Rita Lee revela ataques de pânico e arrependimento por vício em cigarro em última biografia
Falecida no dia 8 de maio, Rita Lee está de volta, ao menos nas livrarias, com o lançamento de “Rita Lee: Outra Biogradia” nesta segunda-feira (22/5). Na obra, a artista aborda seus três últimos anos de vida – período que envolve a pandemia mundial de Covid-19, seu diagnóstico de câncer de pulmão e o tratamento. De forma leve e divertida, Rita contou como foi a sua luta contra a doença. Entre outras revelações, Rita Lee conta que os efeitos colaterais da vacina contra a Covid, que tomou em 2021, a ajudaram a descobrir o câncer. “Foi uma sorte, disseram, eu ter tido reação à vacina, já que, do contrário, não teria ido ao hospital e nem descoberto o câncer rapidamente”, relatou. Ao ir ao hospital para tratar os efeitos, exames identificaram uma “massa” no pulmão, que mais tarde confirmou ser um câncer maligno. Rita também usou a publicação para lamentar seu vício em tabagismo, possivelmente relacionado ao câncer, revelando que chegava a fumar três maços de cigarro por dia. “A noia existencial e as notícias me faziam consumir três maços e meio por dia, daí batia a culpa por não estar me alimentando (…) ‘Amanhã eu como’, mentia pra mim mesma. E nessas virei uma caveira fumante, acendendo um cigarro depois do outro”, escreveu a cantora. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo está associado a 85% dos casos diagnosticados de câncer no pulmão. Ao longo do tratamento, as sensações desagradáveis da cantora aumentaram cada vez mais. Durante a sua primeira internação, ela teve sua primeira crise de pânico. “Bateu uma crise forte de pânico. Dizem que fiz uma cena digna de ‘One Flew Over The Cuchoo’s Nest’ [Um Estranho no Ninho]. Minha cabeça pirava de cinco em cinco minutos porque era um entra e sai de médicos, enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, faxineiras… todos me fazendo perguntas as quais eu respondia, aflita, que só queria voltar para minha casa”, explicou Rita. “Em certo momento, estava com quatro enfermeiras em cima de mim, me segurando na cama para não sair feito louca pelo corredor ou me atirar pela janela. Me senti meio Linda Blair, a menina-atriz possuída de O Exorcista”, descreveu. Para prevenir as crises, seus familiares encontraram um psiquiatra que trocou seus medicamentos por opções que não geravam dependência. “Minha família encontrou um psiquiatra que me pareceu sensível e não invasivo. Falava baixo, era bem jovem e não tinha nada contra a minha espiritualidade. Demorou um pouco pra eu perceber que as crises, a ansiedade e a depressão deram lugar à calmaria”, contou. “E nessas, ao pressentir uma noia invadindo a cabeça que me fazia tremer e hiperventilar, eu conseguia com muito custo lembrar de controlar a respiração e daí não tinha jeito, precisava tomar um benzodiazepínico. Às vezes dava certo, mas o pânico invadia sem aviso, parecendo destruir meus neurônios, já tão assustados pelas idas e vindas do hospital”, continuou. Rita Lee contou ainda que não fazia questão do tratamento. Porém, isso não se devia apenas à sua “relação tranquila” com a morte que, segundo ela, não devia ser vista com “cara de enterro”. Havia também um trauma vivenciado ao ver sua mãe sofrendo com um tratamento contra o câncer. Por isso, ela deixou sua família decidir se faria ou não. Apesar dos desafios, a narrativa de Rita Lee carrega o carisma que a cantora sempre demonstrou durante a vida. Com bom-humor e diversas referências a clássicos da cultura pop, como “O Exorcista” e “Carrie, a Estranha”, a cantora falou sobre tudo o que viveu enquanto passava pelo tratamento. Ao todo, Rita Lee lançou nove livros: três biográficos, cinco infantis e uma coletânea de contos.
Manu Gavassi e Luísa Sonza choram por serem mencionadas no novo livro de Rita Lee
A Editora Globo lançou nesta segunda-feira (22/5) a autobiografia de Rita Lee, intitulada “Rita Lee: Outra Autobiografia”. A publicação era uma das vontades da artista antes de falecer no último 8 de maio. Na obra, a cantora descreve sua batalha na luta contra o câncer, enquanto reflete sobre sua vida e carreira. Em um dos capítulos, Rita cita as cantoras Manu Gavassi e Luísa Sonza como exemplos para a nova geração. Nas redes sociais, ambas as artistas reagiram emocionadas com as menções. Nos stories no Instagram, Manu apareceu em lágrimas e escreveu um recado emotivo. “A arte é muito fod*. Essas palavras da Rita para a nova geração me emocionaram tanto. É sobre se encontrar e não ter medo. Não é nem uma escolha, é uma missão. É sobre palavra, usá-las a favor da verdade, da rebeldia, do amor, do questionamento. Ir contra o que é esperado, aceito e fácil”, disse. Há anos, Manu faz menções a Rita Lee pelo seu trabalho na música nacional. Grande fã, a cantora já havia declarado que Rita era uma grande inspiração para ela. No começo do ano, ela também lançou um especial Acústico MTV em homenagem a cantora, recriando músicas do icônico álbum “Fruto Proibido”, lançado originalmente em 1975. “Cara, que fod* poder ter vivido no mesmo período de alguém tão inspiradora. Que fod* saber que pude te homenagear em vida e que você sabe a sua importância para todas nós”, continuou Manu. “A coragem que nos falta em era de algoritmos te sobrou, transbordou e hoje nos ajuda. Provavelmente não estou nem fazendo sentido, mas não tô nem aí, tô muito honrada de ter meu nome nesse livro, muito honrada de te cantar e te admirar. Viva Rita! Viva a arte e a coragem”. Depois de postar a declaração, ela adicionou um print do story em um carrossel de fotos no feed. Na publicação, ela registrou as citações de Rita. Nos comentários, Luísa Sonza apareceu para expressar gratidão a eterna Rainha do Rock pela menção na obra. “Não tenho palavra alguma, amiga. Que sorte a nossa”, comentou. No Twitter, Luísa apareceu chorando em uma foto ao lado da citação de seu nome no livro da cantora. “Acabei de ver. Não tenho palavra alguma pra falar agora. Rita, mais uma vez, te agradeço”, escreveu emocionada. O trecho em questão, escrito na biografia, também citou as cantoras Liniker e a dupla Anavitória, formada por Ana Caetano e Vitória Fernandes. “Percebo uma curiosidade da meninada da nova geração de artistas por minha figura. Dia desses recebi homenagens de Manu, Luísa, Liniker, Ana, Vitória… Recebo também recadinhos e torpedos, principalmente das meninas. Elas mandam amor e pedem até conselhos”, escreveu Rita na obra. O livro foi escrito pela artista ao descobrir que sua luta contra o câncer não havia terminado. Entre idas e vindas ao Hospital Albert Einstein fazendo exames e sessões de rádio e de quimioterapia, a cantora decidiu colocar no papel suas reflexões sobre o fim da vida. Rita Lee faleceu em 8 de maio, aos 75 anos, deixando um grande legado na cultura brasileira. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Manu Gavassi (@manugavassi) acabei de ver. Não tenho palavra alguma pra falar agora. Rita, mais uma vez, te agradeço. pic.twitter.com/a8rWFh2Rmw — LUÍSA SONZA (@luisasonza) May 22, 2023
Supla lança clipe sobre roubos de celulares no centro de São Paulo
Supla lançou nesta sexta-feira (19/5) o clipe de “Ratazana de iPhone”, música em que denuncia roubos de celulares no centro de São Paulo. A região tem sofrido com os altos índices de furtos feitos pela Gangue da Bicicleta. O novo clipe no estilo “denúncia” foi gravado nos arredores da Praça da República, na zona central de São Paulo, região que acumula casos de celulares furtados. A música faz parte do novo álbum do cantor, que será lançado no dia 30 de junho. Nas imagens, o cantor retrata os assaltantes que circulam de bike com o intuito de cometer furtos. No clipe, eles aparecem usando máscaras de ratos. “Costurando tipo tubarão, montado nas magrelinhas no grau. Sempre na função, queria ver se fosse com a sua tia. Solto na minha área, passa rádio e arrepia”, diz Supla em tom de crítica. Ainda nesta manhã, Supla contou no programa “Os Donos da Bola” que já presenciou diversos assaltos pela região. “Eu vejo isso todo dia, são trabalhadores que estão ali [sendo furtados] todos os dias. Eu fico triste, que os criminosos estão prejudicando as pessoas, principalmente quem tem a vida no celular”, afirmou. Supla ainda revelou ter conversado com um integrante da Gangue da Bicicleta antes de escrever a canção sobre os assaltos. Na ocasião, o cantor teria feito o rapaz refletir sobre as escolhas que estava fazendo. “Nós temos três opções: ser preso, ir para a vala ou ser trabalhador. É uma música para a galera pensar”, ele explicou. “O pessoal pode pensar é que para mim é fácil, mas eu também faço as minhas paradas, eu também faço os shows. Estou querendo dar um toque para essa galera [que comete assaltos no Centro], eu quero que eles pensem em quem estão roubando”, completou. Em 2021, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) analisou que a região central é acometida por assaltos a cada quatro minutos.
Lula decreta luto oficial de três dias por morte de Rita Lee
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, nesta terça-feira (9/5), luto oficial de três dias pela morte da cantora e compositora Rita Lee, aos 75 anos. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Em sua conta no Twitter, o presidente também prestou homenagem à falecida cantora. “Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajetória”, escreveu. Para Lula, a artista deixou um grande marco na música brasileira com sua ousadia e criatividade. “Não poupava nada nem ninguém com o seu humor e eloquência. Enfrentou o machismo na vida e na música e inspirou gerações de mulheres no rock e na arte. Jamais será esquecida e deixa na música e em livros seu legado para milhões de fãs no mundo inteiro. Meu abraço fraterno aos filhos Beto, João e Antônio, familiares e amigos. Rita, agora falta você”, concluiu. Rita Lee morreu na noite de segunda (8/5) em sua casa, em São Paulo, de acordo com a divulgação de seu perfil oficial. O velório, aberto ao público, será realizado na quarta (10/5), das 10h às 17h, na capital paulista, terra natal da artista. “De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Neste momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”, diz nota da família. Rita Lee deixa o marido, Roberto de Carvalho, e três filhos – Beto, de 45 anos, João, de 44, e Antônio, de 42. Este foi o primeiro luto oficial do terceiro mandato de Lula. O último luto estabelecido pelo estado brasileiro foi em 31 de dezembro, ainda no governo de Jair Bolsonaro, pela morte do Papa Emérito Bento 16. Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajetória. Rita ajudou a transformar a… — Lula (@LulaOficial) May 9, 2023
Rita Lee teve 80 músicas em trilhas de novelas
Recordista em gravações em trilhas de novelas, Rita Lee deixou sua marca em 79 folhetins da Globo e um do SBT, embalando desde personagens até aberturas das produções. A cantora, que morreu na noite de segunda-feira (8/5) aos 75 anos, chegou a ganhar uma coletânea da gravadora Som Livre em 2001, chamada justamente “Rita Lee – Novelas”, destacando 16 sucessos da cantora que fizeram parte da história da TV brasileira. Mas muita coisa ficou de fora. Desde que lançou a primeira canção, “Sucesso Aqui Vou Eu”, em “A Próxima Atração” (1970), ela se tornou a favorita dos produtores das trilhas. Só a música “Erva Venenosa” apareceu em quatro novelas: “Um Anjo Caiu do Céu” (2001), “Cobras & Lagartos” (2006), “Escrito nas Estrelas” (2010) e “Malhação” (2013)”, na Globo, além de “Chiquititas” (2013), no SBT. De trilha de personagem, ela chegou às aberturas em 1978, com “O Pulo do Gato” – que tinha como tema “Eu e Meu Gato”. Dois anos depois, estourou com a música da abertura de “Chega Mais” (1980), seguida por “Flagra” em “Final Feliz” (1982). Também gravou os temas de “Sassaricando” (1987), “Lua Cheia de Amor” (1990), “A Próxima Vítima” (1995), mas se arrependeu de fazer o tema de “Zazá” (1997). Ela ficou traumatizada com “Zazá”, porque “fui convidada para acrescer o refrão chatinho que acabou por destruir a música de vez: ‘Cadê Zazá, Zazá, Zazá…’. Disse que nunca mais faria outra abertura de novela, mas quebrou a promessa 13 anos depois, quando gravou o tema de “Ti Ti Ti” para o remake de 2010 – a música da versão original já era de Rita, mas a gravação foi feita pela banda metrô em 1985. “Emplacar um tema de abertura de novela é faca de um gume só, ou seja, sua música queima mais depressa que baseado em palha de milho e não se recebe um tostão sequer. A tal da ‘Zazá’, por exemplo, foi péssimo para mim: era uma homenagem bacana a Fernanda Montenegro como Mulher Maravilha”, disse ela ao Jornal do Brasil em 1997. Além das novelas, Rita Lee fez trilhas de outros programas, como o “TV Mulher”, que abria ao som de “Cor de Rosa Choque”, a série “Pé na Cova”, que teve a música “Hino dos Malucos”, e a minissérie “Todas as Mulheres do Mundo” (2020), que reuniu cinco sucessos da cantora. Lembre abaixo 9 aberturas clássicas embaladas por músicas de Rita Lee em produções da rede Globo. | TV MULHER | | PULO DO GATO | | CHEGA MAIS | | FINAL FELIZ | | SASSARICANDO | | LUA CHEIA DE AMOR | | A PRÓXIMA VÍTIMA | | ZAZÁ | | TI TI TI |
Da cobra de Alice Cooper à cama do Yes, conheça os melhores “causos” de Rita Lee
A cantora Rita Lee, falecida na noite de segunda (8/5) aos 75 anos, não causou apenas no rock. Ela aprontou bastante nos bastidores. E contou algns detalhas nas páginas de “Rita Lee – Uma Autobiografia”. A obra, que chegou a vender 205 mil exemplares em seus quatro primeiros meses, é um best-seller graças ao tom informal, em que Rita conta histórias divertidas, como a vez que roubou a cobra de Alice Cooper, e também pesadas, como aborto e seu período na prisão. Ela falou, inclusive, sobre sua polêmica saída dos Mutantes e a própria morte. Publicado pela editora Globo em 2016, o livro voltou ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon nesta terça (9/5), após o anúncio da morte da artista. Confira alguns trechos abaixo. Sobre Os Mutantes: “Minha saída do grupo aconteceu bem nos moldes de ‘o noivo é o último a saber’, no caso, a noiva. Depois de passar o dia fora, chego ao ensaio e me deparo com um clima tendo/denso. Era um tal de um desviar a cara pra lá, o outro olhar para o teto, firular instrumento e coisa e tal. Até que Arnaldo quebra o gelo, toma a palavra e me comunica, não nessas palavras, mas o sentido era o mesmo, que naquele velório o defunto era eu. ‘A gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose e você não tem calibre como instrumentista.’ Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cachorra) e adiós.” Sobre ir parar na cama da banda Yes: “Impressionante como em cada esquina de Londres a gente encontrava um brazuca órgão do tropicalismo. Na rua dou de cara com Toninho Peticov, sempre animado e sabendo tudo o que rolava na cidade. A pedida para o dia seguinte era Elton John no Crystal Palace abrindo para o Yes. Hãã? Seria aquele o prato frio da vingança por ter sido expulsa da banda? Enquanto ‘os the brazilian Sim’ copiavam o som deles no Brasil, eu os assistia ao vivo em Londres. Na metade da apresentação de Elton, tomei uma pedrinha que foi bater nos primeiros acordes do Yes. Com LSD impossível não existe, não me pergunte como fui parar no palco sentadinho no maior flerte. Também não me pergunte como fui parar no camarim deles e muito menos acordar descabelada, plissada, godê numa cama rodeada de um monte de outros achados e perdidos humanos. Rita, quem diria, você groupie do Yes!” Sobre o roubo da cobra de Alice Cooper: “Tudo porque uma hora lá ele entra no palco chacoalhando violentamente uma cobra e depois de fazer seu número de fodão, atira a bichinha no chão e pisoteia. Um contrarregra entrava na moita e a recolhia (…). Passei a lábia no segurança do backstage e entrei (…) De cara fui com a cara do roadie, um inglês chamado Andy Mills. Digamos que fomos com a cara um do outro e cinco minutos depois fugimos de lá levando a gaiola com a jiboia e de quebra outra jiboinha bebê que seria treinada também para atuar nas micagens grotescas do canalha. A cobra que foi maltratada no palco chamava-se Mouchie, aquela mesma que está na capa do disco ‘Killer’. A cobrinha bebê era Angel e adorava se enrolar de pulseira no braço dos humanos.” Sobre a gravidez na cadeia e a ajuda de Regina: “Só pode ter sido manobra do meu Anjo da Guarda ter acontecido justamente no dia em que eu estava tendo um sangramento com cólicas insuportáveis (…) O perigo de aborto era real. Nada foi feito. Naquele exato momento, chega uma carcereira dizendo: ‘Rita Lee, chegou uma artista famosa aqui na portaria e tá junto com o filhinho rodando a baiana querendo te levar de qualquer jeito’ (…) Céus quem seria essa santa porreta que me aparece exatamente na hora que eu mais preciso, Nossa Senhora das Roqueiras? Chego corcunda de dor na sala do delegado e quem vem me dar um abraço dos mais fofos que já recebi na vida? Elis, aquela que fazia cara feia para os roqueiros! Elis, a musa mor da MPB! (…) O delegadinho da vez, sem saber se pedia autógrafo ou enfiava a cara no apontador de lápis, fazia papel do falsinho atencioso, ora oferecendo cafezinho, ora perguntando sobre música. Elis ignorou o cara e disse em alto e bom som: ‘Se um médico não chegar em cinco minutos, você é que vai precisar de um cafezinho, porque eu vou convocar uma coletiva e denunciar o que está acontecendo aqui com minha amiga Rita Lee.'” Sobre o aborto que sofreu: “Já em casa, continuamos [Rita e Roberto de Carvalho] ‘fazendo amor no-chão-no-mar-na-lua-na-melodia-por-telepatia’ várias vezes ao dia e, claro, em pouquíssimo tempo embarriguei novamente. Gravidez extrauterina, disse o médico, a se pensar numa curetagem levando em conta a recente cesariana complicada ainda em fase de cicatrização. O que me fez decidir mesmo por interromper foi a hemorragia que aconteceu dias depois e pirei de vez. Mesmo já tendo abandonado a religião, entre no ‘mea-culpa’ catolicista e me autocondenei ao mármore do inferno. Até hoje me chicoteio pensando que talvez aquele baby poderia ter vingado, que foi um ato precipitado, que daquele momento em diante eu estaria condenada a lamentar a decisão para o resto da vida (…) Nenhuma mulher faz aborto sorrindo. Cabe a elas, e somente a elas, a decisão de interromper uma gravidez, assim como de segurar sozinhas as consequências moral, espiritual e oskimbau.” Sobre sua música favorita: “Minha música favorita, ‘Mania de Você’, composta em cinco minutos com o inspiradíssimo script de uma recém-trepada perfeita. Sem pudores, o casal se mostrava de corpo e alma, oferecendo a trilha sonora da sexualidade elegante para motel cinco estrelas nenhum botar defeito”. Sobre a inspiração sexual: “O casal de coelhos R & R continuava firme e forte. A graça era transar em locais inusitados, de banheiros de avião a praias desertas, de banheiras de espuma a escadas de incêndio, de elevadores de serviço a camarins de shows. Com essa bagagem erótico‑musical, partimos para um novo disco, o Lança perfume, a consagração total das nossas parcerias, cada vez mais autobiográficas. Éramos crème de la crème para voyeurs auditivos, com os sugestivos ‘me vira de ponta cabeça, me faz de gato e sapato, me deixa de quatro no ato, me enche de amor…’, ‘Misto-quente, sanduíche de gente, empapuçados de amor…’ e ‘Me deixar levar por um beijo eterno, mais quente que o inferno’. E assim caminhava a paixonite sem pudores de dois famintos diante de pratos cheios de sedução, mergulhados na gula da paixão.” Sobre a própria morte: “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha do obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: “‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. Epitáfio: ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”
Lembre 20 dos maiores sucessos de Rita Lee com vídeos clássicos
Morta na noite de segunda (8/2), Rita Lee deixa um legado de músicas clássicas do pop/rock brasileiro, que vão desde a psicodelia dos Mutantes até o rock grunge mais recente, passando pelo rock’n’roll dos anos 1970 e o pop das FMs da década de 1980. Pioneira do rock brasileiro, batizada de rainha do rock nacional, Rita Lee Jones injetou feminismo na música popular e festejou o prazer em todos os seus pormenores, desde o simples contato com a natureza até a paixão sexual. E também protestou muito contra as convenções, com uma coleção de músicas inesquecíveis. Uma mostra desse catálogo pode ser vista e ouvida abaixo, em 20 clipes, trechos de shows, participações em programas televisivos e outros registros audiovisuais selecionados no YouTube. A lista vai de “Arrombou à Festa” a “Caso Sério”, sem ordem cronológica, mas num desfile sonoro de afinidades musicais, que juntam “Ando Meio Desligado” com “Superestafa” e muitas faixas d”Esse Tal de Rock Enrow”, além de baladas de sucesso como “Mania de Você” e “Ovelha Negra”. Agora só falta você apertar o play.
Rita Lee, a rainha do rock nacional, morre aos 75 anos
Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras brasileiras, morreu na noite de segunda-feira (8/5). Ela estava com 75 anos e lutava contra um câncer de pulmão, descoberto em 2021. Nas redes sociais, a família da artista divulgou a triste notícia. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, escreveram. O velório de Rita Lee será aberto ao público na quarta-feira (10/5), das 10h às 17h, no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo. A cantora deixa um legado revolucionário na história do rock nacional devido à explosão criativa de sua carreira, iniciada em pleno tropicalismo. Ao longo da carreira, ela apresentou uma variedade de tópicos políticos disfarçados de entretenimento, que ajudaram a apresentar ao público brasileiro ideias feministas como sexualidade feminina e prazer. Ela também foi uma ávida ativista dos direitos dos animais. Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. Ela era uma das filhas do dentista Charles Jones, descendente de imigrantes americanos, e da pianista Romilda Padula, que incentivou a cantora a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. Com 16 anos, Rita integrou as Teenage Singers, um trio vocal feminino que se apresentava em festas escolares. Na época, o produtor Tony Campello descobriu o grupo e as convidou para participar de gravações como backing vocals. Em 1964, a cantora entrou no grupo de rock Six Sided Rockers, que teve mudanças de formações e de nomes. Dois anos depois, o grupo se tornou os famosos Mutantes, formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Os Mutantes foram fundamentais na era do tropicalismo por unir psicodelia e ritmos locais. Eles se tornaram o grupo nacional com maior reconhecimento entre as estrelas do rock mundial, como por Kurt Cobain, David Byrne, Jack White, e outros. Já em 1967, o trio acompanhou o cantor Gilberto Gil em “Domingo no Parque”, apresentado no 3º Festival de Música Popular Brasileira, da Record. No ano seguinte, eles seguiram Caetano Veloso em “É Proibido Proibir” no 3º Festival Internacional da Canção, promovido pela Globo. E foram vaiados por uma juventude de esquerda, que era contra guitarras elétricas. Rita Lee fez parte dos Mutantes entre 1966 e 1972, no período considerado como o mais marcante e criativo da banda. Nessa fase, o fim do relacionamento com Arnaldo Baptista coincidiu com a despedida da cantora no trio. Contudo, o primeiro álbum solo de Rita Lee, intitulado “Build up”, foi lançado ainda antes dela deixar o grupo, em 1970. A cantora também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, ainda gravado com o trio, em 1972. Após deixar o grupo, a carreira de Rita Lee tomou forma com um novo grupo, nomeado de Tutti Frutti – com Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci, entre outros. Nesse período, a artista gravou cinco álbuns e ganhou destaque com o lançamento de “Fruto Proibido”, em 1975. O disco, que contém os sucessos “Agora Só Falta Você”, “Esse Tal de Roque Enrow” e “Ovelha Negra”, vendeu 200 mil cópias e deu à Rita Lee o apelido de “Rainha do Rock Brasileiro. No ano seguinte, ela conheceu e se apaixonou por seu futuro marido, o guitarrista Roberto de Carvalho. E durante sua primeira gravidez foi presa por porte e uso de maconha – para “servir de exemplo à juventude da época”. Condenada, ficou um ano em prisão domiciliar, precisando de permissões especiais do juiz para sair de casa e fazer shows. É desta época a música “Arrombou a Festa”, que criticava o cenário da MPB da época — e que vendeu mais de 250 mil cópias. Mas o sucesso estava apenas começando. Sua estreia musical em novelas aconteceu em 1978, com o folhetim “O Pulo do Gato”, no qual cantou o tema “Eu e Meu Gato”. A partir de 1979, a cantora firmou parceria com Roberto de Carvalho e se aventurou de vez na carreira solo com canções de pop-rock. O álbum “Rita Lee”, com os sucessos “Mania de Você”, “Chega Mais” e “Doce Vampiro”, marcou uma virada comercial em sua carreira, levando a cantora às trilhas de novela da Globo com as duas últimas faixas. Ela chegou a virar personagem da novela “Vamp” e cantar “Doce Vampiro” num dos capítulos da produção. O estouro foi ainda maior no disco seguinte, de 1980, com “Lança Perfume”, “Baila Comigo”, “Nem Luxo, Nem Lixo” e outras faixas. A parceria com o marido fez que o disco de 1982 fosse chamado de “Rita Lee e Roberto de Carvalho”, com hits como “Flagra” e “Cor de Rosa Choque” – duas trilhas da Globo, que marcaram as aberturas da novela “Final Feliz” e do programa “TV Mulher”. Ela se apresentou na primeira edição do Rock in Rio e seguiu gravando e tocando até 1991, quando o casal tirou um hiato de quatro anos para retornar com o álbum “A Marca da Zorra” e abrir os shows nacionais dos Rollings Stones. Numa vida digna de estrela do rock, Rita Lee caiu da varanda de seu sítio sob efeito de remédios em 1996. Na ocasião, ela quebrou o recôndito maxilar. Segundo o “Fantástico”, a cantora só conseguiu largar o álcool e as drogas em janeiro de 2006. Em 2001, Rita Lee ganhou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com o disco “3001”. Nos anos seguintes, ela recebeu mais cinco indicações e, em 2022, venceu o prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra. A cantora anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física em 2012. Na mesma época, Rita se tornou usuária do Twitter e informou que não estava se aposentando da música. Para provar, lançou um álbum no mesmo ano, “Reza”, saiu em abril de 2012. A faixa-título foi descrita pela cantora como uma “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”. Mas este acabou sendo seu último álbum de estúdio. Ao todo, Rita Lee gravou 40 álbuns, sendo apenas 6 com os Mutantes – dois deles, como artista “solo”. Em 2016, a artista lançou sua primeira autobiografia com revelações intensas, como caso de abuso sexual infantil, luta contra o alcoolismo e até expulsão dos Mutantes. O livro se tornou um sucesso de vendas. No mês passado, Rita Lee anunciou mais uma autobiografia, escrita pelo jornalista Guilherme Samora, com detalhes sobre o câncer de pulmão que ela enfrentava há dois anos. A cantora passou por tratamentos de imunoterapia e radioterapia, e chegou a ser considerada curada da doença em abril de 2022. “Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”, disse a artista. Rita Lee deixa três filhos, Roberto, João e Antônio.
Ravel Andrade viverá Raul Seixas em série da Globo
O grupo Globo prepara uma série biográfica sobre o cantor Raul Seixas. A novidade foi anunciada durante o Rio2C, evento de mídia que acontece no Rio de Janeiro. A produção já definiu, inclusive, o intérprete do cantor de “Metamorfose Ambulante” e “Maluco Beleza”. O escolhido foi Ravel Andrade, da série “Aruanas”. Um detalhe interessante é que, além de ator, o irmão de Júlio Andrade (“Sob Pressão”) também é músico. Atualmente em fase de roteiro, a série terá produção da O2 Filmes e possui previsão de estreia em 2024, provavelmente na Globoplay.
“BBB 23” vira palco para volta do NX Zero
Após a expulsão de MC Guimê e Cara de Sapato por importunação sexual, o “BBB 23” teve outro tipo de surpresa na noite de sexta (17/3): um show da banda de rock NX Zero. Os músicos estavam parados há seis anos e fizeram seu show de retorno no palco do reality show da Globo. Para os brothers e o público que acompanhou pela Globoplay, Di Ferrero, vocalista da banda, cantou os maiores sucessos do grupo, como “Razões e Emoções”, primeiro hit, e “Aonde Estiver”, que ele fez para a ex Mariana Rios. “Enquanto vocês estavam confinados, a gente resolveu voltar para uma turnê”, anunciou o cantor. “A gente está muito feliz, que depois de seis anos sem tocar, esse é o nosso primeiro show!”, completou. Nas redes sociais, os fãs da banda surtaram, lançaram memes e encheram as timelines de comentários nostálgicos sobre a época do rock emo. A turnê anunciada vai começar em 28 de maio pelo Rio de Janeiro e já tem shows esgotados em Porto Alegre, Curitiba e Ribeirão Preto (SP). Confira a agenda abaixo. DIZER… O QUE POSSO DIZER? 🤩 É noite de @nxzerooficial no #BBB23! 🎸#RedeBBB pic.twitter.com/wo319I8jOa — Big Brother Brasil (@bbb) March 18, 2023 E ESSE HINO AQUI, @nxzerooficial? 😭🫶 #BBB23 #RedeBBB #NXZERONOBBB pic.twitter.com/A6T2Z9nuUf — Big Brother Brasil (@bbb) March 18, 2023 Os brothers emocionados cantando 'Cedo ou Tarde' 🫶🥹🎤 @nxzerooficial #BBB23 #RedeBBB #NXZERONOBBB pic.twitter.com/RxR0OThcp8 — Big Brother Brasil (@bbb) March 18, 2023 Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por NX Zero (@nxzerooficial)
Canisso, baixista dos Raimundos, morre aos 57 anos
Canisso, baixista da banda de rock Raimundos, morreu nessa segunda-feira (13/3) aos 57 anos. De acordo com informações divulgadas na sua conta do Facebook, o músico sofreu uma queda após desmaiar na manhã dessa segunda. Porém, a causa da morte ainda não foi divulgada. “É triste anunciar a morte do nosso grande mestre Canisso, ele é um ídolo para muitos e deixou um imenso legado para os fãs e aqueles que o querem bem, descanse em paz Mestre, você vive em nossos corações”, dizia a legenda de uma postagem feita no seu Instagram. José Henrique Campos Pereira (seu verdadeiro nome) nasceu em 9 de dezembro de 1965, em São Paulo. Ele se interessou por música desde a infância e sua estreia no segmento foi trabalhando como roadie em Brasília, onde foi morar na sua adolescência. Durante um festival de música organizado por sua escola, ele conheceu Digão e, em seguida, foi apresentado a Rodolfo. Os três se juntaram para formar os Raimundos no final da década de 1980. Influenciados pelo som da banda Ramones, eles começaram a se apresentar em bares e festas em Brasília. Na década de 1990, a banda encontrou o sucesso e reconhecimento merecidos, emplacando hits como “Eu Quero Ver o Oco”, “Mulher de Fases” e “A Mais Pedida” . Ao todo, os Raimundos lançaram nove álbuns de estúdio, mas seu auge foi mesmo nos anos 1990, quando se tornou uma das principais bandas de uma geração que ainda tinha Charlie Brown Jr. e Chico Science & Nação Zumbi, entre outros. Apesar do sucesso, Canisso e Rodolfo deixaram a banda em 2002, alegando que houve um “desgaste natural”. Porém, o baixista retornou em 2007. Embora continuasse na banda, Canisso nem sempre se entendia com Digão, principalmente por causa da visão política do colega. Em junho, o baixista respondeu a um comentário no Twitter que chamava os membros da banda de fascistas. “Eu e resto não somos, isso só acometeu os vocalistas”, rebateu na sua postagem. Pouco antes da sua morte, Canisso e os Raimundos fizeram uma apresentação na cidade de Rio de Sul, em Santa Catarina, no último no sábado (11/3). Eles estavam se preparando para entrar em nova turnê. vai no oculista. Eu e resto não somos, isso só acometeu os vocalistas. https://t.co/3EcOZN9Psz — CANISSO (@Khanisson) June 11, 2022
Record começa gravações de série biográfica dos Mamonas Assassinas
Fugindo um pouco da dramaturgia religiosa, a Record anunciou o início das gravações da série “Mamonas Assassinas”. O projeto é uma parceria do canal com a Sony Channel e a Total Filmes. A trama irá contar a trajetória de uma das bandas mais amadas do Brasil até o seu fim trágico – com a morte de todos os seus integrantes – em um acidente aéreo na volta de um show, em 2 de março de 1996. O projeto foi criado por Carlos Lombardi – dramaturgo de grandes sucessos como “Uga Uga” (2000) e Kubanacan (2004) – e será escrito pelo repórter Carlos Amorim. A direção ficará a cargo de Edson Spinello, que já comandou as novelas “Apocalipse” (2017) e “Rei Davi” (2012). A série vai mostrar a vida dos cinco integrantes da banda antes da fama, as dificuldades no início da carreira, a formação do grupo e o sucesso meteórico interrompido pelo trágico acidente aéreo. Para o elenco principal, a Record aposta em muitos atores desconhecidos do grande público, mas com grande experiência em musicais. Ruy Brissac, que será o vocalista Dinho, repetirá o papel que viveu no teatro em “Mamonas, o Musical”. Ruy é cantor e começou sua carreira aos 8 anos de idade, cantando no coral da igreja e na escola que estudava. Seu papel como o vocalista do Mamonas Assassinas lhe rendeu o prêmio Bibi Ferreira de Ator Revelação. Adriano Tunes, que viverá o baixista Samuel Reoli, é humorista e já trabalhou no programa “Dedé e o Comando Maluco”, do SBT, além de musicais como o da apresentadora Hebe Camargo. Robson Lima, que será o tecladista Júlio Rasec, também é ator de teatro e trabalhou em “Yank – O Musical”. Rhener Freitas será o baixista Sérgio Reoli e atualmente trabalhou na série “Bia”, do Disney Channel. Os pais de Dinho serão interpretados por Guta Ruiz, que já esteve no filme “Gostosas, Lindas e Sexies”, e Jarbas Homem de Mello, marido de Cláudia Raia e ator de “Roque Santeiro – O Musical”. O cantor e apresentador Yudi Tamashiro, que chegou a integrar o elenco do musical dos Mamonas, iria interpretar o guitarrista Bento, mas foi substituído por Alberto Hinomoto, sobrinho do personagem real. Alberto, de 17 anos, tocará em cena a mesma guitarra que pertenceu a seu tio, usada por ele nos shows da banda. Essa será a estreia do ator na televisão. Outro nome que irá estrear como atriz de televisão é a famosa tiktoker Fernanda Schneider, de 20 anos. Ela irá interpretar Valéria Zoppello, a namorada de Dinho, que perdeu seu companheiro quando tinha apenas 24 anos. Fernanda é um fenômeno no TikTok e acumula quase 16 milhões de seguidores na plataforma. A série “Mamonas Assassinas” ainda não tem previsão de lançamento.










