Leo Lins ironiza condenação à prisão com post de “kit cadeia”
Comediante de stand-up debocha de sentença em publicação, após dividir opiniões de famosos sobre suas preferências de humor
Pedro Cardoso defende condenação de Leo Lins: “Stand-up virou ninho do fascismo”
Ator critica o stand-up no Brasil e diz que piadas de Leo Lins não são ficção, mas discurso de ódio
Selton Mello detona produção de “Lisbela e o Prisioneiro 2”: “Desrespeitosa”
Ator voltou a se pronunciar sobre o anúncio da sequência, afirmando que o elenco original não foi consultado
“Lisbela e o Prisioneiro” terá continuação em 2025
A sequência foi confirmada pela Imagem Filmes, que esqueceu de avisar ao elenco original
Pedro Cardoso é “cancelado” ao dizer bobagens sobre Beyoncé e raça: “Não sou branco”
O ator Pedro Cardoso começou 2024 com uma piada sem graça, em forma de textão, e acabou praticamente cancelado por falar bobagem. Sabe-se lá porque, ele decidiu comparar as carreiras das cantoras Tracy Chapman, que emplacou inúmeros sucessos nos anos 1980 e 1990, e Beyoncé, maior diva do século 21. “A mim, mais me toca a arte de Tracy Chapman do que a de Beyoncé. Seria gosto? Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyoncé ser mais consumida do que Trace”, começou Cardoso, em uma publicação no Instagram. Então, ele inventou que Beyoncé chamava mais atenção por causa da exposição de sua vida pessoal na mídia, o que seria o motivo de seu sucesso. “E desconfio que o maior sucesso comercial das Beyonce frente às Chapman se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal. Cito a própria Tracy, no Wikipedia: “Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal”. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos ‘famosos’!”, escreveu. “Problema para mim é se fazer um comércio ganancioso que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas”, continuou. E ainda disse que Beyoncé não era autêntica. “Os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, ‘Beyonces’ não venderiam tanto.” Desconhecimento O detalhe é que Beyoncé é uma das artistas mais discretas sobre sua vida pessoal na indústria musical. Casada há anos com o rapper Jay-Z e mãe de três filhos, ela nem é alvo de “contos de fadas sexuais exuberantes”. Pedro Cardoso possivelmente não conhece a carreira da artista, que é marcada por projetos sociais e luta contra o racismo. Além disso, a própria cantora faz críticas à indústria musical e revolucionou o mercado ao lançar discos de surpresa, sem divulgação, acompanhados por “álbuns visuais” que lançaram tendência e impressionaram pela visão artística. Em seu disco mais recente, “Renaissance”, ela foi ainda mais radical e nem divulgou clipes. Isso não impediu o sucesso e a reverberação de sua mensagem, em que Beyoncé reivindica a dance music para a cultura negra, lembrando sua verdadeira origem. “O que é ser branco?” Não por acaso, a opinião do intérprete de Augustinho Carrara em “A Grande Família” causou comoção entre os fãs brasileiros da cantora. E a partir daí a situação só piorou. Quando um seguidor avisou que era “de péssimo tom um cara branco colocar duas mulheres pretas nessa posição comparativa”, ele se defendeu dizendo que não era branco. “‘Um cara branco’? Quem é ‘um cara branco’ aqui? Eu? Não sou branco, nem cara. O que é ser branco? A cor da pele ou a ideologia? Para mim, sobre o que eu falo, o fenótipo é irrelevante”, escreveu o ator. E se defendeu dizendo que a comparação poderia ser entre Marisa Monte, Luisa Sonza, Rita Lee ou Madonna. “A obsessão com a questão tão relevante dos ecos da escravidão no presente é sua; e ela te interdita o pensamento de aspectos da realidade onde ela não é dominante”, concluiu Cardoso em sua resposta. Internautas, então, resgatam um vídeo de uma entrevista do ator a Lázaro Ramos em que ele se define racialmente: “Eu sou um menino branco, que nasci na classe média alta do Rio de Janeiro e minha casa tinha cinco empregados, todos eram negros. Eu nunca tive um empregado branco”. O Pedro Cardoso já tinha errado muito ao usar justo a Beyoncé na crítica à indústria cultural, mas esse comentário aqui foi o fundo do poço. pic.twitter.com/gPS4mRbRz2 — Lívia Lamblet 🎨🇵🇸 (@livialamblet) January 2, 2024 E Pedro Cardoso que saiu de onde estava enterrado para fazer textão rivalizando Beyoncé e Trace Chapman. Ousou dizer que, Beyoncé é apenas uma artista inventada pela indústria e seu sucesso se sustenta de exposição da vida sexual e pessoal . E ainda disse não ser branco. pic.twitter.com/f7rJThOuyh — Flavia NS 🏳️🌈🇨🇵💃🏿 (@difeirenseada) January 2, 2024
HBO Max cancela série de Pedro Cardoso após briga nos bastidores
A série “Área de Serviço”, criada por Pedro Cardoso (“A Grande Família”) e sua mulher, Graziella Moretto (“O Signo da Cidade”), foi cancelada pela HBO Max. Oficialmente, o motivo foi o mesmo que levou ao cancelamento de “Batgirl”: uma reavaliação geral do conteúdo, visando contenção de despesas após a fusão da Warner e a Discovery. Assim como “Batgirl”, a produção estava bastante adiantada. Todos os episódios já tinham sido gravados visando uma estreia em 2023. Mas seus bastidores eram os mais tumultuados da empresa, com Cardoso chegando a acusar produtores e funcionários da Warner de “roubar” a série. Em agosto passado, o ator publicou um vídeo no Instagram em que disse que ele e Moretto tiveram “a liderança da autoria da série roubada pela Dueto Produções com a conivência de funcionários da WarnerMedia”. No vídeo longo, de 13 minutos, Cardoso afirmou que ele e a esposa haviam convidado a Dueto para atuar como coprodutora de “Área de Serviço”, que tira sarro de diferenças sociais. No entanto, acusa Monique Gardenberg, sócia da Dueto, de alijá-lo do projeto e se promover a diretora-geral da série, com direito ao corte final, após negociação secreta com a empresa proprietária da HBO Max. O casal teria sido reduzido a meros atores no projeto, sem maior participação criativa na série que, segundo Cardoso, eles próprios haviam criado. “Graziella e eu nos tornamos empregados do trabalho que nós tínhamos feito. Já não é isso um roubo?”, diz o ator no vídeo. O ator cita Silvia Fu, diretora sênior de conteúdo na Warner, e os diretores Homero Olivetto, Olivia Guimarães e Dani Braga, contratados pela Dueto, como os responsáveis pela “destruição da série” ao cortarem cenas, não entenderem o jogo entre os personagens e perderem tempo com “inutilidades”. O ator afirma ainda que tem provas das denúncias que faz e não hesitará em trazê-las a público. “Área de Serviço” deveria acompanhar Jacinto, brasileiro criado em Portugal, que volta ao país e se hospeda na mansão de uma tia, onde passa a conviver com os empregados dela e vive situações inusitadas. Cardoso descreve a série como “um projeto em defesa da democracia e uma denúncia das razões maiores do eterno fascismo brasileiro”. “É um crime que esse projeto tenha sido destruído. Um crime contra Graziella e contra mim, mas também um crime contra o interesse público”, acrescentou o ator de 60 anos no vídeo, afirmando que esses problemas poderiam antecipar sua aposentadoria. Ele não disse se pretende ir à Justiça para reaver os direitos de “Área de Serviço”. O detalhe é que esta não foi a única confusão envolvendo a série. Em maio, a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, revelou que parte da equipe havia se demitido após o envio de uma carta aberta denunciando “situações de abuso no set que foram se intensificando ao longo de semanas” e que, apesar de apelos, não foram resolvidas. No Instagram, Cardoso não abordou o ocorrido, mas disse que certamente seus opositores o acusarão de despotismo. A produção de “Área de Serviço” começou em novembro do ano passado. As gravações dos episódios, por sua vez, iniciaram em janeiro e foram concluídas. Após o ataque de Cardoso à Dueto, a produtora Monique Gardenberg afirmou em comunicado que se manifestaria sobre as acusações “na instância judicial”. “Foi o carinho que tínhamos por Pedro e Graziella que nos fez abraçar a série. Em 40 anos de história, a Dueto construiu uma trajetória de sucesso, credibilidade e respeito e jamais se envolveu em qualquer litígio. Pelo nível de agressão e desrespeito conosco e membros da equipe, não nos manifestaremos publicamente. Nossa manifestação se dará na instância judicial, onde Pedro terá oportunidade de expor suas alegações”, disse em nota. Cardoso e Graziella ainda não se manifestaram sobre o cancelamento oficial de “Área de Serviço”.
Pedro Cardoso acusa produtora de roubar série que ele criou para HBO Max
O ator Pedro Cardoso (“A Grande Família”) publicou um vídeo no Instagram acusando produtores e funcionários da Warner de “roubar” a série “Área de Serviço”, que ele e a esposa, a atriz Graziella Moretto (“O Signo da Cidade”), criaram para a plataforma de streaming HBO Max. Carsoso diz que ele e Moretto tiveram “a liderança da autoria da série roubada pela Dueto Produções com a conivência de funcionários da WarnerMedia”. Apesar da citação, a WarnerMedia é atualmente a empresa Warner Bros. Discovery. No vídeo longo, de 13 minutos, Cardoso afirma que ele e a esposa haviam convidado a Dueto para atuar como coprodutora de “Área de Serviço”, que tira sarro de diferenças sociais. No entanto, acusa Monique Gardenberg, sócia da Dueto, de alijá-lo do projeto e se promover a diretora-geral da série, com direito ao corte final, após negociação secreta com a empresa proprietária da HBO Max. O casal teria sido reduzido a meros atores no projeto, sem maior participação criativa na série que, segundo Cardoso, eles próprios haviam criado. “Graziella e eu nos tornamos empregados do trabalho que nós tínhamos feito. Já não é isso um roubo?”, diz o ator no vídeo. O ator cita Silvia Fu, diretora sênior de conteúdo na Warner, e os diretores Homero Olivetto, Olivia Guimarães e Dani Braga, contratados pela Dueto, como os responsáveis pela “destruição da série” ao cortarem cenas, não entenderem o jogo entre os personagens e perderem tempo com “inutilidades”. O ator afirma ainda que tem provas das denúncias que faz e não hesitará em trazê-las a público. “Área de Serviço” deveria acompanhar Jacinto, brasileiro criado em Portugal, que volta ao país e se hospeda na mansão de uma tia, onde passa a conviver com os empregados dela e vive situações inusitadas. Cardoso descreve a série como “um projeto em defesa da democracia e uma denúncia das razões maiores do eterno fascismo brasileiro”. “É um crime que esse projeto tenha sido destruído. Um crime contra Graziella e contra mim, mas também um crime contra o interesse público”, acrescenta o ator de 60 anos, afirmando que esses problemas podem antecipar sua aposentadoria. Ele não disse se pretende ir à Justiça para reaver os direitos de “Área de Serviço”. Em maio, a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, revelou que parte da equipe da série havia se demitido após o envio de uma carta aberta denunciando “situações de abuso no set que foram se intensificando ao longo de semanas” e que, apesar de apelos, não foram resolvidas. No Instagram, Cardoso não abordou o ocorrido, mas disse que certamente seus opositores o acusarão de despotismo. A produção de “Área de Serviço” começou em novembro passado. As gravações, iniciadas em janeiro, já foram concluídas. Monique Gardenberg afirmou em comunicado que se manifestará sobre as acusações de Cardoso “na instância judicial”. “Foi o carinho que tínhamos por Pedro e Graziella que nos fez abraçar a série. Em 40 anos de história, a Dueto construiu uma trajetória de sucesso, credibilidade e respeito e jamais se envolveu em qualquer litígio. Pelo nível de agressão e desrespeito conosco e membros da equipe, não nos manifestaremos publicamente. Nossa manifestação se dará na instância judicial, onde Pedro terá oportunidade de expor suas alegações”, diz a nota. Também em nota, a HBO Max disse que não comentar “sobre assuntos internos de seus colaboradores e talentos”. “A HBO Max informa que todas as produções e parcerias com as produtoras brasileiras são realizadas em comum acordo com todas as partes envolvidas, respeitando e cumprindo as exigências legais. Valorizamos e cultivamos relações de confiança com nossos talentos, criadores e colaboradores, e o cumprimento dos requisitos legais entre todas as partes envolvidas em nossas produções. Cabe ressaltar que a companhia não comenta sobre assuntos internos de seus colaboradores e talentos, assim como estratégias de lançamento”, resume a nota. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Pedro Cardoso (@pedrocardosoeumesmo)
Guta Stresser revela que briga com Pedro Cardoso separou casal de “A Grande Família”
A atriz Guta Stresser, que viveu Bebel na série “A Grande Família”, revelou que um desentendimento com Pedro Cardoso levou a seu divórcio televisivo do personagem Agostinho Carrara na produção clássica da Globo. A revelação foi feita numa entrevista ao programa “Sensacional”, da RedeTV!, exibida na noite de terça (24/5). A atriz explicou que a briga aconteceu em 2012 após ela reclamar por ter que regravar uma cena na chuva. “Eu estava irritada esse dia. Estávamos gravando uma cena bem complexa. Era um dia chuvoso e eu estava de [blusa de] alcinha. A diretora falou que queria fazer mais uma vez e eu: ‘Sério? Está bom, está chovendo e estou morrendo de frio. Ele [Pedro] disse algo como: ‘Não fala assim’ e eu: ‘Não se mete, estou falando com ela’. Para quê? Ele ficou muito bravo”, disse Stresser. A atriz afirmou que o clima foi piorando. “Para começar, foi muito maior do que precisava o tipo de desqualificação. Imagina falarem: ‘Você não é nada, só existe porque eu existo’, em alto e bom tom, para todo mundo ouvir”, ela descreveu. Na época, circularam rumores de que Cardoso interrompeu a gravação dizendo que há 12 anos “aturava” sua colega de trabalho, que seria uma “péssima atriz”. “Depois foi péssimo. Ensaiava sem olhar [para ele]. Aí no ‘gravando’ eu fazia. Mas os autores foram muito legais, escreveram uma separação para eles e aí teve toda uma história da gente se separar”, explicou. Ela diz que até hoje eles não fizeram as pazes. “Me acusou de coisas que eu considero inverdades, injustas. Estou esperando [o pedido de desculpas] até hoje. Hoje em dia, para trabalhar com ele, só ganhando o dobro”, concluiu.
HBO anuncia seis novas produções brasileiras
A HBO anunciou seis novos projetos brasileiros, incluindo três séries originais que já estão em desenvolvimento: a comédia “Área de Serviço”, o drama “O Amor Segundo Buenos Aires” e a fantasia “O Beijo Adolescente”. O pacote anunciado pela HBO Brasil se completa com três coproduções documentais. Criada e escrita pelos atores Pedro Cardoso (o Agostinho de “A Grande Família”) e Graziella Moretto (“Cidade de Deus”), “Área de Serviço” pretende abordar a relação entre diferentes classes sociais. A trama vai girar em torno de Jacinto, um brasileiro criado em Portugal, que volta ao Brasil em busca de informações sobre a mãe que não conheceu. Hospedado na mansão de uma tia, ele passa a conviver com os numerosos empregados que ali trabalham, passando por situações inusitadas. A direção dos episódios está a cargo da cineasta Monique Gardenberg (“Paraíso Perdido”), que também participa do desenvolvimento da produção. Baseado no livro do jornalista brasileiro Fernando Scheller, “O Amor Segundo Buenos Aires” acompanha Hugo, um brasileiro que se muda para Buenos Aires acompanhando a namorada, que vai estudar dança. À medida que o romance esfria, Hugo vai se apaixonando pela cidade e conhecendo as histórias de outras pessoas. Sheller integra a equipe de produção. Inspirada pelos quadrinhos de Rafael Coutinho (ilustração acima), “O Beijo Adolescente” se passa em um mundo em que os adultos não têm cor e apenas os jovens são coloridos. Nessa realidade, certos adolescentes manifestam um tipo de superpoder ao dar o primeiro beijo. A fantasia conta com a consultoria do próprio autor. Já as três coproduções documentais são “Odilon, Réu de Si Mesmo”, sobre o juiz federal Odilon de Oliveira, responsável pelas condenações de Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia, “Coisa de Menino”, com direção de Guto Barra e Tatiana Issa (que já fizeram a série “Fora do Armário” para a HBO), sobre as origens da “masculinidade tóxica” na infância, e “Bobiography”, que abordará o ídolo brasileiro do skate Bob Burnquist. “Nestes últimos meses, estivemos trabalhando com produtoras brasileiras no desenvolvimento de novo conteúdo nacional, para levar ainda mais histórias originais e inovadoras ao público de todo o mundo”, disse Roberto Rios, vice-presidente Corporativo de Produções Originais da HBO Latin America, em comunicado. “O conteúdo brasileiro é muito bem recebido também internacionalmente e nossas produções foram inclusive incluídas na nova plataforma HBO Max, nos Estados Unidos. Para continuar com esse trabalho, estamos focados neste momento na análise de novos projetos e no desenvolvimento de roteiros”, acrescentou o executivo.
Comissão de Ética Pública pede explicações do presidente da EBC por memes irônicos contra Taís Araujo
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, em reunião realizada na segunda-feira (27/11), pedir esclarecimentos ao presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Laerte Rimoli, por postagens em redes sociais em que ironizava um discurso anti-racista da atriz Taís Araújo. Durante participação no evento TEDx, a atriz disse que “no Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam as bolsas e blindem seus carros”, como forma de expor o preconceito existente no país. Para ridicularizar o discurso, Rimoli compartilhou no Facebook um meme com uma colagem da atriz em que uma criança branca aparece fugindo em primeiro plano, ao lado da frase “Quando você percebe que é o filho da Taís Araújo na calçada”, além de um comentário no Twitter sobre pessoas que “pulam do avião” ao verem a atriz. “A comissão examinou a partir de uma denúncia apresentada as supostas postagens em redes sociais feitas pelo presidente da EBC. São publicações que dizem respeito — em tom jocoso — a uma entrevista da atriz Taís Araújo, narrando vicissitudes que ela e sua família atravessam”, afirmou o presidente da comissão, Mauro Menezes, errando o contexto e a ocasião da frase da atriz. Segundo Menezes, consta no código de ética do servidor público civil a “observância do decoro”, que “é um imperativo dentro e fora das instituições”. Para o presidente da comissão, mesmo que as postagens tenham ocorrido fora das atividades, elas podem terminar por afetar a imagem da administração pública. “Sem fazer juízo antecipado, abrimos procedimento para investigar a sua conduta e ele terá dez dias para prestar esclarecimentos”, explicou. Após o caso, diversas entidades que combatem o preconceito se manifestaram em apoio à Taís Araujo e exigindo respeito. Além disso, o ator Pedro Cardoso, intérprete de Agostinho na série “A Grande Família”, protestou ao vivo no programa “Sem Censura”, da TV Brasil, abandonando o programa após fazer um discurso enfático, em que abordou a greve dos funcionários do canal, o governo Temer e a crítica fora do tom do presidente da EBC (estatal responsável pela TV Brasil) contra a atriz. Diante da repercussão, Laerte Rimoli reconheceu que cometeu um erro e pediu desculpas públicas à atriz, usando novamente seu próprio Facebook. “Peço desculpas à atriz Taís Araújo e sua família por ter compartilhado um post inadequado em minha timeline”, ele escreveu. Mas o presidente da EBC não foi o único integrante do poder público que se dispôs a atacar a fala de Taís. O senador José Medeiros, do Mato Grosso, disse, durante transmissão da TV Senado, que ela estava “mentindo”, “prestou um desserviço ao Brasil” e fez “discurso de ódio”, enquanto o secretário de Educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamim, usou seu Facebook para classificar o depoimento como “idiotice racial”, ensinando que o racismo no Brasil é “uma criação do Departamento de Estado dos Estados Unidos”. No mesmo período em que Taís Araújo sofreu ataques de homens brancos ricos, William Waack, apresentador do “Jornal da Globo”, foi afastado por fala racista vazada nos bastidores da produção e uma autoproclamada socialite xingou a filha adotiva de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, chamando-a de “macaca” num vídeo postado na internet.
Pedro Cardoso comemora repercussão de seu discurso ao abandonar programa ao vivo
O ator Pedro Cardoso, intérprete de Agostinho na série “A Grande Família”, comemorou no Instagram nesta sexta-feira (24/11) a repercussão alcançada por sua decisão de abandonar ao vivo o programa “Sem Censura”, transmitido pela TV Brasil, no dia anterior. Na ocasião, ele se justificou com um discurso enfático, que se tornou muito comentado. “Compartilho e retribuo as palavras amigas que recebi aqui. É bom saber que não estamos sozinhos, nenhum de nós! Abraços sinceros e vamos em frente. Estamos em casa. O país é nosso”, ele escreveu. Seu protesto na TV abordou a greve dos funcionários do canal, o governo Temer e a crítica fora do tom de Laerte Rímoli, presidente da EBC (estatal responsável pela TV Brasil), contra a atriz Taís Araújo. Em participação no TEDx, Taís fez uma metáfora ao dizer que a cor de seu filho leva pessoas a mudarem de calçada, o que levou Rímoli a fazer piada nas redes sociais. “Passageiro pula de avião ao constatar que Taís Araújo estava a bordo” foi uma delas. Logo no início do programa, ao ser abordado pela primeira vez, ele soltou o verbo: “Não vou responder essa pergunta – e nenhuma outra – porque quando cheguei aqui hoje, encontrei uma empresa que está em greve. E não participo de programas de empresas que estão em greve. Vim sentar aqui porque, além da greve, que não me cabe julgar, não conheço a negociação e não estou a par, também não me cabe emitir opinião a respeito de quem está fazendo a greve e de quem está aqui trabalhando, cabe a mim o maior respeito a todos vocês. A todos vocês. Que estão parados, que estão trabalhando, aos que estão aqui”. “Mas, diante deste governo que está governando o Brasil, eu tenho muita convicção de que as pessoas que estão fazendo esta greve provavelmente estão cobertas de razão. Então eu não vou falar do assunto que vim falar, nem de nenhum outro”, prosseguiu. “O que eu soube também quando cheguei aqui é que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha [em referência a Taís Araújo] onde a presença do sangue africano é visível na pele – porque o sangue africano está presente em todos nós, e em alguns de nós está presente também na pele, mas em todos nós ele está.” Em seguida, finalizou seu discurso, que durou cerca de um minuto e meio, em tom mais alterado: “Então se esta empresa, que é casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar do assunto que eu vim falar aqui. Eu tenho um imenso respeito por todos vocês aqui, peço desculpas, vou me levantar em respeito aos grevistas e vou embora.” Veja o vídeo com a íntegra da intervenção do ator aqui e abaixo seu post no Instagram. Compartilho e retribuo as palavras amigas que recebi aqui. É bom saber que não estamos sozinhos, nenhum de nós! Abraços sinceros e vamos em frente. Estamos em casa. O país é nosso. ??? Uma publicação compartilhada por Pedro Cardoso (@pedrocardosoeumesmo) em Nov 24, 2017 às 9:07 PST
Pedro Cardoso abandona programa da TV Brasil ao vivo em apoio a grevistas e Taís Araújo
O ator Pedro Cardoso, intérprete de Agostinho na série “A Grande Família”, chamou atenção nesta quinta-feira (23/11), ao recusar-se a participar do programa “Sem Censura”, da TV Brasil, saindo de cena ao vivo, após fazer um discurso enfático, em que abordou a greve dos funcionários do canal, o governo Temer e a crítica fora do tom de Laerte Rímoli, presidente da EBC (estatal responsável pela TV Brasil), contra a atriz Taís Araújo. Logo no início do programa, ao ser abordado pela primeira vez, ele soltou o verbo: “Não vou responder essa pergunta – e nenhuma outra – porque quando cheguei aqui hoje, encontrei uma empresa que está em greve. E não participo de programas de empresas que estão em greve. Vim sentar aqui porque, além da greve, que não me cabe julgar, não conheço a negociação e não estou a par, também não me cabe emitir opinião a respeito de quem está fazendo a greve e de quem está aqui trabalhando, cabe a mim o maior respeito a todos vocês. A todos vocês. Que estão parados, que estão trabalhando, aos que estão aqui”. “Mas, diante deste governo que está governando o Brasil, eu tenho muita convicção de que as pessoas que estão fazendo esta greve provavelmente estão cobertas de razão. Então eu não vou falar do assunto que vim falar, nem de nenhum outro”, prosseguiu. “O que eu soube também quando cheguei aqui é que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha [em referência a Taís Araújo] onde a presença do sangue africano é visível na pele – porque o sangue africano está presente em todos nós, e em alguns de nós está presente também na pele, mas em todos nós ele está.” Em seguida, finalizou seu discurso, que durou cerca de um minuto e meio, em tom mais alterado: “Então se esta empresa, que é casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar do assunto que eu vim falar aqui. Eu tenho um imenso respeito por todos vocês aqui, peço desculpas, vou me levantar em respeito aos grevistas e vou embora.” O programa abordaria a “música afro-brasileira, dependência digital e teatro”. Também estavam presentes o ator Hugo Bonemer (primo de William Bonner), o cantor Carlos Negreiros e o professor Lúcio Lage. Após ouvir respeitosamente todos os comentários feitos por Pedro, a apresentadora Katy Navarro solidarizou-se com o ator e, em seguida, chamou um intervalo comercial: “Respeito bastante sua opinião, respeito sua saída. A gente vive numa democracia e precisa respeitar a opinião de cada um. Pedro Cardoso obrigado pela sua presença, e entendo perfeitamente tudo que está acontecendo.” Após o que todos viram, a EBC emitiu uma nota: “O ator Pedro Cardoso expressou-se livremente no programa ‘Sem Censura’ desta tarde. Esta postura da EBC é o resultado da diretriz jornalística e profissional implementada pela atual direção da Empresa Brasil de Comunicação. Nossa programação é a prova viva – e ao vivo – de que esta empresa de comunicação pública é plural, é democrática, acolhe a diversidade de opinião e respeita a lei, inclusive o direito de greve”. Veja a participação do ator abaixo:







