Paddington 2 vira o filme mais bem-avaliado do Rotten Tomatoes em todos os tempos
Há dois meses, “Lady Bird” se tornou o filme mais bem-avaliado do Rotten Tomatoes em todos os tempos, acumulando 164 críticas com 100% de aprovação. A façanha virou notícia, mas também estimulou um blogueiro a escrever uma crítica negativa do filme para chamar atenção, derrubando-o de sua posição histórica. Agora, outro filme alcançou a mesma marca, com aprovação unânime de 164 críticas positivas. “Paddington 2” virou o novo recordista de boas avaliações registradas pelo Rotten Tomatoes. As conquistas de “Lady Bird” e agora “Paddington 2” são notáveis, porque nenhum filme desde “Toy Story 2” (1999) tinha conseguido tantas críticas positivas nos Estados Unidos. Ainda mais nestes tempos, em que qualquer um se diz crítico de cinema e busca atenção por contrariar os mais experientes. Por outro lado, as boas avaliações tornam ainda mais decepcionante a baixa bilheteria de “Paddington 2” em sua estreia na América do Norte. A produção infantil britânica abriu no fim de semana passado apenas em 5º lugar, com US$ 15 milhões, após já ter se consolidado como sucesso no Reino Unido. Na continuação do longa de 2014, o ursinho falante atrapalhado é confundido com um ladrão e vai parar na cadeia, após ser incriminado pelo vilão, um ator e mestre dos disfarces vivido por Hugh Grant (“Florence: Quem é Essa Mulher?”). Com roteiro e direção de Paul King, que comandou o longa original, “Paddington 2” estreia no Brasil em 1 de fevereiro.
Lady Bird: Estreia na direção de Greta Gerwig bate recorde de avaliação positiva no Rotten Tomates
O filme que marca a estreia na direção da atriz Greta Gerwig (a eterna “Frances Ha”) virou oficialmente o mais bem avaliado do cinema americano em todos os tempos, ao menos no ranking do site Rotten Tomatoes. Produção indie, “Lady Bird” superou o antigo campeão, a animação “Toy Story 2”, com a melhor pontuação já registrada no site. A comédia dirigida por Gerwig e estrelada por Saoirse Ronan (“Brooklyn”) atingiu 100% de aprovação no agregador de críticas da imprensa americana. Ao todo, o site contabiliza 164 resenhas positivas e nenhuma negativa sobre a produção. O número impressionante representa uma crítica positiva a mais do que “Toy Story 2” obteve em 1999, quando também comemorou a aprovação unanime. “Lady Bird” evoca a juventude de Gerwig como adolescente rebelde e inconformista. Com Ronan no papel de protagonista, o filme acompanha uma garota do Norte da Califórnia, que é tratada como ovelha negra da família pela própria mãe (Laurie Metcalf, a mãe de Sheldon na série “The Big Bang Theory”), mas ela própria se vê como uma joaninha (ladybird), querendo voar. Com distribuição do estúdio indie A24, “Lady Bird” foi lançado em 3 de novembro nos Estados Unidos em circuito limitadíssimo, sem nem sequer entrar na mira do CinemaScore, que pesquisa a opinião do público sobre os filmes em cartaz no país. Mesmo assim já arrecadou US$ 10 milhões. Sua aprovação não se resume à imprensa. O filme já conquistou indicações aos principais prêmios do cinema indie americano, concorrendo a três troféus no Gotham Awards e quatro no Spirit Awards, mas a expectativa é que também dispute o Oscar 2018. Infelizmente, a distribuição no Brasil acabou nas mãos da Universal, que tradicionalmente não valoriza a temporada de premiações, e marcou a estreia nacional do filme apenas para daqui a cinco meses. Isto mesmo: em abril, um mês após os resultados do Oscar. Espera-se que o bom senso prevaleça ao descaso. Veja o trailer da produção abaixo:
Rotten Tomatoes esconde nota baixa de Liga da Justiça até véspera da estreia
Muito se discute sobre a influência do site agregador de críticas Rotten Tomatoes no resultado das bilheterias do cinema. Até Martin Scorsese achou que valia a pena escrever sobre o assunto e, no auge do verão, alguns executivos de Hollywood chegaram a vociferar contra as notas obtidas por seus filmes, culpando o Rotten Tomatoes pelos fracassos de blockbusters. Mas nunca se tinha visto uma ação tão controversa quanto a manobra feita em torno da liberação da avaliação de “Liga da Justiça”. O site só publicou a média conquistada pelo filme nesta quinta (16/11), um dia antes da estreia nos EUA e após a pré-venda de ingressos bombar. Esta decisão também evitou que a crítica internacional fosse “contaminada” pela nota do site, permitindo vendas recordes no exterior – o filme quebrou o recorde de bilheteria de estreia no Brasil. O detalhe é que, quando o véu levantou, a nota revelada foi muito baixa: apenas 40% de aprovação geral e míseros 28% entre a crítica especializada – aquela que não é geek. O número reflete o tom das críticas, que apontavam que “Liga da Justiça” é melhor que “Batman vs. Superman” (27%), mas longe de ser maravilhoso (Marvel, em inglês). Em termos de comparação, o filme pior avaliado da Marvel no Rotten Tomatoes é “Thor: O Mundo Sombrio” (2013), que tem 66% de aprovação. Oficialmente, a demora em anunciar a nota foi motivada pelo lançamento de um programa do site no Facebook, “See It/Skip It”, que usou a revelação como chamariz de público. Mas muita gente lembrou da reclamação de Brett Ratner, que financiou este e outros blockbusters da Warner. Em março, ele vociferou contra o site, dizendo que “a pior coisa que temos hoje na cultura cinematográfica é o Rotten Tomatoes”, durante uma entrevista à revista Entertainment Weekly. “Agora tudo é: ‘qual sua cotação no Rotten Tomatoes?’. E isso é triste porque a cotação do Rotten Tomatoes foi muito baixa para ‘Batman vs Superman’, e isso eclipsa um filme que foi incrivelmente bem-sucedido”, afirmou, dando a entender que bilheteria justifica filme ruim. Desde então, duas coisas aconteceram. Brett Ratner virou uma das piores coisas que “temos hoje em dia na cultura cinematográfica”, após se envolver em denúncias de abuso sexual e ser afastado das produções da Warner. E o editorial do Rotten Tomatoes mudou. A Warner é dona do Rotten Tomatoes desde 2011, mas o editor original do site só saiu em julho deste ano, após as críticas ferozes de Hollywood, que culparam as notas baixas pelos fracassos de seus filmes ruins. Antes desta mudança, nunca uma nota de avaliação negativa tinha sido escondida até a véspera de lançamento de um filme. As exceções só aconteceram nas ocasiões em que os estúdios esconderam filmes da crítica, o que não foi o caso com “Liga da Justiça”. A ligação financeira do estúdio de “Liga da Justiça” com o site Rotten Tomatoes torna a decisão editorial muito controvertida.
Martin Scorsese defende Mãe! em artigo que ataca métricas de cinema
O diretor Martin Scorsese escreveu um artigo para a revista The Hollywood Reporter em defesa do filme “Mãe!”, de Darren Aronofsky, lamentando a falta de conhecedores de cinema entre os críticos atuais e a ênfase dada a métricas, como as do Rotten Tomatoes e do Cinemascore. “Os bons filmes de cineastas reais não são feitos para serem decodificados, consumidos ou compreendidos instantaneamente”, ele observou. Leia abaixo um trecho do longo texto do cineasta. “Antes de realmente ver ‘Mãe!’, fiquei extremamente perturbado pelos julgamentos severos que sofreu. Muitas pessoas pareciam querer definir o filme, colocá-lo num nicho, achar suas falhas e condená-lo. E muitos pareceram felizes com o fato dele receber uma nota F do Cinemascore. Isso na realidade virou notícia – ‘Mãe!’ tinha sido “esbofeteado” com a “temida” nota F do Cinemascore, terrível condecoração compartilhada por filmes dirigidos por Robert Altman, Jane Campion, William Friedkin e Steven Soderbergh. “Depois que tive a chance de ver ‘Mãe!’, fiquei ainda mais perturbado pela pressa do julgamento e é por isso que queria compartilhar meus pensamentos. As pessoas pareciam estar atrás de sangue, simplesmente porque o longa não pode ser facilmente definido ou interpretado ou reduzido a uma descrição de duas palavras. É um filme de terror ou uma comédia sombria ou uma alegoria bíblica ou uma fábula cautelar sobre devastação moral e ambiental? Talvez um pouco de tudo isso, mas certamente não apenas uma dessas categorias básicas. “É um filme que precisa ser explicado? E que tal a experiência de assistir a ‘Mãe’!? É tão tátil, lindamente encenado – a câmera subjetiva e os ângulos reversos, sempre em movimento… o design de som, que chega ao espectador pelas beiradas e o arrasta cada vez mais para as profundezas deste pesadelo… o desenrolar da história, que gradualmente se torna mais e mais perturbadora conforme o filme avança. O terror, a comédia sombria, os elementos bíblicos, a fábula cautelar – estão todos lá, mas são elementos da experiência total, que engole os personagens e os espectadores junto com eles. Somente um verdadeiro e apaixonado cineasta poderia ter feito esse longa, que eu ainda estou experimentando semanas após tê-lo assistido. “Bons filmes, feitos por cineastas de verdade, não são criados para ser decodificados, consumidos ou instantaneamente compreendidos. Eles não são nem feitos para serem gostados instantaneamente. São feitos porque a pessoa por trás das câmeras tinha que fazê-los. E como qualquer pessoa familiarizada com a história do cinema sabe muito bem, há uma lista muito longa de títulos – ‘O Mágico de Oz’, ‘A Felicidade Não Se Compra’, ‘Um Corpo Que Cai’ e ‘À Queima-Roupa’, para citar apenas alguns – que foram rejeitados no lançamento e se tornaram clássicos. As avaliações do Tomatômetro e Cinemascore desaparecerão em breve. Talvez sejam substituídos por algo ainda pior. “Ou talvez eles desapareçam e se dissolvam à luz de um novo espírito na alfabetização cinematográfica. Enquanto isso, filmes produzidos apaixonadamente como ‘Mãe!’ continuarão a crescer em nossas mentes.” Raparo importante: apesar do que escreveu Scorsese, a nota de “Mãe!” no Rotten Tomatoes foi alta. O filme teve 68% de aprovação. E o estúdio usou esta aprovação em seu marketing para fazer frente à rejeição do público – foram os espectadores, avaliados pelo Cinemascore, e não a crítica, refletida no Rotten Tomatoes, que detestaram o filme. Este esclarecimento é necessário, uma vez que Scorsese não o reflete em seu texto. O Rotten Tomatoes também publica um resumo das opiniões da imprensa, que qualifica como “consenso da crítica”. Eis o que o site escreveu em sua síntese de “Mãe!”: “Não há como negar que ‘Mãe!’ é o produto provocador de uma visão artística singularmente ambiciosa, embora possa ser muito difícil para os gostos convencionais”.
Além da Morte é o terror pior avaliado do ano com 0% de aprovação
A estreia de “Além da Morte” na sexta-feira (29/9) nos Estados Unidos rendeu rejeição unânime da crítica. Sabendo a bomba que tinha nas mãos, a Sony não exibiu o filme para a imprensa, mas as críticas foram escritas assim que ele abriu nos cinemas. E o resultado foi 0% de aprovação no site Rotten Tomatoes, um consenso absoluto, que faz do remake/reboot de “Linha Mortal” (Flatliners) um recordista na categoria dos filmes ruins. Veja algumas das opiniões da crítica abaixo: “Um fiasco sem susto… ainda mais sem graça e tedioso que o original” – Rolling Stone. “Por mais dispensáveis que sejam os reboots, ‘Além da Morte’ não oferece nenhum motivo para reanimar essa propriedade expirada há muito tempo” – Variety. “O reboot que ninguém pediu do filme que ninguém lembra direito chegou… e é natimorto, com nada novo para dizer e nenhum jeito novo de dizê-lo” – Flick Filosopher. “O conceito é usado apenas como desculpa para mais um filme de assombração mal-feita, que deixa ‘Além da Morte’ igual a tantos outros” – The Hollywood Reporter. “Há pouco mistério e pouco profundamento para os personagens” – Time Out. “Um remake agonizante e tedioso” – Indiewire. “‘Além da Morte’ redefine a expressão ‘meh’ (inexpressivo)” – The New York Times O novo filme tem mais personagens femininas que o original, mas a conta a mesma história e sem o mesmo apelo visual do longa de 1990. Um grupo de médicos residentes decide investigar o que existe após a morte, experimentando morrer por alguns minutos e voltar para compartilhar o que viram. Não demora e a experiência se transforma em competição para ver quem fica mais tempo morto, até a experiência mostrar suas consequências, ainda que sejam apenas uma versão sobrenatural dos “12 passos” dos Alcoólatras Anônimos, com arrependimento e pedidos de desculpas obrigatórios. O elenco traz Ellen Page (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”), Diego Luna (“Rogue One”), Nina Dobrev (série “The Vampire Diaries”), James Norton (minissérie “Guerra e Paz”), Kiersey Clemons (série “Extant”) e, escondido na divulgação, Keifer Sutherland, astro do primeiro filme, em participação especial. O roteiro foi escrito por Ben Ripley (“Contra o Tempo”) e a direção é do dinamarquês Niels Arden Oplev (“Os Homens que Não Amavam as Mulheres”). A estreia está marcada para 19 de outubro no Brasil, um mês após o lançamento nos Estados Unidos.
Desempenho dos blockbusters de 2017 deixa uma lição: filme ruim não faz mais verão
A estreia de “Annabelle 2: A Criação do Mal” marcou o último lançamento sobre o qual havia perspectiva positiva no verão norte-americano de 2017. E mesmo abrindo em 1º lugar, o filme teve o pior desempenho da franquia, desde o primeiro “Invocação do Mal” há quatro anos. Detalhe: a Warner comemorou o resultado. O verdadeiro terror das bilheterias da América do Norte acontece à luz do dia. O desempenho dos blockbusters neste verão sombrio tem sido abaixo da crítica – literalmente – , empurrando as arrecadações para baixo. Como resultado, a receita bruta de Hollywood ficou 11% menor que o faturamento do ano passado. E não há mais nenhuma grande estreia até o fim de semana do Dia do Trabalho americano, em 4 de setembro, indicando que o verão de 2017 pode se encerrar com uma queda ainda maior, de até 15% nas vendas. A empresa de dados financeiros Bloomberg comparou estes números ao avançado do consumo por streaming. Em sua análise, um em cada seis frequentadores de cinema da América do Norte preferiu ficar em casa assistindo “Game of Thrones” por streaming do que sair para ver um filme aos domingos. O que mais impressiona é que, de acordo com o site Rotten Tomatoes, poucas vezes houve tantos filmes bons para o público consumir nos cinemas durante o verão. A lista das maiores bilheterias, encabeçada por “Mulher-Maravilha”, é repleta de queridinhos da crítica, como “Dunkirk” e “Em Ritmo de Fuga”, e registra uma pontuação média de 72% de aprovação. O problema para os grandes estúdios é que alguns desses filmes não deveriam aparecer no topo desta lista. O fato de produções com potencial cult darem dinheiro representa um resultado inversamente proporcional ao desempenho dos lançamentos caros, que deveriam ter liderado o faturamento. Mas novos capítulos de “Transformers” e “Piratas do Caribe” fracassaram, assim como as tentativas de inaugurar franquias com “A Múmia”, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas“, “Baywatch” e “A Torre Negra”. A conclusão é que filmes barulhentos, que geralmente só incomodavam a crítica, este ano não foram aceitos pelo público. O motivo parece evidente. O Fandango, maior site de vendas de ingressos online da América do Norte, comprou o Rotten Tomatoes no ano passado e passou a incluir a nota da crítica entre as informações disponíveis para o público interessado em adquirir entradas. Isto inspirou outros pontos de venda a incluírem as cotações dos filmes, impactando a decisão de compra de ingressos. Não por acaso, filmes com notas ruins fracassaram clamorosamente. E filmes elogiados tiveram um desempenho acima do esperado. É uma mudança radical de paradigma para a indústria. E isto está deixando Hollywood atordoada, pois indica que os executivos precisarão abandonar a preguiça das reciclagens e continuações e fazer o que nunca fizeram questão de produzir: filmes bons, filmes melhores, filmes com qualidade crítica.
Roteirista de Roubo em Família, novo filme de Steve Soderbergh, não existe
O site The Hollywood Reporter foi investigar um rumor de que a roteirista creditada em “Roubo em Família” (Logan Lucky), novo filme dirigido por Steven Soderbergh, é um pseudônimo. Oficialmente, o nome da estreante Rebecca Blunt aparece como sendo a responsável pelo roteiro. Mas ela nunca foi ao set, com a desculpa de que mora na Inglaterra, nem deu entrevistas em lugar algum. E mais: nem dará entrevistas, com nova desculpa, porque trabalha em outro projeto. Para completar, como é estreante, nem sequer tem biografia conhecida, algo tampouco aprofundado no escasso material de imprensa produzido sobre a equipe do filme. O detalhe é que o roteiro é a parte mais elogiada de “Roubo em Família”, que conquistou a crítica norte-americana e atualmente tem 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Isto levantou suspeitas de que o nome fosse um pseudônimo. Uma das fontes ouvidas pelo site diz que emails com o nome de Rebecca Blunt foram trocados com membros da equipe, o que limita o número de suspeitos para alguém com acesso aos endereços eletrônicos da produção. A apuração levou a três possíveis nomes. A resposta mais simples é que o texto pode ser do próprio diretor, que costuma adotar pseudônimos quando acumula funções. Outra opção, que parece ser a favorita da maioria, é que o roteiro foi escrito pela esposa de Soderbergh, Jules Asner. Se assim for, a ex-modelo e apresentadora do canal pago E! conseguiu um feito notável. Na verdade, seu único trabalho anterior no cinema foi uma pequena participação na comédia “O Império (do Besteirol) Contra-Ataca” (2001). Mas ela sabe escrever, como demonstrou seu romance “Whacked”, lançado em 2008 com críticas positivas. Há ainda uma possibilidade do roteiro ter sido escrito por outro apresentador da E!, John Henson, ex-roteirista-produtor do programa “Talk Soup”, que teria trabalhado com Soderbergh há alguns anos em um projeto parecido. Após a publicação da reportagem, Soderbergh replicou à Entertainment Weekly: “Bem, isso vai ser novidade para Rebecca Blunt”. E acrescentou: “Quando as pessoas fazem uma declaração como essa, elas devem ter muito cuidado, especialmente quando é uma roteirista mulher que tem o seu primeiro roteiro produzido”. A produtora Bleecker Street, responsável pelo lançamento do longa, não quis comentar. O filme estreia em 18 de agosto nos Estados Unidos, mas apenas dois meses depois no Brasil, em 12 de outubro.
Críticas de A Múmia avaliam a estreia como pior filme da carreira de Tom Cruise
Sinal desses tempos de Rotten Tomatoes, as críticas do filme “A Múmia” foram embargadas pelo estúdio Universal até esta quarta (7/6), véspera do lançamento do filme nos cinemas. A tática tem efeito preventivo, para evitar que avaliações negativas impactem a pré-venda e bilheteria de estreia. A contra-indicação dessa estratégia é concentrar uma avalanche de opiniões numa única data, com grande risco de fomentar uma avaliação uníssona e unânime, exatamente como aconteceu com “A Múmia”. E segundo a crítica norte-americana, o filme é uma catástrofe. Não do gênero catástrofe, mas um desastre por si só. Uma das resenhas chegou a considerá-lo o pior filme da carreira de Tom Cruise. E olha que o ator fez “Coquetel” (1988), que tem apenas 5% de média no Rotten Tomatoes. A avaliação de “A Múmia” ainda é oscilante, subindo e descendo em torno dos 26% no site. Por conta disso, especialistas em mercado cinematográfico já começaram a diminuir a expectativa da bilheteria do longa nas bilheterias norte-americanas. Antes das críticas serem publicadas, o longa quebrou o recorde de bilheteria de estreia na Coreia do Sul. Agora, o site The Hollywood Reporter projeta uma arrecadação máxima de US$ 35 milhões, bem abaixo da “Mulher-Maravilha”, que deve permanecer em 1º lugar no ranking. “A Múmia” foi apresentado como o primeiro lançamento de um novo universo compartilhado na Universal, denominado de “Dark Universe”, que deveria ser uma “Marvel de monstros”. Mas este projeto pode não prosperar, caso o fracasso do lançamento inicial seja maior que o esperado. Além disso, a Warner ameaça processar a Universal pelo nome “Dark Universe”, com o qual pretendia lançar os filmes dos heróis sombrios da DC Comics. Veja abaixo alguns trechos das resenhas publicadas na América do Norte: “Obviamente, o pior filme que Tom Cruise já fez” (David Ehrlich, do site indieWire). “Tom Cruise está terrivelmente mal escalado neste filme. Seu personagem parece que foi escrito para um ator de 20 anos de idade, já que é figura imprudente e moralmente corrompida. Aos 55 anos, Cruise parece que deveria estar interpretando o Dr. Jekyll ao invés de Nick” (Scott Chitwood, do site ComingSoon). “A maior surpresa é que as cenas de ação dão saudades da versão de 1999, sugerindo que aquele filme era mais divertido do que lhe damos crédito” (John DeFore, da revista The Hollywood Reporter). “Eu não tenho certeza se esse filme morno e sem objetivo, ainda que ocasionalmente divertido, era o que o estúdio sonhava para dar o pontapé inicial em seu Dark Universe” (Chris Nashawaty, da revista Entertainment Weekly). “Ao contrário dos antigos filmes que supostamente o inspiraram, ‘A Múmia’ não tem ambientação, nem ameaça, nem romance” (Stephen Whitty, do jornal Newark Star-Ledger). “A Múmia é um filme de monstro presunçoso e confuso. Ele atira coisas e informações em cima do público, e quanto mais se aprende sobre a suposta complexidade do seu universo, menos convincente ele se torna” (Owen Gleiberman, da revista Variety). “Um tropeço tão grande que não tem nem o senso crítico de brincar com a ideia de ser ‘tão ruim que chega a ser divertido’, e mal se qualifica como horror, aventura, fantasia, suspense ou mesmo como um veículo do ator Tom Cruise” (Robert Abele, do site The Wrap). “’A Múmia’ é uma desculpa datada, batida e risível para dar início a uma franquia, e deveria ter permanecida sepultada” (Rodrigo Perez, do blog The Playlist). “O filme ‘A Múmia’ é muito ruim, medonho, inconsistente, confuso, tortuoso e muito, muito estúpido” (Richard Roeper, do jornal Chicago Sun-Times).
Vídeo mostra reação transtornada de Batman ao sucesso de crítica da Mulher-Maravilha
Um canal do YouTube postou um vídeo divertido da reação de Batman ao sucesso de crítica do filme “Mulher-Maravilha”. O vídeo é uma montagem de cenas de “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, que traz Ben Affleck como Bruce Wayne diante de um computador. Na tela, estão as críticas positivas ao filme estrelado por Gal Gadot. O ponto alto fica por conta de sua cara desconsolável quando chega à página do Rotten Tomatoes, onde “Mulher-Maravilha” registra 94% de aprovação. Além das críticas positivas, “Mulher-Maravilha” também se tornou um sucesso de público, registrando a maior estreia de um filme dirigido por mulher na América do Norte, ao faturar US$ 100,5 milhões em seu primeiro fim de semana. O filme da diretora Patty Jenkins estreou em 1º lugar em vários países, incluindo o Brasil, cujos números oficiais serão conhecidos na segunda-feira.
Estúdios culpam Rotten Tomatoes pelas baixas bilheterias de Piratas do Caribe e Baywatch
Os estúdios de Hollywood descobriram a quem culpar pelas baixas bilheterias de “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” e “Baywatch” durante o recente feriado americano do Memorial Day, o fim de semana estendido que tradicionalmente rende recordes de arrecadação. A falta de público seria culpa do site Rotten Tomatoes, que deu notas negativas aos dois lançamentos. O Rotten Tomatoes compila avaliações de críticos de diversas publicações norte-americanas para medir a aprovação de um filme. Nele, o quinto título franquia “Piratas do Caribe” teve 30% de aprovação, enquanto a versão comédia da série “SOS Malibu” ficou com 21%. Mesmo com esta nota baixa, “Piratas do Caribe” liderou as bilheterias americanas, somando US$ 78,4 milhões no fim de semana estendido, entre sexta e segunda (29/5). Mas esta foi a menor abertura que a franquia teve desde seu primeiro filme em 2003. Já “Baywatch” abriu apenas em 3º lugar, atrás de “Guardiões da Galáxia, Vol. 2”. O filme ficou muito abaixo das expectativas da Paramount, com US$ 23 milhões nos quatro dias. Segundo fontes ouvidas pelo site Deadline, os estúdios chegaram a conclusão de que precisam reagir. O maior problema é que as pontuações do Rotten Tomatoes se tornaram tão populares que aparecem até em sites de compra de ingressos, como o Fandango, o que gera um impacto na decisão dos consumidores. Uma das iniciativas seria tentar desacreditar o site, questionando como ele calcula suas classificações. Outra é dizer que blockbusters não são para a crítica e sim para o público. Entretanto, as conclusões e possíveis ações dos estúdios esbarram num “pequeno” detalhe. Se o Rotten Tomatoes for considerado “culpado” pelas baixas bilheterias dos filmes mal-avaliados, também seria responsável pelo sucesso de blockbusters que, ao contrário do que acham os estúdios, são bem-avaliados. Basta ver que as cinco maiores bilheterias do ano na América do Norte tiveram boas avaliações: “A Bela e a Fera” (71%), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (81%), “Logan” (93%), “Velozes e Furiosos 8” (66%) e “Lego Batman – O Filme” (90%), respectivamente. Hollywood gostaria que a crítica parasse de avisar ao público que filmes ruins são ruins. Mas vai que o segredo do sucesso seja, quem sabe, fazer bons filmes? Fica a dica.
Diretor dos péssimos X-Men: O Confronto Final e Hércules reclama da classificação do Rotten Tomatoes
O diretor e produtor Brett Ratner, que é um dos cineastas mais lamentados pela crítica dos EUA, resolveu reclamar do site Rottent Tomatoes, responsável por compilar resenhas e divulgar percentagens sobre as avaliações de filmes, baseadas na média das opiniões da imprensa em língua inglesa. Curiosamente, ele não lamentou a nota recebida pelos péssimos “X-Men: O Confronto Final” (2006) e “Hércules” (2014), que dirigiu, mas sim o resultado de um longa que financiou, por meio de sua produtora RatPac-Dune Entertainment, “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”. Usando o exemplo deste longa, Ratner alegou que o site está “destruindo” o negócio do cinema por “distrair o espectador da arte da crítica cinematográfica”. “A pior coisa que temos hoje na cultura cinematográfica é o ‘Rotten Tomatoes'”, disse ele à revista Entertainment Weekly. “Acho que é a destruição do nosso negócio. Eu tenho tanta admiração e respeito pela crítica de filmes. Quando eu estava crescendo, a crítica era uma verdadeira arte. Havia inteligência nela. Você lia as resenhas de Pauline Kael (1919-2001) e alguns outros, e isso não existe mais”. “Agora é só sobre um número. Um número composto por positivos e negativos. Agora tudo é: ‘qual sua cotação no Rotten Tomatoes?’. E isso é triste porque a cotação do ‘Rotten Tomatoes’ foi muito baixa no ‘Batman vs Superman’, e isso eclipsa um filme que foi incrivelmente bem sucedido”, justificou. Ratner alegou que a cotação de apenas 23% de “Batman vs Superman” no Rotten Tomatoes deu aos fãs “uma impressão errada” sobre o longa. “Batman vs Superman” foi, como lembrou o diretor, muito bem-sucedido financeiramente, ao fazer US$ 873 milhões em todo o mundo. Mas também extremamente mal-sucedido como produto cinematográfico, levando não apenas a avaliação de 23% no Rotten Tomatoes, como ainda quatro troféus Framboesa de Ouro, a premiação dos piores do ano no cinema. “‘Batman vs Superman’ é um filme cansativo, mal-humorado e demasiado preguiçoso”, escreveu Anthony Lane, da revista New Yorker, cuja crítica está linkada no Rotten Tomatoes. “Um filme subdesenvolvido, excessivamente longo e estupendamente desanimador”, classificou o veterano Joe Morgenstern, do Wall Street Journal. Das 354 críticas sobre o filme compiladas pelo Rotten Tomatoes, apenas 97 elogiam o filme. Jeff Voris, editor do Rotten Tomatoes, respondeu aos comentários do cineasta. “Nós concordamos plenamente que a crítica cinematográfica é valiosa e importante, e nós estamos facilitando mais do que nunca para que os fãs acessem centenas de resenhas profissionais de filmes ou séries de TV num lugar só”, disse. “O ‘tomatômetro’, que é a porcentagem das resenhas positivas publicadas por críticos profissionais, se tornou uma ferramenta útil para que o público decida o que assistir, mas acreditamos que esse seja apenas um ponto de partida para que eles comecem a discutir, debater e compartilhar suas próprias opiniões”.
Power Rangers é primeiro blockbuster massacrado pela crítica americana em 2017
Os sucessos de “Logan”, “Kong: A Ilha da Caveira” e “A Bela e a Fera” tornaram mais difícil a missão de “Power Rangers”. Mas, para piorar, o grupo de super-heróis adolescentes parece ter tropeçado ao sair da TV para o cinema, pois o longa foi o primeiro candidato a blockbuster de 2017 a receber avaliação negativa na média apurada pelo site Rotten Tomatoes. Segundo o site, “Power Rangers” teve apenas 47% de aprovação. Como ainda há críticas a serem publicadas, a percentagem deve mudar até o fim de semana, mas dificilmente se afastará muito da zona da mediocridade. Curiosamente, o filme ganhou elogios pela complexidade de seus personagens, mas ao mesmo tempo foi massacrado por sua superficialidade. Confira abaixo alguns trechos das críticas. “Ele reúne vigor suficiente para fazer você perdoar os clichês da história de origem. E o lance previsível de salvar o mundo. E o insanamente onipresente product placement” (Alonso Duralde, The Wrap). “É difícil levar um pouquinho a sério uma farsa milionária onde a vilã se chama Rita Repulsa” (Matt Prigge, Metro). “Tomara que você aceite os Zords com uma boa dose de canastrice” (Brian Truitt, USA Today). “Os personagens em ‘Power Rangers’ tem toda a profundidade e a idiossincrasia de brinquedos robôs-teens ambulantes” (Owen Gleiberman, Variety). “Um reboot com orçamento mega que tem vergonha da série de TV que está levando ao cinema” (David Ehrlich, IndieWire). “Parece uma versão de US$ 100 milhões de um piloto de série do canal CW” (Chris Bumbray, JoBlo). Ops. Mas houve quem gostasse. “Fãs antigos de ‘Power Rangers’ vão amar genuinamente este filme, que nunca apela para auto-ironia (problemas de vilão à parte), nem trata seu público como estúpido” (Mike Cecchini, Den of Geek). “‘Power Rangers’ não consegue realizar tudo o que quer, mas é um tempo divertido no cinema, mesmo assim” (Alex Welch, IGN). A estreia no Brasil acontece nesta quinta (23/3), um dia antes do lançamento nos EUA.











