Henry Jaglom morre aos 87 anos após carreira fora do padrão em Hollywood
Diretor independente explorou relações pessoais em obras fora do padrão e manteve parceria com Orson Welles
Roger Corman, o Rei dos Filmes B, morre aos 98 anos
Diretor e produtor de diversos filmes cult, ele lançou as carreiras de cineastas famosos como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e James Cameron
Richard Lewis, de “Curb Your Enthusiasm”, morre de ataque cardíaco
Ator de 76 anos revelou no ano passado que sofria do mal de Parkinson. 12ª temporada da série da HBO foi seu último trabalho
Ryan O’Neal, astro de “Love Story”, morre aos 82 anos
O ator Ryan O’Neal, que ficou marcado pela atuação em “Love Story” e se tornou uma dos maiores ídolos de Hollywood da década de 1970, morreu nesta sexta-feira (8/12) em sua casa em Los Angeles, Califórnia. Ele tinha 82 anos e lutava contra uma leucemia crônica diagnosticada em 2001 e um câncer de próstata identificado em 2012. Início de carreira Nascido em Los Angeles em 20 de abril de 1941, Ryan O’Neal começou sua carreira em 1960, com participações em episódios de séries clássicas como “Os Intocáveis”, “Laramie” e “Leave it to Beaver”. Seu primeiro papel de destaque foi como Rodney Harrington na série “Caldeira do Diabo” (Peyton Place), que teve mais de 500 episódios exibidos de 1964 a 1969. Baseada no filme de mesmo nome, a série era um melodrama novelesco e alçou O’Neal ao estrelato, ao capturar o coração dos espectadores com sua aparência jovial e carisma. Assim que a série acabou, ele fez sua transição para o cinema com o filme “Cartada para o Inferno”, de 1969, uma adaptação de uma obra de Elmore Leonard. Este filme, co-estrelado por sua então esposa Leigh Taylor-Young, marcou o início de uma carreira cinematográfica notável, que foi explodir no lançamento seguinte. Estouro de “Love Story” O maior sucesso de O’Neal veio em 1970 com “Love Story: Uma História de Amor”, que ele estrelou ao lado de Ali MacGraw. A obra foi um fenômeno cultural, gerando frases decoradas por fãs (como “Amar significa nunca ter de pedir desculpas”), que sobrevivem até hoje em memes de quem nem conhece o contexto. Considerado um dos romances de maior repercussão em todos os tempos, o filme dirigido por Arthur Hiller e baseado no best-seller de Erich Segal contava a história de Oliver Barrett IV, um estudante de Harvard que se apaixona por Jenny Cavilleri, personagem de Ali MacGraw, uma jovem de origem mais humilde. Mas não bastassem os desafios sociais, o casal também precisa enfrentar uma doença terminal que acomete Jenny. Além de uma bilheteria histórica, o longa se destacou na temporada de prêmios, sendo indicado a sete Oscars, inclusive Melhor Ator para Ryan O’Neal. Consagração nos anos 1970 Após o drama lacrimoso de “Love Story”, O’Neal variou o repertório com o western “Os Dois Indomáveis” (1971) e comédias leves – duas com Barbra Streisand, “Essa Pequena é uma Parada” (1972) e “Meu Lutador Favorito” (1979), e uma com Jacqueline Bisset, “O Ladrão que Veio Jantar” (1973). Mas sua parceira mais importante dessa fase foi sua própria filha, Tatum O’Neal, na comédia “Lua de Papel” (1973), de Peter Bogdanovich. Ryan e Tatum brilharam juntos no filme ambientado na era da Grande Depressão, que seguia as aventuras de um vigarista e sua filha em viagem pelo Kansas e Missouri. A performance de Tatum lhe rendeu um Oscar histórico, tornando-a a mais jovem vencedora na história da Academia de Artes e Ciência Cinematográficas com apenas 10 anos de idade. O filme seguinte do ator foi em “Barry Lyndon” (1975), dirigido por Stanley Kubrick, onde interpretou o personagem-título, um aventureiro irlandês que sobe na hierarquia social na Europa do século XVIII. A produção também marcou época por suas inovações e excelência técnica, ao utilizar pela primeira vez no cinema uma iluminação totalmente natural, obtida com o uso de velas em suas cenas. Kubrick e o diretor de fotografia John Alcott utilizaram lentes especiais desenvolvidas pela NASA, capazes de capturar imagens com pouquíssima luz. Essas lentes, com uma abertura extremamente ampla, permitiram que as cenas internas dispensassem iluminação artificial adicional – o que conferiu ao filme uma qualidade visual única e revolucionária, replicando a maneira como os interiores eram iluminados no século XVIII. Além disso, a obra foi composta por planos que se assemelhavam à pinturas do século XVIII, com enquadramentos cuidadosamente construídos em takes longos. O feito foi reconhecido com o Oscar de Melhor Fotografia e outros três troféus técnicos. Após esses trabalhos marcantes, Ryan voltou a trabalhar com Peter Bogdanovich em “No Mundo do Cinema” (1976), integrou o elenco gigantesco da superprodução de guerra “Uma Ponte Longe Demais” (1977), de Richard Attenborough – outro grande sucesso comercial – , e estrelou “Caçador de Morte” (The Driver, 1978), um suspensão dirigido por Walter Hill. Entretanto, o sinal de alerta foi aceso quando o ator apareceu na sequência de seu maior sucesso, “A História de Oliver”, em 1978. A ideia de continuar a trama de “Love Story” como uma história de luto provou-se um fiasco, surpreendo as expectativas do estúdio. Uma Love Story da vida real Durante seu auge profissional, Ryan O’Neal experimentou sua própria Love Story, ao conhecer e se apaixonar pela atriz Farrah Fawcett, estrela da série “As Panteras” (Charlie’s Angels) e uma dos maiores sex symbols dos anos 1970. Os dois iniciaram um relacionamento em 1979 que durou, entre idas e vindas, quase três décadas. Apesar disso, nunca se casaram, embora tivessem um filho juntos, Redmond O’Neal. O relacionamento teve seus altos e baixos, com episódios de separações e reconciliações. E após um período separado, o casal se reuniu novamente quando O’Neal foi diagnosticado com leucemia. Eles permaneceram juntos até a morte de Fawcett em 2009, devido a um câncer – como no filme famoso. Implosão nos anos 1980 Enquanto celebrava o amor, o ator teve dificuldades em replicar o sucesso que teve no começo da carreira. Nos anos 1980, ele se especializou em comédias e apareceu em diversos fracassos de bilheteria. Em “Amor na Medida Certa” (1981), interpretou um professor universitário que se envolvia no negócio de moda da família. Em “Dois Tiras Meio Suspeitos” (1982), explorou o gênero da comédia policial, interpretando um detetive heterossexual que se disfarçava como gay. Em “Diferenças Irreconciliáveis” (1984), lutou com Shelley Long pela custódia da pequena Drew Barrymore. Até que “A Marca do Passado” (1987) empurrou o que restava de sua fama ladeira abaixo. Dirigido pelo renomado escritor Norman Mailer, “A Marca do Passado” foi uma tentativa de mesclar film noir com elementos de comédia e drama, mas acabou se destacando pelo tom confuso e pela aparente falta de convicção do astro ao interpretar seu personagem, um ex-traficante de drogas metido em uma série de eventos misteriosos e violentos. Uma das falas ditas pelo ator na produção se tornou uma das mais ridicularizadas da história do cinema. A frase em questão é “Oh man! Oh God! Oh man! Oh God! Oh man! Oh God! Oh man! Oh God!”, dita repetidamente por Ryan O’Neal em uma cena dramática. Reinvenção na TV Com a repercussão negativa de “A Marca do Passado”, o astro se viu sem muitas outras opções no cinema, decidindo ir fazer TV. E para tornar a transição uma espécie de “queda para cima”, resolveu estrelar uma minissérie junto com a namorada/esposa Farrah Fawcett. A iniciativa, batizada de “O Sacrificio Final” (1989), deu resultado e, além de boa audiência e críticas positivas, rendeu três indicações ao Emmy – incluindo Melhor Atriz para Farrah. Depois disso, o casal dobrou a aposta e quis estrelar sua própria série de comédia. Entretanto, “Good Sports” (1991), onde interpretaram âncoras em uma rede esportiva, foi cancelada após 15 episódios. Ryan seguiu carreira na TV, estrelando telefilmes e fazendo aparições em séries, como “Desperate Housewives”, “Barrados no Baile” (90210) e principal “Bones”, onde interpretou o pai da personagem principal (vivida por Emily Deschanel), aparecendo em vários episódios ao longo da série. Últimos papéis Antes de se aposentar com o fim de “Bones” em 2017, ele ainda fez uma última aparição no cinema, no filme “Knight of Cups” (2015), dirigido por Terrence Malick, e emocionou os fãs ao se reencontrar com Ally MacGraw, sua parceira de “Love Story”, numa encenação de 2016 da peça “Love Letters” de A.R. Gurney. A montagem teve uma recepção calorosa e serviu como um olhar retrospectivo sobre a carreira de ambos os atores.
Minissérie sobre primeiro clube de strippers masculinos ganha trailer
A plataforma de streaming Star+ divulgou um novo trailer de “Bem-vindos ao Clube da Sedução” (Welcome to Chippendales), minissérie sobre a história do clube pioneiro de strip-tease masculino. A prévia foca na ascensão e queda de Somen “Steve” Banerjee, vivido por Kumail Nanjiani (“Os Eternos”), que foi dono do Chippendales. Baseada em uma história real, a minissérie foi criada pelo própria Nanjiani, em parceria com Robert Siegel (“Pam & Tommy”), e vai narrar a trajetória de Banerjee desde que ele era um pobre imigrante indiano, passando pela criação dos Chippendales no final da década de 1970 e culminando no envolvimento dele numa trama de assassinato. Embora a história de Banerjee seja desconhecida pelo grande público, alguns dos personagens que aparecem na série são bem famosos, como é o caso do falecido cineasta Peter Bogdanovich (“A Última Sessão de Cinema”), interpretado por Philip Shahbaz (“SEAL Team”), e da playmate Dorothy Stratten – vivida por Nicola Peltz (“Bates Motel”) – cujo assassinato pelo marido Paul Snider (Dan Stevens, de “Apóstolo”) rendeu várias manchetes em 1980. O elenco ainda conta com Annaleigh Ashford (“B Positive”), Juliette Lewis (“Yellowjackets”), Quentin Plair (“Roswell, New Mexico”), Robin de Jesus (“tick, tick… BOOM!”) e Andrew Rannells (“Black Monday”). Além de ser cocriador da série, Siegel também é produtor e showrunner, ao lado de Jenni Konner (produtora de “Girls”). “Bem-vindos ao Clube da Sedução” ainda conta com roteiros de Rajiv Joseph (“A Grande Escolha”) e Mehar Sethi (“China, IL”), e direção de Matt Shakman (“WandaVision”). A estreia está marcada para 22 de novembro tanto na Star+ quanto na plataforma americana Hulu, responsável pela produção original.
Série vai contar história dos strippers Chippendales. Veja o trailer
A plataforma de streaming Star+ divulgou o primeiro trailer de “Bem-vindos ao Clube da Sedução” (Welcome to Chippendales), minissérie estrelada por Kumail Nanjiani (“Os Eternos”). A prévia foca na ascensão de Somen “Steve” Banerjee (Nanjiani), que foi dono do maior negócio de strippers masculinos do mundo. Baseada em uma história real, “Bem-vindos ao Clube da Sedução” foi criada pelo própria Nanjiani, em parceria com Robert Siegel (“Pam & Tommy”), e vai narrar a trajetória de Banerjee desde que ele era um pobre imigrante indiano, passando pela criação dos Chippendales no final da década de 1970 e culminando no envolvimento dele numa trama de assassinato. Embora a história de Banerjee seja desconhecida pelo grande público, alguns dos personagens que aparecem na série são bem famosos, como é o caso do falecido cineasta Peter Bogdanovich (“A Última Sessão de Cinema”), interpretado por Philip Shahbaz (“SEAL Team”), e da playmate Dorothy Stratten – vivida por Nicola Peltz (“Bates Motel”) – cujo assassinato pelo marido Paul Snider (Dan Stevens, de “Apóstolo”) rendeu várias manchetes em 1980. O elenco ainda conta com Annaleigh Ashford (“B Positive”), Juliette Lewis (“Yellowjackets”), Quentin Plair (“Roswell, New Mexico”), Robin de Jesus (“tick, tick… BOOM!”) e Andrew Rannells (“Black Monday”). Além de ter criado a série, Siegel também vai produzir a atração e atuar como showrunner, ao lado de Jenni Konner (produtora de “Girls”). “Bem-vindos ao Clube da Sedução” também tem roteiros de Rajiv Joseph (“A Grande Escolha”) e Mehar Sethi (“China, IL”), e direção de Matt Shakman (“WandaVision”). A estreia está marcada para 22 de novembro tanto na Star+ quanto na plataforma americana Hulu, responsável pela produção original.
Dicas de filmes: Confira 10 sugestões para o Dia dos Pais
Preparamos uma lista com 10 opções de filmes para pais e filhos assistirem neste domingo (14/8) em que se celebra o Dia dos Pais. A lista tem um pouco de tudo, de clássicos a contemporâneos, com astros sertanejos, estrelas do tênis, pais que se vestem de mulheres e até pais zumbis. Ou seja, filme para pais dos mais variados estilos. Confira. | 2 FILHOS DE FRANCISCO | GLOBOPLAY Cinebiografia da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano, essa produção nacional é focada no pai da dupla, Francisco Camargo (interpretado por Ângelo Antônio, de “Chico Xavier”), e nos esforços que ele fez para garantir o sucesso dos filhos. A trama cobre a vida dos cantores desde a infância até o início do sucesso, sempre focando na relação deles com o pai. Foi o pai quem comprou os primeiros instrumentos musicais e quem sempre os incentivou, gastando todo o seu salário em fichas telefônicas para telefonar para a rádio e pedir para tocar a música dos filhos. Dirigido pelo recém-falecido Breno Silveira (“Entre Irmãs”), o filme também conta com Márcio Kieling (“Maverick: Caçada no Brasil”), Thiago Mendonça (“Somos Tão Jovens”), Dira Paes (“Divino Amor”), Lima Duarte (“O Outro Lado do Paraíso”), Paloma Duarte (da série “Se Eu Fosse Você”), José Dumont (“Tungstênio”), Natália Lage (“A Grande Família”) e Jackson Antunes (“Carcereiros: O Filme”). | O TIRO QUE NÃO SAIU PELA CULATRA | VOD* Não se deixe enganar pelo péssimo título nacional. A comédia dirigida por Ron Howard (“Han Solo: Uma História Star Wars”) é um dos grandes filmes sobre paternidade e sobre relações familiares. A trama mostra os problemas que a família Buckman enfrenta no seu dia-a-dia – as pressões do trabalho, a criação de filhos adolescentes, o vício em jogatina e muito mais. Tudo isso gira em torno da figura do paizão Gil (interpretado por Steve Martin, de “Only Murders in the Building”), que tenta equilibrar todas as suas responsabilidades, mas nem sempre conseguindo. O grandioso elenco ainda conta com Keanu Reeves (“Matrix Resurrections”), Mary Steenburgen (“O Beco do Pesadelo”), Dianne Wiest (“Life in Pieces”), Jason Robards (“Magnólia”), Rick Moranis (do clássico “Querida, Encolhi as Crianças”), Martha Plimpton (“Os Goonies”) e o jovem Joaquin Phoenix (“Coringa”). O diretor Ron Howard fez o filme com base nas suas próprias experiências familiares. Depois ele expandiu o projeto para uma série de TV (intitulada “Parenthood: Uma História de Família”), que durou seis temporadas, exibidas entre 2010 e 2015, no canal americano NBC. | CARGO | NETFLIX Produção de australiana de terror, “Cargo” se passa em um mundo devastado pela contaminação de zumbis. A trama acompanha um pai (interpretado por Martin Freeman, da trilogia “O Hobbit”) que foi infectado e precisa encontrar alguém para cuidar da sua filha recém-nascida antes que ele se transforme. Ao longo da sua jornada pelos desertos australianos, ele faz amizade com uma criança aborígene e precisa fugir de um grupo que caça zumbis. O filme é uma adaptação de um curta-metragem homônimo, dirigido por Ben Howling e Yolanda Ramke. A dupla também ficou a cargo da direção do longa-metragem e venceu o troféu de Melhor Roteiro do Sindicato dos Roteiristas Australianos. | UM HOMEM DE FAMÍLIA | AMAZON PRIME VÍDEO, GLOBOPLAY “Um Homem de Família” acompanha um sujeito (Nicolas Cage, de “O Peso do Talento”) que é bem-sucedido no seu emprego, mas leva uma vida solitária. Certo dia, ele acorda e se vê vivendo uma outra vida. Nessa nova vida, ele não abandonou a sua antiga namorada. Em vez disso, eles construíram uma família juntos. O filme explora a relação do personagem com essa nova situação. A princípio, ele quer retornar à sua antiga vida e fugir das responsabilidades de criar os filhos pequenos. Mas, aos poucos, começa a se apaixonar por aquela vida e se torna um verdadeiro homem de família. O elenco ainda conta com Téa Leoni (“Madam Secretary”), Don Cheadle (“Vingadores: Ultimato”), Jeremy Piven (“Mr Selfridge”) e Saul Rubinek (“Hunters”). A direção é de Brett Ratner (“Hércules”). | UMA BABÁ QUASE PERFEITA | DISNEY+ Clássico absoluto da Sessão da Tarde, “Uma Babá Quase Perfeita” conta a história de um ator (Robin Williams, de “The Crazy Ones”) recém-divorciado que perdeu a guarda dos filhos. Decidido a passar mais tempo com as crianças (por mais que esteja proibido de fazer isso), ele se disfarça como uma senhora idosa e consegue um emprego trabalhando como babá dos seus próprios filhos. O elenco ainda conta com Sally Field (“Lincoln”), Pierce Brosnan (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”) e Harvey Fierstein (“Independence Day”). A direção é de Chris Columbus (“Esqueceram de Mim”). KING RICHARD: CRIANDO CAMPEÃS | HBO MAX e VOD* Will Smith (“Esquadrão Suicida”) venceu seu conturbado Oscar ao dar vida à perseverança do pai que possibilitou o sucesso das irmãs Venus e Serena Williams. O drama edificante mostra como Richard Williams (Smith) lutou contra todas as expectativas raciais, de forma obstinada, para transformar suas filhas nas primeiras tenistas negras campeãs mundiais. Dirigido por Reinaldo Marcus Green (“Monstros e Homens”), o filme contabiliza 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e conquistou ao todo 48 prêmios internacionais. Seu elenco também destaca Aunjanue Ellis (“Se a Rua Beale Falasse”), Saniyya Sidney (“The First Lady”), Demi Singleton (“Godfather of Harlem”), Jon Bernthal (“Justiceiro”) e Tony Goldwyn (“Scandal”). | LUA DE PAPEL | AMAZON PRIME VIDEO O clássico de Peter Bogdanovich (“A Última Sessão de Cinema”) se passa na década de 1930, durante a época da Grande Depressão Americana, e acompanha Moses, um vigarista que viaja de cidade em cidade aplicando golpes em viúvas. Em certo momento, o caminho dele se cruza com o de Addie, uma orfã, filha de uma prostituta. Como Moses já havia se envolvido com a mãe de Addie, existia a possibilidade de ele ser o verdadeiro pai da menina. Mas ele não quer assumir essa responsabilidade. Em vez disso, Moses se encarrega de levar Addie até a casa de uma tia dela. No meio do caminho, porém, a menina começa a ajudá-lo nos seus golpes, e a conexão se torna inexorável. O drama é estrelado pelo ator Ryan O’Neal (“Love Story”) e sua filha, Tatum O’Neal, que, aos 10 anos de idade e em seu primeiro papel, tornou-se a intérprete mais jovem a vencer um Oscar em todos os tempos, como Melhor Atriz Coadjuvante por este trabalho. | O PAIZÃO | VOD* Comédia estrelada por Adam Sandler (“Joias Brutas”), “O Paizão” acompanha um sujeito que passou a vida inteira fugindo das suas responsabilidades. Decidido a mostrar para a sua ex-namorada que ele amadureceu, ele toma uma decisão inusitada: adotar uma criança. Aos poucos, porém, o personagem de Sandler aprende as dificuldades da paternidade (que não se resume apenas a ensinar a criança a fazer xixi no meio da rua), mas também passa a apreciar a sua nova situação familiar. O elenco conta com participações de figuras marcadas nos filmes de Sandler, como Rob Schneider (“Como Se Fosse a Primeira Vez”) e Steve Buscemi (“A Herança de Mr. Deeds”), além de Joey Lauren Adams (“Procura-se Amy”), Jon Stewart (apresentador do programa “The Daily Show”) e Leslie Mann (“Bem Vindo aos 40”). Já a direção é de Dennis Dugan (“Gente Grande 2”). | ESTRADA PARA PERDIÇÃO | STAR+ O filme noir “Estrada para Perdição” traz o ator Tom Hanks (“Elvis”) em um dos papeis mais sombrios da sua carreira. Na trama, Hanks interpreta Michael Sullivan, um mafioso que trabalha para o chefão da máfia irlandesa durante a época da Depressão. Certo dia, a esposa e um dos filhos de Sullivan são mortos, e ele foge ao lado do seu filho sobrevivente. Pai e filho são colocados lado a lado, iniciando assim uma relação que fraternal que antes não existia. Enquanto fogem, os dois também iniciam o seu plano de vingança contra o homem que causou a morte da família deles. “Estrada para Perdição” é dirigido por Sam Mendes (“1917”) e seu grandioso elenco ainda conta com Paul Newman (“Fugindo do Passado”), Jude Law (The New Pope”), Daniel Craig (“007: Sem Tempo Para Morrer”), Stanley Tucci (“Convenção das Bruxas”) e Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”). | A CRECHE DO PAPAI | NETFLIX, PRIME VIDEO, STAR+ Estrelado por Eddie Murphy (“Um Príncipe em Nova York 2”), “A Creche do Papai” acompanha um sujeito que foi despedido do seu trabalho. Sem conseguir nenhum emprego novo, ele resolve abrir a sua própria creche, como forma de cuidar do filho pequeno e ainda ganhar um dinheiro. O problema é que o projeto dá certo, e ele começa a receber cada vez mais crianças para cuidar. E é aí que se dá conta da grande falha de seu plano: ele não tem a menor ideia de como administrar uma creche e nem de como tomar conta de crianças. Dirigido por Steve Carr (“Os Piores Anos da Minha Vida”), o filme é co-estrelado por Jeff Garlin (“Segura a Onda”), Anjelica Huston (“Smash”), Steve Zahn (“The White Lotus”) e Regina King (“Se a Rua Beale Falasse”). * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, sem necessidade de assinatura mensal.
Peter Bogdanovich (1939-2021)
O diretor Peter Bogdanovich, de clássicos como “A Última Sessão de Cinema”, “Lua de Papel” e “Marcas do Destino”, morreu nesta quinta (6/1) de causas naturais em sua casa em Los Angeles, aos 82 anos. Filho de um pintor sérvio, ele decidiu estudar para virar ator aos 16 anos, mas já aos 20 fez a transição para a direção, numa montagem teatral off-Broadway de “The Big Knife”, que ganhou muitos elogios em 1959. Seu primeiro contato com o cinema foi por meio de críticas e artigos publicados na revista Esquire. Acabou encorajado a se mudar para Hollywood, onde conheceu Roger Corman, que o colocou a trabalhar como seu assistente no clássico de motoqueiros “Os Anjos Selvagens”, estrelado por Peter Fonda em 1966. A estreia como diretor aconteceu dois anos depois com “Na Mira da Morte”. Escrito pelo próprio Bogdanovich, o filme destacava em seu elenco o astro de terror Boris Karloff (“Frankenstein”), que devia dois dias de filmagem a Corman. Mesmo com esta restrição, virou um clássico de suspense, contando a história de um atirador que começava a disparar num cine drive-in, durante a aparição de um antigo astro de Hollywood (Karloff). Em troca deste filme, ele topou dirigir um trash para Corman, “Viagem ao Planeta das Mulheres Selvagens” (1968), sobre mulheres belíssimas que habitavam o planeta Vênus. Mas usou um pseudônimo para não se queimar. Decidido a virar um diretor sério, conseguiu assegurar produção de um grande estúdio, a Columbia Pictures, para seu longa seguinte. E fez questão de filmar em preto e branco. Lançado em 1971, “A Última Sessão de Cinema” o consagrou com duas indicações ao Oscar, como Melhor Diretor e Roteirista. O drama baseado no romance homônimo de Larry McMurtry acompanhava estudantes do ensino médio que viravam adultos em uma cidade isolada e decadente no norte do Texas em 1951, momento em que o local começava a definhar, tanto cultural como economicamente. O elenco da produção projetou os jovens astros Timothy Bottoms, Jeff Bridges e Cybill Shepherd, e rendeu Oscars de Melhores Atores Coadjuvantes aos veteranos Cloris Leachman e Ben Johnson. Com apenas 31 anos, Bogdanovich viveu o auge e chegou a ser comparado a Orson Welles. “Ele realizou o mais difícil de todos os feitos cinematográficos: tornou o tédio fascinante”, definiu a revista Time ao elogiar sua obra-prima. Bogdanovich ainda conseguiu um novo amor com “A Última Sessão de Cinema”: Cybill Shepherd, que ele transformou em atriz após vê-la como modelo na capa da revista Glamour. O caso levou ao rompimento de seu casamento com a designer de produção Polly Platt, com quem o cineasta teve duas filhas. A fase de ouro de sua carreira continuou com a comédia “Essa Pequena é uma Parada” (1972) e o drama “Lua de Papel” (1973), ambos estrelados por Ryan O’Neal. Também filmado em preto e branco, “Lua de Papel” foi a última unanimidade crítica de Bogdanovich, acompanhando um golpista e uma menina durante a Grande Depressão. Nos papel principal, O’Neal contracenou com sua própria filha, Tatum O’Neal, que pelo desempenho se tornou a atriz mais jovem a vencer um Oscar, aos 10 anos de idade. Depois destes lançamentos, Bogdanovich decidiu rodar mais dois filmes com sua musa. Shepherd estrelou a comédia de costumes “Daisy Miller” (1974) e o musical “Amor, Eterno Amor” (1975), que também trouxe Burt Reynolds cantando e dançando corajosamente músicas de Cole Porter. Mas ambos fracassaram, já que a crítica – que anos antes o elogiava por revigorar a indústria – se voltara contra o cineasta. “Eles ficaram revoltados porque eu estava tendo um caso com Shepherd”, disse Bogdanovich em uma entrevista de 2019 ao site Vulture . “Eu vi fotos nossas em que parecia um cara arrogante e ela uma garota sexy. E éramos ricos e famosos e fazíamos filmes juntos. Nesta época, Cary Grant me ligou. Ele diz: ‘Peter, pelo amor de Deus, você pode parar de dizer às pessoas que está feliz? E pare de dizer que você está apaixonado. Eu disse: ‘Por quê, Cary?’ ‘Porque eles não estão felizes e não estão apaixonados.’ Ele estava certo.” O status de menino dourado durou pouco e os filmes seguintes não foram incensados. Apesar disso, “No Mundo do Cinema” (1976), novamente estrelado por Ryan e Tatum O’Neal, foi exibido no Festival de Berlim. Sua carreira sofreu outro baque quando um novo affair o devolveu aos tabloides. Ele se envolveu com a ex-playmate Dorothy Stratten, ao dirigi-la na comédia romântica “Muito Riso e Muita Alegria” em 1980, e a jovem acabou assassinada por seu marido, Paul Snider, que depois se matou. Diante do crime, o estúdio desistiu de lançar o filme. Abalado, Bogdanovich comprou os direitos da 20th Century Fox e tentou distribuir a comédia sozinho. Mas ninguém encarou as sessões com risos e alegria, e o diretor acabou falindo. Em 1984, ele escreveu o livro “The Killing of the Unicorn: Dorothy Stratten 1960-1980”, no qual atribuiu grande parte da culpa pela morte de Stratten a Hugh Hefner, argumentando que o fundador da Playboy desencadeou a ira de Paul Snider quando o baniu de sua mansão. O cineasta recuperou seu prestígio com o lançamento de “Marcas do Destino” (1985), um drama romântico sobre um adolescente deformado. O filme estrelado pelos jovens Eric Stoltz e Laura Dern também incluiu em seu elenco a cantora Cher e foi um grande sucesso de público e crítica. Revigorado, ele decidiu retomar os personagens de seu principal clássico em 1990, voltando a se juntar com Timothy Bottoms, Jeff Bridges e Cybill Shepherd em “Texasville”, continuação colorida de “A Última Sessão de Cinema”. Mas o revival não teve a repercussão esperada. Sua vida privada voltou a render notícias quando ele se casou com Louise Stratten, irmã mais nova de Dorothy Stratten, em 1988. Ela tinha apenas 20 anos e ele estava com quase 50. Mesmo assim, o casamento durou até 2001 e eles permaneceram amigos depois do divórcio, chegando a morar juntos novamente no final de 2018, quando Bogdanovich precisou de ajuda após quebrar o fêmur. Stratten também escreveu o roteiro de “Um Amor a Cada Esquina”, último filme dirigido pelo cineasta em 2014. Antes disso, ele ainda filmou as comédias “Impróprio para Menores” (1992), com Michael Caine, “Um Sonho, Dois Amores” (1993), com River Phoenix, e “O Miado do Gato” (2001), com Kirsten Dunst, além de vários telefilmes e um documentário sobre a banda Tom Petty and the Heartbreakers. Mas os trabalhos de direção foram ficando cada vez mais escassos e espaçados, o que o fez reconsiderar sua incipiente carreira de ator. Bogdanovich costumava aparecer em seus filmes e tinha participado como ele mesmo de um episódio da série “A Gata e o Rato”, estrelada por Cybill Shepherd e Bruce Willis nos anos 1980. Mas foi só após ser estimulado por Noah Baumbach a coadjuvar em “Louco de Ciúmes” (1997), que passou a levar a sério a ideia de virar ator. Ele virou figura frequente no elenco de diversos filmes e séries dos anos 2000, incluindo o grande sucesso da HBO “Família Soprano” (The Sopranos), no qual viveu o terapeuta Dr. Elliot Kupferberg. A variedade de títulos que contaram com sua presença abrangem do terror blockbuster “It – Capítulo 2” (no papel de um diretor) ao drama indie “Enquanto Somos Jovens” (novamente dirigido por Baumbach), até se despedir da atuação na série “Get Shorty” em 2019. Ele também deu aulas de cinema, publicou diversos livros com entrevistas com os grandes mestres da sétima arte e desenvolveu um show solo chamado “Monstros Sagrados”, no qual contava anedotas sobre sua carreira. Mais recentemente, apresentava um podcast chamado “Plot Thickens”. A notícia de sua morte foi repercutida por dezenas de cineastas, como Guillermo del Toro e Francis Ford Coppola, e os mais variados astros de Hollywood nas redes sociais. “Ele foi meu Céu e meu Chão”, escreveu Tatum O’Neal, emocionada. Veja abaixo o trailer original da obra-prima do diretor.
Cloris Leachman (1926 – 2021)
A veterana atriz Cloris Leachman, que venceu oito Emmys e um Oscar ao longo de uma carreira de sete décadas, morreu na terça-feira (26/1) de causas naturais em sua casa em Encinitas, na Califórnia, aos 94 anos. Nascida em 30 de abril de 1926, em Des Moines, Leachman começou sua carreira no showbiz ao participar do concurso de beleza Miss America de 1946, o que lhe deu projeção e a levou a aparecer em algumas das primeiras séries da televisão americana, como “The Ford Theater”, “Studio One”, “Suspense”, “Danger” e “Actor’s Studio”. Paralelamente, ela passou a chamar atenção na Broadway, onde começou no pós-guerra. Depois de alguns pequenos papéis, foi escalada como substituta da atriz principal de “South Pacific” e precisou ter que se apresentar no palco durante um imprevisto da intérprete original. Acabou roubando a cena, virando a estrela principal e protagonizando nada menos que oito outros shows da Broadway depois disso, só nos anos 1950. Este sucesso explica porque ela demorou um pouco para emplacar nas telas. Um de seus primeiros papéis recorrentes foi na série da cachorrinha “Lassie” (1957-1958), mas sua presença geralmente se restringia a um episódio por série, incluindo inúmeros trabalhos em séries clássicas dos anos 1960, como “Além da Imaginação” (The Twilight Zone), “Gunsmoke”, “Couro Cru” (Rawhide), “Os Intocáveis” (The Untouchables), “Rota 66” (Route 66), “Alfred Hitchcock Apresenta” (Alfred Hitchcock Presents), “77 Sunset Strip”, “Os Defensores”, “Têmpera de Aço”, “Lancer”, “Mannix”, “Perry Mason” e “Dr. Kildare”, onde voltou a aparecer em vários capítulos. Ao mesmo tempo, Leachman começou a investir na carreira cinematográfica. Seu primeiro papel no cinema foi uma pequena participação no clássico noir “A Morte num Beijo” (1955), de Robert Aldritch, seguido pelo drama de guerra “Deus é Meu Juiz” (1956), com Paul Newman. Seu sucesso na Broadway a manteve distante das telas grandes por mais de uma década, mas permitiu um reencontro com Newman em seu retorno, no clássico blockbuster “Butch Cassidy” (1968). No início dos anos 1970, Leachman finalmente se concentrou nos filmes. E foi reconhecida pela Academia por um de seus papéis mais marcantes, como Ruth Popper, a solitária esposa de meia-idade de um treinador de futebol americano, gay e enrustido, no cultuado drama em preto e branco “A Última Sessão de Cinema” (1971), de Peter Bogdanovich. Seu desempenho poderoso lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Em seguida, co-estrelou “Dillinger” (1973), de John Milius, voltou a trabalhar com Bogdanovich em “Daisy Miller” (1974) e quase matou o público de rir numa das comédias mais engraçadas de todos os tempos, “O Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, como Frau Blücher, cujo nome dito em voz alta fazia até cavalos relincharem com apreensão. Brooks, por sinal, voltou a escalá-la como uma enfermeira suspeita em sua segunda melhor comédia, “Alta Ansiedade” (1977). Nesta época, ela também assumiu seu papel mais famoso da TV, como Phyllis Lindstrom, a vizinha metida da série “Mary Tyler Moore” (1970–1977). Ela foi indicada ao primeiro Emmy da carreira pelo papel em 1972. E finalmente venceu como Melhor Coadjuvante em 1974 e 1975. Após o segundo Emmy, sua personagem ganhou atração própria, “Phyllis”, que durou duas temporada (até 1977), além de aparecer em crossovers com a série original e outra derivada, “Rhoda” – e lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz. Mesmo com a agenda lotada, Leachman ainda conseguiu viver a Rainha Hipólita na série da “Mulher-Maravilha”, em 1975. Ela continuou a acumular créditos no cinema e na TV ao longo dos anos 1970 e 1980 antes de voltar a ter um papel fixo, o que aconteceu na série “Vivendo e Aprendendo” (The Facts of Life). A atriz assumiu o protagonismo das duas últimas temporadas da atração (que durou nove anos) como substituta da estrela original, Charlotte Rae, interpretando Beverly Ann Sickle, a irmã tagarela da personagem de Rae, entre 1986 e 1988. Mais recentemente, ela ganhou dois Emmys e quatro outras indicações por seu papel na sitcom “Malcolm” (Malcolm in the Middle), como a mãe malvada de Jane Kaczmarek (de 2001 a 2006), além de ter rebido nova indicação ao Emmy por interpretar Maw Maw, a bisavó da personagem-título da sitcom “Raising Hope”, entre 2010 e 2014 na mesma rede. Leachman também foi a mãe agitada de Ellen DeGeneres na sitcom “The Ellen Show”, que foi ao ar em 2001-02, e uma paciente de terapia de Helen Hunt no revival de “Louco por Você” (Mad About You), exibido em 2019, quando já estava com 93 anos. A atriz ainda desenvolveu uma carreira robusta como dubladora, a partir da participação da versão “Disney” do anime clássico “O Castelo no Céu” (1986), de Hayao Miyazaki. Ela voltou a trabalhar em outra dublagem de Miyazaki em 2008, em “Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar”, fez parte do elenco do cultuado “O Gigante de Ferro” (1999) e teve um papel de voz breve, mas memorável no filme “Beavis e Butt-Head Detonam a América”, de 1996, como uma mulher idosa que encontra os meninos na estrada várias vezes, chamando-os de “Travis e Bob”. Entre seus últimos trabalhos, estão dublagens de personagens recorrentes das séries animadas da Disney “Phineas e Ferb” e “Elena de Avalor”. E ela ainda pode ser ouvida atualmente nos cinemas dos EUA em seu último papel, como Gran, a velha sogra do protagonista Grug (Nicolas Cage) em “Os Croods 2: Uma Nova Era”, após ser responsável pelas melhores piadas do primeiro filme, de 2013. Atrasado devido à pandemia, “Os Croods 2” só vai estrear no Brasil em março.
Max Rose: Trailer dramático destaca volta de Jerry Lewis ao protagonismo cinematográfico
A Paladin divulgou o pôster e o trailer de “Max Rose”, drama estrelado pelo lendário Jerry Lewis, em seu primeiro papel de protagonista em duas décadas. Mas, ao contrário da maioria de seus filmes, trata-se de um drama introspectivo, centrado no personagem-título, um pianista de jazz idoso que sofre com a perda recente de sua esposa, com quem viveu por mais de 50 anos. Dias antes da morte da mulher, Max descobriu algo que o fez acreditar que seu casamento foi uma mentira, e então ele começa a explorar seu próprio passado e encarar uma coleção de personagens de uma era quase esquecida. O ótimo elenco do drama ainda inclui o cineasta Peter Bogdanovich (“Uma História de Amor”), Dean Stockwell (“Veludo Azul”), Claire Bloom (“O Discurso do Rei”), Kevin Pollak (“Imaginem Só”), Kerry Bishé (“Argo”), Fred Willard (“50 Tons de Preto”), Lee Weaver (“O Virgem de 40 Anos”) e Mort Sahl (“Nada É para Sempre”), que trabalhou com Lewis nos anos 1960, no programa cômico de variedades “The Jerry Lewis Show”. Conhecido por diversas comédias de sucesso dos anos 1960, como “O Professor Aloprado” (1963) e “O Mensageiro Trapalhão” (1960), Jerry Lewis não protagonizava um filme desde a comédia “Rir É Viver” (1995). E, antes disso, seu último papel principal tinha sido no clássico “O Rei da Comédia” (1983), dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Robert De Niro. De 1966 até 2010, ele desempenhou o papel de apresentador do Teleton, fazendo maratonas televisivas para levantar dinheiro para entidades beneficentes, aparecendo apenas em pequenas participações no cinema, como na produção brasileira “Até que a Sorte nos Separe 2” (2013) e no recente thriller de ação “The Trust” (2016). Dirigido por Daniel Noah (“Twelve”), o filme teve sua première há três anos, no Festival de Cannes, e só vai estrear agora em setembro, em lançamento limitado nos EUA. Não há previsão para sua chegada ao Brasil.
Um Amor a cada Esquina é comédia à moda antiga de um mestre do cinema
“Um Amor a cada Esquina” marca o retorno ao cinema de Peter Bogdanovich, um dos nomes mais importantes da chamada Nova Hollywood, responsável por clássicos como “Na Mira da Morte” (1968) e “A Última Sessão de Cinema” (1971). Com a carreira voltada nos últimos anos para a televisão, seus filmes são cada vez mais raros. Tanto que, após “Um Sonho, Dois Amores” (1993), só tinha dirigido um longa, “O Miado do Gato” (2001). O retorno pode não ser o mais glorioso, mas é muito difícil ver “Um Amor a cada Esquina” sem dar boas gargalhadas ou ficar sorrindo com as situações, que parecem mesmo tiradas de comédias antigas, como as tramas malucas das produções da década de 1930, por exemplo. O começo do filme, ao som de jazz dessa época, reforça a referência. Embora se passe nos dias de hoje, o estilo é mesmo de filme velho, embora muita gente o compare com o tipo de humor que Woody Allen ainda faz – o que não deixa de ser uma comparação válida, já que ambos são contemporâneos e compartilham as mesmas influências. A personagem central da trama é uma moça chamada Isabella, interpretada por Imogen Poots (“Need for Speed”), que tem um tipo físico que parece agradar Bogdanovich, semelhante ao de Samantha Mathis, de “Um Sonho, Dois Amores”, e Kirsten Dunst em “O Miado do Gato”, justamente os dois últimos longas do diretor. Isabella é uma moça de família humilde que sonha virar atriz, mas, enquanto isso não é possível, vai ganhando a vida como garota de programa. Um dia, a jovem encontra um diretor de teatro da Broadway (Owen Wilson, que também estrelou “Depois da Meia-Noite”, de Woody Allen) e ele simpatiza tanto com ela que lhe paga uma boa quantia em dinheiro para largar aquela vida. Como o jogo de coincidências é o combustível desta comédia, ao decidir seguir seu sonho Isabella vai parar justamente na audição de uma peça do tal diretor, para interpretar, claro, uma prostituta. Ela encanta a todos da equipe com sua capacidade de encarnar a personagem. Até a esposa do diretor (Kathryn Hahn, de “A Vida Secreta de Walter Mitty”) a vê como a atriz perfeita para o papel. Aquela situação também se mostra ideal para que o ator principal da peça, vivido por Rhys Ifans (“O Espetacular Homem-Aranha”), possa se valer do que sabe para dar em cima da esposa do diretor. Nessa ciranda de amores e confusões, muita coisa acontece, e há até uma participação interessante de Jennifer Aniston (“Família do Bagulho”) como uma psicóloga meio maluca. Engraçado como a atriz tem se especializado nesse tipo de papel – lembra, por exemplo, a dentista de “Quero Matar Meu Chefe”, o que passa uma sensação de que já vimos isso antes. No mais, é um filme tão despretensioso que poderia ser facilmente esquecido se não tivesse a assinatura de Bogdanovich, capaz de reunir esse bom elenco.










