LQ Jones: Ator dos westerns de Sam Peckinpah morre aos 94 anos
O ator LQ Jones, que trabalhou em dezenas de westerns, incluindo o clássico “Meu Ódio Será Sua Herança”, de Sam Peckinpah, morreu neste sábado (9/7) de causas naturais em sua casa em Hollywood Hills, aos 94 anos. Nascido Justice Ellis McQueen Jr. em 19 de agosto de 1927, na cidade de Beaumont, no Texas, ele ficou órfão muito pequeno e foi criado por parentes numa fazenda, aprendendo a andar a cavalo aos 8 anos de idade. Sua transformação em ator se deu por acaso. Enquanto estudava Direito na Universidade do Texas, foi companheiro de quarto de Fess Parker, o futuro Daniel Boone da TV. Mas enquanto o colega foi para Hollywood, ele investiu todo seu dinheiro num rancho que faliu. Sabendo da situação do amigo, Parker o convidou a fazer um teste para um projeto que ia filmar. Desenhou até um mapa de como chegar no estúdio. Jones foi aprovado pelo diretor Raoul Walsh e estreou no cinema como um soldado em “Qual Será Nosso Amanhã?” (1955), ao lado de Parker, Tab Hunter, Van Heflin, Aldo Ray e grande elenco. Seu personagem era um soldado chamado LQ Jones, e ele gostou tanto da experiência que adotou a denominação como seu nome artístico. No começo, especializou-se em filmes de guerra. Acumulou produções do tipo, incluindo alguns clássicos, como “Entre o Céu e o Inferno” (1956), de Richard Fleischer, “Os que Sabem Morrer” (1957), de Anthony Mann, “Os Deuses Vencidos” (1958), de Edward Dmytryk, “A Morte Tem Seu Preço” (1958), novamente de Walsh, e “O Inferno é para os Heróis” (1962), de Don Siegel. No meio de tanto tiro, foi aparecer pela primeira vez como cowboy, curiosamente, na estreia de Elvis Presley no cinema: “Ama-Me com Ternura” (1956). E ainda voltou a contracenar com o Rei do Rock em outro western, “Estrela de Fogo” (1960). Assim, aos poucos, foi mudando seu perfil. De soldado, virou cowboy e passou a cavalgar com Joel McCrea, Randolph Scott, Glenn Ford e Audie Murphy em filmes do Velho Oeste. Ao mesmo tempo, aproveitou que o gênero do “bangue-bangue” explodiu na TV e disparou rumo aos holofotes televisivos, fazendo múltiplas participações em séries como “Cheyenne”, “As Aventuras de Rin Tin Tin”, “Gunsmoke”, “Annie Oakley”, “Laramie”, “O Homem do Rifle”, “Caravana” (Wagon Train), “Couro Cru” (Rawhide), “Johnny Ringo”, “Big Valley” e especialmente “O Homem de Virgínia” – onde interpretou o ajudante de rancho Andy Belden por 25 episódios. Jones conheceu o diretor Sam Peckinpah numa dessas séries, “Klondike”. A produção só durou uma temporada, mas a amizade prosperou por décadas. Depois da série, o cineasta o escalou em cinco westerns de cinema. O primeiro foi “Pistoleiro do Entardecer” (1962), com Henry Fonda e Randolph Scott, seguido por “Juramento de Vingança” (1965), estrelado por Charlton Heston. E então veio o célebre “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969). O filme que estabeleceu a estética ultraviolenta, das mortes em câmera-lenta, rendeu o papel pelo qual Jones é mais lembrado: o sádico caçador de recompensas TC, que se junta a Robert Ryan e Strother Martin na perseguição da quadrilha de assaltantes liderada por William Holden. Ele seguiu colaborando com Peckinpah em “A Morte Não Manda Recado” (1970) e “Pat Garrett e Billy the Kid” (1973). E em meio a essa parceria ainda apareceu em outros clássicos do gênero: “Nevada Smith” (1966), com Steve McQueen, “A Marca da Forca” (1968), com Clint Eastwood, e “Caçada Sádica” (1971), com Gene Hackman. Mas a carreira de Jones foi atingida em cheio quando os westerns saíram de moda em meados dos anos 1970. Até Peckinpah partiu para os thrillers. Quando faltaram trabalhos para antigos cowboys, Jones tratou de virar produtor. Ele e o colega Alvy Moore formaram a produtora LQ/JAF e fizeram quatro filmes de gêneros inesperados: terror e sci-fi. O próprio Jones dirigiu “O Quarto do Diabo” (1964), escreveu “A Irmandade de Satanás” (1971) e fez ambos em “O Menino e Seu Cachorro” (1975), que costuma ser apontado como a maior inspiração de “Mad Max”. Adaptação de um romance de Harlan Ellison, “O Menino e Seu Cachorro” acompanhava o ainda adolescente Don Johnson por uma terra devastada pelo apocalipse no distante ano de 2024. Virou cult. Mas Jones não seguiu como diretor. Em vez disso, voltou a fazer participações em séries – agora policiais – , como “As Panteras”, “CHiPs” e “Esquadrão Classe A”. Seu último trabalho atrás das câmeras foi a direção de um episódio de “O Incrível Hulk”, em 1980. Em uma longa entrevista recente para o site Camera in the Sun, ele explicou que dirigir dava muito trabalho. Atuar era bem mais fácil e, sempre que precisavam de um xerife, ainda lembravam dele. Nos anos 1980, Jones foi xerife em “The Yellow Rose” (1983-1984), série de faroeste contemporâneo, que juntava um elenco de feras – Sam Elliott, Cybill Shepherd e Chuck Connors. E até na sci-fi “O Cavaleiro do Tempo” (1982). Ele chegou a reviver a carreira cinematográfica na década seguinte, aparecendo em alguns sucessos de bilheteria, como a comédia de western “Rapidinho no Gatilho” (1994), com Paul Hogan, o thriller “No Limite” (1998), com Anthony Hopkins, o blockbuster de aventura “A Máscara do Zorro” (1998), com Antonio Banderas, e o premiado drama mafioso “Cassino” (1995), de Martin Scorsese, em que interpretou, para variar, o homem da lei que era o inimigo do gângster vivido por Robert De Niro. Sua última aparição nas telas foi como o cantor country Chuck Akers em “A Última Noite” (2006), que também foi o último filme de Robert Altman, falecido naquele ano.
Tab Hunter (1931 – 2018)
O ator americano Tab Hunter, galã do cinema dos anos 1950, morreu na noite de domingo (8/7), três dias antes de completar 87 anos, de causa não revelada. Nascido Arthur Andrew Kelm em 11 de julho de 1931, em Nova York, ele era um jovem atlético que, aos 15 anos, conseguiu se alistar na Guarda Costeira da Califórnia, mentindo sua idade. Assumindo o nome artístico de Tab Hunter, fez sua estréia no cinema aos 19 anos no clássico noir “O Fugitivo de Santa Marta” (1950), de Joseph Losey, e logo se tornou uma das estrelas mais populares de Hollywood, com uma aparência que rendia suspiros das meninas – seu apelido era literalmente “o cara dos suspiros”. Louro, de olhos azuis e físico invejável, Hunter era considerado um dos homens mais bonitos que já foram projetados numa tela grande. E os estúdios souberam explorar seus atributos ao estampá-lo descamisado em pôsteres de filmes como “Ilha do Deserto” (1952), “A Volta à Ilha do Tesouro” (1954) e “Montanhas em Fogo” (1956). Entretanto, sua beleza escondia um segredo, e o sucesso em Hollywood fez com que sua verdadeira inclinação sexual passasse décadas trancada num armário. Hunter manteve um relacionamento com o ator Anthony Perkins (de “Psicose”) e foi parceiro de mais de 30 anos do produtor Allan Glaser, mas só foi assumir-se como gay em 2005, ao publicar uma autobiografia, “Tab Hunter Confidential: The Making of a Movie Star”, que se tornou um sucesso de vendas nos EUA. O livro foi transformado num documentário pela Netflix em 2015 e servirá de base para um filme sobre seu romance com Perkins, atualmente em produção. Para entender o tamanho da sua popularidade durante o auge de sua carreira, basta saber que ele desbancou Elvis Presley das paradas de sucesso com sua primeira gravação como cantor. E ele nem era realmente um cantor. Como galã, estrelou dezenas de filmes, mas sua carreira só foi se tornar séria após “Qual Será Nosso Amanhã” (1955), um clássico do mestre Raoul Walsh, que acompanhava um grupo de jovens marines entre cenas românticas na vida civil e dramáticas durante a guerra no Pacífico. O pico veio três anos depois com o musical “O Parceiro de Satanás” (1958), adaptação do fenômeno da Broadway “Damn Yankees!”, em que viveu um jogador de beisebol que fazia um pacto com o diabo. O filme lhe permitiu dançar como secretamente sempre sonhou, e quem ouvir atentamente a produção poderá verificar seu êxtase ao final de uma coreografia, com uma exaltação não cortada ao coreógrafo (“That was wonderful, Fosse!”), o ainda jovem e já genial Bob Fosse. Ao longo de sua filmografia, ele também contracenou com alguns dos maiores machões de Hollywood, como Robert Mitchum (“Dominados pelo Terror”, de 1954), John Wayne (“Mares Violentos”, 1955), Clint Eastwood (“Lutando Só Pela Glória”, 1958) e Gary Cooper (“Heróis de Barro”, 1959), sem esquecer de Van Heflin, com quem apareceu em três dos filmes já listados. E formou par romântico com algumas das mulheres mais desejadas do cinema, como Natalie Wood (“Impulsos da Mocidade”, de 1956) e Sophia Loren (“Mulher Daquela Espécie”, 1959). A Warner chegou a tentar vender Wood e Hunter como um casal, fazendo com que participassem de vários encontros forjados para serem fotografados juntos. Este esforço foi por água abaixo e sua carreira foi colocada em risco depois que a revista Confidential publicou uma reportagem sobre sua prisão em uma festa frequentada por gays logo após sua chegada em Hollywood. A partir desse escândalo, o ator, que chegou a ter seu próprio programa de TV em 1960, “The Tab Hunter Show”, precisou se contentar com papéis menores ou estrelar filmes B. Ele ainda conseguia papéis pequenos em grandes filmes, como a comédia “O Ente Querido” (1965), de Tony Richardson, e o western “Roy Bean – O Homem da Lei!” (1972), estrelado por Paul Newman e dirigido pelo genial John Huston. Mas a maior parte de seus trabalhos passaram mesmo a ser produções independentes. Apesar disso, algumas viraram cult, casos de “Operação Bikini” (1963) e “Mar Raivoso” (1964), repletos de integrantes da Turma da Praia (filmes de surfe da década de 1960), e o terror “Monstros da Cidade Submarina” (1965), com Vincent Price. Já veterano, o astro ressurgiu com tudo nos anos 1980. Foi convidado a participar de “Grease 2: Os Tempos da Brilhantina Voltaram” (1982) e emplacou uma curiosa parceria com a transexual Divine em dois filmes marginais e cultuadíssimos: “Polyester” (1981), do diretor John Waters, e “A Louca Corrida do Ouro” (1985), de Paul Bartel. Seu último trabalho também apresentou um talento que sua época de galã escondia: roteirista. Ele coestrelou e escreveu o filme “Dark Horse” (1992), um melodrama de chorar muito, sobre a amizade entre uma garota rebelde e seu cavalo, que ganhou críticas bastante elogiosas. A esta altura, porém, ele decidiu se afastar dos holofotes para curtir sua relação com o produtor Allan Glaser, com quem trabalhou nas filmagens de “A Louca Corrida do Ouro”. Em uma entrevista do ano passado, Hunter fez uma balanço da carreira e comentou: “Se eu tivesse saído do armário durante minha carreira na década de 1950, eu não teria tido uma carreira. Nada mudou muito em Hollywood em 60 anos. Eu realmente não falei sobre minha sexualidade até escrever minha autobiografia, porque minha carreira cinematográfica já tinha acabado há muito tempo.”
Dorothy Malone (1925 – 2018)
A atriz americana Dorothy Malone, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme “Palavras ao Vento” (1956), morreu na manhã de sexta-feira (19/1) aos 92 anos, por causas naturais. Malone iniciou a sua carreira artística nos anos 1940, estrelando dezenas de westerns e filmes noir, venceu o Oscar quase duas décadas depois e atingiu o pico de sua fama nos anos 1960, graças a seu trabalho na série “Caldeira do Diabo” (Peyton Place), exibida entre 1964 e 1969. Dorothy Eloise Maloney nasceu em Chicago em 30 de janeiro de 1925 e teve seu encontro com o destino enquanto estudava na faculdade para virar enfermeira. Sua beleza chamou atenção de um olheiro de Hollywood, que a levou a assinar um contrato com o estúdio RKO Radio Pictures aos 18 anos de idade. Ela figurou em inúmeras produções dos anos 1940, mas foi só quando se acertou com a Warner e encurtou o nome para Malone que sua carreira desabrochou. Howard Hawks ficou impressionado quando ela apareceu entre os figurantes do estúdio. Em 1946, a escalou em “A Beira do Abismo” (The Big Sleep), um dos maiores clássicos do cinema noir. Era um pequena participação, em que ela aparecia diante de Humphrey Bogart para fechar uma livraria e dizer uma única frase. Mais tarde, o diretor revelou que incluiu a sequência no filme “só porque a menina era muito bonita”. Em pouco tempo, seus diálogos aumentaram, num crescimento que envolveu filmes de verdadeiros gênios de Hollywood, como “Canção Inesquecível” (1946), de Michael Curtiz, “Ninho de Abutres” (1948), de Delmer Davis, e “Golpe de Misericórdia” (1949), de Raoul Walsh. Até que, a partir de 1949, seu nome passou a aparecer nos cartazes de cinema. Seu contrato de exclusividade acabou na virada da década, e ela seguiu carreira em westerns baratos, virando uma das “mocinhas” mais vistas nos filmes de cowboy da década de 1950 – ao lado de astros do gênero, como Joel McCrea, Randolph Scott, Jeff Chandler, Fred MacMurray, Richard Egan, Richard Widmark, Henry Fonda e… o futuro presidente Ronald Reagan. Ela chegou até a ilustrar um pôster dispensando “mocinhos”, de chapéu, calças e dois revólveres nas mãos – “Guerrilheiros do Sertão” (1951). Mas não abandonou o cinema noir, coadjuvando em “A Morte Espera no 322” (1954), de Richard Quine, “Dinheiro Maldito” (1954), de Don Siegel, e “Velozes e Furiosos” (1955), um dos primeiros filmes de carros de fuga, dirigido e estrelado por John Ireland. Todos cultuadíssimos. Também fez dois filmes com Jerry Lewis e Dean Martin, outro com Frank Sinatra e causou grande impacto no drama “Qual Será Nosso Amanhã” (1955), seu reencontro com o diretor Raoul Walsh, no papel da esposa solitária de um jovem fuzileiro (Tad Hunter) que embarca para a 2ª Guerra Mundial. Ela completou sua transformação no melodrama “Palavras ao Vento” (1956), do mestre Douglas Sirk. A morena deslumbrante virou uma loira fatal. E roubou a cena da protagonista – ninguém menos que Lauren Bacall. Como um Iago (com “I” maiúsculo”) de saias, ela semeava ciúmes e destruição em cena, colocando dois amigos (Rock Hudson e Robert Stark) em conflito por causa da personagem de Bacall, sem que nenhum tivesse feito nada de errado, além de amar a mesma mulher. Em meio a tantas estrelas, Malone venceu o único Oscar do filme, como Melhor Atriz Coadjuvante. A atriz voltou a se reunir com Hudson, Stack e o diretor Douglas Sirk em “Almas Maculadas” (1957), interpretou a mulher do lendário ator Lon Chaney na cinebiografia “O Homem das Mil Faces” (1957), até ver seu nome aparecer antes de todos os demais pela primeira vez, em “O Gosto Amargo da Glória” (1958). O filme era outra cinebiografia de atores célebres, em que Malone interpretou Diana Barrymore, tia de Drew Barrymore e filha do famoso John Barrymore (vivido no drama por Errol Flynn), numa espiral de autodestruição. No auge da carreira cinematográfica, ela fez seu derradeiro e melhor western, “O Último Por-do-Sol” (1961), uma superprodução estrelada por Rock Hudson e Kirk Douglas, escrita por Dalton Trumbo e dirigida por Robert Aldrich em glorioso “Eastman Color”, antes de inesperadamente virar a “coroa” de um filme de surfe, o cultuado “A Praia dos Amores” (1963), que lançou a “Turma da Praia” de Frankie Avalon e Annette Funicello. As novas gerações acabariam adorando Dorothy por outro papel, como a mãe solteira e superprotetora Constance MacKenzie na série “A Caldeira do Diabo”. A produção fez História como o primeiro novelão do horário nobre da TV americana. Além da narrativa melodramática, tinha a novidade de continuar no próximo capítulo, algo inédito na programação noturna da época, e de abordar sexo fora do casamento, outra ousadia. A personagem de Dorothy já tinha sido interpretado por Lana Turner no cinema, num filme de 1957 que rendeu o Oscar para a atriz. A versão televisiva trouxe uma indicação ao Globo de Ouro para Malone, que interpretava a mãe da futura esposa de Woody Allen, Mia Farrow. A atriz sofreu uma embolia pulmonar enquanto trabalhava na série em 1965 e precisou passar por sete horas de cirurgia durante a produção, sendo substituída temporariamente por outra atriz no programa. Mas também teve que lutar por sua vida na ficção, quando os roteiristas resolveram “matá-la” em 1968, após reclamações de descaso com sua personagem. Dorothy foi à justiça contra a 20th Century Fox e recebeu uma fortuna – mais de US$ 1 milhão na época – e sua Constance sobreviveu, mas saiu da série. Sem problemas, pois “A Caldeira do Diabo” acabou no ano seguinte sem ela. Apesar do clima inamistoso com que saiu da produção, a atriz voltou ao papel de Constance MacKenzie mais duas vezes, em telefilmes que reuniram o elenco original da série, exibidos em 1977 e 1985. Ela ainda contracenou com Alain Delon no giallo “Crepúsculo dos Insaciáveis” (1969), mas o resto de sua carreira foi preenchido por pequenas participações em filmes e séries. Seu último trabalho aconteceu em 1992, no papel de uma amiga de Sharon Stone no suspense “Instinto Selvagem”. O sucesso profissional não se refletiu em sua vida pessoal. Seus casamentos duraram pouco. O primeiro foi com o ator francês Jacques Bergerac, ex-marido de Ginger Rogers, em 1959, com quem teve duas filhas. O matrimônio terminou num divórcio amargo, em que Malone acusou Bergerac de se casar com atrizes famosas para promover sua própria carreira. Em 1969, ela se uniu ao empresário Robert Tomarkin, mas o casamento foi anulado em questão de semanas, com acusações ainda piores: ele seria um golpista tentando extorqui-la – anos depois, Tomarkin foi preso por roubo. O último casamento foi com um executivo do ramo de motéis, Charles Huston Bell, em 1971. Igualmente curto, terminou após três anos. Dorothy Malone costumava dizer que sua vida tinha mais drama que a ficção de “A Caldeira do Diabo”. Cinéfilos também poderiam afirmar que ela foi uma atriz com muito mais classe que a maioria dos filmes que estrelou. Mas quando se portava mal, fazia um bem danado para o cinema.


