Darren Aronofsky (“mother!”), Guillermo del Toro (“The Shape of Water”), Stephen Frears (“Victoria and Abdul”), Scott Cooper (“Hostiles”), Joe Wright (“Darkest Hour”), Craig Gillespie (“I, Tonya”), George Clooney (“Suburbicon”), Angelina Jolie (“First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers”) e o casal Jonathan Dayton e Valerie Faris (“Battle of the Sexes”), além de obras de cineastas europeus renomados, como Wim Wenders (“Submergence”) e Joachim Trier (“Thelma”), e obras premiadas em Cannes que buscam vaga no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira Na edição deste ano — que teve a programação reduzida em 20%, após pedidos da crítica —, 33 filmes serão exibidos na mostra de “Exibições Especiais”, e apenas 14 terão sua estreia no Festival, na mostra “Gala”. Isto se deve à concorrência cada vez mais acirrada de outros festivais – Toronto acontece simultaneamente a eventos em Telluride, nos Estados Unidos, e Veneza, na Itália, e ainda sofre a competição do Festival de Nova York por premières exclusivas. No ano passado, “La La Land”, do diretor Damien Chazelle, foi o vencedor do festival canadense e acabou premiado com seis estatuetas no Oscar 2017. A edição deste ano acontece entre os dias 7 e 17 de setembro na cidade de Toronto, no Canadá. Confira abaixo a lista completa dos primeiros títulos anunciados. MOSTRA DE GALA “Breathe”, de Andy Serkis “Stronger”, de David Gordon Green “The Catcher Was a Spy”, de Ben Lewin “Darkest Hour”, de Joe Wright “Film Stars Don’t Die in Liverpool”, de Paul McGuigan “Kings”, de Deniz Gamze Ergüven “Long Time Running”, de Jennifer Baichwal e Nicholas de Pencier “Mary Shelley”, de Haifaa Al-Mansour “Depois Daquela Montanha”, de Hany Abu-Assad “Mudbound”, de Dee Rees “The Wife”, de Björn Runge “Woman Walks Ahead”, de Susanna White EXIBIÇÕES ESPECIAIS “Battle of the Sexes”, de Jonathan Dayton e Valerie Faris “120 battements par minute”, de Robin Campillo “The Brawler”, de Anurag Kashyap “The Breadwinner”, de Nora Twomey “Call Me By Your Name”, de Luca Guadagnino “Catch the Wind”, de Gaël Morel “The Children Act”, de Richard Eyre, “The Current War”, de Alfonso Gomez-Rejon “Disobedience”, de Sebastián Lelio “Downsizing”, de Alexander Payne “A Fantastic Woman”, Sebastián Lelio “First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers”, de Angelina Jolie “The Guardians”, Xavier Beauvois “Hostiles”, de Scott Cooper “The Hungry”, de Bornila Chatterjee “I, Tonya”, de Craig Gillespie “Lady Bird”, de Greta Gerwig “mother!”, de Darren Aronofsky “Novitiate”, de Maggie Betts “Omerta”, de Hansal Mehta “Plonger”, de Mélanie Laurent “The Price of Success”, de Teddy Lussi-Modeste “Professor Marston & the Wonder Woman”, de Angela Robinson “The Rider”, de Chloé Zhao “A Season in France”, de Mahamat-Saleh Haroun “The Shape of Water”, de Guillermo del Toro “Sheikh Jackson”, de Amr Salama “The Square”, de Ruben Östlund “Submergence”, de Wim Wenders “Suburbicon”, de George Clooney. “Thelma”, de Joachim Trier “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, de Martin McDonagh “Victoria and Abdul”, de Stephen Frears
Christian Bale vai estrelar western do diretor de Aliança do Crime
O ator Christian Bale (“A Grande Aposta”) vai retomar sua parceria com o cineasta Scott Cooper (“Aliança do Crime”), que o dirigiu no thriller “Tudo por Justiça” (2013), informou o site Variety. Os dois voltarão a se juntar no western “Hostiles”, ambientado em 1892. O filme acompanhará um capitão do Exército americano que lidera um pelotão com a missão de escoltar um líder indígena, perto da morte, e a família dele até a tribo onde vivem. No meio da jornada, do Novo México até Montana, o grupo terá que enfrentar ataques de tribos Comanches. Além de dirigir, Cooper vai roteirizar o filme. As filmagens começam em julho, após Christian Bale se recuperar de uma lesão no joelho. A contusão, por sinal, fez com que o ator abandonasse a cinebiografia de Enzo Ferrari a ser comandada por Michael Mann.
Johnny Depp se destaca no frustrante Aliança do Crime
O burburinho acerca da atuação de Johnny Depp, depois de muitos anos fazendo caras e bocas em blockbusters fracassados, é o principal chamariz de “Aliança do Crime”, dirigido por Scott Cooper (“Coração Louco”). E ele, de fato, é o destaque deste filme de gângster, que não demora a frustrar toda a expectativa gerada por sua premissa, apesar de começar muito bem – a primeira sequência em close-up, durante o interrogatório do gângster vivido por Jesse Plemons (série “Breaking Bad”), é o ponto alto da produção. “Aliança do Crime” é um longa-metragem desequilibrado, que joga equivocadamente cenas fortes em meio a um ritmo arrastado, além de trazer um protagonista mal desenvolvido. Depp, porém, sobra no papel de James “Whiter” Bulger, um dos maiores gângsteres da era moderna e que, por anos, foi um dos criminosos mais procurados do FBI. Sua atuação se mostra realmente muito diferente das que vinham lhe transformando em piada, menos afetada e contaminada pelos tiques adquiridos depois que viveu o pirata Jack Sparrow na franquia “Piratas do Caribe”. Ainda existem alguns momentos de deslize, mas o ator consegue se controlar bem. E olha que o ambiente não era muito favorável. Com uma maquiagem esquisita e pesada, que dá a seu vilão uma aparência de cadáver, e com um dos piores usos de lentes de contato da história recente do cinema, Depp ainda precisa se virar com um personagem irregular. Durante todo o tempo, a identidade do protagonista é construída por comentários de terceiros, deixando o desenvolvimento de sua personalidade de lado, apenas para justificar destaque aos personagens satélites. Com um elenco espetacular, o longa reúne atuações consistentes de Joel Edgerton (“O Grande Gatsby”), Benedict Cumberbatch (“O Jogo da Imitação”), Rory Cochrane (“Argo”), David Harbour (“O Protetor”), Kevin Bacon (série “The Following”), Adam Scott (série “Parks and Recreation”), Juno Templo (“Killer Joe – Matador de Aluguel”), Corey Stoll (“Homem-Formiga”), Julianne Nicholson (série “Boardwalk Empire”), do já citado Jesse Plemons e Peter Sarsgaard (“Lanterna Verde”), o mais inspirado de todos. E é só pelo calibre dos coadjuvantes que a trama consegue deslanchar. Os intérpretes, porém, precisam superar o problema da falta de objetividade do longa. Scott Cooper parece não saber muito bem qual é o melhor meio de contar sua história. Perdido em falatórios, que resultam em pouca ação, encontra dificuldades para encaixar as cenas mais violentas e outras situações que despertem o interesse do espectador. É como se essas cenas fossem inseridas no tranco. Desconexas de todo o resto, causam estranhamento. Entretanto, representam os únicos momentos em que é possível vislumbrar o “verdadeiro” Whiter Bulger, tornando sua ameaça real na trama. Duas sequências são um bom exemplo disso: a conversa na mesa com David Harbour e a despedida de Julianne Nicholson. Ambas estão próxima uma da outra, mas só acontecem depois de muito filme decorrido. Mais do que na montagem, um trabalho até esforçado de David Rosembloom (“O Informante”), o problema do filme está mesmo no roteiro, assinado pelo estreante Mark Mallouk e o irregular Jez Butterworth (“James Brown” e “007 Contra Spectre”), com suas personagens super ou subdimensionadas, que acabam por desinteressar o público. E aí não há técnica que dê jeito, mesmo que a produção esteja repleta de profissionais competentes. Caso da direção de fotografia do japonês Masanobu Takayanagi (“A Perseguição”), que consegue mesclar muito bem luz e sombra e trabalhar com planos diversos, e o desenho de produção assinado por Stefania Cella (“A Grande Beleza”), com arte de Jeremy Woodward (“O Verão da Minha Vida”), cenografia de Tracey A. Doyle (“Quebrando a Banca”) e figurinos de Kasia Walicka-Maimone (“Foxcatcher: Uma História Que Chocou o Mundo”), competente na recriação de várias décadas. Cansativo, desinteressante e frustrante, “Aliança do Crime” tinha personagem, elenco e uma excelente equipe técnica, mas lhe faltou a coisa mais importante em um filme: quem soubesse como filmá-lo.








