Nicolas Prattes estrelará filme sobre influenciador que cruzou as Américas com seu cachorro
Ator viverá aventureiro brasileiro Jesse Koz, que ficou conhecido por atravessar o continente americano com o cão Shurastey
Thati Lopes vai filmar comédia em Israel
A atriz Thati Lopes (“Diários de Intercâmbio”) vai estrelar uma nova comédia brasileira rodada em Israel. Ela, o resto do elenco e equipe passarão 40 dias por lá, entre novembro e dezembro, para filmar a produção. Ainda sem título conhecido, o novo filme da diretora Cris D’Amato (“Pai em Dobro”) é um road movie – ou filme de turismo. E, no momento, a cineasta e o produtor Júlio Uchôa viajam pelo país em busca de locações. Com cerca de uma década de carreira, Thati já fez novelas, esquetes do Porta dos Fundos e, depois de se destacar no divertido “Socorro, Virei uma Garota!”, de 2019, virou uma das atrizes mais ativas do cinema nacional, com papéis em nada menos que seis filmes só no ano passado. Seu lançamento mais recente foi “Dissonantes”, que chegou aos cinemas há menos de um mês. Tudo isso enquanto se desdobra no teatro, em “Meu Sangue Ferve por Você”, “o musical mais brega de todos os tempos”, atualmente em cartaz no Rio.
Trailer de “Zola” revela road movie movido a sexo e crime
A A24 divulgou o pôster e o trailer de “Zola”, comédia adulta/road movie de humor negro que mostra como o relacionamento de duas strippers implode quando elas decidem explorar sua intimidade para ganhar dinheiro no mercado sexual da Flórida, levando a situações não exatamente legais – em mais de um sentido. As protagonistas são vividas por Taylour Paige (“A Voz Suprema do Blues”), que interpreta a personagem-título, e Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”) como sua sócia e amante. No filme, as duas não desenvolvem uma ligação ao estilo de “Thelma e Louise”. Em vez disso, a personagem-título alimenta um desconfortável sensação de estar sendo usada, o que ela expressa com direito a muitos palavrões disparados com forte sotaque caipira e em rotação acelerada. A trama foi inspirada por um tópico do Twitter de 2015 que conquistou a internet apesar de ter apenas 148 palavras. Os tuítes eram de A’ziah King, na época uma garçonete do Hooters de 20 anos. Ela escreveu sobre seu encontro casual com uma stripper e a orgia de dois dias que as levou pela Flórida, envolvendo prostituição, assassinato e um cafetão violento conhecido simplesmente como Z. Escrito e dirigido por Janicza Bravo (“Lemon”), o filme também inclui no elenco Nicholas Braun (“Succession”), Ari’el Stachel (“Law & Order: SVU”), Colman Domingo (“Fear the Walking Dead”) e Jason Mitchell (“Mudbound”). “Zola” teve première no Festival de Sundance de 2020, foi premiado no Festival de Palm Springs e atingiu 89% de aprovação no Rotten Tomatoes. A estreia está marcada para 30 de junho nos EUA.
Ella e John é road movie da Terceira Idade
O diretor e roteirista italiano Paolo Virzì tem uma larga trajetória no cinema, com muitos prêmios importantes pelo caminho. “Ella e John” é seu 13º filme. Entre os seus trabalhos anteriores estão “A Primeira Coisa Bela” (2010), “Capital Humano” (2013) e “Loucas de Alegria” (2016). São bons filmes, realizados visando a atingir boas fatias de público, em produções comerciais bem cuidadas, com bons atores e atrizes. E com equívocos, também. “Ella e John” é, desta vez, um filme holywoodiano, um road movie, protagonizado por uma dupla de veteranos notável: Helen Mirren (Ella) e Donald Sutherland (John). Eles vão atravessar os Estados Unidos, indo de Boston até a casa do escritor Ernest Hemingway, em Key West, na Flórida. Um detalhe: eles farão isso com um velho trailer, antigamente usado para viagens familiares, que foi mantido na garagem de casa. Serviu muito no passado, mas estava sem uso e superado. Apelidado de caça lazer – leisure seeker, o nome original do filme – , era visto como uma relíquia de família. Outro detalhe: os dois são um casal bem idoso, ela, com câncer, ele, com uma espécie de alzheimer, que vai corroendo sua memória progressivamente, reduzindo a lucidez. No entanto, ele é capaz de dirigir na estrada muito bem, ainda. Só que pode tomar decisões esdrúxulas, se for deixado sozinho. Terceiro detalhe: ambos resolvem fazer essa viagem de trailer sozinhos, sem avisar os filhos ou informar para onde vão. É uma espécie de última viagem de suas vidas, para comemorar uma longa jornada juntos, embora ele, às vezes, esqueça quem ela é. O destino a alcançar tem tudo a ver com a vida universitária de John, professor e profundo conhecedor de literatura, em especial da obra de Hemingway, que ele sabe em grande parte de cor, tantas vezes foi visitada, consultada, ministrada aos alunos. Uma verdadeira paixão. As peripécias vividas durante a viagem podem ser facilmente imaginadas. Coisas de um passado remoto, que já deveriam estar enterradas, vêm novamente à tona. Ao mesmo tempo, o afeto se renova, o companheirismo, a cumplicidade e a tolerância. Pelo menos, sempre que as sinapses cerebrais dele não falhem. Ella comanda tudo com firmeza, mas com o corpo vulnerável. Personagens em idade avançada e tendo de encarar a morte próxima crescem significativamente nos roteiros cinematográficos. O mundo envelhece, a medicina prolonga a existência com melhor qualidade de vida, o mercado pede. Bom para os atores e atrizes, que também envelhecem, encontrando bons papéis, e de protagonistas. É uma oportunidade para vermos em cena talentos como os de Helen Mirren e Donald Sutherland em primeiríssimo plano. Só por aí já vale a pena ver “Ella e John”. A situação criada é bem desenvolvida, de modo geral. A produção é boa, o diretor, competente e experimentado. Embora o resultado não seja brilhante.
Trailer dramático acompanha viagem de Ed Harris, Jason Sudeikis e Elizabeth Olsen
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Kodachrome”, drama protagonizado por Ed Harris (série “Westworld”), Jason Sudeikis (“Colossal”) e Elizabeth Olsen (“Vingadores: Guerra Infinita”). A prévia resume a trama como uma espécie de “Nebraska” (2013) filmado em cores numa película de 33 milímetros ostensivamente da Kodak – por ironia, apenas para ser exibido em celular. Baseado em um artigo do jornalista A.G. Sulzberger, o longa acompanha um pai (Harris) e um filho (Sudeikis) que viajam até o Kansas para revelar algumas fotos no último laboratório de Kodachrome existente nos Estados Unidos, antes de ele fechar as portas para sempre. O pai é um fotógrafo famoso, que não fala com o filho há anos. Relutante, este atende o apelo por recomendação da esposa (Olsen), transformando a viagem num reencontro com seu passado. Roteirizado por Jonathan Tropper (criador da série “Banshee”) e dirigido por Mark Raso (“Copenhagen”), o filme ainda conta com Wendy Crewson (“Desejo de Matar”), Bruce Greenwood (“Star Trek”) e Dennis Haysbert (série “24 Horas”). Após première no Festival de Toronto, “Kodachrome” chega ao streaming em 20 de abril.
Ella e John: Trailer legendado coloca Donald Sutherland e Helen Mirren na estrada
A Sony divulgou o trailer legendado de “Ella e John” (The Leisure Seeker), road movie da Terceira Idade que junta Donald Sutherland (“Jogos Vorazes”) e Helen Mirren (“A Dama Dourada”). Eles vivem um casal idoso que decide embarcar numa última viagem em seu motor home pelo interior dos Estados Unidos, o mesmo veículo com o qual costumavam acampar com os filhos nos anos 1970. Já adultos, os filhos ficam apavorados com o que pode acontecer, pois a decisão impulsiva contraria uma situação médica complexa. Dirigido pelo italiano Paolo Virzì (“A Primeira Coisa Bela”), o elenco também inclui Janel Moloney (série “The Leftovers”) e Christian McKay (“Florence: Quem É Essa Mulher”) como os filhos. Exibido nos festivais de Veneza e Toronto, “Ella e John” estreia na quinta-feira (25/1) no Brasil, dois meses antes de chegar nos Estados Unidos.
Ed Helms e Owen Wilson são gêmeos em busca do pai desconhecido em trailer de besteirol
A Warner divulgou o trailer de “Correndo Atrás de um Pai” (Father Figures), antigamente conhecido como “Bastards”. Além da mudança de título, a produção também mudou de distribuidora, já que o primeiro trailer foi disponibilizado pela Roadshow Films. O novo besteirol traz Ed Helms de volta à estrada, após o fracasso da continuação de “Férias Frustradas” (2015), desta vez acompanhado por Owen Wilson (“Os Estagiários”), que interpreta seu irmão gêmeo (!). Na trama, os dois descobrem que são bastardos após sua mãe, vivida por Glenn Close (“Guardiões da Galáxia”), confessar que inventou um pai, supostamente morto de câncer, para não traumatizá-los, mas nunca soube quem a engravidou. Isto porque, conforme eles descobrem, ela era muito popular. Felizes por saberem que têm um pai vivo, eles só precisam descobrir agora quem ele é. E dê-lhe estrada, no melhor (ou pior) estilo “Debi e Lóide”. O elenco inclui, entre os candidatos a papai, os atores J.K. Simmons (“Whiplash”), Terry Bradshaw (“Armações do Amor”) e até Ving Rhames (“Missão Impossível: Nação Secreta”). O filme marca a estreia na direção de Lawrence Sher, diretor de fotografia da trilogia “Se Beber, Não Case!” (protagonizada por Helms) e foi escrito por Justin Malen (“Baywatch”). A comédia estreia em 25 de janeiro no Brasil, um mês após o lançamento nos EUA (em 22 de dezembro).
Diane Lane faz turismo gastronômico enriquecedor em Paris Pode Esperar
Curiosa a trajetória de Diane Lane. Embora tenha aparecido e se destacado em filmes importantes quando jovem (seu primeiro filme é de 1979), foi só com “Infidelidade” (2002), de Adrian Lyne, que ela de fato chamou a atenção como protagonista. Em seguida, pôde ser vista em duas comédias leves e agradáveis, “Sob o Sol da Toscana” (2003) e “Procura-se um Amor que Goste de Cachorros” (2005). Tudo isso dentro do curto espaço de três anos. O melodrama “Noites de Tormenta”, de 2008, em que ela reencontra Richard Gere, talvez tenha sido seu último trabalho de destaque antes de se tornar mais conhecida como a mãe de Superman. Na verdade, nem são grandes filmes, mas que se tornaram dignos de atenção por causa da atriz. “Paris pode Esperar” (2016) é o seu retorno ao mundo das viagens na Europa (de “Sob o Sol da Toscana”) e também a uma possível infidelidade, ao menos uma tentação, durante uma viagem de carro de Cannes a Paris. Na trama, ela é Anne, esposa de um produtor de Hollywood (Alec Baldwin, e “Blue Jasmine”) que o acompanha no Festival de Cannes (edição de 2015). Acontece que ela está sofrendo de dores no ouvido e alguém sugere que ela não viaje de avião – o marido está indo a Budapeste antes de ir a Paris. A solução seria encontrar o marido em Paris e um amigo francês do marido, Jacques (Arnaud Viard, e “Grandes Amigos”), oferece-se para levá-la à capital. Há quem vá achar que “Paris pode Esperar” é só mais um filme sobre turismo gastronômico, mas pode ser uma experiência maior e melhor do que se espera. A matriarca Eleanor Coppola, esposa do cineasta Francis Ford Coppola, se aventura na direção de seu primeiro filme de ficção e sabe acentuar bem não apenas as diferenças entre americanos e franceses, mas também suas afeições mútuas. Vem de muito longe o namoro entre Estados Unidos e França e da mesma forma que tantos cineastas franceses homenagearam obras e diretores americanos, os franceses são apreciados em muitos aspectos pelos americanos, por sua maior sofisticação cultural e culinária. Enquanto Jacques é o homem que crê que a vida deve ser muito bem vivida a cada momento e cada sabor, Anne é uma mulher essencialmente visual. Ela está sempre tirando fotos de tudo que encontra pelo caminho, da comida, inclusive. Não que isso seja uma simplificação do que hoje se vê nas redes sociais. Suas fotos são mesmo obras de arte, como bem destaca Jacques, sempre elevando o astral de Anne e fazendo-a perceber o quanto ela é uma mulher especial. Esse francês galanteador tornará a viagem de Anne memorável, embora não se saiba o futuro dos dois. De todo modo, “Paris pode Esperar” não é exatamente sobre a relação desse casal e uma possível infidelidade, mas como esse percurso é importante para ambos, como, aliás, é tarefa de todo “road movie” que se preze. E também como deve ou deveria ser toda viagem que fazemos, enriquecendo nossa alma através do contato com novas pessoas, novos lugares e novos sabores. Com o filme, os espectadores ganham um passeio baratinho pela França, além de um olhar de cumplicidade para aqueles personagens. Que o diga o olhar final de Diane Lane para a câmera-espectador.
Logan é o filme de super-heróis que os fãs sempre pediram
Comprometido com o papel de vilão em “Missão: Impossível 2”, Dougray Scott não teve agenda para fazer “X-Men”. Como plano B, a Fox e o diretor Bryan Singer optaram pelo, até então, desconhecido australiano Hugh Jackman para ser Wolverine na adaptação que fez Hollywood e o público respeitarem filmes baseados em histórias em quadrinhos. O primeiro “X-Men” (2000) até que foi legal, mas Jackman roubou a cena e valeu muito mais que o filme inteiro. Não demorou e veio “X-Men 2” (2003), esse sim um grande filme, e outras sete participações do ator como Wolverine. Só que, 17 anos depois, ainda faltava aquela pitada de coragem para entregarem um filme que representasse o furioso mutante do jeito que os fãs queriam – de forma brutal, descarregando sua raiva nos inimigos e com muito sangue espirrando na plateia. E prestígio na indústria é isso aí: perto de completar 50 anos, Jackman disse que faria o personagem apenas mais uma vez, porém exigindo que o filme saísse como queria. Conseguiu carta branca e entregou o projeto a um diretor de sua confiança, James Mangold. O resultado é “Logan”, o filme do Wolverine que os fãs sempre pediram. Um dos maiores elogios que se pode fazer é que não parece uma adaptação de histórias em quadrinhos – e é muito importante incluir isso – do modo como Hollywood acostumou o púlico. Trata-se de um filme completo, dramático quando exigido e raivoso quando a história pede. Sem acrobacias, cenas de ação à la 007, como a sequência do trem em “Wolverine: Imortal” (2013), curiosamente dirigido pelo mesmo James Mangold (que diferença faz a liberdade para tocar um filme), mas com muita porrada, membros decepados, palavrões (a primeira fala do filme é “FUCK”), sangue jorrando de maneira intensa, violentíssima, porém compreensível, aceitável quando entendemos Wolverine após quase duas décadas. Ainda mais porque, desta vez, ele está velho, cansado e com seu poder de regeneração bastante debilitado. Mas não é o caso de se apegar tanto à violência, tensão, adrenalina ou mesmo os efeitos visuais, porque o segredo do sucesso de “Logan” está no título. Apesar de tudo, não é um filme sobre um super-herói, mas sobre um homem em busca de sua humanidade perdida em um passado doloroso e que não volta mais. É o filme mais humano e centrado em personagens já feito sobre quadrinhos da Marvel, com diálogos reflexivos, pausas silenciosas e atuações definitivas de Hugh Jackman e Sir Patrick Stewart, que não precisam de muita coisa para cortar o coração do espectador nas simples conversas que Logan e Xavier travam sobre amor, a aceitação da morte, família, culpa, esperança, liderança e a relação pai e filho ou pai e filha. É onde entra a grande surpresa do filme, a pequena Dafne Keen, que rouba a cena como Laura (pode chamar de X-23) não somente nas sequências impressionantes de ação, mas também pelo seu potencial como atriz, apontando a franquia para um futuro promissor que o sucesso deste filme pode ajudar Hollywood a compreender. Em termos de adaptações de quadrinhos, “Logan” só é comparável a “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), embora seja completamente diferente do filme de Christopher Nolan. Em diversos momentos, parece mais uma produção da Nova Hollywood dos anos 1970, devido à ousadia de querer sair fora dos padrões. Mas seu espírito verdadeiro pertence aos westerns e road movies, o bom e velho filme de jornada, em que anti-heróis enfrentam percalços em fuga ou em busca de seu caminho. Como em “Os Imperdoáveis” (1992), “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007) e até “A Qualquer Custo” (2016), os protagonistas são corroídos por arrependimentos, cercados por violência e carregam hábitos e memórias de uma época que passou. Entretanto, nada é tão grandioso quanto o amor de James Mangold pelo clássico “Os Brutos Também Amam” (1953). Para os fãs de Wolverine, esse é o filme dos sonhos. Outros atores poderão interpretar Wolverine, claro, mas nenhum será o Logan de Hugh Jackman, como nenhum outro 007 foi o James Bond de Sean Connery. Isso é sair por cima.
American Honey: Shia LaBeouf desvirtua uma nova geração em trailer e cenas do premiado drama indie
A A24 divulgou o pôster, o novo trailer, comercial e duas cenas de “American Honey”, da diretora britânica Andrea Arnold (“Aquário”). O filme foi vaiado pela crítica internacional e premiado pelo juri no Festival de Cannes deste ano. Já a crítica americana é só elogios, como os citados no material de divulgação e os 86% somados no site Rotten Tomatoes. Vale observar que foi a geração mais nova, de blogueiros, que mais reclamou da longa duração e do fato de que “nada acontece”, além de cenas de sexo, enquanto as publicações impressas (a velha geração) rasgaram elogios ao filme, o primeiro que Arnold rodou nos EUA. As duas cenas destacadas abaixo ilustram bem a sensação de vazio que o longa transmite. E é justamente o ponto. A produção é um road movie que acompanha uma trupe de adolescentes chapadões pela “América profunda”, cruzando o Oeste a reboque do carisma do personagem de Shia LaBeouf (“Transformers”), que recruta jovens pobres para vender assinaturas de revistas para sua chefe sexy, vivida por Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”). Entre os moleques, destaca-se Star, personagem da estreante Sasha Lane, considerada a grande revelação do Festival de Cannes 2016. Ela não é boa de vendas, mas compensa sendo muito boa de sexo. O roteiro foi inspirado em um artigo publicado em 2007 no jornal The New York Times, sobre grupos de jovens desajustados contratados por empresas para vender produtos pelo país. O filme explora o contraste entre os protagonistas sem perspectivas e as ricas comunidades do interior americano. E, conforme a diretora explicou em Cannes, também foi baseado em sua própria experiência de pegar a estrada para conhecer os EUA. “American Honey” já está em cartaz nos EUA e estreia na sexta (14/10) no Reino Unido, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Viva a França! dá à guerra uma perspectiva de esperança
Para narrar o êxodo de milhões de franceses durante a 2ª Guerra Mundial, nos anos 1940, o cineasta francês Christian Carion (indicado ao Oscar por “Feliz Natal”) se vale do olhar de um pai alemão e de seu filho de oito anos de idade. É durante a invasão nazista na França que se passa o longa-metragem “Viva a França!”. Na trama, Hans (August Diehl, de “Bastardos Inglórios”), que se considera comunista, foge da Alemanha e, fingindo ser belga, se mistura com os franceses que vivem em um pequeno vilarejo. Proíbe o filho, Max (Joshio Marlon, da série “Homeland”), por exemplo, de falar alemão. Mesmo entre os dois, o idioma oficial deve ser o francês. Hans, porém, é descoberto e preso. Max fica para trás, mas é cuidado pela professora, Suzanne (Alice Isaaz, de “Doce Veneno”). Com a ajuda dela, aliás, o garoto tem uma ótima ideia para não desistir do pai. Junto com o prefeito e outros habitantes do vilarejo, os dois vão viajar de carroça, a pé, de bicicleta, com um caminhão velho, rumo ao norte, para, então, atravessar até o Reino Unido e fugir dos nazistas. Ter como enfoque o olhar das crianças não é novidade no cinema, mas é sempre emocionante. Em “O Menino do Pijama Listrado” (2008), o tema era o holocausto, contado aos olhos de um pequeno rapaz. Já no italiano “A Vida É Bela” (1997), o pai finge estar participando de uma grande brincadeira para driblar as emoções do filho, pois, na verdade, está em um campo de concentração. Os dois finais a história já deu conta de escrever. Neste longa francês, pontuado pela música original de Ennio Morricone (vencedor do Oscar por “Os Oito Odiados”), a trama é baseada em histórias da mãe do cineasta. “Viva a França!” é um road-movie que se passa no interior daquele país e traz pequenas histórias de família, enchendo o espectador de esperança.
Ed Helms e Owen Wilson são bastardos no trailer de comédia besteirol
A Roadshow Films divulgou três fotos e o primeiro trailer de “Bastards”, besteirol em que Ed Helms ignora a curva perigosa e volta a pegar a estrada, após o fracasso da continuação de “Férias Frustradas” (2015). Em vez de uma bela mulher e filhos irritantes, desta vez ele vai acompanhado de Owen Wilson (“Os Estagiários”), que interpreta seu irmão gêmeo (!). Na trama, os dois descobrem que são bastardos após sua mãe, vivida por Glenn Close (“Guardiões da Galáxia”), confessar que inventou um pai, supostamente morto de câncer, para não traumatizá-los, mas nunca soube quem a engravidou. Isto porque, conforme eles descobrem, ela era muito popular. Felizes por saberem que têm um pai vivo, eles só precisam descobrir agora quem ele é. E dê-lhe estrada, no melhor (ou pior) estilo “Debi e Lóide”. O elenco inclui, entre os candidatos a papai, os atores J.K. Simmons (“Whiplash”), Terry Bradshaw (“Armações do Amor”) e até Ving Rhames (“Missão Impossível: Nação Secreta”). O filme marca a estreia na direção de Lawrence Sher, diretor de fotografia da trilogia “Se Beber, Não Case!” (protagonizada por Helms) e foi escrito por Justin Malen, que, tomara, tenha se esforçado mais em sua vindoura adaptação de “Baywatch”. A comédia estreia em 16 de março no Brasil, dois meses após o lançamento nos EUA.











