1917 vence prêmio do Sindicato dos Produtores e se torna favorito ao Oscar 2020
O filme de guerra “1917” conquistou, na noite de sábado (18/1), o prêmio anual do Sindicato do Produtores dos Estados Unidos (PGA), tornando-se o franco-favorito ao Oscar 2020. Dirigido pelo cineasta britânico Sam Mendes com o formato de um longo plano-contínuo (como se não tivesse cortes), o drama acompanha uma missão desesperada de dois soldados ingleses na 1ª Guerra Mundial e já tinha vencido o Globo de Ouro e o Critics Choice de Melhor Filme, além de estar indicado em 10 categorias no Oscar, incluindo a principal. Inédito no Brasil, “1917” estreia na próxima quinta-feira (23/1) nos cinemas nacionais. Vale lembrar que ele é o segundo filme de Sam Mendes a vencer o prêmio do Sindicato dos Produtores. O anterior foi justamente seu longa de estreia, “Beleza Americana”. E, depois do PGA Award, o filme de 1999 venceu o Oscar. Uma das premiações sindicais que melhor reflete as tendências da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, os vencedores do PGA Awards geralmente vencem o Oscar de Melhor Filme. Na década de 2010, por exemplo, a associação dos produtores só “errou” duas vezes: em 2016, quando premiou “A Grande Aposta” e o Oscar foi para “Spotlight”, e em 2017, quando premiou “La La Land” e o Oscar foi para “Moonlight”. Em ambos os casos, é possível dizer que quem “errou” foi a Academia. Entre as demais premiações de cinema, “Toy Story 4” foi consagrado como o troféu de Melhor Animação e “Apolo 11” de Melhor Documentário. E isto destacou um fato curioso: “Apolo 11” não foi indicado ao Oscar. Sua vaga teria sido “tomada” pelo brasileiro “Democracia em Vertigem”, único dos indicados ao Oscar que não venceu prêmios importantes. Já os prêmios televisivos foram para produções obrigatórias: “Fleabag” (Melhor Comédia), “Succession” (Melhor Drama) e “Chernobyl” (Melhor Minissérie), que estão vencendo tudo na temporada. Para completar, “Deixando Neverland”, sobre as denúncias de abuso sexual contra Michael Jackson, foi considerado o Melhor Programa de Não Ficção. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Melhor Filme – 1917 Ford vs. Ferrari O Irlandês Jojo Rabbit Coringa Entre Facas e Segredos Adoráveis Mulheres História de um Casamento Era Uma Vez Em Hollywood Parasita Melhor Animação – Toy Story 4 Abominável Frozen 2 Como Treinar o Seu Dragão 3 Link Perdido Melhor Documentário – Apollo 11 Advocate Indústria Americana The Cave For Sama Honeyland One Child Nation Melhor Série de Drama – Succession Big Little Lies The Crown Game of Thrones Watchmen Melhor Série de Comédia – Fleabag Barry The Marvelous Mrs. Maisel Schitt’s Creek Veep Melhor Minissérie – Chernobyl Fosse/Verdon True Detective Unbelievable Olhos que Condenam Melhor Filme Feito para TV ou exclusivo de Streaming – Apollo: Missions to the Moon American Son Black Mirror: Striking Vipers Deadwood: O Filme El Camino: A Breaking Bad Movie Melhor Programa de Não Ficção – Deixando Neverland 30 for 30 60 Minutes Queer Eye Surviving R. Kelly Melhor Talk Show ou Especial de Comédia – Last Week Tonight with John Oliver The Daily Show with Trevor Noah Dave Chappelle: Sticks & Stones The Late Show with Stephen Colbert Saturday Night Live Melhor Reality de Competição -RuPaul’s Drag Race The Amazing Race The Masked Singer Top Chef The Voice Melhor Programa Infantil – Vila Sésamo Carmen Sandiego Ovos Verdes e Presuntos O Cristal Encantado: A Era da Resistência Lemony Snicket: Desventuras em Série
Oscar 2020 consagra conservadorismo com histórias masculinas, heterossexuais e brancas
As indicações ao Oscar 2020, reveladas na manhã desta segunda (13/1), representaram, em muitas formas, um retrocesso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, ao privilegiar majoritariamente histórias de homens brancos heterossexuais. Isto aconteceu um ano após o esforço de diversificação da organização ter rendido um número recorde de mulheres premiadas e grande representatividade temática. Vale comparar. Na lista de concorrentes de Melhor Filme no Oscar 2019 estavam “Pantera Negra”, “Infiltrado na Klan”, “A Favorita”, “Roma”, “Nasce Uma Estrela”, “Bohemian Rhapsody”, “Vice” e “Green Book”. Apenas um desses filmes representava uma história de homem branco heterossexual: “Vice”, apropriadamente sobre um político de direita dos EUA. Neste ano, as tramas sobre brancos heterossexuais totalizaram seis títulos, de um total de nove indicados ao Oscar de Melhor Filme: “Ford x Ferrari”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Coringa”, “1917” e “Era uma Vez em Hollywood”. Extremamente masculinos, filmes como “O Irlandês” e “1917” chegam a relegar mulheres a papéis de figuração. “1917” tem uma desculpa narrativa, já que mulheres não lutaram no front da 1ª Guerra Mundial. Mas “O Irlandês”, que projeta décadas de desenvolvimento de personagens, não tem qualquer justificativa para dar a sua principal atriz menos de uma página de diálogos. Apenas uma obra indicada ao Oscar de Melhor Filme é focada em personagens femininas: “Adoráveis Mulheres”, como deixa claro o título. E apenas uma tem personagens racialmente diferentes: “Parasita”, que é estrangeiro, realizado na Coreia do Sul. Por que o Emmmy consagra séries como “Fleabag”, “A Maravilhosa Sra. Meisel” e “Killing Eve” e o Oscar não consegue reconhecer tramas femininas? Como é possível ignorar que alguns dos melhores filmes recentes são histórias de mulheres e de pessoas “de cor”. Quem, afinal, consegue explicar porque, em vez de incentivar filmes que promovem uma visão de mundo sectária, a Academia não incluiu “A Despedida” (The Farewell), de Lulu Wang, ou “Nós”, de Jordan Peele, em seu Top 10 possível? Com a decisão estúpida (e isto precisa ser salientado: estúpida) de indicar apenas nove filmes, podendo, por suas próprias regras, nomear até dez, a Academia contribui efetivamente para diminuir as possibilidades de diversificação do prêmio. Para contrabalançar o fato de que prevaleceram histórias de homens, um comunicado dos organizadores buscou inverter a perspectiva ao destacar que 62 mulheres foram indicadas, compondo quase um terço dos candidatos ao Oscar deste ano. Nenhuma cineasta, porém, vai disputar o prêmio 100% masculino de Melhor Diretor. Greta Gerwig, que comandou “Adoráveis Mulheres”, era a principal favorita, mas foi lembrada apenas na vaga de Melhor Roteiro Adaptado. Com a atitude esnobe em relação a “A Despedida”, o Oscar perdeu a chance de reconhecer também a diretora Lulu Wang e principalmente a atriz Awkwafina (vencedora do Globo de Ouro 2020). O mesmo em relação a “Nós”, de Jordan Peele e da espetacular interpretação de Lupita Nyong’o (indicada ao SAG Awards 2020, prêmio do Sindicato dos Atores dos EUA). O impacto dessas ausências é muito claro – literalmente – na seleção de atores. A premiação de intérpretes deste ano é 95% branca. Em meio às cabeleiras loiras, que compõem o visual da maioria dos 20 astros indicados, há apenas uma presença destoante. A exceção que impede o Branco Total é Cynthia Erivo, na disputa por “Harriet”. O incrível é que tanto Lupita quanto Awkwafina desempenharam melhor seus papéis, em obras de maior repercussão e avaliação mais positiva. Com 74% de aprovação, “Harriet” é um dos filmes do Oscar com nota mais baixa no Rotten Tomatoes. Até o elenco de “Luta por Justiça”, com Michael B. Jordan e Jamie Foxx, estava mais bem-cotado. Houve quem lembrasse também de Jennifer Lopez, por “As Golpistas”. Mas, neste caso, trata-se mais de elogio incentivado pelo estúdio que desempenho real. Por falar em estúdios, a ausência de “A Despedida” também eliminou o cinema indie americano da disputa. Desde a vitória de “Moonlight”, em 2017, a rede ABC pressiona a Academia para que privilegie lançamentos amplos e comerciais, visando alavancar a audiência da transmissão televisiva da cerimônia. A vitória de “Moonlight” foi a manifestação de um verdadeiro pesadelo para a ABC – e conservadores em geral – , um filme com atores negros, dirigido por um cineasta negro, produzido de forma independente, com distribuição limitada e ainda por cima de temática explicitamente homossexual. Foi também um marco da diversidade em Hollywood, o que alimentou uma visível reação conservadora. Diante da pressão, a Academia até chegou a discutir um tal de Oscar de Melhor Filme Popular, ideia que acabou descartada, mas cujo espírito se manifesta no fim das indicações para o cinema independente. Em 2020, o filme com mais indicações é uma adaptação de quadrinhos que superou US$ 1 bilhão de arrecadação mundial. E não é o único blockbuster na disputa. Outros filmes de grande orçamento, como “Ford x Ferrari” e “1917”, também passaram pelo topo das bilheterias, e “Era uma Vez em Hollywood”, que fetichiza o cinema antigo, consagrou-se como um dos maiores sucessos da carreira de Quentin Tarantino. Em contraste a esse contra-ataque dos grandes estúdios e do cinemão à moda antiga, acaba resultando ousado o destaque conquistado por “Parasita”, um filme estrangeiro, exibido com legendas no cinema americano. Do mesmo modo, também é significativo o avanço obtido pela Netflix, grande vencedora da contagem geral, com 24 indicações para seus vários títulos, superando os estúdios tradicionais de Hollywood pela primeira vez. Mas a aceitação dos filmes da Netflix realmente representa ruptura? Certamente de modelo econômico, mas não de conteúdo, já que “O Irlandês” provou-se o filme mais convencionalmente macho, branco e heterossexual do Oscar, o símbolo perfeito do que há de mais antiquado e conservador na imaginação dos membros da Academia. Retrucando uma falsa polêmica, Martin Scorsese poderia aprender muito sobre a importância da inclusão social no cinema se visse os filmes da Marvel. Inovador, diferente, surpreendente? Só “Parasita”, de Bong Joon Ho. Veja a lista completa dos indicados neste link.
Oscar 2020: Coringa lidera a lista de indicados à premiação de cinema dos EUA
1A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou, na manhã desta segunda-feira (13/1), a lista dos indicados ao Oscar 2020. A 92ª cerimônia da premiação de cinema será realizada no dia 9 de fevereiro, no Teatro Dolby, em Los Angeles. Pela primeira vez, uma adaptação de quadrinhos foi o filme com o maior número de indicações. “Coringa” liderou a lista, indicado em 11 categorias, incluindo Melhor Filme, Direção (Todd Philips) e Ator (Joaquin Phoenix). “Era uma vez em Hollywood”, “1917” e “O Irlandês” chegaram perto, empatando com 10 indicações cada. Mas a surpresa foi “Parasita”, primeiro longa sul-coreano indicado ao Oscar, que somou seis indicações, inclusive para Melhor Filme, tornando-se o 11º longa estrangeiro nomeado na categoria principal. O cinema brasileiro também foi contemplado na premiação, por meio de “Democracia em Vertigem”, da diretora Petra Costa, que concorre como Melhor Documentário, ao apresentar o processo de Impeachment de Dilma Rousseff de forma pessoal. “Dois Papas”, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, também obteve indicações – três, ao todo – , mas o cineasta brasileiro não foi contemplado. A lista ainda apresenta algumas curiosidades. Ao concorrer a dois prêmios de interpretação, como Melhor Atriz por “História de um Casamento” e Atriz Coadjuvante por “Jojo Rabbit”, Scarlett Johansson se junta a 11 atores indicados no mesmo ano em duas categorias. A mais recente foi Cate Blanchett, em 2008. O Oscar 2020 também pode premiar um casal. Greta Gerwig foi indicada pelo Roteiro Adaptado por “Adoráveis Mulheres” e seu parceiro, Noah Baumbach, pelo Roteiro Original de “História de um Casamento”. E, novamente, nenhuma mulher foi indicada na categoria de Melhor Direção. Para completar, John Williams, nomeado pela Trilha de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, bateu seu próprio recorde como a pessoa viva com mais indicações ao Oscar: 52, ao todo. Walt Disney, falecido em 1966, detém a liderança histórica, indicado 59 vezes. Confira abaixo a lista completa de indicados. Melhor Filme Melhor Filme “Ford vs Ferrari” “O Irlandês” “Jojo Rabbit” “Coringa” “Adoráveis Mulheres” “História De Um Casamento” “1917” “Era Uma Vez Em Hollywood” “Parasita” Melhor Direção Bong Joon Ho – “Parasita” Sam Mendes – “1917” Martin Scorsese – “O Irlandês” Quentin Tarantino – “Era Uma Vez Em Hollywood” Todd Phillips – “Coringa” Melhor Atriz Cynthia Erivo – “Harriet” Scarlett Johansson – “História De Um Casamento” Saoirse Ronan – “Adoráveis Mulheres” Charlize Theron – “O Escândalo” Renée Zellweger – “Judy” Melhor Ator Antonio Banderas – “Dor e Glória” Adam Driver – “História De Um Casamento” Joaquin Phoenix – “Coringa” Jonathan Pryce – “Dois Papas” Leonardo DiCaprio – “Era Uma Vez Em Hollywood” Melhor Atriz Coadjuvante Margot Robbie – “O Escândalo” Kathy Bates – “O Caso Richard Jewell” Laura Dern – “História De Um Casamento” Scarlett Johansson – “Jojo Rabbit” Florence Pugh – “Adoráveis Mulheres” Melhor Ator Coadjuvante Tom Hanks – “Um Lindo Dia na Vizinhança” Al Pacino – “O Irlandês” Joe Pesci – “O Irlandês” Brad Pitt – “Era Uma Vez Em Hollywood” Anthony Hopkins – “Dois Papas” Melhor Roteiro Adaptado Greta Gerwig – “Adoráveis Mulheres” Anthony McCarten – “Dois Papas” Todd Phillips & Scott Silver – “Coringa” Taika Waititi – “Jojo Rabbit” Steven Zaillian – “O Irlandês” Melhor Roteiro Original Noah Baumbach – “História De Um Casamento” Rian Johnson – “Entre Facas e Segredos” Bong Joon Ho e Han Jin Won – “Parasita” Quentin Tarantino – “Era Uma Vez Em Hollywood” Sam Mendes & Kristy Wilson-Cairns – “1917” Melhor Fotografia Jarin Blaschke – “O Farol” Roger Deakins – “1917” Rodrigo Pietro – “O Irlandês” Robert Richardson – “Era Uma Vez Em Hollywood” Lawrence Sher – “Coringa” Melhor Figurino Jacqueline Durran – “Adoráveis Mulheres” Arianne Phillips – “Era Uma Vez Em Hollywood” Sandy Powell e Christopher Peterson – “O Irlandês” Mayes C. Rubeo – “Jojo Rabbit” Mark Bridges – “Coringa” Melhor Edição Andrew Buckland e Michael McCusker – “Ford vs Ferrari” Yang Jinmo – “Parasita” Thelma Schoonmaker – “O Irlandês” Tom Eagles – “Jojo Rabbit” Jeff Groth – “Coringa” Melhor Maquiagem e Cabelo “O Escândalo” “Coringa” “Judy” “Malévola: Dona do Mal” “1917” Melhor Trilha Sonora Alexandre Desplat – “Adoráveis Mulheres” Hildur Guðnadóttir – “Coringa” Randy Newman – “História de um Casamento” Thomas Newman – “1917” John Williams – “Star Wars: A Ascensão Skywalker” Melhor Canção Original (I’m Gonna) Love Me Again – “Rocketman” I’m Standing With You – “Superação: O Milagre da Fé” Into the Unknown – “Frozen 2” Stand Up – “Harriet” I Can’t Let You Throw Yourself Away – “Toy Story 4” Melhor Design de Produção “1917” “Parasita” “Era Uma Vez Em Hollywood” “O Irlandês” “Jojo Rabbit” Melhor Edição de Som “Era Uma Vez Em Hollywood” “Coringa” “Ford vs. Ferrari” “1917” “Star Wars: A Ascensão Skywalker” Melhor Mixagem de Som “Ford vs Ferrari” “Coringa” “Era Uma Vez Em Hollywood” “Ad Astra” “1917” Melhores Efeitos Visuais “Vingadores: Ultimato” “O Irlandês” “O Rei Leão” “1917” “Star Wars: A Ascensão Skywalker” Melhor Animação “Como Treinar o seu Dragão 3” “Perdi Meu Corpo” “Link Perdido” “Toy Story 4” “Klaus” Melhor Documentário “Indústria Americana” “The Cave” “Democracia em Vertigem” “For Sama” “Honeyland” Melhor Filme Internacional “Les Misérables” (França) “Dor e Glória” (Espanha) “Parasita” (Coreia do Sul) “Corpus Christi” (Polônia) “Honeyland” (Macedônia) Melhor Curta Animado “Dcera (Daughter)” “Hair Love” “Kitbull” “Memorable” “Sister” Melhor Curta Documentário “In the Absence” “Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)” “Life Overtakes Me” “St. Louis Superman” “Walk Run Cha-Cha” Melhor Curta Live-Action “Brotherhood” “Nefta Football Club” “The Neighbors’ Window” “Saria” “A Sister” Louise Alves @louisemtm
Era uma Vez em Hollywood vence o Critics Choice Awards 2020
Uma semana depois da imprensa estrangeira de Hollywood, foi a vez dos críticos americanos distribuírem seus prêmios de cinema e TV com transmissão ao vivo pela televisão. O Critics Choice Awards 2020 realizou sua cerimônia no domingo (12/1) com resultados muito similares ao Globo de Ouro, mas com uma diferença crucial: os americanos não consideraram “Era uma Vez em Hollywood” uma comédia. Assim, no confronto direto, o ganhador do Globo de Ouro de Melhor Comédia superou o dono do Globo de Ouro de Melhor Drama. “Era uma Vez em Hollywood” foi o grande vencedor da noite. Além do troféu de Melhor Filme, “Era uma Vez em Hollywood” repetiu as duas vitórias que tinha conquistado na semana passada, com prêmios para Brad Pitt, como Melhor Ator Coadjuvante, e Quentin Tarantino, pelo Roteiro Original, e ainda acrescentou uma estatueta de Melhor Direção de Arte (de Barbara Ling e Nancy Haigh), que elevou seu total para quatro prêmios, mais que qualquer outra produção. Os quatro vencedores das categorias de interpretação também refletiram a lista consagrada pelo Globo de Ouro: além de Pitt, a coadjuvante Laura Dern (“História de um Casamento”), a atriz Renée Zellweger (“Judy”) e o ator Joaquin Phoenix (“Coringa”). O Critics Choice não distingue entre atores de Comédia e Drama, mas tem dois troféus extras, que foram entregues ao menino Roman Griffin Davis (“Jojo Rabbit”) como Melhor Ator Jovem e ao elenco de “O Irlandês”. Filme com maior quantidade de indicações da 25ª edição do evento dos críticos televisivos americanos, “O Irlandês” conquistou apenas esta vitória, de suas 14 nomeações. Já “1917”, que ficou com o Globo de Ouro de Melhor Drama, dobrou o reconhecimento ao inglês Sam Mendes como Melhor Diretor, mas desta vez num empate com o sul-coreano Bong Joon Ho (“Parasita”). O suspense asiático ainda conquistou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, enquanto “1917” faturou Melhor Edição (Lee Smith) e Fotografia (do veterano Roger Deakins). “Toy Story 4” (Melhor Animação), “Vingadores: Ultimato” (Melhor Filme de Ação), “Meu Nome É Dolemite” (Melhor Comédia) e “Nós” (Melhor Filme Sci-fi ou Terror) completaram a lista de vencedores por gênero na parte cinematográfica da premiação, que ainda incluiu uma homenagem ao ator Eddie Murphy, consagrado com um troféu especial pelas realizações de sua carreira. Para completar, as categorias televisivas foram dominadas por “Succession” (Melhor Série de Drama), “Fleabag” (Melhor Série de Comédia) e “Olhos que Condenam” (When They See Us, Melhor Minissérie). Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Filmes Melhor Filme “Era uma Vez em Hollywood” Melhor Ator Joaquin Phoenix (“Coringa”) Melhor Atriz Renée Zellweger (“Judy”) Melhor Ator Coadjuvante Brad Pitt (“Era uma vez em Hollywod”) Melhor Atriz Coadjuvante Laura Dern (“História de um Casamento”) Melhor Ator/Atriz Jovem Roman Griffin Davis (“Jojo Rabbit”) Melhor Elenco “O Irlandês” Melhor Direção Bong Joon Ho (“Parasita”) e Sam Mendes (“1917”) Melhor Roteiro Original Quentin Tarantino (“Era uma Vez em Hollywood”) Melhor Roteiro Adaptado Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”) Melhor Fotografia Roger Deakins (“1917”) Melhor Direção de Arte Barbara Ling, Nancy Haigh (“Era uma Vez em Hollywood”) Melhor Edição Lee Smith (“1917”) Melhor Figurino Ruth E. Carter (“Meu Nome É Dolemite”) Melhor Cabelo e Maquiagem “O Escândalo” Melhores Efeitos Visuais “Vingadores: Ultimato” Melhor Animação “Toy Story 4” Melhor Filme de Ação “Vingadores: Ultimato” Melhor Comédia “Meu Nome É Dolemite” Melhor Filme Sci-fi ou Terror “Nós” Melhor Filme Estrangeiro “Parasita” Melhor Música “Glasgow (No Place Like Home)” (“As Loucuras de Rose”) e “(I’m Gonna) Love Me Again” (“Rocketman”) Melhor Trilha Sonora Hildur Guðnadóttir (“Coringa”) Séries Melhor Série de Drama “Succession” Melhor Ator em Série de Drama Jeremy Strong (“Succession”) Melhor Atriz em Série de Drama Regina King (“Watchmen”) Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama Billy Crudup (The Morning Show) Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama Jean Smart (“Watchmen”) Melhor Série de Comédia “Fleabag” Melhor Ator em Série de Comédia Bill Hader (“Barry”) Melhor Atriz em Série de Comédia Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”) Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia Andrew Scott (“Fleabag”) Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia Alex Borstein (“The Marvelous Mrs. Maisel”) Melhor Minissérie “When They See Us” Melhor Telefilme “El Camino: A Breaking Bad Movie” Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme Jharrel Jerome (“When They See Us”) Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme Michelle Williams (“Fosse/Verdon”) Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme Stellan Skarsgård (“Chernobyl”) Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme Toni Collette (“Unbelievable”) Melhor Série Animada “BoJack Horseman” Melhor Talk Show “The Late Late Show with James Corden” e “Late Night with Seth Meyers” Melhor Especial de Comédia “Live in Front of a Studio Audience: Norman Lear’s All in the Family and The Jeffersons”
DGA Awards: Tarantino, Scorsese, Waititi, Sam Mendes e Bong Joon Ho vão disputar prêmio do Sindicato dos Diretores
O Sindicato dos Diretores dos EUA, conhecido pela sigla DGA, revelou os indicados à sua premiação anual, nas categorias de cinema e TV. E com uma novidade: três cineastas femininas. Mati Diop (“Atlantique”), Alma Har’el (“Honey Boy”) e Melina Matsoukas (“Queen & Slim”) foram incluídas na categoria de Melhor Filme de Estreia. Mas na disputa principal, de Melhor Diretor do ano, só entraram homens: Martin Scorsese (“O Irlandês”), Quentin Tarantino (“Era Uma Vez em Hollywood”), Sam Mendes (“1917”), Taika Waititi (“Jojo Rabbit”) e Bong Joon Ho (“Parasita”). Vale reparar que apenas dois desses cineastas são americanos, Scorsese e Tarantino. Mendes é inglês, Waititi é neozelandês e Joon Ho é sul-coreano. Já nas categorias de TV, houve um imprevisto: um erro na contagem obrigará os membros do DGA a votar novamente nas categorias de Melhor Direção em Séries de Drama e Comédia. Assim, estas indicações serão reveladas só na sexta-feira (10/1). A cerimônia de premiação acontece no próximo dia 25 de janeiro, em Los Angeles (EUA). Confira abaixo a lista de indicados. Melhor Direção em Longa-Metragem Bong Joon Ho, por Parasita Sam Mendes, por 1917 Martin Scorsese, por O Irlandês Quentin Tarantino, por Era Uma Vez Em… Hollywood Taika Waititi, por Jojo Rabbit Melhor Filme de Estreia Mati Diop, por Atlantique Alma Har’el, por Honey Boy Melina Matsoukas, por Queen & Slim Tyler Nilson e Michael Schwartz, por The Peanut Butter Falcon Joe Talbot, por The Last Black Man in San Francisco Melhor Direção em Minissérie ou Telefilme Ava Duvernay, por Olhos Que Condenam Vince Gilligan, por El Camino: A Breaking Bad Movie Thomas Kail, por “Nowadays” (Fosse/Verdon) Johan Renck, por Chernobyl Minkie Spiro, por “All I Care About is Love” (Fosse/Verdon) Jessica Yu, por “Glory” (Fosse/Verdon) Melhor Direção em Documentário Steven Bognar e Julia Reichert, por Indústria Americana Feras Fayyad, por The Cave Alex Holmes, por Maiden Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska, por Honeyland Nanfu Wang e Jialing Zhang, por One Child Nation
BAFTA Awards: Coringa lidera indicações ao “Oscar britânico”
A Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão (BAFTA, na sigla em inglês) divulgou a lista de indicados a seu prêmio anual, que destaca os melhores da indústria cinematográfica do Reino Unido. E, curiosamente, os principais títulos da edição de 2020 foram produções americanas. “Coringa”, de Todd Phillips, lidera a relação com 11 indicações, entre elas as de Melhor Filme, Direção e Ator para Joaquin Phoenix. “O Irlandês”, dirigido por Martin Scorsese, e “Era uma vez em Hollywood”, de Quentin Tarantino, vêm logo na sequência com 10 indicações cada. A produção britânica de maior repercussão foi “1917”, de Sam Mendes. Vencedor do Globo de Ouro, o filme concorre em nove categorias. Os quatro filmes citados e seus cineastas ainda competirão contra o sul-coreano “Parasita”, de Bong Joon-ho, pelos prêmios de Melhor Filme e Direção. Nas categorias de interpretação, os destaques ficaram com Scarlett Johansson e Margot Robbie, que receberam duas indicações cada. Johansson foi listada como Melhor Atriz por “História de um Casamento” e Coadjuvante por “Jojo Rabbit”, e Robbie como Coadjuvante em dois papéis diferentes, por “O Escândalo” e “Era uma Vez em Hollywood”. Como apenas atores brancos foram lembrados, a escalação dupla das duas loiras causou protestos nas redes sociais, já que ocuparam lugares que poderiam pertencer a Lupita Nyong’o (“Nós”), Jennifer Lopez (“As Golpostas”) e Awkwafina (“The Farewell”), esta premiada no Globo de Ouro. A premiação dos BAFTA Awards, considerados o Oscar britânico, será realizada no dia 2 de fevereiro em Londres. Veja a lista completa de indicados abaixo. Melhor Filme 1917 O Irlandês Coringa Era Uma Vez em… Hollywood Parasita Melhor Filme Britânico 1917 Bait For Sama Rocketman Sorry We Missed You Dois Papas Roteirista, Diretor ou Produtor Revelação Bait – Mark Jenkin, Kate Byers e Lunn Waite For Sama – Waad Al-Kateab e Edward Watts Maiden – Alex Holmes Only You – Harry Wootliff Retablo – Álvaro Delgado – Aparicio Melhor Filme em Língua Estrangeira The Farewell For Sama Dor e Glória Parasita Retrato de Uma Jovem em Chamas Melhor Documentário Indústria Americana Apollo 11 Diego Maradona For Sama The Great Hack Melhor Animação Frozen 2 Klaus Shaun, o Carneiro: Farmageddon Toy Story 4 Melhor Direção Sam Mendes (1917) Martin Scorsese (O Irlandês) Todd Phillips (Coringa) Quentin Tarantino (Era Uma Vez em? Hollywood) Bong Joon-ho (Parasita) Melhor Roteiro Original Fora de Série Entre Facas e Segredos História de um Casamento Era Uma Vez em Hollywood Parasita Melhor Roteiro Adaptado Coringa O Irlandês Jojo Rabbit Adoráveis Mulheres Dois Papas Melhor Atriz Jessie Buckley (As Loucuras de Rose) Scarlett Johansson (História de um Casamento) Saoirse Ronan (Adoráveis Mulheres) Charlize Theron (O Escândalo) Renée Zellweger (Judy) Melhor Ator Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez em Hollywood) Adam Driver (História de um Casamento) Taron Egerton (Rocketman) Joaquin Phoenix (Coringa) Jonathan Pryce (Dois Papas) Melhor Atriz Coadjuvante Laura Dern (História de um Casamento) Scarlett Johansson (Jojo Rabbit) Florence Pugh (Little Women) Margot Robbie (O Escândalo) Margot Robbie (Era Uma Vez em Hollywood) Melhor Ator Coadjuvante Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança) Anthony Hopkins (Dois Papas) Al Pacino (O Irlandês) Joe Pesci (O Irlandês) Brad Pitt (Era Uma Vez em Hollywood) Melhor Trilha Sonora 1917 Jojo Rabbit Coringa Adoráveis Mulheres Star Wars: A Ascensão Skywalker Melhor Elenco Coringa História de Casamento Era Uma Vez em Hollywood The Personal History of David Copperfield Dois Papas Melhor Fotografia 1917 O Irlandês Coringa Ford vs Ferrari O Farol Melhor Edição O Irlandês Jojo Rabbit Coringa Ford vs Ferrari Era Uma Vez em Hollywood Melhor Design de Produção 1917 O Irlandês Jojo Rabbit Coringa Era Uma Vez em Hollywood Melhor Figurino O Irlandês Jojo Rabbit Judy Adoráveis Mulheres Era Uma Vez em Hollywood Melhor Maquiagem e Cabelo 1917 O Escândalo Coringa Judy Rocketman Melhor Som 1917 Coringa Ford vs Ferrari Rocketman Star Wars: A Ascensão Skywalker Melhores Efeitos Especiais 1917 Vingadores: Ultimato O Irlandês O Rei Leão Star Wars: A Ascensão Skywalker Melhor Curta Animado Grandad Was a Romantic In Her Boots The Magic Boat Melhor Curta Britânico Azaar Goldfish Kamali Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl) The Trap Artista Revelação (votação do público) Awkwafina Jack Lowden Kaitlyn Dever Kelvin Harrison Jr Micheal Ward
1917: Vencedor do Globo de Ouro ganha trailer final legendado
A Universal divulgou a versão legendada do trailer final de “1917”. O vídeo original, em inglês, chegou na internet há quase um mês, mas o lançamento oficial no Brasil acontece um dia após o longa de Sam Mendes vencer o Globo de Ouro. Por ser uma simples tradução de material antigo, a menção ao prêmio ainda não aparece entre os elogios da crítica destacados na prévia. Repleto de explosões, correrias, desabamentos, saltos impossíveis e coragem diante da morte certa, o trailer acompanha dois soldados britânicos encarregados de enfrentar bombas e o tiroteio inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar milhares de vidas, inclusive a de um irmão deles. O que ele não mostra é que todas as cenas foram filmadas tendo em mente a projeção em plano contínuo – isto, com o objetivo de passar a ilusão de que o filme não tem cortes, como em “Birdman”. Isto também faz com que a ação aconteça em tempo real, transportando o público para as trincheiras do front europeu da 1ª Guerra Mundial. Além do Globo de Ouro, a façanha tem rendido muitos elogios ao cineasta Sam Mendes e ao veterano diretor de fotografia Roger Deakins (que trabalharam juntos em “007: Operação Skyfall”), e colocado “1917” em várias listas de Melhores do Ano – o filme está com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes. O elenco é encabeçado por George McKay (“Capitão Fantástico”) e Dean-Charles Chapman (“Game of Thrones”), como os dois soldados da sinopse. Seu comandante é vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar por “O Discurso do Rei”) e ainda há participações de Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”), Mark Strong (“Shazam!”) e Richard Madden (também de “Game of Thrones”). Sam Mendes, que também venceu o Globo de Ouro de Melhor Direção, escreveu o roteiro em parceria com Krysty Wilson-Cairns (“Penny Dreadful”). De olho no Oscar 2020, o filme teve a estreia antecipada no Brasil. Originalmente previsto para 20 de fevereiro, agora vai estrear em 23 de janeiro, “apenas” um mês após o lançamento nos Estados Unidos.
1917 e Era uma Vez em Hollywood vencem o Globo de Ouro 2020
O Globo de Ouro 2020 premiou “1917” e “Era uma Vez em Hollywood” como Melhores Filmes do ano, respectivamente nas categorias de Drama e Comédia. Seus diretores, também. Sam Mendes levou o troféu de Melhor Direção e Quentin Taratino o de Melhor Roteiro. Mas na soma de prêmios, “Hollywood” levou um troféu a mais: Melhor Ator Coadjuvante, conquistado por um sorridente Brad Pitt. As estatuetas de interpretação dramática ficaram com os favoritos, Joaquin Phoenix, por “Coringa”, e Renée Zellweger, por “Judy”, enquanto Taron Egerton e Awkwafina venceram em Comédia ou Musical, respectivamente por “Rocketman” e “The Farewell”. Vale ressaltar que “The Farewell” representa o desempenho mais dramático da carreira de Awkwafina. Embora a atriz seja conhecida como comediante, o filme da diretora Lulu Wang não é, de forma alguma, uma comédia. Assim como é possível questionar o quanto “Era uma Vez em Hollywood” é mais cômico que os demais filmes de Tarantino – todos considerados Dramas nos Globos de Ouro pregressos. O fato é que essas imprecisões só aumentam o folclore a respeito da falta de seriedade do troféu com o globo dourado, mesmo com interesses corporativos reforçando o mito da sua suposta importância – nunca é demais lembrar que no máximo 90 votantes elegem os 25 vencedores. A relevância do prêmio é alimentada pela rede NBC, que assumiu sua transmissão após perder o Oscar para a ABC em 1976, e pelos estúdios de cinema, que inflam o significado do prêmio para impulsionar filmes recém-lançados. É o caso de “1917”, que só vai chegar aos cinemas brasileiros em 23 de janeiro. Podem apostar: o filme vai ganhar um novo pôster com seus dois Globos de Ouro em destaque. O próprio Sam Mendes apontou, ao receber o troféu de Melhor Filme, que o reconhecimento ajudaria a levar mais público para ver seu filme no cinema. E isso realmente é verdade. O Globo de Ouro não é um premiação da indústria de entretenimento americana, como o Oscar, mas sua transmissão televisiva é uma forte ferramenta de divulgação, que inclui um verniz de prestígio embalado e marketado por Hollywood. Pela falta de solenidade, o Globo de Ouro é também a cerimônia em que os vencedores jogam as regras para cima, dando discursos muito mais longos que o combinado, repletos de palavrões e também mais politizados – o que torna o Oscar monótono, em comparação. Um exemplo típico foi representado por Joaquin Phoenix, ao receber seu troféu de atuação por “Coringa”. Metade de seu agradecimento foi censurada, com corte de som, tornando-se mais desconexo do que o habitual. Mas outros discursos desafiaram limites de duração para ressoar de forma integral, cortados apenas por aplausos efusivos. Ao agradecer sua vitória como Melhor Atriz de Minissérie, por “Fosse/Verdon”, Michelle Williams fez um verdadeiro manifesto, frisando a palavra choice (escolha), um dos slogans da luta feminista por direitos como contracepção e aborto. “Quando você coloca isso [troféu] nas mãos de uma pessoa, reconhece as escolhas que ela fez como ator. Momento a momento, cena a cena, dia a dia”, ela começou. “Mas você também reconhece as escolhas que ela faz como pessoa. A educação que ela busca, o treinamento que procura, as horas que dedica. Sou grata pelo reconhecimento das escolhas que fiz e também por viver em um momento em nossa sociedade em que essa escolha existe, porque, como mulheres e meninas, coisas podem acontecer aos nossos corpos”, ela continuou. “Eu não teria sido capaz de fazer meu papel sem empregar meu direito de escolher como uma mulher”, acrescentou. “Escolher quando ter meus filhos e com quem. Quando me sentir apoiada e capaz de equilibrar nossas vidas, sabendo, como todas as mães sabem, que a balança deve se inclinar para nossos filhos”. A atriz acrescentou que suas escolhas podem ser diferentes das dos espectadores. “Mas graças a Deus, ou a quem você ora, que vivemos em um país fundado no princípio de que eu sou livre para viver pela minha fé e você é livre para viver pela sua”, disse ela. “Então, mulheres, de 18 a 118 anos, quando for a hora de votar, faça-o por seu próprio interesse. É o que os homens fazem há anos, e é por isso que o mundo se parece tanto com eles”, continuou ela. “Não esqueçam que somos o maior gênero de eleitores neste país. Vamos fazer com que ele se pareça mais com a gente”. Com esse texto vigoroso, Michelle Williams mostrou quão sem graça e ultrapassado se tornou Ricky Gervais, o apresentador da noite, que em seu monólogo inicial também soltou uma palavrão, mas para condenar discursos politizados no evento. De fato, Gervais desafinou completamente do tom da premiação, que já tinha embutido politização na escolha de uma de suas homenageadas, Ellen DeGeneres, cujo pioneirismo em se assumir gay na televisão americana, durante os anos 1990, abriu caminho para um mundo muito mais tolerante. Alguém poderia dizer até que abriu caminho para o século 21, mas, infelizmente, num outro país, piadas sobre homossexualidade ainda geram coquetéis molotov de militantes fascistas. Algumas marcas do próprio Globo de Ouro merecem ser citadas antes da lista dos vencedores. Com sua vitória por “The Farewell”, Awkwafina se tornou a primeira atriz asiática premiada pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood. A islandesa Hildur Guðnadóttir também fez história ao conquistar o troféu de Melhor Trilha Sonora por “Coringa”, virando a primeira mulher a vencer o prêmio sozinha desde que ele foi criado – até então, apenas outra compositora tinha ficado com a estatueta, Lisa Gerrard, que dividiu a honra com Hans Zimmer por “Gladiador”, há 20 anos. Também chamou atenção o fiasco da Netflix. Estúdio com maior quantidade de indicações – 34, somadas entre filmes e séries – , a plataforma só venceu dois prêmios, ambos de interpretação. As performances de Olivia Colman, Melhor Atriz em Série Dramática, por “The Crown”, e de Laura Dern, Melhor Atriz Coadjuvante de cinema, por “História de um Casamento”, impediu um desastre maior – como, por exemplo, o desempenho de “O Irlandês”, grande aposta da empresa, premiada zero vezes. A sensação deve ter sido ainda mais amarga nas categorias televisivas, onde a plataforma ficou atrás da HBO e de seus rivais de streaming, Amazon e Hulu. Graças a “Chernobyl” e “Succession”, a HBO liderou a relação de séries, com quatro troféus. Amazon e Hulu aparecem em seguida com dois troféus cada, enquanto Showtime e FX empataram com a Netflix com um Globo de Ouro televisivo. Confira abaixo a lista completa dos premiados. CINEMA Melhor Filme de Drama “1917” Melhor Ator de Drama Joaquin Phoenix, “Coringa” Melhor Atriz de Drama Renee Zellweger, “Judy” Melhor Filme de Comédia ou Musical “Era Uma Vez em Hollywood” Melhor Ator de Comédia ou Musical Taron Egerton, “Rocketman” Melhor Atriz de Comédia ou Musical Awkwafina, “The Farewell” Melhor Diretor Sam Mendes, “1917” Melhor Ator Coadjuvante Brad Pitt, “Era Uma Vez em Hollywood” Melhor Atriz Coadjuvante Laura Dern, “História de um Casamento” Melhor Animação “Link Perdido” Melhor Filme Estrangeiro “Parasita” Melhor Roteiro Quentin Tarantino, “Era Uma Vez em Hollywood” Melhor Trilha Sonora “Coringa”, Hildur Gudnadóttir Melhor Canção “I’m Gonna Love Me Again”, de “Rocketman” TELEVISÃO Melhor Série de Drama “Succession” (HBO) Melhor Série de Comédia “Fleabag” (Amazon) Minissérie ou Telefilme “Chernobyl” (HBO) Melhor Ator de Drama Brian Cox, “Succession” (HBO) Melhor Atriz de Drama Olivia Colman, “The Crown” (Netflix) Melhor Ator de Comédia Ramy Yousef, “Ramy” (Hulu) Melhor Atriz de Comédia Phoebe Waller-Bridge, “Fleabag” (Amazon) Melhor Ator de Minissérie ou Telefilme Russell Crowe, “The Loudest Voice” (Showtime) Melhor Atriz de Minissérie ou Telefilme Michelle Williams, “Fosse/Verdon” (FX) Melhor Ator Coadjuvante de Série, Minissérie ou Telefilme Stellan Skarsgård, “Chernobyl” (HBO) Melhor Atriz Coadjuvante de Série, Minissérie ou Telefilme Patricia Arquette, “The Act” (Hulu)
1917: Novo trailer capricha nas cenas épicas de tirar o fôlego
A Universal divulgou novos pôsteres e mais um trailer de “1917”, que destaca as cenas épicas e de tirar o fôlego da produção de guerra do cineasta Sam Mendes. Repleta de explosões, correrias, desabamentos, saltos impossíveis e coragem diante da morte certa, a história acompanha dois soldados britânicos encarregados de enfrentar bombas e o tiroteio inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar milhares de vidas, inclusive a de um irmão deles. O que a prévia não mostra é que todas as cenas foram filmadas tendo em mente a projeção em plano contínuo – isto, com o objetivo de passar a ilusão de que o filme não tem cortes, como em “Birdman”. Isto também faz com que a ação aconteça em tempo real e permite imersão completa na história, transportando o público para as trincheiras e o front europeu da 1ª Guerra Mundial. A façanha tem rendido muitos elogios ao cineasta Sam Mendes e ao veterano diretor de fotografia Roger Deakins (que trabalharam juntos em “007: Operação Skyfall”), e colocado “1917” em várias listas de Melhores do Ano – o filme está com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes. O elenco é encabeçado por George McKay (“Capitão Fantástico”) e Dean-Charles Chapman (“Game of Thrones”), como os dois soldados da sinopse. Seu comandante é vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar por “O Discurso do Rei”) e ainda há participações de Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”), Mark Strong (“Shazam!”) e Richard Madden (também de “Game of Thrones”). Além de dirigir, Sam Mendes escreveu o roteiro em parceria com Krysty Wilson-Cairns (“Penny Dreadful”). De olho no Oscar 2020, a estreia está marcada para 25 de dezembro nos EUA, mas só vai acontecer no Brasil no dia 20 de fevereiro.
1917: Épico de guerra do diretor de 007 Contra Spectre ganha making of de 11 minutos
A Universal divulgou um longo vídeo de bastidores de “1917”, de 11 minutos de duração, que destaca como o cineasta Sam Mendes e o veterano diretor de fotografia Roger Deakins (que trabalharam juntos em “007: Operação Skyfall”) criaram um épico fiel à tensão dos combates da 1ª Guerra Mundial. O vídeo explora a inspiração do filme, o trabalho dos atores e o virtuosismo das câmeras, que enfrentam correrias e o terreno acidentado para retratar o filme inteiro como uma longa tomada contínua – o que é especialmente difícil em filmagens feitas sempre ao ar livre. Passado na frente de batalha, a trama acompanha dois soldados britânicos encarregados de enfrentar bombas e o tiroteio inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar milhares de vidas, inclusive a de um irmão deles. Repleta de explosões e intensidade, a prévia demonstra como a produção rendeu uma obra de tirar o fôlego, que tem colhido muitos elogios e alguns prêmios da crítica, que já teve a oportunidade de assisti-lo em festivais – está com 93% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. Os soldados encarregados da missão são interpretados por George McKay (“Capitão Fantástico”) e Dean-Charles Chapman (“Game of Thrones”). Seu comandante é vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar por “O Discurso do Rei”) e o elenco grandioso ainda inclui Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”), Mark Strong (“Shazam!”) e Richard Madden (também de “Game of Thrones”). Além de dirigir, Sam Mendes também escreveu o roteiro em parceria com Krysty Wilson-Cairns (“Penny Dreadful”). De olho no Oscar 2020, a estreia está marcada para 25 de dezembro nos EUA, mas o longa só vai chegar em 20 de fevereiro no Brasil.
1917: Filme de guerra do diretor dos últimos 007 ganha novas imagens e trailer épico legendado
A Universal divulgou o segundo pôster, novas fotos e o trailer completo legendado de “1917”, drama de guerra do cineasta Sam Mendes (“007 Contra Spectre”), que recria a tensão dos combates da 1ª Guerra Mundial. O vídeo resume a trama e dá uma mostra do trabalho virtuoso do veterano diretor de fotografia Roger Deakins (que trabalhou com Mendes em “007: Operação Skyfall”). Repleta de explosões e intensidade, a prévia de tom épico sugere as longas tomadas, travellings e panorâmicas necessárias para passar a impressão de que tudo foi filmado num take único, em tempo real. A trama acompanha dois soldados britânicos na frente de batalha, encarregados de enfrentar bombas e o tiroteio inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar milhares de vidas, inclusive a de um irmão deles. Os soldados encarregados da missão são interpretados por George McKay (“Capitão Fantástico”) e Dean-Charles Chapman (“Game of Thrones”). Seu comandante é vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar por “O Discurso do Rei”) e o elenco grandioso ainda inclui Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”), Mark Strong (“Shazam!”) e Richard Madden (também de “Game of Thrones”). Além de dirigir, Sam Mendes também escreveu o roteiro em parceria com Krysty Wilson-Cairns (“Penny Dreadful”). De olho no Oscar 2020, a estreia está marcada para 25 de dezembro nos EUA, mas o longa só vai chegar em 20 de fevereiro no Brasil.
1917: Vídeo de bastidores revela desafios das filmagens do épico de guerra de Sam Mendes
A Universal divulgou um vídeo de bastidores de “1917”, que destaca como o cineasta Sam Mendes e o veterano diretor de fotografia Roger Deakins (que trabalharam juntos em “007: Operação Skyfall”) recriaram a tensão dos combates da 1ª Guerra Mundial. O vídeo destaca o trabalho virtuoso das câmeras, que enfrentam correrias e o terreno acidentado para retratar o filme inteiro como uma longa tomada contínua, além de mostrar as dificuldades adicionais das filmagens feitas inteiramente ao ar livre. Passado na frente de batalha, a trama acompanha dois soldados britânicos encarregados de enfrentar bombas e o tiroteio inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar milhares de vidas, inclusive a de um irmão deles. Repleta de explosões e intensidade, a prévia também sugere uma produção épica. Os soldados encarregados da missão são interpretados por George McKay (“Capitão Fantástico”) e Dean-Charles Chapman (“Game of Thrones”). Seu comandante é vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar por “O Discurso do Rei”) e o elenco grandioso ainda inclui Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”), Mark Strong (“Shazam!”) e Richard Madden (também de “Game of Thrones”). Além de dirigir, Sam Mendes também escreveu o roteiro em parceria com Krysty Wilson-Cairns (“Penny Dreadful”). De olho no Oscar 2020, a estreia está marcada para 25 de dezembro nos EUA, mas o longa só vai chegar em 20 de fevereiro no Brasil.








